Dinheiro “recuperado” na Lava Jato é uma faceta da destruição de empresas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Reuters

 

Sugerido por Webstern Franklin

Por Mauro Santayanna

No Brasil 247

O sr. Deltan Dalagnoll e certas emissoras de televisão continuam afirmando, nos ataques ao suposto “retrocesso” no contexto da Operação Lava Jato, com a redistribuição administrativa do pessoal da Polícia Federal envolvido com essa operação, que ela teria recuperado 1 bilhão de reais apenas nos ultimos 10 dias, em flagrante tentativa de confundir a população.

Dinheiro recuperado é aquele devolvido de contas na Suíça, por exemplo – e nesse sentido, a Operação Lava Jato não “recuperou” mais do que algumas centenas de milhões de reais. Dinheiro de multas punitivas, extorquidas por meio de acordos de leniência, não é dinheiro “recuperado” para a sociedade. Mas apenas mais uma forma, impiedosa, destrutiva, de se “esterilizar” e retirar, da economia real, recursos fundamentais, em um quadro recessivo, de empresas, empregos, projetos e programas que têm sido arrebentados pela justiça nos últimos três anos, acarretando um prejuízo, para a nação, dezenas de vezes maior do que aquele que supostamente foi desviado em corrupção.

São essas obras que deveriam ser urgentemente recuperadas e que, depois que cessar a atividade – se isso vier a ocorrer um dia – da verdadeira bomba de neutrons da Operação Lava Jato, nunca mais retornarão. É incrível como, a cada vez que se toma, ou alguém diz que vai tomar alguma medida que envolva essa operação, certa mídia e cewrtos procuradores insistem em tratá-la, direta e indiretamente, como uma Vaca Sagrada, a última limonada do deserto, perfeita, intocável e impoluta como as vestes de Deus.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. dinheiro….

    Quanto ao artigo é perfeito. Mas as reações decorreram em muito da nossa tendência ideológica, inclusive por parte da Imprensa. Inflados por um AntiCapitalismo. Até ontem acusávamos as empresas brasileiras pela corrupção exercida pelo Poder Político. E não o contrário. Até hoje, o Poder Judiciário, num claro corporativismo, libera o Poder Político para que este tenha influência e condições de continuar a chantagear e extorquir o poder econômico. Exatamente igual ao que fazia antes das revelações. Não é surreal? Mais ainda, sabendo da nossa histórica e covarde omissão quanto aos interesses e conômicos internacionais, permitimos que todos agentes estrangeiros fossem isentados de todos processos. O Brasil se explica.  

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