Por que Henrique Meirelles não é alvo da Operação Greenfield?

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Todos os presos temporariamente e os alvos que ganharam espaço na imprensa são ligados ao PT. Mas e os outras centenas de mandados? E os que não estão na mira?
 
 
Jornal GGN – A nova operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que investiga a “gestão temerária e fraudulenta” de quatro dos maiores fundos de pensão do país – a Funcef, Petros, Previ e Postalis, traz algumas lacunas entre os mais de cem investigados no esquema, como a exclusão do nome de Henrique Meirelles, que comandou um dos maiores grupos nas mãos dos investigadores – a J&F.
 
O caso Greenfield impõe, direta ou indiretamente, uma devassa em gigantes do mercado brasileiro, desde os bancos Santander e Bradesco, até holdings e grupos controladores de outras dezenas de empresas.
 
Para coletar provas, os investigadores visitaram as residências e sedes das empresas, totalizando 106 mandados de busca e apreensão. Mais 28 empresários e possíveis envolvidos tiveram que prestar depoimento.
 
E foram presos temporariamente cinco: Carlos Augusto Borges e Maurício Marcellini Pereira, atuais diretores de participações e de investimentos da Funcef; o ex-presidente da Funcef e filiado ao PT, Carlos Alberto Caeser; o ex-conselheiro da entidade Demósthenes Marques, e Humberto Pires Grault Vianna, também ligado ao PT.
 
Mas entre os alvos da Greenfield, chama a atenção que a mira dos procuradores da República e dos delegados estava em ex-diretores, ex-presidentes, representantes e sócios das empresas investigadas, sobretudo possiveis envolvidos com o Partido dos Trabalhadores.
 
Segundo a PF, foram identificados déficits bilionários nos fundos de pensão, com a aplicação de investimentos de forma fraudulenta pelos fundos da Caixa Econômica, da Petrobras, do Banco do Brasil, dos Correios e do grupo J&F, por meio dos FIPs (Fundos de Investimentos em Participações).
 
Nesta segunda (05), junto com a totalidade de 147 mandados judiciais expedidos, foram apreendidos um aproximado de 350 mil reais, 100 mil dólares e 50 mil euros em dinheiro vivo, além de obras de arte, joias e veículos de luxo. 
 
Nesse emaranhado de desdobramentos e dados novos da investigação, a imprensa trouxe amplo destaque ao depoimento de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, aos delegados e a busca e apreensão na residência do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Mas estas não são a preocupação dos procuradores e da PF na Operação Greenfield, que realizou outras centenas de buscas junto a casas de ex-executivos da Postalis, Funcef, Petros e Previ.
 
Ainda que sem informações sobre o grau de envolvimento ou não dos imputados nesta primeira fase de investigações, a equipe da 10ª Vara Federal de Brasília, onde tramita o processo nas mãos do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, livrou o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. 
 
Meirelles presidiu o Conselho de Administração da J&F, a holding controladora de várias empresas e que é uma das principais miras dessa investigação. Mas seu nome não foi citado nos autos para prestar depoimento ou buscas e apreensões.
 
Do grupo de peso na economia, só foram convocados os irmãos Joesley Mendonça Batista e Wesley Mendonça Batista, ambos apontados como responsáveis pelo grupo J&F. Entretanto, a passagem deles ocorreu sobretudo na frigorífica JBS, uma das empresas da holding, e que também controla outras marcas de carnes bovina, suína, ovina e de frango. 
 
O real foco dos investigadores – que é buscar saber se houve desvios nos fundos de pensão – estaria na gestão do grupo controlador da JBS, que é a J&F. Apesar de Wesley e Joesley serem sócios controladores, a presidência do grupo também deveria ser convocada, a exemplo dos outros executivos alvos da Operação, que ocuparam os cargos nas respectivas empresas ou fundos de pensão entre os anos de 2007 até hoje. 
 
Organograma J&F
 
Responsável por desenhar a estratégia mundial, o atual ministro de Michel Temer assumiu o posto maior da gerência da J&F Investimentos, em março de 2012. Dois meses depois, Meirelles anunciava que o grupo compraria a Delta Construções, empresa construtora que faturou 2,8 bilhões de reais em 2010 e estava envolvida em casos de corrupção à época. Mas a holding acabou desistindo da aquisição da empresa, justificando “crise de confiança”.
 
Em meio às notícias da suposta corrupção, a holding chegou a informar que o seu então presidente do conselho consultivo não teria “cargo ou função na gestão da empresa de construção e que o controle da gestão da Delta não envolve pagamento aos seus antigos controladores”. 
 
