Fernando Haddad: a ousadia sem diálogo, por Cláudio Couto

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Cláudio Gonçalves Couto

Artigo publicado originalmente em blog do Estadão

Decerto o prefeito paulistano, Fernando Haddad, entrará para a história como um dos mais ousados e inovadores governantes da capital paulista. Num cenário de escassez de recursos, optou por políticas de menor custo, voltadas à mudança do uso do espaço urbano, sobretudo nas políticas concernentes à mobilidade urbana – são os casos das faixas exclusivas de ônibus, ciclovias, ciclofaixas e redução da velocidade máxima nas principais artérias da cidade.

Suas políticas de alteração do uso do espaço urbano também se fazem sentir na determinação de que espaços urbanos em princípio reservados quase que exclusivamente aos automóveis – como a icônica Avenida Paulista, dentre outras vias – sejam transformados em áreas de lazer e convivência durante os finais de semana.

Esse amplo pacote de políticas tem uma vítima inevitável: a primazia do transporte individual motorizado sobre todas as demais utilizações do espaço público. Por isto mesmo, não é de se estranhar a reação iracunda de diversos segmentos da sociedade paulistana às iniciativas do prefeito. Logo após a implementação da redução da velocidade máxima nas duas vias marginais aos rios da cidade, um meme da internet crítico ao prefeito trazia uma fotografia sua acompanhada da seguinte frase: “Bom dia, cidadão paulistano! Como posso te atrapalhar hoje?”.

Essa crítica sarcástica deixa de lado, por certo, os usuários de ônibus e os ciclistas. Uns, em vez de atrapalhados, foram agraciados pela prioridade concedida ao transporte coletivo; outros, foram beneficiados pela maior segurança no uso da bicicleta nas novas vias e faixas – por mais imperfeitas que sejam. Por isto, o “cidadão paulistano” do meme não corresponde ao conjunto dos habitantes da metrópole, mas a um tipo dentre os demais: o usuário do automóvel.

Claro que isto não torna ilegítima sua queixa; apenas torna necessário enquadrá-la no conjunto mais amplo de ganhadores e perdedores que qualquer política pública acarreta ao lidar com recursos escassos. E, no caso aqui, o uso do espaço público por muitos é um recurso escasso – a despeito de uma certa definição de público como aquele bem cujo uso por uns não prejudica o uso por outros. Vê-se que a realidade concreta é mais complexa do que esta definição abstrata, que “desconsidera o atrito”.

A irritação com o prefeito, contudo, ultrapassa o contingente dos cidadãos diretamente onerados com a redução de seus privilégios na ocupação do espaço urbano. Ela atinge, paradoxalmente, até mesmo os beneficiários de suas políticas. Por um lado, tal situação decorre de uma avaliação mais geral da gestão. As avaliações ruins de políticas como educação, saúde e zeladoria urbana contribuem para uma percepção negativa mais geral acerca da Prefeitura. Nestes casos, a avaliação negativa se nota mesmo paulistanos de fora do centro expandido da capital – área em que predominam as camadas de renda maior e menos simpáticas tradicionalmente a governos de esquerda.

Por outro lado, a percepção negativa acerca do prefeito e de sua gestão decorre da própria forma mediante a qual foram implementadas as políticas públicas simbolicamente mais relevantes – vinculadas à mobilidade e à ocupação do espaço urbano. Deixando de lado uma tradição institucional distintiva das gestões locais do Partido dos Trabalhadores ­– a promoção da participação popular em decisões de governo – a Prefeitura de São Paulo implementou as novas políticas sem estabelecer previamente canais de diálogo com os cidadãos. Em vez disso, optou pela via tecnocrática: decisões tomadas unicamente por técnicos da administração e seus superiores políticos foram levadas a cabo, produzindo fatos consumados.

Com isto, abdicou-se da tentativa de construir consensos e reduzir resistências a políticas que – justamente em função de seu caráter inovador – não estavam incorporadas ao senso comum dos cidadãos. Ademais, produziram-se resistências adicionais em função do não reconhecimento das opiniões e dos interesses dos cidadãos como fatores legítimos e úteis à implementação das políticas – senão à sua formulação.

Exemplo disto foi a ciclovia feita na Praça Vilaboim, situada no sofisticado bairro de Higienópolis. O local se caracteriza pela maciça presença de restaurantes e bares, para os quais a ciclovia representou um estorvo, pois prejudicava o desembarque dos clientes. Diante de uma forte reação e mobilização dos comerciantes, a Prefeitura decidiu mudar a ciclovia de local, passando-a para o outro lado da praça, a poucos metros do sítio original. Eis um caso de implementação que, se precedido de uma audiência com os interessados da região, teria evitado o conflito, o desgaste político e, claro, o desperdício de recursos públicos. A mesma falta de diálogo se repetiu para diversos outros lugares.

Em parte essa situação decorre de um estilo de gestão característico do prefeito e já identificável em sua atuação quando ainda era Ministro da Educação: implementar primeiro, corrigir depois. Isto se fez notar claramente na transformação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) no grande instrumento de seleção dos egressos do ensino secundário para o ingresso na universidade, substituindo em grande medida os antes ubíquos vestibulares. Em seus primeiros anos houve dificuldades logísticas, fraudes causadas por oportunistas envolvidos com o processo, problemas com inscrições. Todavia, rapidamente o sistema se tornou uma realidade irreversível e as falhas foram corrigidas.

O mesmo tipo de atuação se repete na gestão de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo. Como o próprio prefeito já observou em declarações públicas, é improvável que futuros gestores revertam as modificações por ele promovidas, o que tende a conferir à sua administração um caráter em alguma medida revolucionário, mudando paradigmas da forma como se gere a megalópole paulista. Como no caso do ENEM, estamos provavelmente diante de modificações de monta que vieram para ficar.

Alguns acusam ao prefeito de demagogia pela forma como implementa as medidas. Trata-se de uma acusação imprópria, pois o que se vê é exatamente o inverso da demagogia. Em vez de um governante que aufere ganhos de popularidade imediatos, ao custo de prejuízos gerais para a sociedade diferidos no tempo, tem-se um prefeito com imenso desgaste político imediato em decorrência de políticas com potencial para serem mais amplamente reconhecidas e aceitas como corretas no longo prazo. Pode-se afirmar que Haddad é, portanto, um antidemagogo.

Não se trata aqui de um elogio, mas apenas de uma constatação. A qual, porém, precisa vir acompanhada de uma ressalva. O estilo antidemagógico e tecnocrático não implica apenas um supostamente elogiável primado da técnica sobre a demagogia, mas a prevalência da indisposição para o diálogo. Eis aí uma marca que não faz jus à ousadia que marca a atual gestão municipal paulistana.
 

***

Claudio Couto é cientista político e professor do Departamento de Gestão Pública da EAESP/FGV

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. Artigo que retrata somente um

    Artigo que retrata somente um lado da moeda. 

     

    Coloca somente em Haddad a responsabilidade dá má avaliação pelos beneficiários das medidas.

     

    Os grandes meios de comunicação da cidade também têm uma boa parcela de responsabilidade nos debates, com sua visão enviesada e manequeíesta da gestão. Mas não dá prá abordar este lado no artigo publicado num orgão da mídia como o Estadão, já que no Estadão não tem a pegada democrática, tão reclamada na gestão publica pelo autor (nem teria sido publicado se houvesse uma crítica genérica do autor aos grandes veículos de comunicação).

    1. O Dia Em Que marco antonio villa Virou Paçoquinha

      O loco, meu! Tá querendo o que, que ganhe no primeiro turno? Esqueceu do massacre do Haddad elétrico, quando a Jovem (sic) Pan cometeu a besteira de abrir espaço ao dito cujo? Voou pedaço de marco villa e cheirazeda para tudo quanto é lado, enquanto o esperto do Joseval Peixoto, tirava o time de campo antes que virasse também picadinho municipal ao correr da massacrante entrevista. Sabe quando esses orgãos “democráticos” irão convidá-lo novamente para entrevistas?  Divertida essa valente gente que quando contraditada esfumaça-se no ar.     

  2. Comparado com o que publicam

    Comparado com o que publicam sobre suas iniciativas, isso pode ser considerado um elogio. Não poderia faltar crítica, senão machucaria ouvido de coxinha.

     

     

  3. Haddad é muito inteligente e

    Haddad é muito inteligente e um excelente administrador. Ele sabe que se não fizesse dessa forma não conseguiria implementar nenhuma dessas diversas medidas em seu governo.

  4. Será?Ou podemos dizer que as

    Será?
    Ou podemos dizer que as iniciativas de participação papular da atual gestão sofre da mesma cencura e má vontade que todo o resto?

    Como funciona isso na gestão atual? Como funcionava antes? E em outras administrações? Existe algum benchmarking?

