Conservacionismo: a nova estratégia de dominação dos ricos, por Diogo Costa

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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REACIONÁRIAS UTOPIAS, OU, O VERDISMO ULTRA CONSERVADOR – Uma das coisas que mais me deixam perplexo é como a questão ambiental é tratada por algumas correntes de esquerda. 

Tratam a construção de hidrelétricas ou de outras obras de infraestrutura como pecados capitais contra a humanidade. Adotam uma linha conservacionista anti indústria e defensora ferrenha dos ‘santuários ecológicos’ e dos ‘modos de vida tradicionais’. 

Na prática, o que representa a conservacionista manutenção destes ‘santuários ecológicos’ e dos ‘modos de vida tradicionais’, senão manter determinados grupos de pessoas vivendo como viviam seus antepassados há dois ou cinco mil anos?

Há uma ilusão terrível por parte de algumas pessoas a respeito do passado. A visão idílica de que no passado é que se vivia bem é uma rotunda falácia. 

Para não voltar muito no tempo basta ficar aqui mesmo no Brasil, no tempo de nossos avós e bisavós. 

A expectativa de vida no início do século XX, aqui em Pindorama, era de apenas 33 anos, hoje está em quase 75 anos. Era melhor há 114 anos atrás? 

Pessoas morriam como moscas de tuberculose, gripe, malária e de outras doenças várias, sem nenhum tipo de tratamento. Com menos de 20 anos, na época citada, 98 por cento da população já não tinha um único dente na boca! 
Uma simples apendicite nos rincões deste imenso país causava a morte de homens e mulheres que ainda não haviam tido a oportunidade de conhecer o ‘diabólico’ avanço da medicina! 

A fome era endêmica e o analfabetismo uma chaga de proporções vexaminosas. Não existia anestesia nem raio X e nem outras ‘crueldades’ do mundo moderno… 

E ainda existem pessoas capazes de dizer que lá no tempo dos nossos bisavós é que era bom? Tem mais. 

Energia elétrica era um luxo que somente os riquíssimos tinham, em pouquíssimas capitais do país. 

E geladeira? Fogão a gás? Freezer? Microondas? Vaso sanitário? Telefone? Hospital? Posto de saúde? 

Tudo isso não existia ou, se existia, era de uso restrito dos ultra ricos, representantes do um por cento dos ‘homens bons e de bens da nação’! 

Como é possível imaginar que naquele tempo era melhor do que hoje? É impossível tecer tal comentário! 

As pessoas sobreviviam em situação de pobreza extrema, sem perspectivas nenhumas, com uma gigantesca taxa de mortalidade infantil, de mortalidade materna, com epidemias diversas para as quais não existiam tratamentos adequados e com todo o tipo de privações que se possa imaginar. 

Não, não era melhor o tempo dos nossos bisavós, nem dos nossos avós ou de nossos pais. 

Pesquisem sobre os índices econômicos, sociais, educacionais, de saúde e de alimentação dos tempos passados e verão que isso é uma ilusão. 

Desde tempos imemoriais os seres humanos travam uma batalha de vida ou morte com as forças da natureza. É a batalha pela sobrevivência, pela busca de alimentos, de abrigo, etc. 

Algum ser humano com mais de dois neurônios seria capaz de defender hoje que bom mesmo era no tempo das cavernas, onde éramos homo sapiens nômades, caçadores, pescadores e coletores de frutos silvestres, cuja expectativa de vida não era superior a de um cão nos dias atuais? 

Ser de esquerda não é ser contra a indústria, contra os avanços tecnológicos, contra a ciência ou contra a agricultura (que foi uma das invenções mais importantes da história da humanidade pois propiciou aos seres humanos o cultivo de seus próprios alimentos, fixando as pessoas em determinados lugares e diminuindo o nomadismo). 

Ser de esquerda é se apropriar de todos os avanços que a humanidade conseguiu empreender, em todos os campos do conhecimento, e tratar de estender esses avanços para o maior número possível de pessoas. 

Ser de esquerda é lutar para que as pessoas possam usufruir dos benefícios que a humanidade produz. 

Ser de esquerda não tem nada a ver com ser contra a construção de uma hidrelétrica, arriscando deixar pessoas sem energia em pleno século XXI! 

A quem interessa o conservacionismo, senão aos países ricos que consomem muitíssimo e que agora querem impedir que os países em desenvolvimento possam elevar o padrão de vida de suas gentes? 

É preciso investir na indústria, no aumento da renda, na diminuição das desigualdades sociais, nos avanços tecnológicos e na ciência. 

É preciso aumentar a produção brasileira e mundial de víveres e é preciso estender os avanços civilizacionais aos desassistidos que vivem ainda hoje como viviam seus antepassados há 150 ou 200 anos. 

Esta ilusão pueril e anti científica sobre a natureza (que é e sempre foi um ambiente hostil ao homem) e esta busca incessante por um idílico passado que nunca existiu, não é nem mais e nem menos do que uma reacionária utopia. 

Reacionária, neomalthusiana e sem o menor sentido, desde o ponto de vista da esquerda. 

Finalizo lembrando que o guru econômico de uma certa candidatura presidencial, Eduardo Gianetti, defende abertamente que para ‘evitar desastres ambientais’ o preço da carne e do leite tem que aumentar, e muito!

Ou seja, os conservacionistas modernosos, reacionários até a medula, proclamam: ‘Vamos salvar a natureza, para tanto, que os pobres morram de fome enquanto os ricos continuam a se entupir de proteínas animais e vegetais’. 

Impossível é confundir isto com qualquer coisa que se assemelhe a uma proposta de esquerda, emancipadora de fato da humanidade e capaz de mitigar a escassez. 

Para diminuir a escassez é preciso aumentar a produção e a renda das pessoas, não matá-las de fome!

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

60 Comentários

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  1. Acrescento: hoje “qualquer

    Acrescento: hoje “qualquer um” pode comprar uma passagem de avião e, em poucas horas, estar em outro local a milhares de quilômetros de distãncia. Para que? Não importa. Negócios, turismo, visita a familiares ou amigos, solução de problemas, fazer campanha eleitoral… Por que Marina não faz campanha viajando a pé ou em lombo de burro? Pois ‘antigamente’ nem um rei ou imperador dispunham de um confôrto destes, ou não é fato que o próprio Dom Pedro proclamou a independência numa parada intestinal da tropa na viagem de volta -em lombo de burro- de Santos?

    1. CB

      em 2010 ela viajava pra cima e pra baixo em um avião de 50 milhões e foi a campanha mais cara daquela eleição..Marina é um cavalo de Troia dos Capitalismo Financeiro internacional..

    2. Na época da revolução

      Na época da revolução francesa a única privada existente no Palácio de Versailles era a da Maria Antonieta! Os nobres faziam suas necessidades nos corredores do palácio…

  2. O conservacionismo como desculpa para o conservadorismo

    Foi exatamente o que percebi ao pesquisar hoje sobre o pensamento de Giannetti e André Lara Rezende, será que este senhor vai abrir mão de viajar com seus cavalos em aviões nos céus da Europa, como se sabe é lá que ele vive depois que ficou rico da noite pro dia na privataria tucana. Enfim,  mundo financeiro, Soros, rentistas, velha midia etc caterva usam a defesa do meio ambiente, um discurso por sinal e encantador, não fossem os intereses que existem por trás disso: A acumulação de riqueza pelos ricos. Neste caso, conservadorismo e conservacionismo andam juntos, vocês podem conferir isso nas falas do Giannetti e do ALR,,.,..

    https://jornalggn.com.br/blog/iv-avatar/politica-economica-o-conservadorismo-de-marina-silva

  3. Que eleição…

    Que eleição é essa?! Ter entre as opções um que vai nos entregar ao mercado e arrasar o patrimônio público com ajuda da imprensa e outro que quer nos matar de fome.

