Golpe de Estado: a Política no banco dos réus, por Alexandre Tambelli

Imagem: colagem com trabalho de Jens Galschiot

Golpe de Estado: a Política no banco dos réus

por Alexandre Tambelli

Torna-se interessante observar que no Brasil pós-Golpe de Estado quem estava unido para a consumação do mesmo hoje não está mais e nos damos conta de uma tentativa de ir além da Política, como “a solução autoritária” para a resolução dos problemas ligados à economia brasileira, sem contar os problemas ligados à corrupção.

É o enfraquecimento do Executivo e do Legislativo em favor do Judiciário. Enfraquecimento, no frigir dos ovos da Política. Há uma separação explícita para os olhos mais atentos.

Quem pôde dar o Golpe de Estado foi o Legislativo. Agora, o Judiciário + a Rede Globo e demais mídias aliadas oligopólicas que apoiaram o Legislativo no Golpe, querem impor supremacia sobre o Executivo e o Legislativo e se tornarem, eles, o Poder central, para além do voto popular. Único e soberano Poder do Brasil.

Ou seja, o voto popular, trocado pelos togados e os donos da velha mídia oligopólica capitaneada pela Rede Globo de Televisão. Soberania do Tribunal Midiático sobre a soberania dos eleitos pelo povo. E impor ao Legislativo votação e aprovação de projetos do Judiciário como o das 10 medidas anticorrupção dos procuradores do MP/PR.

Chantageados deputados e senadores via Lava-Jato e assemelhadas.

Quando do Julgamento do “Mensalão” em 2012 a classe Política comemorava, até os partidários do PT estavam em silêncio: – não sendo comigo, pode deixar prender, mesmo que seja sem provas porque a Literatura Jurídica ou a Teoria do Domínio do Fato me permitem! O “corrupto” é o outro!

E o Tribunal Midiático cresceu ali. Foi se tornando aos poucos maior que a Política.

A Política foi para o banco dos réus! E quase ninguém de dentro da Política se deu conta.

E, hoje, novembro de 2016, produzimos o quadro perfeito para o Tribunal Midiático, por quê?

O Executivo é apenas um apêndice da criminalização política possível, com um Presidente e ministério reféns da mídia oligopólica, da Lava-Jato e da Justiça aliada do Golpe de Estado, não piam nada.

E o Legislativo, também, é outro refém da velha mídia e da Lava-Jato. Vejam as investidas contra o Senador Renan Calheiros vindas de setores do Judiciário pedindo a sua cassação. Quem poderia cassá-lo deveria ser seus pares, se assim o desejassem, não forças de fora do Parlamento se arrogando com Poder superior, abdicando da máxima da independência dos Três Poderes constituídos da República. E do equilíbrio entre os poderes. O Judiciário querendo para si um Poder Supremo.

Executivo e Legislativo apenas esperam a benevolência de serem poupados de uma prisão espetacular com condenação prévia perante a população, via linchamento da imagem pública do Político no Tribunal Midiático?

Se os eleitos pelo povo votarem a favor das medidas econômicas neoliberais, que o grupo dos seis poderes (Rede Globo, Judiciário e PSDB (internamente), mercado financeiro, petroleiras estrangeiras e financiadores do Golpe nos EUA (externamente)) propõe aos brasileiros com sua “Ponte para o Futuro” se livram da Lava-Jato e operações semelhantes.

Temer pelo “Poder” aceitou ser o refém N° 1.

Fugir da Lava-Jato seu intento maior com o foro privilegiado. E levou para o seu Ministério pessoas próximas em situação semelhante.

Vivenciamos uma realidade estranha nos dias atuais, onde, a Política está sendo destruída no Brasil em nome do combate ao Político corrupto, e, ao mesmo tempo, não há interesse do grupo dos seis poderes em modificar o quadro caótico que se apresenta para nós brasileiros no Executivo: um Presidente extremamente impopular e com medidas de Governo: impopulares.

