15 anos da morte de Roberto Ribeiro

Por: Eliane Maria, Extra online.

Há exatos 15 anos, um silêncio atípico invadia a casa da compositora Liette de Souza. Ainda desnorteada com o susto de ver o marido em coma no Hospital Municipal Miguel Couto — após ser atropelado por alguém que sequer lhe prestara socorro, em Jacarepaguá — a esposa de Roberto Ribeiro recebia a notícia de sua morte. A despedida precoce e trágica, aos 55 anos, de um ídolo do samba.

— Foram oito anos sem ouvir samba aqui em casa, após a morte do meu pai. Até hoje não consigo passar da metade do livro (“Roberto Ribeiro, o Menino Rei — a voz privilegiada do samba; escrito por Liette). Começo a me lembrar $tudo e paro — afirma o cantor e compositor Alex Ribeiro, único filho da união de Roberto com a compositora.

Liette nem sabe explicar como deixou o Cemitério São João Batista, em Botafogo, na tarde de janeiro de 1996:

— Saí, tomei água num botequim e peguei um ônibus. Fui de carro com um pessoal que estava na quadra do Império, mas nem lembro com quem. Aquilo era inacreditável! Fiquei tão desnorteada que saltei e fui andando sozinha pela Cidade de Deus.

Lembrança no palco

Para sorte dos netos Felipe, de 3 anos, e Junior, de 11 — geração que eterniza a memória do avô cantando “Todo menino é um http://extra.globo.com/videos/v/viuva-e-filho-relembram-carreira-do-sambista-roberto-ribeiro/1406748/#/Todos os Vídeos/page/2quot;, um dos maiores sucessos na voz do artista — o silêncio foi quebrado quando a genética falou mais alto e Alex deixou aflorar a vocação.

— Nos intervalos da pelada do Arlindo Cruz, me perguntavam: “E aí, Alex, você não vai cantar?” Num dos primeiros shows que fiz, resolvi interpretar “Espelho”, do João Nogueira. Quando chegou no trecho que diz “Troquei de mal com Deus por me levar meu pai” comecei a chorar e não parava.

 

Redação

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