    #AVerdadeVaiVencerAMentira

  4. Radicalismos

    Em que pese o radicalismo das visões verdes, não podemos também anuir com todas as fórmulas de evolução social. Há maneiras e maneiras de evoluir. O Brasil precisa investir em novas fórmulas para geração de energia e isso não significa a continuidade do status quo, ao contrário, isso implica numa mudança muito mais profunda e significativa.

    1. Há esse investimento Lenira,

      Há esse investimento Lenira, a energia eólica mesmo, cresceu em muito em 2013, o último levantamento dizia que a energia eólica representava 2% da matriz energética brasileira, e que ao fim de 2014 pode chegar aos 6%, isso é muito. A energia solar ainda é muito cara, mas há muito investimento em pesquisa no assunto, acredito que ainda não seja o momento de transformá-la em energia de massa, o custo social disso seria muito alto, uma vez que teria de se retirar investimentos de outras áreas, de onde cortaríamos?  Ainda há muito potencial hidrelétrico para ser explorado, e aqui no Brasil, onde o custo de produção e da energia ainda é muito alto, talvez não seja o melhor momento para massificar a energia solar enquanto a tecnologia ainda é muito cara e menos eficiente.

    2. A questão é

      Energias eólica e solar podem suprir a demanda? E se podem, o custo compensa?

      O Brasil tem uma empresa pública de pesquisa de energia, a EPE (www.epe.gov.br), vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Pouca gente sabe disso. O CNPEM (www.cnpem.br), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, também efetua pesquisas nessa área. 

  5. Vida boa

    Diogo Costa,

    Pobre nasceu para sofrer, passar fome, viver no escuro, então, o leir fica mais caro e a carne deixa de ser commodity para o preço poder disparar à vontade.

    Eduardo Gianetti é apenas um de muitos que devem estar acompanhando atentamente os movimentos da tresloucada, e caso percebam que a chance existe, entrarão de sola $$$ na campanha porque o butim é enorme, só as reservas do pré-sal já seriam suficientes.

    Agora temos duas frentes da grande mídia em ação, a tal doação de bens de Graça Foster para os filhos e a idéia de expor inteiramente as operações do BNDES. Se o governo não se defender com ênfase, numa destas tentativas cretinas pode “ficar mal na fita”. O tal do Manchetômetro mostrou que mais de 90 % de notícias ruins vão para DRousseff, recorde mundial, mas parece que a turma da campanha vive no mundo da fantasia.

    Sobre os bons tempos, faltou mencionar o banho ( principalmente durante o verão forte), aquele negócio cheio d’água e um depois do outro a entrar naquela água cada vez mais imunda, uma beleza, e depois, todos para a sala com ar condicionado. 

    Tem muita gente que não larga o celular prá nada, mas se ressente por não poder viver à la 1800.

  6. Exatamente isso dito no

    Exatamente isso dito no texto, vamos evoluir, mas não aumentando a produtividade e eficiência, mas diminuindo a demanda. 
    Outra questão sempre propalada pela candidatura Marina é a energia solar, citam que o Nordeste com todo esse sol, como se desperdiça todo esse potencial? O fato é que não se desperdiça, apenas atualmente a energia solar ainda é muito cara, para o Brasil, para se tornar uma energia de massa. A energia hidrelétrica ainda é uma das mais baratas para produzir, o país com tantas prioridades ainda a atender, qual seria o custo de transformar a energia solar em energia de massa?
    Onde deveria ser cortado para atender a uma parcela da população que já vive em condições de sociedade desenvolvida?
    Que já teve suas necessidades básicas “completamente” atendidas e buscam o que buscam a população de países superdesenvolvidos, mas que não se dão conta de um pequeno e simples detalhe:
    naqueles países, toda a população já tive suas demandas básicas atendidas, e para serem consideradas populações evoluídas, eles aprenderam que o ser humano é o nosso maior bem, que não adianta você ter tudo, mas estar ilhado de pessoas necessitando de quase tudo, essa é uma luta deles também, não por acaso vemos como se engajam nas campanhas humanitárias, adotam crianças de países extremamente pobres.

    Aqui, a ilha, é quase uma necessidade, um objetivo, nossa elite parece precisar disso para sentir a sensação de que é melhor, que evoluiu, ou seja, em termos materiais, nossa elite é primeiro mundo, em termos de cidadania, ainda estão na idade média.

  7. Diogo Costa, clap, clap,

    Diogo Costa, clap, clap, clap!

    Ser de esquerda é ser capitalista, considerando que esse sistema econômico, com o livre mercado, a propriedade privada, a inovação obtida graças à pesquisa e ao desenvolvimento foi quem proporcionou todo avanço civilizatório – conseguido com base em ciência e em tecnologia – relatado por V.Sa.

    Também nunca entendi a defesa intransigente que se faz a um modo de vida semelhante aos dos grupamentos humanos caçadores-coletores, pré-agrícolas, os quais ficam sujeitos exclusivamente à ditadura da natureza, essa mãe amoral, que não tá nem aí para o destino de suas crias. E isso é o que a civilização moderna faz ao condenar nossos irmãos indígenas contemporâneos  a um modo de vida que não desejaríamos a nós mesmos.

  8. Batendo palmas aqui meu caro

    Batendo palmas aqui meu caro Diogo.

    Apesar de trabalhar em certa extensao sobre impactos das mudancas globais, eu estou longe de ser um fanatico que acredita que eh preciso para de peidar para salvar o Planeta, ou que eh preciso para Belo Monte pelo bem da procriacao do bagres. Soh um adendo Diogo. Nem todo conservacionismo eh ruim. Ao que parece, o que eu entendi eh que vc descreve o uso de uma bandeira intrinsicamente cientifica ,e que necessita de bases, como um vestido novo para seduzir o eleitorado da necessidade das pessoas consumirem mais. Vc estah coreto nesse ponto. Alias, eh interessantissimo como ao atingir a riqueza torna as pessoas mais preocupadas com a natureza. Passaram a vida toda degradando para aumentar o seu quinhao e agora, depois de conseguirem, se vestem de verde para dar algum sentido nessa vida chata de ricaco. 

  9. o autor faz parecer que todo

    o autor faz parecer que todo o desenvolvimento do país se faz com pão e mantega.

    Talvez se ele morasse numa região atingida por barragem entendece um pouco melhor a respeito da forma como a “política de desenvolvimento” é realmente feita. Esquerda é progresso sim, mas também é democracia. Se as coisas são feitas com autoritarismo padrão, pode ser de tapa-sexo ou se lycra, há que se resistir!

    http://www.mabnacional.org.br/

  10. Acho  que o Gianetti é um

    Acho  que o Gianetti é um babaca. Esse negócio da carne e do leite, por exemplo, é só a agenda vegetariana de quem acha que, só pq resolveu viver de alface, pode impor essa dieta universalmente. Neste caso, se trata de autoritarismo disfarçado de outra coisa.

    Mas vamos combinar: ser a favor da preservação da Amazônia e contra Belo Monte não é o mesmo que ser de direita e ser um “conservacionista” tapado. A própria palavra “conservacionista” já é um argumento ad hominem que certa pseudo-esquerda gosta de usar para atacar qualquer um que cobre, por exemplo, o cumprimento da lei, a começar pela constituição federal, e a imposição de limites ao uso irresponsável do tal “interesse público” pra desqualificar qualquer consideração de problemas ambientais.

    Em resumo, pro meu gosto, ser de esquerda é sim compatível com ser contra a construção de UMA hidrelétrica que não vale o custo ambiental quando existe uma base científica suficiente a justificar essa conta – e/ou quando existem alternativas mais racionais e menos destrutivas para suprir a demanda de energia. Mas ser de esquerda não é compatível, a esta altura do campeonato, com a defesa abstrata, a priori, de uma noção igualmente babaca de desenvolvimento que é rasa como um pires.

    A ecologia não é um delírio saudosista ou holywoodiano, mas uma ciência. Em algum momento, esta impugnação obscurantista tem que acabar. Ser de esquerda não é seguir manada. Não é ser irracional.

    O fundamentalismo obscurantista como estratégia eleitoral, cá pra nós, é um luxo que a esquerda, pelo menos, não deveria se permitir.

  11. Enquanto houver competição

    Enquanto houver competição entre as nações, o meio ambiente sofrerá as consequências.

    Qual nação quer preservar o meio ambiente e perder posições nesta competição entre os países ?

    Deixar de poluir, pode significar deixar de produzir, diminuir o ritmo da economia.

    Acelerar a produção, aumenta a poluição e pode criar um meio ambiente que não sustenta a contiuidade de crescimento. Qual a saída ? 

  12. Olha, concordo com

    Olha, concordo com praticamente tudo que está escrito, mas lamento o que não foi escrito: a necessidade de áreas permanentes de conservação, para lazer, pesquisa, manutenção da biodiversidade.

    Enquanto há pressão de países de primeiro mundo para que se reconheça a patente de organismos vivos (os quais podem contribuir para a riquíssima indústria farmacêutica, por exemplo), aqui se menospreza esse patrimônio. Assim, enquanto os de lá querem patentear o sapo venenoso da amazônia para lucrar com os fármacos que dali se desenvolverem, os de cá acham que podem simplesmente passar o trator por cima do sapo.

    Outra questão são os parques nacionais, abandonados à depredação, exploração, incêndios criminosos, lixo, caça e pesca ilegais…a direita acha que deve-se plantar soja nesses espaços, a esquerda acha que deve-se preservá-lo como na idade da pedra.

    E assim seguimos nessa bagunça permanente, de nunca saber com segurança o que se pode ou não fazer onde e quando. Coloca-se imensos empecilhos a exploração necessária de determinadas áreas (por exemplo, em relação às hidrelétricas) e pouco se faz para conservar áreas que realmente deveriam ser conservadas.

    Uma verdadeira bagunça.

  13. É, ja teve candidato e presidente

    que achavam que:

    Alagoas é Brasil, 

    São Paulo é Brasil, 

    Minas Gerais é Brasil, 

    Pernambuco é Brasil,

    e agora vemos que existe alguém acha que o Acre é o Brasil. 

    Toda vez que um governante trabalha pensando deste jeito, o governo acaba em desastre. 

    Só que o Brasil não é isso – Brasil é composto de 27 regiões com problemas distintos. Quem soube governar administrando essas 27 diferenças se deu bem. 

  14. É  perigoso para a humanidade

    É  perigoso para a humanidade quando a esquerda, que deveria apontar o novo, se alinha ao atraso.

    A questão ambiental atual é o problema mais serio que o homem ja enfrentou em toda a sua historia.

    Se não houver solução, se é que ainda exista, todos os setores da vida serão afetados, a industria, a agricultura, a economia, as relações internacionais, a saude, a segurança dos povos.

    Enfim, tudo.

    Não entendo como pessoas brilhantes e esclarecidas, como o autor do post, se negam a aceitar esse fato.

    Não deve ter assistido, na semana, pela televisão as cenas de vizinhos, no interior paulista, se digladiando a socos e pontapes porque o caminhão pipa foi a casa de uns e não de outros, ou melhor, ja brigando por agua.

    O homem sera capaz de substituir a gasolina,o tijolo, o relogio e qualquer outra coisa, menos a agua.

    E agua não nasce na torneira, mas nos mananciais.

    O que, gravemente, esta acontecendo em São Paulo é consequencia de desmatamentos em larga escala.

    As pessoas “não morrem mais de tuberculose e gripe”, mas de cancer e muitas doenças causadas pela poluição em todos os niveis.

    Sofremos hoje, tambem, de uma nova doença, quando o ser humano não consegue mais sentir a importancia fundamental de um rio e,assim, compreender que a construção de uma hidreletrica significa sempre uma imensa agressão a um  insubstituivel bem natural.

    Construimos hidreletricas que nos ajudaram a progredir, mas elas tiveram um custo bem alem do financeiro.

    Ate um certo tempo esse custo foi suportavel.

    Começa ser arriscado.

    Trata-se de um grande engano classificar as pessoas atentas a esse problema como “reacionarias”.

    Evidentemente que assuntos de grande interesse social despertam interesse de aproveitadores de todos os tipos.

    Temos ate candidatas a presidencia, dita “conservacionista”, cujo vice é o representante dos trangenicos na camara.

    E assim vai.

    Temos ate um vice americano que sai pelo mundo “defendendo a natureza”.

    E dai?

    Malandragem sempre existiu.

    É uma pena que a direita entenda primeiro a extensão do problema e saia na frente visando ao que sempre se propos, isto é, alcançar lucros com a desgraça humana..

    Mas é bom a sociedade ficar esperta porque sem luz ainda se da um jeito, mas sem agua a coisa fica dificil,ou melhor, impossivel.

     

    1. Não ganho, nem perco nada com

      Não ganho, nem perco nada com as estrelinhas do blog do Nassif.

      Alias, nem assino mais comentarios com meu nome.

      Mas gostaria de saber as razões de alguem achar pessimo um texto que diz que o problema ambiental atual é o mais grave problema que a humanidade ja passou em sua historia.

      Por favor explique-se.

  15. Com tanta paulada que Marina

    Com tanta paulada que Marina leva dos comentaristas habituais, é de se supor que a mesma é favorita. Dou boas gargalhadas pela confusão estratégica que ora passa pela militancia. Mas não era o mineiro ? E agora é esta acreana ? Companheiros unidos, a inimiga é a Marina !!! Não passará!!! 

  16. Calculemos: Depois de cerca

    Calculemos: Depois de cerca de 10.000 anos de ocupação o território brasileiro, com seus recursos naturais e formas vigentes de produção (ecológicas), em 1500 suportava cerca de 5 milhões de indígenas. Supõe-se. Supõe-se também que em equilíbrio. Se hoje somos 200 milhões, isso se deve a novas técnicas e relações de produção. Voltar ao “equilíbrio ecológico” que se romantiza, significaria eliminar 195 milhões. Nem Hitler pensou tão “grande”.

  17. Atestado de burrice

    Se esta senhora e este senhor, candidatos à presidência da República, forem eleitos, decididamente estaremos fritos..

    Suas políticas atendem apenas aos  interesses de uma minoria que não reflete as necessidades da grande maioria da população. Se conseguirem, com suas máquinas midiáticas, enganar a grande maioria dos eleitores, realmente estaremos passando um enorme atestado de burrice.

  18. Crescer sem consumir

    Crescer sem consumir.

    Esse é o desafio.

    Tudo que o autor citou acima, os progressos na medicina e na melhoria de condição de vida das pessoas, trouxe um aumento no consumo de bens, até pelo aumento do tempo de vida das pessoas, mas também pelo aparecimento de equipamentos que consomem energia. Isso levou a um aumento na produção de energia, principalmente carvão e petróleo.

