Fortuna
05/02
Tempo, massa
De modelar a vida.
E o teu querer,
Teus dedos de fazer
A hora, o agora.
Mas não a dicha buena,
A dicha dura,
O vendaval do tempo mal,
O temporal.
A esses, cuidam a circunstância,
A inconstância.
Mãos estranhas
Que forjam as condicionantes da tua escolha.
Condição e opção,
Se repetindo na tua história,
Formando o patrimônio vitalício da tua memória.
Doa-o enquanto vivo,
Pois que os mortos não o deixam de herança.
Teu passado não tem serventia para ti,
Nele se encontram o tempo bom
Das dores acalmadas
Mas, também, o tempo inútil
Do momento de prazer emoldurado
Como um quadro na parede.
Teu futuro, ainda que pouco,
É tudo que te resta.
Vai, que para ele
Ainda há tempo.
De ser feliz?
Não,
De ser diferente.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.