“Cinema nacional está sem reflexão”, diz Selton Mello

Do UOL

“O cinema nacional está muito polarizado. Vem mastigado, sem reflexão”, diz Selton Mello em entrevista ao “Vitrine”

Da Redação

  • Paulo José e Selton Mello como os palhaços Puro-Sangue e Pangaré, em cena de O Palhaço

    Paulo José e Selton Mello como os palhaços Puro-Sangue e Pangaré, em cena de “O Palhaço”

Para o ator e diretor Selton Mello, o cinema nacional atual está dividido entre filmes extremamente comerciais e aqueles que ninguém vê. “[O cinema nacional] está muito polarizado. São filmes bem comerciais, a proposta é essa. Vem mastigado, sem reflexão. E filmes autorais, radicais, que são pouco vistos. O meio do caminho… eu tava muito interessado de tentar isso”, conta, em entrevista ao programa “Vitrine” que vai ao ar nesta terça-feira (8).

O filme, que estreou em 28 de outubro, teve a maior bilheteria do último fim de semana e já foi visto por mais de 560 mil espectadores, segundo a assessoria do longa.

O personagem de Selton, Benjamim, vive uma crise de identidade, similar à inquietação que o ator viveu na vida real. “Eu tenho tido retornos lindos de médicos, de engenheiros. Porque a gente tem dúvida na vida. Será que é isso? Será que tenho que por minha energia em outra coisa? É identificação. É isso que incomoda. Eu já coloco ele [Benjamin] na galeria dos personagens mais importantes”.

O ator também fala sobre os critérios que segue para escolher um papel como ator ou um filme, como diretor. Atualmente, ele está atuando na série “A Mulher Invisível”, na Globo. “Às vezes eu nem gosto do roteiro, mas se quero trabalhar com aquele diretor, eu topo. Às vezes, adorei o personagem, não tanto o roteiro. Então as vias que me levam pra fazer um personagem como ator são várias. Como diretor é uma só, é a minha verdade, o que eu quero falar, o assunto que quero abordar. Isso tem que ser sincero; senão, não faço.”

Veja o trailer de “O Palhaço”

Luis Nassif

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