Aleijadinho, o arquiteto mineiro da arte barroca

Retrato imaginário de Aleijadinho, por Henrique Bernardelli

Muitas dúvidas cercam a vida de Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. De certo, sabe-se que nasceu em Ouro Preto e morreu na mesma cidade em 18 de novembro de 1814. Praticamente todos os dados hoje disponíveis são derivados de uma biografia escrita em 1858 por Rodrigo José Ferreira Bretas, 44 anos após a morte do Aleijadinho, baseando-se em documentos e depoimentos de indivíduos que haviam conhecido pessoalmente o artista.

Aleijadinho foi descrito por Bretas nos seguintes termos:

“Era pardo-escuro, tinha voz forte, a fala arrebatada, e o gênio agastado: a estatura era baixa, o corpo cheio e mal configurado, o rosto e a cabeça redondos, e testa volumosa, o cabelo preto e anelado, o da barba cerrado e basto, a testa larga, o nariz regular e algum tanto pontiagudo, os beiços grossos, as orelhas grandes, e o pescoço curto”.

Quase nada ficou registrado sobre sua vida pessoal, a não ser que gostava de se entreter nas ‘danças vulgares’ e comer bem, e que amasiou-se com a mulata Narcisa, tendo com ela um filho. Nada foi dito sobre suas ideias artísticas, sociais ou políticas. Trabalhava sempre sob o regime da encomenda, mas não acumulou fortuna. Por outro lado, teria feito repetidas doações aos pobres.

Sua maior realização na escultura são os conjuntos arquitetônicos do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas com suas 66 estátuas da Via Sacra, Via Crucis ou dos Passos da Paixão, distribuídas em seis capelas independentes, e os Doze Profetas no adro da igreja.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador