Chernobyl brasileiro: lixo radioativo aguarda para ser rearmazenado em Caldas, Minas Gerais 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Tambores enferrujados que aguardam troca armazenam Torta II, resíduo que contaminou e matou centenas de trabalhadores

Reprodução

Exatos 6.440 tambores enferrujados com material radioativo estão na fila para serem reembalados na Unidade de Caldas, da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), no sul de Minas Gerais. O GGN vem alertando sobre os prejuízos ambientais e sociais ao qual a população local e vizinhos estão expostos. 

Os tambores deteriorados guardam rejeitos radioativos de urânio e tório, material denominado Torta II. Ao todo, eram 16,1 mil tambores enferrujados de Torta II. No mês passado, no entanto, a INB informou que a remediação dos embalados atingiu 60%, de acordo com informações do Blog da Jornalista Tania Malheiros

Hoje, a INB é sucessora da paulista Nuclemon, fechada em 1992. O lixo radioativo é  uma “herança” da organização que, ao encerrar as atividades, encaminhou 12 mil toneladas de rejeitos de sua unidade em Amparo (SP) à mineira Caldas. 

Entre o lixo radioativo, a maior parte é de Torta II, resíduo proveniente do tratamento químico da monazita, que contaminou centenas de trabalhadores da Nuclemon. Ainda, vale ressaltar, que muitas dessas vítimas morreram com câncer e outras doenças respiratórias.

Além do lixo radioativo trazido de São Paulo, os efeitos da exploração de urânio na região em meio irresponsabilidade com os protocolos de segurança, tem chamado atenção para situação da cidade mineira. “Os riscos que nós estamos vivendo aqui são gravíssimos”, destacou o vereador de Caldas, Daniel Tygel (PT), em entrevista ao Fala Fads, programa ambiental, da TV GGN.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

Entenda o caso:

Tygel também falou sobre os perigos do lixo radioativo com o jornalista Luis Nassif. Confira:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Um dia desses o nosso povo tolo e leviano vai eleger um mandatário falastrão que reservará esse terreno contaminado para construir pequenos apartamentos aos pobres.

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