  5. Gestão Haddad

    O modo petista de governar, com o orçamento participativo clássico, mecanísmo de consultas à população, et caterva, com certeza não daria resultados positivos na administração municipal de São Paulo. O termômetro utilizado pelo prefeito foi o mesmo utilizado por Lula, para administrar o Brasil. Se o prefeito fosse perder o precioso tempo de seu  mandato, com consultas à população, certamente a patuléia cairia de pau e as ciclovias (por exemplo) não sairiam do papel. É claro que o prefeito preferiria nadar em águas tranquilas! Ninguém gosta de apupos… Mas o que o prefeito mostrou foi confiança no seu taco! Decidiu e mandou ver! O articulista foi muito feliz no exemplo do “onde eu posso atrapalhar você hoje”! Mas acredito que, mesmo os críticos mais ferozes da gestão Haddad (como me pareceu ser outrora o articulista – salvo engano), hoje estão se escondendo atrás do muro, para fazer a crítica que antes faziam aos cântaros… Aqui do sul, apenas aplaudo! Segue teu rumo, prefeito, que mesmo não sendo paulista, nem paulistano, estou gostando…

  6. A má avaliação de Haddad tem

    A má avaliação de Haddad tem muito pouco a ver com o que ele faz ou deixa de fazer. A má avaliação é resultado da intensa camapanha que a mídia golpista move contra o PT e também contra ele. Aquela parcela de reaças não precisaria da lavagem cerebral promovida pelo PIG para critica-lo, mas uma parcela que se beneficia das medidas tomadas pelo prefeito cospe no prato que está comendo por conta da tal lavagem cerebral. Não se pode esquecer que São Paulo é uma capital com peso nas eleições de 2018 e os reaças, entreguistas e golpistas -inclusive da mídia- estão de olho no cargo ocupado por Haddad. Agora, no ano que vem, o eleitor de Datena, Russomanno, Dória ou Feliciano já deveria passar na saída da seção eleitoral e retirar o diploma de analfabeto político ou safado, dependendo do caso.

  7. Outro dia no Twitter alguém

    Outro dia no Twitter alguém ironizava os coxinhas anti-Haddad: “Que país é esse em que o cidadão de bem, além de pagar impostos, ainda tem que respeitar as leis de trânsito?”

    Haddad realmente tem essa dificuldade, de dialogar com a população antes de decidir, embora seja o mais acessível de todos os prefeitos que já governaram SP. É só acompanhar a agenda dele no (ótimo) site da Prefeitura – http://goo.gl/KpST99

    Na questão da velocidade das vias, a cidade adota o padrão de 1º mundo. Um amigo meu (leitor de Veja), que chegou esta semana da Alemanha, disse que em Berlim a velocidade limite é de 30 ou 50km/h. Ontem, Paris parou 24 horas para a circulação de carros.

    No 1º mundo é assim: tem ciclovia, as pessoas respeitam as leis, rico paga mais imposto que pobre, carros protegem pedestres andando devagar…

  8. O assembleismo para imobilizar o Prefeito.

    Enquanto o prefeito Haddad toma medidas de impacto concretas de forma rápida, que alteram a vida dos paulistas, o articulista está pregando a imobilidade através do assembleismo. Ou seja, há uma inversão de papéis, os governos da oposição ao PT, quando na gestão da cidade, tomavam medidas estruturantes muito mais fortes de forma autocrática e criticavam o PT pelo imobilismo causado pela tendência ao assembleismo da esquerda.

    No momento que Haddad acelera a implantação de sua gestão livrando a esquerda da pecha de imobilista, ele cria um novo paradoxo a ser combatido, um governo que faz.

    Paulo Maluf, mais um representante da direita da famosa expressão “roubo mais faço”, era um paradigma de governo para os paulistas, agora há dois novos paradigmas para São Paulo, um governo na Prefeitura que “não rouba mas faz, mesmo que seja pouco” (tentaram provar ao contrário e não conseguiram)  e por outro lado há um governo no estado “que se não rouba também não faz” (sendo a primeira parte do lema a ser confirmada).

    Estes novos paradigmas incomodam muito a política paulista, que no governo do PSDB não vê a realização de obras necessárias (caso da água e metrô), logo o faz ou não faz fica evidente, enquanto no PT, mesmo que as obras sejam limitadas elas estão sendo feitas. Quando chegar o momento da sucessão do governo do estado estes paradigmas ficaram evidentes.

  9. Gostaria de saber se o blogueiro do estafão…

    Está disposto a dar o mesmo espaço que usou para reclamar da “falta de diálogo” do prefeito, para que este tenha a oportunidade de responder às acusações. Ao que eu saiba, as ciclovias foram debatidas ad nauseam ao longo de anos. Todos concordavam quanto a sua importância, mas ninguém – até a chegada de Haddad – teve peito para implementá-la.