     

    Os negacionistas do aquecimento global dizem que o aumento do CO2 na atmosfera não causa quecimento global. Um movimento praticamente idêntico aos que diziam que o chumbo tretraetila não causava problemas de saúde.

     

    Eles querem manter tudo como está, porque está bom para eles.

    O desafio, além da briga com estes negacionistas, é criar novas maneiras de gerar energia e obter bens de consumo SEM prejudicar ainda mais o meio ambiente.

     

    Temos que fazer MAIS com MENOS.

    Equipamentos que consumam menos energia, que sejam feitos com materiais menos agressivoa ao ambiente (isso inclui toda a cadeia de produção do bem), que possam ser reutilizados/reciclados mais facilmente, evitar desperdícios (isso inclui a água, que não seria um problema em são paulo se  houvesse combate ao desperdício na distribuição da água para a população).

     

    Temos que aprender a viver com o que temos, porque o modelo atual leva a consumir MAIS do que temos disponível.

    Lembrando que este é o único lugar que temos para viver.

  19. Ser de esquerda não é ser

    Ser de esquerda não é ser contra a indústria…..

    Ser de esquerda é se apropriar de todos……….

    Ser de esquerda não tem nada a ver……….

    Ser de esquerda nem é ser comunista ou socialista.

    “Ser de esquerda é a ação política com o objetivo de implementar um estado totalitário que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os burocratas que tomam conta deste estado. Esquerdismo é a crença nessa ação política, e, por consequência, no estado inchado e interventor.”

     

     

     

    1. ser de direita é. …

      “Ser de direita é a ação política com o objetivo de implementar um estado fantoche controlado por banqueiros que obtenha o máximo de controle sobre a vida de seus cidadãos, de forma que tudo beneficie os banqueiros que tomam conta deste estado.”

  20. Essa visão é maniqueísta

    Me irrita essa associação da preocupação ecológica com o conservadorismo. Entendo que ele muitas vezes utiliza da retórica ambientalista com o intuito de fazer oposição ao governo, mas isso não muda o fato do desenvolvimentismo ser catastrófico ao meio ambiente a longo prazo.

    Hidrelétricas não são a solução ambiental da humanidade, essa panacéia romantizada que seus defensores costumam alardear, longe disso. A barragem de um rio altera drasticamente e de modo irreversível a dinâmica do rio, o que se reflete em todos os ecossitemas nele inseridos, a decomposição de toda matéria orgânica submergida gera metano (um dos contribuintes do efeito estufa) por décadas, só pra citar alguns de seus impactos.

    Não é questão de romantizar o passado. É questão de ver que a lógica de crescimento infinito caminha para o colapso catastrófico generalizado, é só questão de tempo. Isso já ocorreu em muitas sociedades humanas (ilha de páscoa, vickings da groelândia, etc.) e vai acontecer de novo, só que eventualmente em escala global.

    Por isso que essa visão, de que a crítica conservacionista ao desenvolvimentismo que norteia o Estado brasileiro seja vendida ou puramente oportunista de oposição, é uma visão maniqueísta que esvazia o debate, porque tem muita crítica embasada e pertinente que passa a ser taxada de interesse de países ricos. O texto termina dizendo que é preciso aumentar a produção e a renda, ou a população vai morrer de fome! Maniqueísmo barato, porque o mais importante alterar a distribuição, a produção pode até diminuir que a qalidade de vida da população mundial não depende de superávit.

    Não é o crescimento econômico ou o aumento do PIB que vai solucionar nossos problemas. falar que há uma “visão pueril e anti científica sobre a natureza, que é e sempre foi um ambiente hostil ao homem”, é um erro porque distancia o homem da natureza. Somos e sempre fomos parte da natureza, só mais uma espécie tentando se manter, e enquanto não nos vermos dessa maneira seguiremos esse caminho da auto destruição.

    1. Sr. Teles, Tudo isto que sr.

      Sr. Teles, Tudo isto que sr. diz, eu já ouvi há uns 30 e poucos anos, quando da construção de Itaipú. Sabe o que aconteceu com o fim das Sete Quedas? NADA, ou melhor aconteceu sim, foram criadas lindas praias artificiais, muita energia para o País crescer, colonias de criadores de peixes e varias ações sociais da ITAIPU. 

       

    2. Aqui parece se estar travando

      Aqui parece se estar travando um debate bem maniqueista. De um lado os do bem: que defendem o meio ambiente e que o problema humano seja delegado ao segundo plano. Do outro, os do mal: os miseráveis capitalistas exploradores que querem destruir o planeta para preservar seus lucros.

      Ninguém aqui está defendendo esta última posição ao debater o tema. Trata-se de exorcizar osexageros! Provavelmente, ninguem que está debatendo é grande proprietário rural ou megaempresário. É quase certo que a maioria partilha das mesmas preocupações. O grande problema atual da humanidade é que fomos todos formados sob o império pedagógico da especialização. Aprendemos a olhar para a raiz da árvore e não conseguimos imaginar a floresta… A Terra como um todo é um organismo vivo e os seres humanos (por mais que alguns biólogos discordem) são a consciência do planeta. A formação do estágio social humano tem enorme papel na evolução de toda a biosfera. Tudo está evoluindo mais rápido, no rítmo do banco de dados (social), que pela primeira vez, na longa história da evolução, situa-se fora da nanotecnologia natural das moléculas orgânicas. Quem ainda não notou que os animais, mesmo os mais ferozes, evoluiram conosco? Já observou que seu cachorro está quase falando? Tirando da jogada o discurso de poder travestido de ambientalismo, vamos debater este tema sim, porém com o cuidado de separar o joio do trigo. Infelizmente, a grande maioria hoje é joio.

      A evolução da consciência não pode ser travada e com ela virá a evolução do cuidado com nossa nave mãe. Soluções simplistas como cortar o “pinto” dos pobres, matá-los de fome, regressão ao tempo das cavernas e quem sabe aparece um çábio (assim mesmo) propondo usar armas nucleares ou vírus mortais para apressar o trabalho. A solução ELISIUM (vejam o filme) tampouco serve… A meu ver temos que reduzir a desigualdade no Brasil e no mundo com políticas de controle do capital (o que não é o caso de Marina)  e investir em bem estar da população, com comida apenas na quantidade  necessária, transportes coletivos abundantes, saúde global de baixo custo e, sobretudo, educação do mais alto nível, para propiciar o novo salto da evolução da consciência: A DISSEMINAÇÃO UNIVERSAL!!!

  21. teoria da conspiração

    “A quem interessa o conservacionismo, senão aos países ricos que consomem muitíssimo e que agora querem impedir que os países em desenvolvimento possam elevar o padrão de vida de suas gentes?”

    Mais uma enfadonha teoria da conspiração.

  22. mais

    Concordo com  o comentario anterior, é mais uma teoria da conspiração idiota, desta vez dizendo que ambientalista repressenta conservadorismo e atraso, daqui a pouco vao dizer que comem criancinhas.

    O que o medo de ver uma candidatura crescendo vaz com as pessoas, inventam de tudo.

    Ele pode ser unir a regina duarte, pois os dois tem MEDO. 

    1. O pensamento raso e simplório de um imbecil

      O pensamento raso e simplório dos imbecis é exatamente assim. 

       

      Não trazem dado algum para o debate (porque não os tem) e identificam tudo como sendo uma ‘teoria da conspiração’. Entre a imbecilidade e a ignorância pura e simples, os idiotas e parvos, que não tem capacidade cognitiva para compreender um simples texto qualquer, partem para a desqualificação do interlocutor.

