Emílio Odebrecht diz a Sérgio Moro que caixa dois sempre existiu

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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“Caixa 2 sempre foi o modelo reinante no País e que veio até recentemente. Mas sempre existiu, desde a minha época, da época do meu pai”, afirmou ao juiz do Paraná
 
 
Jornal GGN – Em depoimento ao juiz da Operação Lava Jato na Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, o empresário Emílio Odebrecht e dono do grupo afirmou que a prática de caixa dois existe desde a sua época, do seu pai e também de seu filho, Marcelo. 
 
Afirmou que, desde o impeachment de Dilma Rousseff, e os anos de 2014 e 2015 – período em que foi deflagrada a Operação Lava Jato – mostrou que o modelo existia. Mas que ele sempre foi “reinante no País”, “sempre” existindo.
 
No depoimento, afirmou que sabia que existia “o uso de recursos não contabilizados” pela Odebrecht, mas negou que a prática era corrupção relacionada à Petrobras. Também afirmou que não foi o filho, réu do processo em questão, o responsável pelos repasses de caixa dois.
 
Ao ser questionado se “a sistemática de pagamentos de recursos não contabilizados” foi criada por Marcelo, Emílio disse que “não, em hipótese nenhuma”.
 
Ainda, no depoimento a Moro, Emílio afirmou que não sabia que o suposto apelido “Italiano” nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal se referia ao ex-ministro dos governos Dilma e Lula, Antonio Palocci.
 
“Emílio Odebrecht foi muito claro em dizer que jamais ouviu dizer que o Italiano fosse o Palocci e que só conversou com Palocci sobre assuntos institucionais na medida em que o ministro da Fazenda e o ministro-chefe da Casa Civil, que são as funções que o Palocci exerceu, tem de fato que discutir com setores empresariais”, disse o advogado de Palocci, José Roberto Batochio.
 
O advogado ainda afirmou que o executivo disse “que tinham várias pessoas que eram chamados de Italiano”, inclusive ele prórpio, por ter ascendência italiana.
 
Assista aos depoimentos de Emílio Odebrecht a Sérgio Moro:
 
https://www.youtube.com/watch?v=RSaAwjSvvRg height:394]
 
[video:https://www.youtube.com/watch?v=WTNztfxkV8U height:394
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. perguntas do MP…

    nada mais que a inclinação humana para encontrar os defeitos que criam, ou enxergam, nos outros

    mesmo com a garantia de que os defeitos nunca existiram, eles perguntam como se ainda existisse algo que nunca existiu

    impressionante como esta natureza se apresenta com ares de ser superior ao óbvio

    1. tudo….

      Devemos mudar radicalmente como sociedade. Não é possível sermos tão limitados num país achacado por quase 1 século, na manutenção de parasitas e no atraso inacreditável de uma nação imóvel. E dar liberdade imediata a Odebrecht e outros diretores de demais empresas. Ficou mais que evidente que todos foram coagidos, roubados, sequestrados de qualquer direito por quadrillhas que se apossaram há anos do Poder Público e do Estado Brasileiro. Não temos país, não temos Estado, não temos nação. Somos subjulgados por bandidos há anos. E agora as fezes de tamanha hipocrisia foram jogadas para o alto. Não dá mais para esconder nem ser indiferente. 

  2. Mundo mineral!…

    Até o mundo mineral sabe disso. Vou comprar um Anda Já pro Moro e outros pra tal Força Tarefa!…

    Só faltou o sr. Emílio esclarecer que os Contratos da empresa com a Petrobras são todos lícitos, sem sobre preço, desvio ou coisa parecida. O dinheiro envolvido provinha e provém da Bonificação das empresas (Lucro, muito elevado).

  3. A ação é contra o partido dos

    A ação é contra o partido dos trabalhadores? (pois a procuradora membro insiste, Moro idem)

    Desde agosto de 2015 (agosto de dois mil e quinze) Gilmar Mendes pede para se construir uma tese de cassassão do partido dos trabalhadores(PT). Começou com pedidos ao Noronha, depois foi para sua substituta, e nã sei como anda nas mãos de Benjamin. Na do Moro, do PGR, e nos procuradores da lava jato e alguns de seus policiais que compõe ” a força tarefa” ficou nítida a intenção dia e noite. Com apoio de “certas” mídias.