    Sou paulistano de classe média e digo sem o menor problema: paulistano de classe média é um ser egoísta até o talo. Absolutamente não consegue ver além de 30 cm adiante do próprio umbigo. E, quando vai ao exterior, acha chique e, acima de tudo, civilizado, tudo aquilo que critica nestas bandas. Mas só porque a iniciativa/implementação foi levada a cabo pelo PT. Se fosse o PSDB/DEM, não haveria crítica alguma, pois nenhum desses partidos faria um décimo das obras que o PT fez e faz para melhorar a vida da maioria da população que necessita de serviços públicos. Quer exemplo mais claro do que o neo-golpista Alckmin, que não fazia a menor idéia de como usar o bilhete de metrô na capital do estado no qual ele é o (des)governador há quase uma década. O coitado teve um lapso e achou que estava em Londres. Quando se deu conta, percebeu que estava em São Paulo.

  10. Fico só imaginando.
    Se o

    Fico só imaginando.

    Se o Haddad fosse prefeito do PSDB, ele seria lançado freneticamente candidato a presidente da republica.

  11. Consenso entre opostos? Impossível.

    O articulista esquece que tem uma camada de paulistanos que é contra qualquer medida 

    do Prefeito qu.e ataque o individualismo elitista.

    Até mesmo a manifestação de motocilcistas contra redução da velocidade encaixa nesse conceito de individualismo, senão vejamos/; Os motociclistas queriam a não redução da velocidade e substituição por, pasmem, medidas de educação no transito. Quem não quer mudança inventa desculpa.

    É ridículo ver marmanjoes qu extrapolamas leis de trânsito pedir campanha de educação que só funciona pra crianças e adolescentes.

    Toda ruptura ou mudança de paradigma sofre resistência até dos seres humanos que serão beneficiados por ela.

    A imprensa é desonesta quando não aguarda um tempo de maturação de medidas como essa.

     

  12. “A Inveja é uma merda”

    Frase de traseira de caminhão, com validade para o caso!

    Não sabemos como fazer, por isto, criticamos!

    Como o PSDB gostaria de ter uma Naddad!

  13. Lembram-se O ENEM foi bombardeado pro todos(reitores, Mídia,

    qualquer ocorrência corriqueira durante as provas tomavam conta dos Jornais televisios por meses.

    Chamavam diversos “especialistas” para detonar o sistema.

    “A maioria das pessoas querem concertar o mundo desde que não sejam incomodados nem um pouqinho sequer”.

    “Desde que não alterem seu status quo”.

  14. Ora, se não dialogasse,

    Ora, se não dialogasse, porque é que a prefeitura, por exemplo, teria mudado a ciclovia que passava na Praça Vilaboim?

    É claro que dialoga; dialoga, ouve e faz.

     

      1. Quem avisa, amigo é.

        Cuidado, Oswaldo, tem uma gota de veneno escorrendo aí, no canto de sua boca. Isso pode te fazer mal.

        Mas voltando ao assunto – em nada relacionado a eventual preguiça da minha desimportante pessoa ou à saude da sua, as tais das falácias ad hominem – importante é perceber o viés acusativo no texto.

        É óbvio que reformar decisão custa dinheiro mas é parte do processo de aperfeiçoamento das providências, que não podem parar de serem tomadas por medo de errar.

        Esse episódio tem também uma lição de cidadania e um convite: que os moradores de Higienópolis passem a participar da gestão da cidade. O prefeito vem convidando a população a essa participação desde o início da sua gestão, e nada fez sem transparência. Instalar a ciclovia na Praça Vilaboim não foi tarefa realizada sem antes o planejamento dessa instalação. Onde estavam os comerciantes dessa praça quando o planejamento estava sendo feito? Porque não se manifestaram antes? Nenhum plano da prefeitura é feito às escondidas…

        Há uma característica dos privatistas – a maioria das pessoas daquela região – que é o desprezo pelo que é público. Pois bem, eis que agora sentiram na própria carne o que significa omitir-se em suas cidadanias. Mas também perceberam que se se dispuserem a participar, desde que suas reivindicações não causem prejuízo à comunidade, o prefeito não apenas dialoga, mas ouve e os atende. Na visão do estado, todos somos iguais, Higienópolis e Jardim Ângela. O estado privilegiar uns em detrimento dos outros é corrompê-lo. E o convite, repito, foi feito a todos igualmente.

        Dá para dizer que a prefeitura não vai correr atrás dos cidadãos mas que vai atender a todos os que o procurarem. O que não dá é para dizer que não dialoga. Tanto que a Praça Vilaboim hoje… ah, você entendeu.

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