Décadas de política neoliberal comprometem hegemonia dos EUA, diz site

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Declínio é visto desde a década de 70, mas diversas combinações políticas e econômicas ajudaram a acelerar quadro

Photo by Jp Valery on Unsplash

Embora os Estados Unidos tenham saído da Segunda Guerra Mundial como uma potência hegemônica em termos militares e econômicos, seus pilares de sustentação encontram-se seriamente comprometidos.

Artigo publicado no site The Saker afirma que essa combinação é composta por “décadas de políticas econômicas neoliberais, gastando grandes somas de dinheiro dos contribuintes para sustentação dos mercados financeiros, as Forças Armadas e a obtenção da paridade econômica/militar pelo eixo China-Rússia-Irã”.

O articulista, identificado como Philliguy, lembra que o declínio econômico e social do chamado ocidente (Estados Unidos e Europa) está vinculado “a uma política externa cada vez mais imprudente dos EUA; ao papel da mídia corporativa na promoção dessas políticas para o público americano/União Europeia e a ascensão da Rússia, China e outros países do sul global”.

Outros fatores mencionados no declínio norte-americano são a crise financeira de 2007/2008, a pandemia de covid-19, a recente guerra entre Rússia e Ucrânia e as mudanças climáticas.

Nesse meio tempo, grupos como os BRICS e a Organização de Cooperação de Xangai foram ganhando cada vez mais força com a adesão de países da África e do Oriente Médio e a comercialização de itens deixando o dólar de lado para priorizar moedas locais.

E o próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou em discurso realizado no mês de junho “o fim do mundo unipolar” em referência à dominação ocidental, enquanto China, Rússia e Irã desafiam o Ocidente em regiões como Europa Oriental, Oriente Médio e Pacífico Ocidental.

“O estágio avançado do declínio do capitalismo americano avançou até o ponto em que a própria sobrevivência do império depende da impressão interminável de dinheiro para manter mercados financeiros e os militares”, diz o articulista, ressaltando que isso tem criado bolhas gigantescas em todas as classes de ativos, colocando em risco o dólar como moeda de reserva mundial.

“Considerando o estado fraco das economias dos EUA/UE, que incentivos econômicos os EUA têm para encorajar os países do Indo-Pacífico a reduzir o comércio com a China?”, diz o site . “A oligarquia dominante está bem ciente do declínio econômico dos EUA e, em desespero, está tentando confrontar diretamente o eixo Rússia-China-Irã, que alcançou a paridade econômica e militar (superioridade?) com EUA/OTAN”.

Clique aqui e leia a íntegra do artigo (em inglês)

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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