E por que o grupo dos seis poderes que patrocinou o Golpe de Estado aceita um Presidente impopular e porque não dizer: sem direito à mínima vontade própria?

Precisam do Temer, porque ele faz, e sem nenhuma objeção a nada, o que determina o mercado financeiro, a Rede Globo, o PSDB, as petroleiras estrangeiras e os financiadores do Golpe lá nos EUA.

Temer refém desta arquitetura da “Ponte para o Futuro” é melhor do que um Presidente que necessite se explicar e dizer à população, sem dar voltas, o porquê de querer Governar o Brasil e o porquê de tomar medidas tão destrutivas para a retomada do crescimento econômico.

Um Presidente refém da Lava-Jato e da velha mídia fazendo acontecer tudo o que a “Ponte para o Futuro” planeja, tem coisa melhor para o Golpe neoliberal?

Melhor, hoje em dia, não ter Governo para o grupo dos seis poderes.

Por quê?

Sem um Governo Federal com mínima independência e com um Legislativo e Executivo reféns do Judiciário e da Velha Mídia podem aprovar as medidas neoliberais desejadas, quem as aprova é o Legislativo com a caneta do Executivo, sem darem a cara para bater, sem se indisporem com o povo brasileiro.

Assumiria o Governo Federal, em tese, o grupo dos seis poderes, depois de consumadas as reformas, já com a PEC 55 em funcionamento, com a CLT rasgada e com uma Reforma da Previdência da forma desejada pelo mercado.

Temer fica para Judas.

E o melhor: o grupo dos seis poderes não teria que ser a vidraça do ocorrido, da destruição da economia produtiva e dos indicadores sociais e programas de transferência de renda, saudáveis para diminuir as desigualdades sociais significativas existentes no Brasil.

– Foi o Governo Temer quem fez! Foi herança maldita de governos do PMDB e do PT.

– Em 2018, com as reformas neoliberais em pleno funcionamento, a gente toma o Poder no voto, já aprovado os 20 anos de congelamento nos gastos públicos e, tomamos o Poder, com o objetivo de evitar um governo progressista, de centro-esquerda ou apenas evitamos uma guinada para um governo desenvolvimentista/ defensor do interesse nacional, que privilegie o setor produtivo em detrimento do mercado financeiro. (assim pensam os patrocinadores do Golpe de Estado no Brasil).

Lembrando.

As peças chaves do Golpe de Estado não ficaram nas mãos de Temer.

Petrobrás e Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores estão ocupados pelo PSDB.

Justiça, Relações com outros países (por exemplo, enfraquecimento do Mercosul e saída dos BRICS) e controle dos destinos do Pré-Sal e da Petrobrás que são os elementos que mais interessam aos mentores do Golpe de Estado. Sem contar que a economia: BC e Ministério da Fazenda já são ocupados por homens do mercado financeiro.

– Temer, não vá querer privatizar a Caixa e o Banco do Brasil antes do PSDB chegar ao Poder. Se fizer tal loucura, ou melhor, se fizer faça a venda a preço de banana para quem o grupo dos seis poderes determinar.

Ai vem a pergunta:

Vão vencer pelo voto em 2018 com tamanha impopularidade de Temer e medidas econômicas impopulares?

Pelo modo como a população vem reagindo ao Golpe de Estado, vencerão!

Com a criminalização da Política, dos partidos políticos e de políticos, com a possível impugnação de candidaturas como a de Lula, de candidaturas de políticos dos mais variados partidos sobrando um único partido para se votar: o PSDB, vencerão!

PSDB: jamais investigado, jamais condenado, jamais integrado ao buraco sem fundo da Lava-Jato.

PSDB: emergirá como o partido Salvador da Pátria!

Poderá ganhar com menos votos que as abstenções, votos brancos e nulos, mas, vencerá e por W.O.

Na verdade, a Política foi com muita sede ao pote e todos os políticos perderam. Os políticos misturaram-se com as pessoas erradas, pensando que os benefícios do Golpe de Estado seriam o de tomar para si as decisões políticas e econômicas e receber do povo o respeito e a admiração por tirar o PT do Poder: “o mais corrupto dos partidos, o demônio, o causador do caos econômico”, segundo, o Tribunal Midiático.

Legislativo do Golpe defendendo no discurso, não na prática, bem sabemos, o fim da corrupção e melhorias imediatas na economia, esses motes todos.

Porém, quem está surfando na onda do Legislativo e Executivo enfraquecidos são o Sérgio Moro, os procuradores da Lava-Jato, O MP, o Gilmar Mendes, o Rodrigo Janot, a Carmen Lúcia e os juízes aliados do Tribunal Midiático.

Criminalizar a Política deu vazão à abstenção recorde nas eleições municipais deste ano, deu força para o arbítrio das prisões espetaculares de políticos para o gáudio da população ávida por linchamentos, excetuando, claro, prisões de tucanos, deu direito de o Judiciário exigir manutenção para si das regalias de auxílios e super-salários, de propor a admissibilidade de provas ilícitas desde que de boa-fé, de querer não ser responsabilizado judicialmente por abuso de autoridade e de decidir em que País devemos viver.

Porém, como disse no começo, a Política se enfraqueceu no País, porque quis. Para derrubar o PT e Dilma e enfraquecer Lula os políticos comemoravam ações da Polícia Federal e da Lava-Jato, comemoravam decisões equivocadas do Ministério Público, prisões arbitrárias, manchetes garrafais de jornais e revistas e telejornais vazadas da Lava-Jato com ou sem nenhuma comprovação fática contra os petistas, Lula e o Governo Dilma.

Agora, o Judiciário gostou da brincadeira e resolveu ampliar o cadeião de Curitiba para colocar mais um bocado de políticos sem foro privilegiado até o Natal e quem não ficar do lado do Tribunal Midiático pode ter a sua vez lá no cadeião da Lava-Jato. 

O presente de Natal dos brasileiros: a prisão de políticos graúdos!

Quem vai deter a fúria, o espetáculo televisionado das prisões?

O gáudio da população morista está a mil por hora.

A população está aplaudindo a “caça aos corruptos” da “República de Curitiba”, e, neste espetáculo de distração do povo brasileiro, a retomada do neoliberalismo se dá. E, se escondem e desviam da atenção e discussão da população as medidas impopulares, recessivas e destrutivas da economia real, que o grupo dos seis poderes quer colocar em prática no cotidiano das relações de trabalho e das relações sociais dos brasileiros.

Enquanto o povo comemora a prisão de mais um Político graúdo, o Presidente + seus ministros e o Legislativo federal, reféns do grupo dos seis poderes, promovem (votam) e aprovam medidas de candidatura perdedora na Eleição de 2014, a retomada e radicalização da Era neoliberal de FHC em terras brasileiras, derrotada por 4 eleições presidenciais seguidas.

A cada político preso, a distração da população vem. Cada político preso no exato momento da possibilidade de uma rebelião popular, de alimentar na população uma chama para derrubada do Golpe de Estado. A cada crise, a cada quebra de um Estado, de uma prefeitura importante a sociedade sendo levada a crer e a comemorar o culpado: o político corrupto. A cada votação impopular no Congresso um fato espetacular da Lava-Jato.

E o grupo dos seis poderes nadando de braçada e provocando o caos no Brasil.

Deixo para terminar a pergunta:

Até quando vamos sustentar essa loucura toda?

Redação

12 Comentários

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  1. PLIMPIG

    A globobo governa.

    gilmar pensa que manda, laércio ainda espera outra recontagem de votos, mouro destrói as muralhas de Jerusalem e liquida as empreiteiras, golpista acha que é importante, ÇERRA45 aproveita para cumprir o tratado com a chevroum, fegacê pensa que é o guru, gedel quer o ap, elizeu aprende a dançar quadrilha, jucá dá uma de juca, parente arrebenta a galinha dos ovos de ouro, enfim todo bando arruma algum. Enquanto poucos ganham a maioria da população volta para a roça. De banana.