       

      O imbecil em questão nem sabe o que é conservacionismo ou desenvolvimento sustentável. Também não sabe o que é a fratricida disputa comercial que envolve a agricultura e os subsídios que os países ricos oferecem aos seus produtores rurais. 

       

      Como é que se vai discutir alguma coisa séria com alguém tão grandiloquentemente burro?

      1. Grande

        Ideia esta sua, responder a um comentario com uma resposta agressiva, que disconfio que na verdade voce não passa de um troll que se esconde atras de um pseudo-intelectual que acha que sabe todas as verdades do mundo.

        tanto seu o que é pois sou engenheiro florestal, e não necessido do senhor para me dizer o que é desenvolvimento sustentavel, e o senhor querer a primasia de conhecimento é triste.

        E continuo dizendo o senhor tem MEDO, pois vem com teorias absurdas sobre desenvolvimento e defesa ambiental que daqui a pouco vai dizer que são os alienigenas que são donos do mundo e derrubaram um avião para fazer uma certa ambientalista ter chances de ganhar a presidencia.

        E por fim responder um comentario de uma forma educada, sem chingamento. não deve ser dificil pois o senhor nos coloca com seres desenvolvidos e industrializados que devem ser melhores que indios e povos primitivos que na sua compreenssão tacanha são sob desenvolvidos e irracionais, e que deveriam ser absorvidos pelo ditos ” homens civilizados” como voce ou apagados da face da terra. 

  23. Também não se deve almejar crescimento a qualquer custo

     

    Diogo Costa,

    Penso que defender valores relacionados com o meio ambiente não pode ser entendido como uma posição de direita. Esta defesa do meio ambiente também não deve ser vista como de interesse dos grandes grupos econômicos internacionais. Para eles, haveria mais ganho se chegassem no Brasil abrissem uma cratera e levassem tudo para o exterior, sem ter custos adicionais com a conservação ambiental.

    No mais concordo com você e deixo o link para três posts aqui no blog de Luis Nassif onde este assunto tendo o Andre Lara Resende como foco foi bastante debatido. O primeiro é o post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis” de segunda-feira, 30/01/2012 às 10:36, reproduzindo o artigo de J. Carlos de Assis “O manifesto revolucionário de André Lara Resende” O endereço do post post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-manifesto-de-andre-lara-resende-por-j-carlos-de-assis

    O segundo post é “Crítica ao artigo de Lara Resende “Além da conjuntura”” de quinta-feira, 27/12/2012 às 06:39, de autoria de Rui Daher em que ele transcreve um post no Terra Magazine em que ele lança como título a seguinte pergunta: “Não devemos mais perseguir o crescimento econômico?”. O endereço do post “Crítica ao artigo de Lara Resende “Além da conjuntura”” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/critica-ao-artigo-de-lara-resende-%E2%80%9Calem-da-conjuntura%E2%80%9D

    E o terceiro post é “André Lara Rezende, o demiurgo de uma nota só” de sexta-feira, 20/01/2012 às 10:33, em que Luis Nassif faz uma introdução bastante crítica ao artigo André Lara Resende saído no jornal Valor Econômico, intitulado “Os novos limites do possível”. O endereço do post “André Lara Rezende, o demiurgo de uma nota só” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/andre-lara-rezende-o-demiurgo-de-uma-nota-so

    Já nos dois primeiros parágrafo do texto introdutório de Luis Nassif ao artigo de Andre Lara Resende é possível ler esta pérola de acusação:

    “Em algum momento de 1995 escrevi algumas colunas na Folha dizendo que havia algo de errado na economia. Não era possível um modelo em que uma pequena distribuidora, com R$ 14 milhões de capital, registrasse um lucro de R$ 140 milhões (a parte registrada), enquanto um atacadista com R$ 1 bilhão de faturamento tinha lucro de apenas R$ 10 mi.

    André Lara (um dos sócios da distribuidora), primeiro, tentou dar uma carteirada acadêmica, em um artigo na Folha em que falava sobre “palpiteiros”. Depois, recuou e marcou um almoço”.

    Trata-se da distribuidora Matriz e o outro sócio é o Luis Carlos Mendonça de Barros. Um dos comentaristas, o Sanzio, em comentário enviado sexta-feira, 20/01/2012 às 15:14, reproduz matéria do Blog do Mello publicada na sexta-feira, 09/12/2011, com o título “Por que Pimentel e não André Lara Resende, que Nassif afirma que enriqueceu com informações superprivilegiadas?” em que há mais à frente uma entrevista de Luis Nassif dada a Paulo Henrique Amorim, onde Luis Nassif esclarece com mais detalhe o episódio com o Banco Matrix. Penso que vale a pena fazer uma leitura do texto do blog do Mello que o Sanzio transcreveu.

    E por fim transcrevo um trecho do comentário que enviei segunda-feira, 30/01/2012 às 17:12, para o comentário que Assis Ribeiro enviou segunda-feira, 30/01/2012 às 12:01, junto ao post “O manifesto de André Lara Resende, por J. Carlos de Assis”. Disse eu lá:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “Haverá um momento em que a proposta de André Lara Resende de crescimento zero não só será factível como necessária, imprescindível e inadiável. Ai o modelo será semelhante ao que você propôs e como também ao modelo de Nicholas Georgescu-Roegen que foi bem resumido no parágrafo transcrito a seguir do artigo de José Eli da Veiga, publicado no Valor Econômico de 08/02/2008 e intitulado “Reabilitar Georgescu”. Disse lá José Eli da Veiga:

    “Para que o tão badalado desafio da “sustentabilidade” possa ser discutido com algum rigor, nada mais aconselhável do que as oito normas de seu sarcástico “programa bioeconômico mínimo”, formulado em 1976. Primeiro, banir totalmente não apenas a própria guerra, mas a produção de todo e qualquer instrumento que tenha essa finalidade. Segundo, ajudar os países menos desenvolvidos a obter existência digna, mas em nada luxuosa, com a maior rapidez possível. Terceiro, reduzir progressivamente a população mundial até um nível no qual uma agricultura sem petróleo baste à sua conveniente nutrição. Quarto, evitar todo e qualquer desperdício de energia -se necessário por drástica regulamentação – enquanto se espera que se viabilize a utilização direta de energia solar, ou que se consiga controlar a fusão termonuclear. Quinto, curar a sede mórbida por bugigangas extravagantes, para que cesse a sua produção. Sexto, acabar também com essa doença do espírito humano que é a moda, para que fabricantes se concentrem na durabilidade. Sétimo, investir pesadamente na concepção de mercadorias que sejam as mais duráveis. Oitavo, reduzir o tempo de trabalho e redescobrir a importância do lazer para uma existência digna”.

    O endereço do artigo “Reabilitar Georgescu” que se encontra no site do professor José Eli da Veiga é:

    http://zeeli.pro.br/3586

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Não é porque José Eli da Veiga seja assessor de Marina Silva que as teses que ele defende e o apoio que ele dá a Nicholas Georgescu-Roegen possam ser caracterizados como conservadorismo a favor do interesse imperialista das grandes potências. Na atual realidade os países em desenvolvimento e os mais pobres ainda têm muito que crescer, mas mais à frente a realidade do baixo crescimento terá que ser enfrentada.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 22/08/2014

  24. Tá toda torta essa discussão

    Se o Brasil estivesse em vias de se tornar um país desenvolvido, poderia até ser.

    Dilma/Lula emulam o desenvolvimentismo do regime militar, inserindo perifericamente o país como mero exportador de commodities para os países ricos. 

