Baixo avanço da produtividade afeta economia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A média de crescimento anual da produtividade agregada do trabalho entre 1992 e 2001 chegou a 1,09%, evoluindo para 1,17% no período de 2002 a 2009, segundo boletim elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Denominado “Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior”, o documento traz quatro artigos de pesquisadores do Ipea, com análises da trajetória da produtividade no Brasil. Em um deles, Gabriel Squeff e Fernanda De Negri destacam que “o baixo crescimento da produtividade é um dos principais fatores a explicar o fraco desempenho econômico” do país nas últimas décadas.
 
“Os autores demonstram que, ao longo da década de 2000, o produto interno bruto (PIB) per capita cresceu mais aceleradamente que a produtividade do trabalho. Isto ocorreu porque uma parte significativa do crescimento do PIB per capita na última década pode ser creditada ao aumento das taxas de ocupação e de participação no mercado de trabalho. Estes resultados sugerem que a preservação das maiores taxas de crescimento do PIB per capita somente pode ser alcançada se houver um crescimento representativo da produtividade do trabalho, uma vez que não se esperam contribuições significativas das taxas de ocupação e de participação nos próximos anos”, diz o documento.
 
Embora alguns autores apontem para uma aceleração do crescimento da PTF (Produtividade Total dos Fatores) no início dos anos 2000, em relação à década anterior, eles sustentam que “em termos históricos, o crescimento é pouco expressivo”. Os pesquisadores também lembram que houve nova estagnação no crescimento da PTF na economia brasileira depois da crise de 2008.
 
Em outro artigo, Lucas Mation faz comparações internacionais sobre produtividade total dos fatores, a partir de 1960. Ele cita que a PTF brasileira cresceu 23% até 2010, depois de bom ritmo nas décadas de 1960 e 1970, de declínio nos anos 1980 e 1990 e de estabilidade na década passada. Enquanto isso, os Estados Unidos evoluíram 50% no mesmo período, a Coreia do Sul cresceu 90% e a China registrou ampliação “extremamente rápida” da PTF, de 1980 para cá, de 177%.

Da Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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