    Mas são todos subservientes porque quem manda, o verdadeiro capataz é a globobo, apoiada pelo seu exército de coxinhas. 

    O patrão do North sorri sastisfeito. 

  2. O Pessoal não pode cair no

    O Pessoal não pode cair no conto deste pessoal. Não houve imensa crise, e não está tendo. Acontece que os juros da dívida pública emitida no nosso banco central através de títulos federais com os maiores juros do planeta. Viraram o jogo contra o orçamento do estado e está corroendo tudo. O Meirelles aquele a direita de Temer é ex funcionário do banco de boston e o presidente do banco central é presidente do itaú. Eles emitem títulos federais com a mais alta taxa de juros do planeta, quase três vezes mais do que a taxa de juros cobradas no segundo colocado deste ranking. A rússia. Eles emitem estes títulos e eles mesmo compram. Vão endividando o estado e privatizando tudo. Vão fazer o mesmo no rio.

     

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1833052-governo-estuda-emitir-titulos-de-divida-para-socorrer-estados-diz-meirelles.shtml

     

    São sacaas corruptos e egoistas.

  3. Acho que a única saíde seria

    Acho que a única saíde seria encontrar as contas no exterior destes donos dos grupos midiáticos e expor em praça pública assim como suas montuosas dívidas aos cofres públicos. Apesar que a força deles é tanta que o feitiço pode se virar ao feiticeiro… Seria necessários um plano… O mesmo que eles fazem para o caos da nação… COntra eles mesmos..

  4. A  Globo,passados 52

    A  Globo,passados 52 anos,finalmente  deu seu golpe.Naquele, foi mero coadjuvante,sem TV, e  um jornal decadente,nem mesmo  uma “Organização”. Hoje,irreconhecivelmente poderosa, em lugar de serviçal dos militares de outrora, cooptou,adquiriu para si, parcela expressiva do judiciário e com ele conduz o pais,a rumos   obscuros.

    Contudo, politica é arte,não admite amadorismos. Os aprendizes,como os de feiticeiros,perdem o controle rapidamente.

    Derrubada a presidenta,assume um desfibrado substituto.Vacilante,pusilânime,jejuno das coisas  de estado.Um teórico acadêmico.Cerca-se de medíocres colaboradores,inexperientes,provincianos,primitivos coronéis ,todos, com uma  unanimidade de descrédito ,jamais vista,  na história da jovem democracia nacional. E, inicia-se o almejado desmonte.

    Começam pela joia da coro: Petrobras.Avançam,experimentalmente  pelo Banco do Brasil.Seguem ,céleres, rumo aos programas sociais,Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida,Previdência,Achatamento Salarial. O ensino público caminha  bordejando o precipício  do retrocesso.Atacam áreas estratégicas,Defesa, Energia Nuclear e  desenvolvimento tecnológico.A recuperação da industria naval,há trinta anos sucateada,começa a enferrujar,pela tática de esvaziamento seletivo da economia.O país, passa a ser monitorado por potência estrangeira. Embraer e Petrobras,tem sua autonomia prejudicada por medidas  extra territoriais.Internamente,o desiquilíbrio  entre os poderes  se  acentua.Perigosamente. Este,são  os prolegômenos, da consolidação daquilo  que   democratas   veem com  apreensão.

  5. Thomas Morus, a Utopia, ou…..

      O Golpe dos justos,

      Arrebentar, conduzir a tabula rasa as instituições partidárias – ideológicas, e seus representantes, independente do juizo de valor que a eles seja atribuido, portanto renegar e até mesmo destruir as movimentações e aspirações da sociedade, não estão atentando apenas contra a democracia, mas sim como o povo a vê, pois aos “justos” pouco ou nada importa, que mesmo nos extremos do processo politico, ainda subsistam “pessoas de bem” ( de acordo com a estreita visão deles ), mas como pertencentes e atuantes em instituições “carcomidas”, mesmo estes devem ser eliminados, para que um excelso porvir advenha.