Na época que assumiu a Presidência da J&F, a holding detinha o controle do banco Original, da fabricante de higiene e produtos de limpeza pessoal Flora, da fabricante de produtos lácteos Vigor e da empresa de papel e celulose Eldorado – uma das principais miras, quatro anos depois. Naquele período, faturamento anual do grupo superava os R$ 55 bilhões
 
Mas para justificar que do grupo apenas tenham sido alvos Joesley e Wesley Mendonça Batista, os investigadores afirmaram que ambos foram responsáveis pela fusão entre as empresas Florestal e Eldorado, além da criação do Fundo de Investimentos Florestal, “beneficiando-se do aporte de capital de FUNCEF e PETROS, com prejuízo financeiros aos referidos Fundos de Pensão”.
 
 
O FIP Florestal Brasil foi constituído em 2009, entrando posteriormente como investidores financeiros a Funcef e a Petros. A divisão estrutural do grupo leva como cotistas a holding J&F, que controla a JBS, e a MCL, cada uma com 25% de participação. Os fundos de pensão detinham outros 25% cada um. Na linha de trazer maiores explicações sobre o fundo de investimentos, Carlos Rosa, diretor financeiro da Florestal também deveria figurar entre os alvos da Greenfield. Mas, assim, como Meirelles, não aparece.
 
Ainda, uma reportagem de 2012 mostra que o então presidente do conselho da J&F, Henrique Meirelles, era o porta-voz do grupo na expansão das indústrias pelo Brasil, com o objetivo à época de alcançar a meta de produção de cinco milhões do grupo FIP Florestal. Em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, o grupo introduzia sob a gestão de Meirelles a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. 
 
Mas nas 719 páginas de investigações da Justiça Federal de Brasília, não há uma só menção a Meirelles. (Veja os autos anexos na íntegra)
 

Abaixo, todos os alvos da Operação Greenfield:

  1. Adilson Florêncio da Costa (ex-diretor do Postalis),
  2. Alexei Prestechensky (ex-presidente do Postalis),
  3. Antonio Bráulio de Carvalho (ex-diretor da Funcef),
  4. Antônio Geraldo Queiroz Nogueira (diretor-executivo da CBTD)
  5. Carlos Alberto Caser (ex-presidente da Funcef),
  6. Carlos Augusto Borges (diretor da Funcef),
  7. Carlos Fernando Costa (ex-presidente da Petros),
  8. Carlos Frederico Guerra Andrade (diretor jurídico da OAS),
  9. Carlos Henrique Figueiredo (sócio e diretor da Multiner),
  10. Cláudia Regina Kanan Diniz (gerente-sénior da Deloitte Touche Tohmatsu),
  11. Cristiano Kok (sócio da Engevix, beneficiária do Fip Cevix),
  12. Demósthenes Marques (ex-diretor da Funcef),
  13. Eduardo Montalban (diretor da Planner, que administra do FIP Multiner),
  14. Eduardo Costa Vaz Musa (ex-diretor da Sete Brasil, beneficiária do FIP Sondas).
  15. Eugênio Emílio Stalbi (presidente da Gradiente),
  16. Fábio Miamoni Gonçalves (ex-coordenador da Funcef),
  17. Gerson de Melo Almada (ex-vice presidente da Engevix),
  18. Guilherme Narciso de Lacerda (ex-presidente da Funcef),
  19. Gustavo Nunes da Silva Rocha (diretor-presidente da Invejar),
  20. Humberto Bezerril Gargiulo (Sócio da Upside Finanças),
  21. Humberto Pires Grault Viana de Lima (Funcionário da Petros),
  22. João Carlos de Medeiros Ferraz (ex-presidente da Sete Brasil),
  23. Joesley Mendonça Batista (responsável pela J&F Investimentos),
  24. Jorge Almicar Boueri da Rocha (sócio e diretor da Multiner),
  25. Léo Pinheiro (dono da OAS),
  26. José Antônio Sobrinho (sócio da Engevix),
  27. José Carlos Alonso Gonçalves (ex-diretor da Funcef),
  28. José de Carvalho Júnior (sócio da da Deloitte Touche Tohmatsu),
  29. Júlio Ferreira Cardozo Júnior (ex-diretor da Vitória Asset Management),
  30. Luiz Carlos Fernandes Afonso (ex-presidente da Petros),
  31. Luiz Philippe Peres Torelly (ex-presidente da Funcef),
  32. Manuela Cristina Lemos Marçal (ex-gerente da Petros),
  33. Maurício Marcellini Pereira (ex-diretor da Funcef),
  34. Newton Carneiro da Cunha (ex-diretor da Funcef),
  35. Pieter Jacobus Marie Freriks (sócio da da Deloitte Touche Tohmatsu),
  36. Sérgio Ricardo da Silva Rosa (ex-presidente da Previ),
  37. Telmo Tonolli (presidente da OAS),
  38. Wagner Pinheiro de Oliveira (ex-presidente da Petros),
  39. Walter Torres Júnior (empresário do grupo W-Torre),
  40. Wesley Mendonça Batista (irmão de Joesley e também responsável pelo grupo J&F).

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

35 Comentários

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  1. A PF como nunca vimos

    Uma polícia política e manipulada. Além de tudo, nem ao menos disfarça seus objetivos. O evidente envolvimento do Sr. Henrique Meireles na J&F e a blindagem que a PF deu a ele só se compara ao notório caso do escândalo da Cisco na operação Persona da PF. A empresa americana foi pega no pulo praticando descaminho e contrabando e ficou por isso mesmo. Barato. Agora, com a influência de um governo golpista e ilegítimo, nada vai acontecer com o magano. Uma polícia parcial é uma instituição falsa.

  2. O alvo central, como sempre,

    O alvo central, como sempre, é o financiamento do PT, ou seja, como o partido pode, a partir de 2002, inclusive, conduzir campanhas eleitorais que o mantiveram no poder. Assim, todos os que, de algum modo, se ligaram ao PT são alvos. Não interessa que todos os partidos do país tenham os mesmos padrões de financiamento. O que interessa é acabar com as fontes do PT, secá-las, inviabilizá-las pelo medo. A atual campanha eleitoral mostra isso. Henrique Meirelles tem de se equilibrar para não entrar nessa roda. Mas ele é bem blindado e seu período no BC mostra isso.

    Esse mesmo juiz atua na operação Zelotes e na questão da obstrução de justiça no caso Cerveró. Nestes casos recentes, sua atuação foi pró-grande mídia. Atuou no caso Erenice, em 2012, e mandou arquivar todas as acusações envolvendo-a. 

  3. Nada a ver com o artigo

    Estão divulgando pelo whatsapp que Luis Nassif entrevistou Dilma, dia 04/09, mas não foi transmitida pela TV Brasil EBC por conta que Nassif está suspenso da EBC por 180 dias. Procede? abs

    1. Olá

      Oi Fátima, não procede

      Estão veiculando a chamada da entrevista que aconteceu em junho e já foi veiculada. Não foi feita nova entrevista. E o Luis Nassif teve sua última participação (como convidado) na EBC nesta ocasião.

      Abs

  4. Depois dessa devassa nos

    Depois dessa devassa nos fundos de pensões a gestapo tucana vai fuçar as sedes de diversos sindicatos e organizações sociais simpáticas ao PT e PCdoB e logo após irão escarafunchar a vida de religiosos, empresários, professores e jornalistas e etc,.. que fazem oposição ao sub-governo do ditador MiShell Cunha de Marinhos.

    Aposto que neste momento centenas de telefones estão sendo grampeados pelo SNI golpista .

    1. Penso que os participantes

      Penso que os participantes destes fundos de pensão já devem ir colocando as barbas de molho.

      Dentro em breve é possível que vejam suas aposentadorias virarem fumaça. Aliás, tudo que esta lava rato toca vira fumaça.

      Esta gente vai destruir o Brasil.

      1. Gente que pode sofrer o que o

        Gente que pode sofrer o que o pessoal que investiu no fundo Aeros, que também quebrou e prejudicou milhares de investidores. 

  5. O PPS apresentou nesta

    O PPS apresentou nesta terça-feira (15) um requerimento em que pede informações à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, sobre a nomeação do economista Humberto Pires Grault Vianna de Lima para a diretoria de investimentos da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).

    A assessoria do partido afirmou que o documento foi protocolado hoje na Comissão Representativa do Congresso Nacional, colegiado que representa o parlamento durante o recesso legislativo.

    O partido toma como base reportagem da revista “Época”. Segundo o PPS, além de ser ligado ao PT, Humberto Pires é acusado pelo Banco Central de desviar R$ 4,6 milhões do banco BVA, instituição financeira a qual está sob intervenção do BC. Com base na reportagem, o PPS afirmou que “as ligações de Pires com o PT garantiram a ele a construção de uma rica carreira por fundos de pensão estatais nos últimos 11 anos”.

    Pires também teria ajudado a criar a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, que promoveu um calote a três mil associados da entidade e um rombo de R$ 100 milhões, dinheiro que teria abastecido os cofres do PT.

    O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), apontou que o economista tem um passado “suspeito” e questionou o risco da sua nomeação para o cargo. “Mais uma vez, o PT está fazendo aparelhamento estatal e, o mais grave, nomeando uma pessoa com um currículo extremamente suspeito. As denúncias que a revista Época faz são sérias. Não podemos aceitar o Funpresp, que dentro de 20 anos terá um patrimônio de R$ 160 bilhões, sendo administrado por qualquer um, muito menos por alguém como essa pessoa”, disse. As informações são do Valor.