    Qual o projeto? Brasil 1° mundo em cima de Friboi, Marfrig, BrFoods? Nós exportamos minério e carne, enquanto chineses nos vendem alta tecnologia.

    Nesse modelo há pressão nos recursos naturais, riquezas exorbitantes são formadas, o povo recebe migalhas e o país continua pobre.

    Se as únicas opções forem a política econômica atual e o “não podemos crescer”, estamos lascados.

    1. Absolutamente nada a ver

      Os governos Lula e Dilma são diametralmente opostos aos anos 70

       QUA, 22/01/2014 – 07:58

      COMENTÁRIO AO POST: O GOVERNO DILMA TEM TODA A CARA DE ANOS 1970

      Este é um dos posts mais ridículos que já vi em toda a minha vida. Os governos de Lula e Dilma, pelo que será exposto logo abaixo, representam justamente o contrário do que houve nos anos 70!

      Nos anos 70 vivíamos uma brutal ditadura militar, onde a brutalidade da ditadura em si era agravada pelo famigerado AI-5. Vivíamos nos idos dos anos 70 a época dura da repressão, da censura, das mortes, dos estupros, das torturas, das ocultações de cadáveres e de toda a sorte de arbitrariedades contra quem ousasse se opor aos fardados de plantão, que jamais receberam a chancela do povo brasileiro para estarem onde estavam e, menos ainda, para praticarem atos bárbaros de terrorismo de estado.

      Nos anos 70 o Brasil ia muito bem com o “milagre econômico” enquanto o povo brasileiro ia mal das pernas. Tínhamos naquela época inflação descontrolada, arrocho salarial, manipulação de índices oficiais, brutal concentração de renda, desmonte criminoso da educação e da saúde públicas, pérfido e acelerado êxodo rural (cujas consequências são sentidas até hoje), compressão vergonhosa do salário mínimo e uma série de índices sociais comparáveis aos países da África Subsaariana (e que pioraram ainda mais a partir do golpe). Acabou (com Lula e Dilma) o conto do vigário de esperar o bolo crescer para distribuir renda!

      Nos anos 70 era impossível que um coxinha fantasiado viesse a público criticar a quem quer que fosse, mesmo que a crítica fosse completamente imbecil ou sem nexo. Se o fizesse, iria direto para as masmorras dos ditadores para ser ‘gentilmente’ torturado (dentes arrancados, pau de arara, arrancamento de unhas e outras “amenidades”…). E uma pessoa em especial sentiu na pele e na alma o que era se posicionar contra a ditadura naquele tempo. Esta pessoa hoje preside o Brasil por obra e graça do sufrágio universal, livre e desimpedido do povo brasileiro.

      O bom da democracia é que até mesmo os néscios podem se manifestar e escrever toneladas de bobagens sem nenhuma conexão com a realidade concreta e objetiva dos fatos. Melhor assim, hoje o máximo que acontece é que caiam em completo ridículo ao escrever tantas e tão variadas pérolas do senso comum e da mistificação grosseira… 

      Por fim, percebam que é preciso uma alta dosagem de maluquice para comparar o sistema eleitoral norte-americano (onde apenas dois partidos dominam o parlamento), com o caótico sistema eleitoral brasileiro onde quase 30 partidos tem representação popular no Congresso Nacional. Isto é tão absurdo e fantasioso que nem merece maiores comentários. Quem sabe o coxinha fantasiado não resolve fazer um post elogiando o ditador Ernesto Geisel? Foi no governo ditatorial dele que se aprovou a Lei do Divórcio no Brasil…

       

      1. Não concordo com tudo que o

        Não concordo com tudo que o Taguti disse, niilismo demais.

        A política social do PT é a melhor de todos os governos, porém economia não é uma ciência vista apenas pela ótica social.

        Nos anos 70 (e desde 1930 para ser claro), o Brasil teve o seu melhor projeto econômico, passando por diferentes governos: fascista (Médici), populista (JK) trabalhista (Jango), etc.

        Só vejo política industrial no PT apenas com a industria naval, alguma coisa legal sendo feita na Defesa e Medicamentos e o setor de bens de capital como a locomotiva do desenvolvimento desde 2003, muito pouco para um partido de intelectuais e nascido como consequência do Milagre Brasileiro (sem indústria o PT jamais existiria).

        Geisel foi um governo que chegou inclusive a contar com simpatia de esquerdistas quando teve uma política externa independente, nacionalismo econômico e criou a Embrafilme (única vez que o cinema brasileiro teve distribuição e ganhou mercado), não se pode comparar com as barbaridades dos anos Médici. 

  25. essa esquerda equivocada é a

    essa esquerda equivocada é a que ostuma dar milho pra bode.

    o da casa grande latifundiária e da financeirização da economia.

    inocentes (in)úteis.

  26. Internacionalização da amazônia

    Este post deve ser filho da notícia sobre a Internacionalização da amazônia que circula a anos na internet.

    Este post deve ser irmão mais novo das mensagens que dizem que as reservas indígenas vão se tornar independentes do Brasil.

    paranóia.

  27. Desenvolvimento economico não

    Desenvolvimento economico não combina com sustentabilidade. Sustentabilidade é uma invenção das grandes potencias mudiais para enganar os que defendem o planeta da ganhancia dos capitalistas. No sistma em que vivemos não solução. Caminhamos para o caos. Mas o caos é regenerativo, nesse setindo, sobrevivendo alguém poderá sugir uma nova ordem.

  28. Desenvolvimento economico não

    Desenvolvimento economico não combina com sustentabilidade. Sustentabilidade é uma invenção das grandes potencias mudiais para enganar os que defendem o planeta da ganhancia dos capitalistas.

    “Em seu recente livro, “The Growth Illusion”, o economista Richar Douthwaite mostra que uma economia verdadeiramente sustentável exigiria crescimento zero. Salienta que, apesar de suas promessas, o crescimento pouco fez, nos anos recentes, para elevar a qualidade de vida. A promessa de mais empregos foi desmentida pelo desemprego, gerado pela eficiência e produtividade introduzidas pelas novas tecnologias. O crescimento econômico continuado tem enriquecido alguns e empobrecido muitos mais. Pior: tem prejudicado o ambiente, empobrecido o solo, poluído os mares e o ar. Criou o efeito estufa, diminuiu o camada de ozônio e desencadeou uma vasta gama de desastres ambientais.”

    “Mas crescimento-zero é uma idéia desconfortável para a maioria dos economistas e políticos. E é compreensível que assim seja. O capitalismo ocidental não pode sobreviver sem crescimento. Economias nacionais e empresariais são compelidas a se expandir para evitar um colapso. Aqui, o conflito fundamental. Queremos assegurar o futuro da humanidade, mantendo o próprio sistema que a está conduzindo para o abismo.”

    No sistma em que vivemos não hásolução. Caminhamos para o caos. Mas o caos é regenerativo, nesse setindo, sobrevivendo alguém poderá sugir apartir daí, uma nova ordem.

  29. A discussão é importante.

    A discussão é importante. Claro que países superdesenvolvidos, como regra, acreditam que nós, os países em desenvolvimento, devemos nos abster de produzir e consumir o que eles, os desenvolvidos, produzem e consomem, em favor de uma preservação ambiental que jamais esteve dentre as preocupações dos ricos.

    Isso é fato,constatável não apenas por quem é de esquerda, mas por qualquer pessoa que se disponha a ler e refletir sobre o assunto.

    O André Lara Resende chega ao cúmulo de afirmar que não podemos mais crescer. É a tese do “quem ganhou, ganhou, quem não ganhou não  ganha mais”. A própria história da moeda número 1 do Tio Patinhas.

