Aviação civil: qualidade não acompanhou crescimento da demanda

Por Sérgio Lamarca

Comentário ao post “Nas asas da TAM

Nassif.

TAM perdeu o referencial do cliente. Seguiu os mesmos passos da GOL. Ambas transformaram os seus aviões em verdadeiros ônibus “executivo” padrão Itapimirim ou Viação Cometa. O aumento da demanda devido a “revolução” social” do governo Lula, onde milhões se incorporaram ao mercado consumidor da aviação civil não foi acompanhado com o aumento de qualidade dos serviços e nem com preços adequados.

Antes, o preço dos vôos eram tabelados. Ida e volta Rio – Navegantes (SC) o valor eram sempre R$ 500,00 por exemplo. Hoje é de acordo com a proximidade do vôo. Paga – se por esse vôo hoje a uma semana do mesmo R$ 2 mil! É a lei da oferta e da procura! Pergunta inconveniente; existe algum aumento de custos em vc comprar uma passagem com 1 mês de antecedência para 1 semana? Existe algum serviço extra a ser oferecido? O pior que ninguém se manifesta a verificar esse absurdo acobertado por uma Agencia Reguladora que foi cabide de emprego deste a sua fundação.

Nassif, vc já postou diversas vezes sobre o assunto e sobre a mudança do padrão TAM. Vc é um eterno incomodado com essa situação e bem que poderia “puxar” uma discussão mais aprofundada sobre o assunto. A abordagem seria interessante para os leitores e para sociedade civil.

Pontos que vc poderia abordar:

– Por que não proliferaram companhias com vôos regionais (exemplo a “falecida” Riosul)?

– Qual o motivo das companhias aéreas estarem cada vez mais com todos os slots cheios em seus vôos e mostraram balanços indicando prejuízo?

– ANAC. Precisa existir uma agência reguladora que nada regula? Nem os preços das passagens?

– Oligopólio da companhias aéreas. Qual o “remédio”? Abrir o mercado? Subsidiar?

– MInistérioda Aviação Civil. Precisa existir? 

– Infraero. Privatizar é a solução?

– O negócio “aviação civil” é rentável?

– Custos da aviação civil são altos?

Redação

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. TAM

    Caro Sérgio, cansei de criticar, em meu blog do Terra Magazine, os pontos que vc. corretamente aponta no seu texto. Claro que sem nehuma repercussão. Protegidos por situação quase oligopolista, TAM e GOL destruíram Varig, Vasp, e tentam fazê-lo com quem vier pela frente. Exploram os clientes sem nada dar em troca. Têm serviços ineficientes em terra e ar. Hoje, em meus trajetos, sempre que possível, fujo deles. Azul e Avianca já os ultrapassam em consideração aos clientes. Mas o privilégio de quem detém 80% do mercado continuará mantido em, praticamente, todos os aeroportos do País. Tente viajar em outra companhia e sonhar em desembarcar num ‘finger’, e não em um dos cansativos e lotados ônibus selvagens. Abraço. 

    1. Prezado Rui.
      Tinha 200 mil

      Prezado Rui.

      Tinha 200 mil milhas de Gol, hoje só tenho 80 mil acumuladas e a tendência será zerar. Mudei para a Azul e Avianca nos vôos particulares. Pela empresa, quando posso interferir mudo para essas companhias. A TAM me fez passar por situações inusitadas de por exemplo “sumir” toda a tripulação de bordo por não aceitar voar acima das horas normais e todos os passageiros esperarem mais de 2 horas para chegar outra tripulação (isso com o ar condicionado desligado). Perderam o foco no cliente, o foco é pagar todos os leasing que fizeram o mais rápido possivel. A partir da maximização do aproveitamento dos slots, custe o que custar. Tudo sob anuência da tal da ANAC e e do MMF (Ministério do Moreira Franco).

      No benchmarketing feito pela Azul coloquei um comentário simples. “Não se tornem Gol e nem TAM para o bem da companhia”.