       Tal pensamento, e atuação direta, é utópica, estes vestais juridicos, meros concursados sem voto, eleitos por terem colocado o “x” em quadradinhos certos, creem-se superiores a qualquer institução, acreditam-se salvadores da Patria e da democracia dos “justos”, e claro : infaliveis – algo como religioso, messinanico, afinal a infalibilidade é um designio dado por Deus, como um Papa.

        Mas como todos os “justos” da História, são obnubilados pela sensação de Poder absoluto, algo humano, e de facil condução por interesses outros, de gentes que não enxergam apenas o presente, mas projetam o futuro ( o deles e de suas artimanhas ), portanto são facilmente utilizaveis, e a midia os “empodera” até determinado ponto, ela é fundamental para isto, trata-se de uma relação de troca, mas não igualitária, pois assim como a midia os empoderou, não apenas individualmente, mas principalmente como instituição, ela de concformidade com seus interesses, que não são necessariamente os dela, pois ela apenas os verbaliza, chega um momento que  após ter seus interesses realizados, os jogará fora.

  6. O maior mal do Brasil não é a

    O maior mal do Brasil não é a política, os políticos… nem mesmo a roubalheira que todos fazem no País. Nada disso!

    O maior mal do Brasil é – disparado! – a Justiça.

    E esse mal é uma praga que vem sendo cultivada há muitos anos. Com permissividade… com regalias sem sentido… com admissão de mordomias  – as mais criminosas possíveis! Absorta com um poder de mando que jamais soube compreender e que, por vigarice, dele se utiliza finalmente, tentando se estabelecer criminosamente sobre os Poderes da Nação.

    Já passou da hora de nos preocuparmos com o assalto que a Justiça faz ao bolso do povo brasileiro, com seus “salários” e mordomias que não passam de extorsão obtida por uma imposição que ela mesma sacode na nossa cara, sem um pingo de vergonha na dela, que sabe que está roubando e achando que não haverá quem a possa punir.

    Somos nós, enquanto cidadãos, que temos de tomar providências, porque as Forças Armadas (que já provaram que podem dar golpe também, como em 1964) estão assistindo a tudo… Tudo mesmo! Inclusive ao assalto que a Justiça e um bando entre os políticos da situação fazem em conluio com ela.

    Pior ainda, nossas Forças vão assistir estrangeiros levarem na mão-grande, de bandeja, nossas riquezas energéticas, nosso progresso industrial seletivo, nosso desenvolvimento estratégico, nossas melhores garantias de um futuro para o Brasil. E vão lavar as mãos com o olhar cínico, dizendo que o problema é do povo, e, quem sabe, até tomar carona no entreguismo imundo.

    O Brasil sempre foi o País do Futuro… e o futuro dele parece que já chegou: é este! 

  7. Vocês já conhecem os

    Vocês já conhecem os verdadeiros inimigo do país: A mídia e o judiciário. Agora quando que vocês vão fazer alguma coisa para salvá-lo, quando irão prender todos os juízes, desembargadores e promotores e doutores que do nada decidiram serem os Reis do Brasil?

    Ou vocês pretendem voltar a ser uma monarquia absolutista?