    O problema reside exatamente no fato de que os recursos do planeta têm limite. A rigor, de nada nos adiantaria chegarmos a crescimento elevado, se isso nos custar a destruição do meio ambiente. De nada serve, para ninguém, o planeta crescer economicamente de forma desenfreada se isso significar a caminhada para o abismo.

    Balancear essas demandas é a questão. Países ricos não aceitam retrair seu crescimento em favor de países e populações pobres. Na verdade agem sempre como os donos da bola. 

    Por isso que nós, habitantes do mundo pobre, não podemos renunciar ao nosso direito de crescer e distribuir riquezas. Como seres humanos temos direito a usufruir dos bens produzidos pela humanidade. Mas nada impede que assentemos esse crescimento em práticas ambientais positivas, buscando sempre a melhor preservação de nosso meio ambiente. Ainda mais quando sabemos que o Brasil é uma grande potência ambiental que devemos manter e preservar o melhor que pudermos, para nosso benefício e também do planeta.

     

  30. Xaropada oportunista do dioguinho.

    Tudo porque existe uma candidata de oposição identificada com a causa ambiental. Aí então, vem o primarismo político que é da essência de um oportunista/carreirista: um ataque a causa para “desconstruir” a candidata. Imagino quando a candidata esboçar em público seu compromisso com as bases que lhe deram, praticamente todos, os quase vinte milhões de votos em 2010 – não foi da causa ambiental que extraiu tantos votos. Quero ver então, os dioguinhos da vida “desconstruirem” os evangélicos. O PT precisa ser urgentemente salvo dos seus militansos na rede.

    O ambientalismo é antes de mais nada, uma causa ética, uma moral de compromisso e responsabilidade com as gerações futuras. A sociedade de consumo e produção de mercadorias é apenas um compromisso com a acumulação capitalista. Não há nada de esquerda na perseguição do mito do desenvolvimento capitalista; isto vai contra o saber científico acumulado nos últimos cinquenta anos, só uma “esquerda” mumificada em algum ano dos 1950, para ficar atrelada a tal mito. O capitalismo e a sociedade industrial que sustenta mostra-se avassaladoramente predatório dos recursos naturais; de forma temerária, desperdiça hoje recursos que farão falta às gerações que virão. A ética antiambientalista está resumida na frase de Luis XV: depois de mim, o dilúvio! O antiambientalismo é uma causa anti-humanidade, a predação atual será encarada no futuro como um fenômeno genocida.

    O texto é uma coleção de chavões reacionários antiambientalistas, todos eles falaciosos. Não vou responder a todos, falarei sobre um deles. Pra se ter saúde e educação universalizadas, não é preciso de nenhuma sociedade de consumo intensamente industrializada, até porque essas indústrias transferem recursos para suas origens em países bastante ricos, que querem de nós somente matérias primas e produtos com valor agregado com energia,os chamados eletrointensivos. Da esquerda real vem um exemplo: Cuba não tem metade da nossa renda per capita, sua população tem acesso muito limitado a bens de consumo, no entanto, tem índice de desenvolvimento humano superior ao nosso, graças ao sistema universalizado de educação e saúde. Consumimos mais do que eles, mas temos menos saúde, menos educação e também mais ignorância e estupidez, como se vê nesse texto safado e oportunista do dioguinho, alguém que se pretende de “esquerda” e sai em defesa da expansão e da alienação capitalista.

    1. Invejoso a serviço do Itaú e do capital financeiro

      O cidadão em questão, ao não conseguir sequer responder ao mais básico postulado do texto, passa para a ofensa contra o autor.

       

      E o autor então reafirma: o conservacionismo é uma estratégia (nem tão nova) dos países ricos e já industrializados contra os países em desenvolvimento. Essa estratégia consiste em aumentar de forma absurda as infindáveis condicionantes ambientais, impedindo que outros países possam se industrializar e competir com a indústria madura dos países que chegaram antes no processo da Revolução Industrial.

       

      É contra esse conservacionismo reacionário que o autor escreve, mesmo porque o autor defende com máxima ênfase o enfoque do desenvolvimento sustentável, que mitigue ao máximo os danos que inevitavelmente a ação do homem causa ao meio ambiente. Abrir mão das potencialidades agrícolas e industriais do Brasil, em nome de uma tese estúpida e forânea de preservação total do meio ambiente, é um crime que se comete contra milhões de brasileiros que ainda estão à margem das condições mínimas de dignidade que se postula neste século XXI.

       

      Quanto ao processo eleitoral, a posição do autor é deveras conhecida. Ele defende o governo Dilma, que junto com Lula empreendeu medidas de proteção ambiental em larga escala, com base no desenvolvimento sustentável e é terminantemente contra o PSDB, neoliberal e capacho dos interesses dos EUA.

       

      E é contra também a neo candidata neoliberal, que vem com um falso verniz de modernidade mas que na verdade é a candidata preferencial do conservacionismo reacionário. Tese esta que cai como uma luva nos interesses da indústria e da agricultura altamente subsidiada dos países centrais. Quem haveria de ser a favor de uma candidata que tem como principal porta voz uma banqueira? Quem haveria de ser a favor de uma candidata que fez o primeiro congresso de seu projeto de partido (a Rede) em luxuosas instalações bancadas pelo Banco Itaú, que contavam até mesmo com tons e cores característicos deste banco?

       

      Enfim, o cidadão em questão, caluniador e pseudo progressista, anda agarrado no capitalismo financeiro, que pretende destruir a agricultura e a indústria do Brasil, e ainda se acha o “cara”…

      1. Escuta aqui, imbecil!

        Você ocupou cargo publico, na prefeitura de Flores da Cunha – RS, na função de responsável pelo meio ambiente. Comparece aqui com um texto absolutamente hostil ao ambientalismo, para com ele contestar uma candidatura que não tem seu apreço.  Nada contra suas restrições a candidata, com a qual também tenho restrições, mas não pela parte do seu programa que acho positiva, a questão ambiental, mas pelo seu compromisso com a agenda reacionária “evangélica”, agenda que você não ousa tocar.

        Você não atacou uma candidata no seu texto, mas uma causa respeitável, fundamental para a presevação da civilização. Você atacou o ambientalismo. Enxovalhou as preocupações  ambientais com os mais reacionários chavões e preconceitos. Tudo o que você expôs contra o ambientalismo desmerece a ocupação que seu partido lhe ofertou: um cargo para cuidar daquilo que você confessamente despreza: que o ambientalismo deve se sacrificar ao “desenvolvimento” capitalista, porque este é o bem supremo, aquele paga o caixa dois de campanha.

        Acho ótimo sua sinceridade com os propósitos reais do PT, um partido que indica numa prefeitura, para responsabilidade com o meio ambiente,  alguém como você, que demonstra publicamente nesse texto, todo seu “apreço” a causa ambiental. O PT nomeia oportunistas como você, para cargos que não têm a menor identificação, porque o partido não se identifica, na prática, com as causas que seu programa hipócrita enuncia.

        O pt vira cada vez mais isto aí: um dioguinho bosta, provinciano e medíocre, carreirista que aceita nomeações para funções que, se apenas nada entendessem não fariam tanto estrago, mas que são absolutamente contra a essência de suas funções, traíras de seus compromissos políticos, interesseiros nos finaciadores reeleitorais.

        O que se vê pela rede é que, a cada dia que passa, o pt se revela no Partido dos Traíras.

        1. Ficou nervoso…
          Com muito orgulho fui Diretor de Meio Ambiente!

          E cumpri com todas as exigências ambientais presentes no ordenamento jurídico municipal, estadual e nacional.