      Abraços 

    2. Fingers + Slots

      O embarque/desembarque em fingers, esta atrelado – AINDA – aos slots que cada cia. possui, portanto os slots “na remota” são mais baratos, e originalmente previstos para as “regionais”, que utilizariam aeronaves menores – tipo em Cumbica, os “fingers” existentes, não acoplam em aeronaves ATR, CRJ 900, ERJ 145 – de “piso baixo”, ou de “asa alta”, sitiação que se repete em Todos os aeroportos “hubs” brasileiros – no exterior tambem – ninguem utiliza fingers, para emb/des de menos de 100 paxs – o deslocamento de uma aeronave até o finger, tanto de entrada como saida, consome muito combustivel – já na remota ( a do “busão”) a economia de combustivel chega a 5% em alguns aeroportos, pois acoplada a um finger a aeronave tem que manter alguns sistemas em funcionamento, na remota pode-se desligar tudo.

      Aguardem, em futuro próximo, a América do Sul será “open skies”, reduzidos a 2 Cias Aereas em todo o sub-continente: Latam e Avianca/Synergy/Copa (América Centrale Caribe) – a GOL tentará sobreviver na internacional, associada a Delta ( voos para os Estados Unidos e Asia) e Alitalia (Lufthansa/Swiss) -para a Europa. Quem viver verá

      P.S.: O “descasamento” slots-rota-aerovia-finger, se encontra em estudo pela ANAC e Infraero, não por analise do governo, mas pelos operadores privados de aeroportos, que não concebem (devido a seus custos), deixar um finger inoperante, enquanto um A320 com 160 pax ( Avianca) tem que por contrato de slot , ficar na “remota”, e precisar de 3/4 onibus para deslocar seus pax ( ida e volta) – avião no chão é custo, para a cia. aerea e aeroporto, mais de US$ 1.000,00 por minuto.

  2. Irá piorar

    Ministério de Aviação Civil, NÃO serve para nada –  ANAC: simples agencia reguladora comandada pelas cias aereas – INFRAERO: Para ser privatizada, terá que ser enxugada, ou tornar-se uma administradora de shopping centers: REGIONAIS: como em qualquer lugar do mundo, inclusive Estados Unidos, somente subsistem através de subsidios, diretos (caso europeu) ou cruzados (caso americano, ou como “alimentadores” da holding – lider.

    Cia. Aerea da “lucro” e é rentavel ? Dificil de responder, pois o que mais impacta no transporte aereo de passageiros, são as taxas de leasing de aeronaves e as variações do combustivel, mas na Europa e Brasil somam-se custos trabalhistas e governamentais (impostos) que tb. influem – mas o maior problema continua a ser o combustivel, tanto que as empresas que mais crescem hj. e tem uma lucratividade alta, são as do Golfo Pérsico, tipo Emirates.

    OLIGOPÓLIO: Ainda estamos nesta fase, mas caminhando para o MONOPÓLIO, que está sendo mundialmente conduzido pelas mega-empresas aereas, associadas as empresas de leasing e montadoras de aeronaves (cujo ciclo de vida, está sendo reduzido – na década de 80, um Boeing 737-300 tinha uma “vida util” estimada, com 4 ciclagens ao dia, de até 15 anos – hj. um Boeing 737-800, pode ter até os mesmos 15 anos/4cdia, mas será substituido – no mesmo contrato de leasing – em no maximo 5/6 anos por outra versão mais economica, a Embraer lançou esta ano em Paris, seus novos E-Jets, para substituir os atualmete em uso, que não tem mais de 5 anos de operação.

    O que é um “passageiro”, “cliente” ( e de dar risada esta “marketagem”), ele é o “pax”: um “volume” que com média de 1,70 m/ 70 Kg, que ocupa um “espaço” de 3 m/cubicos, deslocando no maximo, mais 24 Kg de bagagem “cobrada no ticket, mas vendida como free, portanto o pax, pesa e custa em média, por 100/110 Kg – volume que deve ser levado, com o menor custo possivel, do ponto A para B – e problemático: ele respira (aumenta o custo dos motores- combustivel – para a renovação de ar na cabine), ele come ( amendoim com coca cola, e exige 1 comissário para cada 30/40 pax – se não come-se, os comissários seriam reduzidos para 1 por cada 100), ele fala e as vezes reclama.

    Para os Srs. Lamarca e Daher: Não cometarei sobre o futuro monopolista, ou sobre as Latams, Gol+Delta+Alitália, Azul+ Jet Blue + Virgin (?), ou a Mega Aerea Lufthansa, mas pesquisem sobre a politica “open skies”, cujo próximo alvo é a América Latina.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador