Exportação do agronegócio bate recorde e sobe 20% ante 2023

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Negócios realizados totalizaram US$ 11,63 bilhões; açúcar, algodão, café verde e café bovina puxaram as vendas, diz Ministério da Agricultura

Foto de Tom Fisk via pexels.com

O agronegócio brasileiro encerrou o mês de fevereiro com valores recordes para a exportação: as negociações chegaram a US$ 11,63 bilhões, valor 19,7% acima dos US$ 9,71 bilhões exportados em fevereiro de 2023.

Tal crescimento foi impulsionado pela demanda de quatro produtos: açúcar (+ US$ 1,06 bilhão); algodão (+ US$ 406, 55 milhões); café verde (+ US$ 313,06 milhões) e carne bovina (+ US$ 211,65 milhões), segundo a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa).

Apenas esses produtos contribuíram com US$ 1,99 bilhão para o total da balança do agronegócio, enquanto o aumento total das exportações foi de US$ 1,91 bilhão.

Os cinco principais setores exportadores foram complexo soja (32,1% de participação); carnes (15,8% de participação); complexo sucroalcooleiro (14,3% de participação); produtos florestais (11,0% de participação); e café (7,0% de participação). Juntos, tais setores responderam por 80,2% das vendas externas do setor em fevereiro.

Queda de preços

Sobre isso, o ministério afirma que é preciso entender o contexto do mercado internacional, que é de queda dos preços internacionais dos principais produtos exportados pelo país – o que está em sintonia com o que foi apresentado por relatórios do Banco Mundial e da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, na sigla em inglês).

No caso do índice de preço dos alimentos do Banco Mundial, houve queda de 11%. Já no caso da FAO, o índice de preço dos alimentos caiu 10,5% em relação ao valor correspondente de um ano atrás.  

“A redução nos preços está sendo mais que compensada pela elevação da quantidade exportada pelo Brasil”, afirma a pasta, ressaltando que o índice de preços das exportações do agronegócio brasileiro registrou diminuição de 8,5% na comparação entre fevereiro de 2024 e o mesmo mês do ano passado.

Por outro lado, houve acréscimo de 30,8% no índice de quantum das exportações do agronegócio. A resultante dessa queda de preços e da elevação da quantidade exportada gerou o crescimento de 19,7% no valor exportado.

Destino dos produtos

De acordo com o MAPA, a China segue como a principal cliente do agronegócio nacional, tendo adquirido US$ 3,60 bilhões em produtos do setor em fevereiro de 2024, respondendo por 31% da fatia exportada pelo país. Na sequência vem os Estados Unidos com US$ 842 milhões.

A Indonésia foi o país que mais aumentou a participação nas exportações, ao passar de 1,6% de participação em fevereiro de 2023 para 3,9% em fevereiro de 2024, ou o equivalente a US$ 448,94 milhões.

As negociações com os Emirados Árabes Unidos também apresentaram ganhos acima de um ponto percentual, com a participação do país dobrando de 1,4% para 2,8% do valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio no último mês.

Importações

As importações de produtos agropecuários passaram de US$ 1,34 bilhão em fevereiro de 2023 para US$ 1,44 bilhão em fevereiro de 2024 (+7,5%). Além desses produtos, houve aquisições de inúmeros insumos necessários à produção agropecuária, como: fertilizantes (US$ 640,47 milhões) e defensivos agropecuários (US$ 306,55 milhões).

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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