Golpe militar de 1964 retratado pelo cinema

Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe militar foi deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart; estabelecendo, assim, uma ditadura militar que permaneceu até o ano de 1985. Ao longo dos anos, o regime militar foi endurecendo o governo e tornando legalizadas práticas de censura e tortura, por exemplo.

Os militares combateram sem piedade qualquer ameaça comunista ou manifestantes contra o governo, marcando a história do Brasil por um período negro de atos autoritários ao extremo.

Militares assumem o poder

No dia 1º de abril de 1964, depois de um encontro com trabalhadores, João Goulart (eleito à época, democraticamente, pelo Partido Trabalhista Brasileiro – PTB) foi deposto e teve de fugir para o Rio Grande do Sul e, em seguida, para o Uruguai. Desta maneira, o Chefe Maior do Exército, o General Humberto Castelo Branco, tornou-se presidente do Brasil.

Período de ações radicais

As principais cidades brasileiras foram tomadas por soldados armados, tanques e jipes. Os militares incendiaram a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) situada no Rio de Janeiro. As associações que apoiavam João Goulart foram tomadas pelos soldados.

Um dos motivos que conduziram ao golpe de 1964 foi uma campanha, organizada pelos meios de comunicação, para convencer as pessoas de que Jango levaria o Brasil a um tipo de governo semelhante ao adotado por países como China e Cuba, ou seja, comunista, algo inadmissível naquele tempo, quando se dizia que o que era bom para os Estados Unidos era bom para o Brasil.

Filme: “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”

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Dando seguimento ao assunto, o filme “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, também retrata questões políticas e de governo de forma mais sutil. O filme é de gênero drama, e sua estreia foi em 2 de novembro de 2006, sob a direção de Cao Hamburger.

Ambientado inicialmente em Belo Horizonte e depois em São Paulo, no ano de 1970, o filme retrata a mudança ocorrida no seio de famílias brasileiras durante o regime militar. Ele tem como foco a tortura e o drama dos presos políticos, enfatizando àqueles que ficam, familiares dos presos políticos. A obra foi dividida em três partes: à espera de Mauro pelos pais, a Copa do Mundo e o par ação política X repressão.

No filme, o personagem principal, Mauro (Michel Joelsas), é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e o jogo de botão. Um dia, sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais do garoto foram obrigados a fugir por serem de esquerda e perseguidos pela ditadura, tendo que deixa-lo com o avô paterno. Porém, o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tenha que ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu que é seu vizinho. Enquanto aguarda um telefonema dos pais, o garoto precisa lidar com sua nova realidade, que tem momentos de tristeza pela situação em que vive e também de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Publicado originalmente em: http://www.unisinos.br/blogs/ihu/sem-categoria/golpe-militar-de-1964-repercute-nos-cinemas-pais/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=golpe-militar-de-1964-repercute-nos-cinemas-pais

Redação

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