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Assim como tem acontecido nos últimos anos, o Carnaval 2023 também foi contaminado pela política nacional. Desta vez, foliões puderam ir às ruas com fantasias inspiradas na eleição de Lula, nos últimos lances do governo Bolsonaro e outros fatos que marcaram o noticiário nos últimos meses.
Uma das inovações para 2023, por exemplo, foi a fantasia de senador Marcos do Val, que incendiou o debate público ao revelar que foi convidado a participar de um plano golpista para grampear o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e anular a vitória de Lula, com o objetivo de manter Jair Bolsonaro no poder.
A resistência de bolsonaristas radicais em reconhecer a vitória eleitoral de Lula e a tentativa de golpe em 8 de Janeiro foram o mote de fantasias como o “patriota do caminhão” e o “defecador do Planalto”. O vídeo abaixo mostra a criatividade e a engenharia por trás do meme:
Os entusiastas da intervenção militar na política e os bolsonaristas que foram às vias de fato e acabaram presos pela invasão a Brasília também foram lembrados. Com direito a menção ao ministro Alexandre de Moraes, que disse numa entrevista que o local onde os golpistas ficariam detidos não era uma “colônia de férias”.
O ministro Alexandre de Moraes – talvez o principal fiador das eleições de outubro de 2022, e algoz do bolsonarismo com os inquéritos que tramitam no STF – também foi homenageado pelos foliões.
Foi Alexandre de Moraes quem, na condição de presidente do TSE durante as eleições, defendeu a segurança das urnas eletrônicas, a lisura do processo eleitoral e o respeito ao resultado da votação. “Fraldada” mesmo, só a urna eletrônica abaixo, que desfilou neste Carnaval.
Outra personalidade que ganhou fama com as eleições e a posse de Lula foi o fotógrafo Ricardo Stuckert, que brilhou nos bloquinhos de rua com seu tradicional corte de cabelo no ombro, traje social, várias câmeras fotográficas à disposição, e claro, a pressa costumeira para capturar a melhor imagem.
Outra referência à posse é a fantasia de Janja ao lado do presidente Lula com a faixa presidencial. A versão carnavalesca de Janja segura um cachorrinho de pelúcia na mão, em alusão à cadela Resistência, que também subiu a rampa do Palácio do Planalto em 1º de janeiro.
Os brasileiros, porém, ainda não se esqueceram da sua última primeira-dama da República. Michelle Bolsonaro – ou melhor, “Micheque” – também apareceu em bloquinho de Carnaval segurando um saquinho de moedas recolhidas do espelho d’água do Planalto. Ela disse que doou as moedas para instituições religiosas que fazem caridade. Michelle só não explicou, até hoje, o recebimento de cheques que somam R$ 89 mil, depositados por um ex-assessor de Flávio Bolsonaro, investigado pelas rachadinhas na ALERJ.
Aliás, com o fim do governo Bolsonaro, foi possível se despedir também do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para quem as empregadas domésticas não deveriam viajar de avião para a Disney.
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Urna fraldada, kkkkkkk!!!! E aquela bunda sem vergonha que a bandeira não cobre, kkkkkk!!!!
Brasileiro sofre mas goza.