  8. Daqui uns dias se fizerem uma

    Daqui uns dias se fizerem uma pesquisa sobre felicidade se constatará que o povo tá feliz, afinal de contas “acabou” a corrupção ou pelo menos a sua “sensação términca”, uma vez que esse assunto saiu da pauta da mídia já que o PT foi riscado do mapa conforme arquitetaram através de uma campanha midiático-penal sem precedentes na história deste pais, e sairá de vez quando o Lula for preso, pois é este é o motivo pelo qual ainda se fala nesse assunto (corrupção): os 23 milhões do Serra não deram no JN…e como não deram no JN, isso não existe….que falta nos faz um Parendon Popular

  9. Enquanto isto

    Enquanto isto que Tambelli descreve tão bem ocorre, sou obrigado a ler o que diz Barroso. Avisem a Barroso que o judiciário morreu e não o avisaram, embora tenha participado do velório. Avisem Barroso, que ele fará o que a vara de Curitiba quiser, e não fale em Republica das Bananas, porque nem republica somos mais. Aliás republicanismo virou xingamento.

    Enquanto alguns do judiciário se cassifam para a eleição que um dia virá, os outros continuam fazendo vênia e se dedicando _a etiqueta jurídica, e a uma cegueira  conveniente. Outros apenas servem ao poder, em troca de poder.  Avisem a PF que a PF fechou as portas e foi grampear alguém. Avisem que o MP foi para o templo fazer algumas gravações dirigidas pelo marketeiro. E enquanto protestos e mais protestos políticos acontecem, a mídia promove um linchamento de ex governadores, patrocinado ainda pelo atual e por uma câmara de acovardados, com medo  da plebe e mais ainda das grades. 

    Enquanto isto  grupos  pagos vão tocando o terror. Pagos por um deliquente juvenil,  que em silêncio os paga e obviamente com um silêncio da mídia, que pretendendo se instalar na terra dos Emmys, trabalha ferozmente em conjunto com a ala Higienópolis para implantar  as políticas globalizantes da matriz, embora não saibam  sequer  se vão  ser seguidas. Afinal no meio do caminho tem um Trump, tem um Trump no meio do caminho. Mas aos poucos vão tirando o espaço do Banco do Brasil, logo logo da Caixa, ja venderam sem licitação de campos de petróleo, a concessionárias de gás. O mercado global agradece e quer rapidez, antes de Trump. Já até defendem a permanência de Temer devido a pressa. Ele continua desde que seja rápido na entrega.

    Neste ponto discordo de Tambelli, a política não está no banco de réus, mas como lemingues, os políticos se encaminham para o precipicio,

    A princípio as raposas felpudas terceirizaram a políticca para Cunha e centrão, o PSDB terceirizou para Temer, o STF para Moro, e a PF para Moraes Alckimin. O  resultado é a implosão das instituições. Mas não será  o judiciário que terá poder, mas sim qualquer juiz de qualquer instância, qualquer delegado de qualquer instância, um poder pulverizado.Mas do drama desta pulverização  surgirá aquele que mais uma vez vai prometer a ordem.Mas  não creio que chamem alguma eleição a  não ser que a  possam controlar a priori. E controlada a plebe, o candidato surgirá “naturalmente ” do Judiciário, quem sabe com o beneplácito das armas e sob aval da Suprema Carmem.

  10. INTELECTUALIDADE E CONSCIENTIZAÇÃO

    Admirável a amplitude e profundidade da visão explicitada no artigo acima, que mostra com clareza os componentes das gravíssimas crises institucionais em marcha no país, em especial no que tange à deletéria cumplicidade entre o imperialismo predatório, o capitalismo selvagem, a mídia oligopolizada e a estrutura política fisiológica.

    A compreensão e a demonstração das relações entre a criminalização da política e a manipulação midiática, que promove a deturpação dos poderes executivo, legislativo e judiciário, constitui requisito indispensável para a defesa da democracia.

    O papel da intelectualidade desempenhado com a competência, a coragem e a coerência que caracterizam o trabalho acima apresentado é de importância decisiva para a defesa da democracia através da paulatina conscientização da sociedade, com vistas à urgente construção coletiva de um projeto político de resgate da legalidade constitucional e de preservação e ampliação dos direitos sociais, para reverter os retrocessos, sanear o funcionamento das estruturas do Estado, e restaurar a credibilidade das instituições.

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