          Além de, obviamente, contratar uma equipe técnica multidisciplinar (engenheiro ambiental, engenheiro químico, engenheiro florestal e geólogo) para melhorar desempenhar a relevante tarefa de proteção ambiental.

          O município em questão sequer tinha uma equipe como essa, desrespeitando as normas da FEPAM!

          Para os que conhecem o debate do meio ambiente, e defendem o desenvolvimento sustentável (e não o conservacionismo forâneo e reacionário), não há nada mais importante do que montar uma boa equipe de meio ambiente.

          Até mesmo porque o principal desafio das prefeituras é fiscalizar a indústria e os serviços. A parte florestal, por incrível que pareça, demanda menos conhecimentos técnicos para ser fiscalizada.

          Mas te agradeço pela lembrança. Muito obrigado!!!

    2. Engraçadinho! Destruir a

      Engraçadinho! Destruir a causa com argumentos racionais é ação política verdadeira. Não se trata de intromissão na vida pessoal do candidato, mas de argumentar contra teses, que podem ser muito válidas até na Alemanha, mas não em um país em desenvolvimento. Se os países desenvolvidos prezam tanto o meio ambiente porque não reduzem seu poder e padrão de vida para igualarem-se ao nível médio do mundo? É por aí que se vê o quão maliciosa é a proposta. Lembre-se o diabo mente e mente sem escrúpulo algum!

      1. Quem disse que o reacionarismo não tem argumentos racionais?

        O antiambientalismo é reacionário e bastante racional em seus argumentos, que são eticamente inaceitáveis, pois representam um desrespeito total com as gerações futuras, o bem estar e a preservação da humanidade.

        As forças progressistas defendem a distribuição igualitária dos frutos da riqueza; os reacionários argumentam, racionalmente mas com princípios de defesa da desigualdade social extrema, de que é preciso deixar o bolo crescer, para depois espalhar algumas migalhas. Veja que há setores que se dizem de “esquerda”  que aceitam este argumento da direita e passam a defender o desenvolvimentismo direitista; a aceitação é tanta, que eles ainda se aliam politicamente ao autor da tese do crescimento do bolo, virou guru dessa “esquerda”. Veja bem, considero o Delfim um intelectual, um pensador muito racional.

        As maiores empresas do agronegócio no Brasil são multinacionais, é errôneo dizer que elas não estão interessadas no “nosso desenvolvimento”. Elas faturam (muito) vendendo sementes, faturam vendendo venenos, adubos, máquinas , faturam fornecendo créditos e especulando com safras em bolsas internacionais. Elas são as maiores interessadas na expansão da fronteira agrícola, no desmatamento e na intensa predação ambiental que vem ocorrendo. Não conheço economia mais internacionalizada do que a brasileira, isto aqui é a casa de mãe joana das multinacionais, é uma babaquice dizer que elas não querem o “nosso” desenvolvimento, que antes de tudo é o desenvolvimento delas. Para se verem aliviadas de demandas ambientalistas, elas “contratam”, com empregos em cargos públicos, certos ideólogos de “esquerda”,para espalharem que o ambientalismo é uma causa dos países ricos, que é um a causa antinacional pois favorecem a esses países. Quando se olha para o campo, vemos as multinacionais desses mesmos paíse deitando e rolando na destruição do nosso ambiente, levarem para seus paises energia e matéria prima barata retirada em nosso solo.

        Cheguei a pouco de um supermercado. Vi nas prateleiras queijos holandeses e manteiga francesa. Importar manteiga era a humilhação máxima, que os pioneiros da industrialização brasileira apontavam na República Velha. Para criar vacas extrair leite, fabricar queijos e manteiga, os agricultores europeus recebem subsídios com os quais compram soja e grãos provenientes do Brasil a preço de farelo e nos vendem queijos e manteiga, cinquenta vezes mais caros do que pagam pela soja.

        Atualmente, o Brasil importa médicos de Cuba, feito do qual se vangloria essa “esquerda”; sou a favor dessa importação, ela é benéfica para nossa população, mas que ela traz uma carga humilhante, da qual não podemos nos vangloriar, ah, isso traz! Repito, Cuba tem menos da metade de nossa renda per capita, é uma demosntração de que qualidade de desenvolvimento humano não está ligada, ao desenvolvimento de uma sociedade industrial de consumo de massa. Com metade da renda per capita é possivel um sistema de educação básica universal, é possível praticar a medicina na forma mais civilizada, a medicina socializada, e a única previdência social defensável do ponto de vista de esquerda: pública e universal.

        O mito do desenvolvimento capitalista é apenas isto, um mito. É impossível universalizar os padrões de consumo material existentes nos países centrais do capitalismo, o chamado american way of life; disso estamos cientes há mais quatro décadas, é uma loucura perseguir objetivos inviáveis, mas loucura ainda quando sabemos que são objetivos suicídas para a civilização e a humanidade. Não é possível crescer a economia perpetuamente sobre a Terra finita, pode se fazer isso por um certo período histórico, mas não para sempre; não é possível nem mesmo manter os atuais níveis de produção muito para além da metade deste século. Desenvolvimento sustentável é um oxímoro.

         

         

         

  31. O que não entendo é, como

    O que não entendo é, como que, com tanta “tecnologia” e “ciência”, continuamos a destruir um planeta que oferece recursos limitados. Se temos tanta tecnologia, deveríamos estar vivendo em um ambiente saudável, ar limpo, água limpa e em abundância, alimento sem agrotóxico, umidade do ar compatível com a fisiologia humana, alimentos disponíveis a todos os seres humanos, sem ter que destruir florestas inteiras ou poluir todo o planeta. Para mim, isso é progresso. Se  nosso planeta é um sistema fechado, não pode haver mais débitos do que créditos, a conta tem de fechar. Mas, o que ocorre, é a exploração desenfreada dos recursos naturais, que a terra não vai repor.  Utilizar esses recursos até que se esgotem é uma atitude inteligente ?  Queimar toda a sua poupança é um atitude inteligente ? Infelizmente, esse tema parece ser complexo demais para toda a população geral e políticos. Lendo os textos acima, percebo o quanto a temática ambiental não é compreendida, mesmo por pessoas intelectualizadas. A discussão acaba ficando restrita à academia, àqueles que realmente trabalham com o meio ambiente e a biodiversidade e compreendem o absurdo de nosso tempos. Acreditar que a “ciência” vai resolver todos nossos problemas é uma falácia. Não há dúvida que a longevidade aumentou, mas, cada vez mais, à custa de drogas e intervenções médicas. E, a  geração longeva que vemos, é a de nossos avós e pais, que viveram em um ambiente muito mais saudável e agora colhem os frutos da medicina moderna. Como será com as próximas gerações, que vivem em um ambiente extremamente poluído e estressante? Façam uma visita a um hospital infantil nesses dias de extrema poluição e tempo seco em São Paulo. Vão ver as crianças largadas pelos corredores fazendo inalação. E o número de infartos dobram. A poluição mata mais do que acidentes de trânsito. Isso é progresso ? É progresso desmatar tanto um estado coberto pela Mata Atlântica a ponto de ficarmos sem água em uma região abençoada por recursos hídricos que não existem em outros paises do mundo ? E que está tornando o ar mais seco do que o deserto de Atacama ? Qual o efeito disso em nossa saúde ? Precisamos mesmo desmatar todo o planeta para sermos felizes ? Ou isso é para alimentar a ganância de poucos ? E a ganância, é típica do capitalismo e do consumismo estúpido – consumir por consumir. 

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