Denúncia contra Temer já começa atrasada em 1 semana

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Na próxima quarta, o STF deve analisar se suspende a peça até o fim das investigações do acordo de delação de executivos da J&F
 

Foto: Flickr/Reprodução
 
Jornal GGN – O ministro Edson Fachin irá aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de suspensão do andamento da denúncia, em recurso enviado pela defesa de Michel Temer no início do mês, antes de encaminhar a peça contra o presidente da República à Câmara dos Deputados.
 
Em julgamento feito nesta quarta-feira (13), o Supremo entendeu que o atual procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, não é suspeito e poderia denunciar e investigar Michel Temer, recursando por unanimidade o primeiro dos pedidos de defesa do mandatário.
 
Entretanto, a Corte deixou para a próxima quarta-feira a continuidade do julgamento que tem relação com a suspenção de uma eventual denúncia contra Temer enquanto não são concluídas as investigações sobre o acordo de delação premiada da JBS com a Procuradoria.
 
Nesta quinta-feira, a defesa do presidente protocolou um pedido enfatizando a suspensão da denúncia de Rodrigo Janot, alegando que o tribunal não pode enviar a denúncia à Câmara dos Deputados até o fim das apurações se houve irregularidades na delação de executivos da J&F.
 
Ao receber a peça, o ministro relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, decidiu então aguardar o julgamento do STF sobre o pedido de suspensão feito por Temer. Com a medida, um atraso inicial de uma semana já foi posto na continuidade do processo contra o mandtário. 
 
Mas, ainda, há o risco de se os ministros, por maioria, entenderem que é preciso a conclusão da análise sobre o acordo da JBS para a continuidade da tramitação da denúncia, o caso seria atrasado por ainda mais tempo.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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