Em qualquer democracia estruturada, um caso de espionagem do governo por país amigo suscitaria a manifestação de duas autoridades: o Ministro das Relações Exteriores, no campo diplomático; e o Ministro da Justiça, como porta-voz político máximo do governo.
No caso brasileiro, não funciona assim. O Ministro Antônio Patriota, das Relações Exteriores, atuou no campo diplomático. No campo interno, quem se manifestou em nome do governo foi o Ministro das Comunicações, como se tratasse de um mero caso de hacker atuando nas redes de telecomunicações – e não um caso de espionagem. E aproveitou para anunciar que acionará a Polícia Federal para investigações mais aprofundadas.
Onde está o Ministro da Justiça, a quem a Polícia Federal deveria responder? Qual o papel institucional do Ministro da Justiça? Por mais que tente, não consigo entender.
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