     

  4. Complementando
    (Onde estão os

    Complementando

    (Onde estão os comentários anteriores?)

    Segue mais:

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-03/tse-intima-psdb-explicar-doacoes-de-empreiteira-aecio-em-2014

    Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil
    O ministro Napoleão Maia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o PSDB se manifeste sobre o depoimento do executivo Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez, que disse ter feito doações não declaradas à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014.

    O magistrado atendeu a uma petição feita pelo PT em dezembro, dentro do processo que julga as prestações de contas da campanha de Aécio Neves. A intimação do ministro do TSE foi feita depois de Azevedo, que é também um dos delatores na Operação Lava Jato, ter prestado depoimento dentro da ação que julga irregularidades da chapa Dilma-Temer, que é relatada pelo ministro Herman Benjamin.

    Azevedo deu dois depoimentos perante Benjamin, um em setembro e outro em novembro do ano passado. Na segunda oitiva, o executivo afirmou que as doações eleitorais feitas pela Andrade Gutierrez tanto à chapa Dilma-Temer como à de Aécio Neves não estavam vinculadas a qualquer contrapartida, nem ao pagamento de propina.

    No entanto, Azevedo retificou o que havia dito anteriormente, afirmando que o valor total das doações da empresa à campanha de Aécio Neves foi de R$ 19 milhões, maior do que os R$ 12,6 milhões que constam no sistema do TSE, o que motivou a petição do PT e a ordem de esclarecimentos feita agora no processo que julga as contas do então candidato tucano.

    Em seu depoimento no TSE, o executivo afirmou ainda que o valor total de doações ao PSDB em 2014 somou R$ 33,2 milhões. No despacho datado de sexta-feira (24), Napoleão Maia deu prazo de três dias, contados a partir da notificação, para o PSDB explicar as declarações de Azevedo.

    Saiba Mais
    TSE ouve no Rio ex-executivos da Odebrecht em ação contra chapa Dilma-Temer
    A investigação de possíveis irregularidades nas contas da campanha de Aécio Neves foi determinada em agosto do ano passado pela ministra Maria Theresa de Assis Moura, então corregedora do TSE, após o PT denunciar aparentes inconsistências nas contas do candidato do PSDB à Presidência da República.

    Defesa

    À época, o PSDB disse que as alegações do PT eram “desprovidas de qualquer verdade” e que as denúncias tinham “nítido propósito político”.

    Em nota divulgada hoje, o PSDB negou que haja contradição no depoimento de Azevedo. Segundo o partido, a Andrade Gutierrez doou R$ 19 milhões a seu diretório nacional, dos quais R$ 12,7 milhões foram destinados à campanha de Aécio, e o restante direcionado a outros candidatos tucanos.

    Junto com o texto, o partido anexou cinco recibos de doações da Andrade Gutierrez ao diretório nacional, totalizando R$ 19 milhões. Até o momento, no entanto, o partido não se manifestou a respeito dos R$ 33,2 milhões, que seria o valor total doado ao PSDB, segundo o depoimento de Azevedo na Justiça Eleitoral.

    O PSDB informou ainda que pedirá a condenação do PT por “litigância de má-fé”, por “fazer uso de processo para fins exclusivamente políticos”.

    Texto atualizado às 18p4 para inclusão de informações

    Edição: Luana Lourenço

  5. Mas Mulheres casadas sempre transam também

    O fato de sempre ter existido Caixa 2 exime apenas os Demo-Tucanos e PMDBistas, mas não os Petistas. Mulheres casadas sempre transam, mas tem delas que transam não apenas com seus maridos. O Caixa 2 dos Demo-Tucanos e PMDBistas é transa com fidelidade sexual. O Caixa 2 dos Petistas é adultério, devendo os Petistas serem apedrejados, e quem teve apenas transas conjugais, atire e primeira e a última pedras no Lula.

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