Volume de crédito do sistema financeiro soma R$ 3,061 trilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O crédito total do sistema financeiro, incluindo as operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 3,061 trilhões em abril, apresentando expansões de 0,1% no mês e de 10,5% em doze meses, segundo levantamento elaborado pelo Banco Central. 
 
No mês, o crédito a pessoas físicas apresentou um saldo de R$ 1,447 trilhão, com crescimento de 0,6%, refletindo as expansões dos financiamentos imobiliários e do crédito pessoal, enquanto o saldo das operações a pessoas jurídicas, condicionado pelo efeito da apreciação cambial nas carteiras referenciadas em moedas estrangeiras, recuou 0,4%, ao totalizar R$ 1,614 trilhão. Com isso, a relação crédito/PIB atingiu 54,5%, ante 54,8% em março e 52,3% em abril do ano anterior.
 
A carteira de operações com recursos livres totalizou R$ 1,575 trilhão em abril, após redução mensal de 0,2% e expansão de 4,9% em doze meses. A retração mensal foi mais pronunciada no crédito às empresas, que apresentou um saldo de R$ 789 bilhões (-0,3% no mês), destacando-se o declínio em repasses externos e financiamentos a exportações e a expansão nos adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC). As operações com pessoas físicas registraram estabilidade em abril, somando R$ 786 bilhões, com expansão do crédito consignado e redução no saldo de cartão de crédito à vista.
 
O crédito direcionado atingiu R$ 1,486 trilhão, o que representa um avanço de 0,3% no mês e de 17,1% em doze meses. Os financiamentos a pessoas físicas cresceram 1,4% no mês, somando R$ 661 bilhões, com destaque para o crédito imobiliário. O saldo de crédito direcionado às empresas declinou 0,6%, situando-se em R$ 825 bilhões, refletindo a redução dos desembolsos e o impacto da apreciação cambial nos financiamentos para investimentos com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
 
Na evolução mensal das operações de crédito classificadas segundo a atividade econômica dos tomadores (incluindo pessoas jurídicas dos setores privado e público), a pesquisa da autoridade monetária destaca as reduções destinadas aos segmentos de transportes e indústria de transformação, com saldos respectivos de R$ 158 bilhões (-2%) e R$ 448 bilhões (-0,5%). 
 
Em sentido oposto, destacaram-se as expansões dos créditos para serviços industriais de utilidade pública, volume de R$ 145 bilhões (+0,7%), com destaque para eletricidade e gás, e comércio (notadamente atacadista, exceto veículos), que registrou um saldo de R$ 298 bilhões (+0,3%). O crédito ao setor privado manteve-se estável no mês, somando R$ 2,839 trilhões, ao passo que o crédito para o setor público cresceu 1% e somou R$ 222 bilhões, traduzindo as variações de 3,1% e -0,8% nas carteiras das entidades vinculadas ao governo federal e a estados e municípios, respectivamente.
 
Na segmentação regional, consideradas as operações com valor superior a R$1 mil, o saldo relativo ao Sudeste (55% do total nacional) cresceu 0,2% no mês e 10,7% em doze meses, atingindo R$1.632 bilhões em abril. No Sul, o crédito registrou elevações de 0,1% e 9,5% nos mesmos períodos, totalizando R$543 bilhões. No Nordeste, o saldo total de crédito recuou 0,2% no mês e cresceu 11,7% em doze meses, ao somar R$389 bilhões. No Centro-Oeste, saldo de R$314 bilhões, registraram-se expansões de 0,2% no mês e de 14,9% em doze meses, enquanto na Região Norte, saldo de R$114 bilhões, observaram-se aumentos respectivos de 0,1% e 8,3%.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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