Coordenador abandona campanha de Rodrigo Maia após vídeo de Garotinho

O coordenador do programa de governo do deputado Rodrigo Maia (DEM), Marcelo Garcia, abandonou neste sábado (15) a campanha à Prefeitura do Rio após a aparição do ex-governador Anthony Garotinho (PR) no programa de TV do candidato criticando o apoio do prefeito Eduardo Paes (PMDB) às políticas públicas para homossexuais.

 

Ex-secretário de Assistência Social da administração César Maia, pai de Rodrigo, ele classificou como “oportunismo político” as críticas do ex-governador ao peemedebista.

 

Garcia afirma ainda que, na gestão de Maia, também havia apoio às políticas voltadas a homossexuais, como a Parada Gay.

 

“O senhor tenta usar a insegurança diária da comunidade gay num oportunismo político com o prefeito Eduardo Paes. Na prefeitura Cesar Maia apoiávamos a Parada Gay. Inclusive eu ia dar o beijo de abertura. Na prefeitura Cesar Maia iniciamos o projeto mais importante no país de proteção a travestis. Na prefeitura Cesar Maia garantimos muitos direitos de gays e lésbicas. Tenho um enorme orgulho de tudo que fiz no governo. Eu fico triste em ver um homem como o senhor usar a comunidade gay para confrontar uma campanha eleitoral de adversários”, afirmou o ex-coordenador, em carta endereçada a Garotinho.

 

O ex-governador criticou no horário eleitoral da noite da última sexta-feira (14) a aproximação do prefeito com setores evangélicos, enquanto apoia políticas voltadas para gays. Ele disse que Paes quer “enganar” o eleitor.

 

“O prefeito vai na passeata gay, apoia a formação da família gay, usa dinheiro público vendendo o Rio como a capital mundial do turismo gay. E depois vai para as igrejas evangélicas e diz: ‘Glória a Deus! Aleluia!’ Isso é fingimento, hipocrisia. A quem o Eduardo Paes quer enganar? Vale tudo para ganhar voto?”, disse o deputado no programa de TV.

 

Marcelo Garcia afirma, na carta endereçada a Garotinho, que o ex-governador “é prioridade na campanha de Rodrigo Maia e Clarissa garotinho”, motivo pelo qual decide sair da campanha.

 

Ele diz que aceitou participar da coordenação do programa de governo “tentando conviver com as diferenças abissais entre o meu mundo e o seu [Garotinho]”.

 

“Na última sexta feira, ficou claro que nós dois sempre seremos de lados opostos nesta vida. Eu acredito na igualdade e no direito universal das pessoas serem respeitadas.

O senhor não acredita numa vida de igualdade. O senhor deixa claro que tem outra posição sobre gays, lésbicas, travestis e transexuais”, disse ele, na carta.

Redação

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