  6. Operação Greenfield

    Por que HM e outros não são alvo? Porque não há nenhuma ligação partidária com o PT, simples assim. Parabéns Patrícia Faermann pelo artigo tão elucidativo..

  7. Se até a santíssima Trindade….

    Se

    foram capazes até de reproduzir o Mistério da Santíssima Trindade, onde a fazenda era do Pai, o helicóptero era do Filho e a propriedade dos 450 Kilos de cocaína acabou sendo atribuída ao Espírito Santo,

    foram capazes de intimar a Dona Marisa para depor sobre pedalinhos e não acharam o endereço da esposa do Cunha, para depor e explicar a movimentações de milhões da conta do Cunha, cujos depósitos no exterior foram demonstrados e comprovados por autoridades da Suiça, e ele diz que é apenas um usufrutuário de tais contas

    foram capazes de condenar a cadeia as principais lideranças do partido inimigo por vários crimes de corrupção, envolvendo dinheiro público que era, na verdade suposto dinheiro privado da Visanet, supostamente desviado, sem que essa empresa jamais tenha reclamado a suposta perda decorrente do suposto desvio, e mantiveram livre o Eduardo Azeredo, comprovadamente operador de dinheiro desviado de empresas públicas, no mensalão de 1998, A ORIGEM, 

    entre tantas outras façanhas mirabolantes e inacreditáveis,

     

    não seria agora nesse balaio de gato de holdings e participações que eles tariam dificuldade em destacar uns e ocultar outros que estejam servindo aos interesses de ocasião das ma$$onaria$$ que definem os critérios de atuação de suas corporações. 

  8. Não tenho nenhuma razão para

    Não tenho nenhuma razão para defender Meirelles mas ele nada tem a ver com o foco da investigação, ele era presidente

    do Banco Original e do Conselho da J & F, ao que eu saiba não teve envolvimento com essas operações com fundos de pensão, que foram anteriores à sua ligação com o grupo dos Batista.

  9. Ora, ora, ora, “por que, por

    Ora, ora, ora, “por que, por que”…

    Porque o alvo continua sendo o “sinistro projeto de poder petralha”. Agora enquadrando a “a nova classe” de sindicaistas dos fundos de pensão (e todos que deram bom dia, boa tarde ou boa noite).

    Ademais (como já comentaram aqui no blog), enquadram os fundos para qualquer associação “indevida” no iminente processo de dilapidação do patrimonio nacional.

    Eu, mais uma vez, coloco a questão: quando passará o tempo dessas perguntas retóricas, heim?

  10. Recordo que prometeram

    Recordo que prometeram trancafiar o PT na Mossack Fonseca e terminaram pegando os Marinhos. Isso fez com que Moro saísse correndo da operação triplo X.

    Depois prometeram trancar o PT na delação de Léo Pinheiro, mas eis que revelaram a grana que Serra recebeu lá fora. O resultado foi a recusa da delação.

    Agora a promessa é trancar o PT nos fundos de pensão. Acho que vai ter mais tucano delatado.

  11. A lei que vale no Brasil, a

    A lei que vale no Brasil, a lei que não está escrita, que está acima de qualquer constituição, é a seguinte = A LEI SE APLICA CONFORME À CARA DO FREGUÊS.

    A partir tudo é possível. 

     

     

  12. O alvo sempre foi, é e será a

    O alvo sempre foi, é e será a “GENI”. Isso não significa, claro, que os demais citados sejam inocentes ou culpados a priori , como também existir necessariamente indícios suficientes  para que o atual ministro Meirelles seja arrolado. O texto leva a crer que sim. Aguardemos o desenrolar dos fatos. 

    O problema é que o sistema repressivo hoje opera paralelo ao sistema político. Um paralelismo não matemático dado que assim não seguirão ao infinito, mas que convergem para o ponto “alfa” que é exatamente criminalizar o PT, seus líderes e a “joia da coroa”, Lula.  O que ocorrer fora disso é mera contingência. 

    Corolário 1 em forma de pergunta: quem se encontra efetivamente preso hoje se não petistas(Vaccari e José Dirceu) mais um punhados de empresários que ainda resistem a delatarem quem? O Lula e o PT. Se abrirem o bico todos eles, incluindo os mais renitentes como o Marcelo Odebrect e o Léo Pinheiro, num milésimo de segundo estarão soltos, lépidos e fagueiros nas suas mansões.

    Corolário 2 em forma de constatação: compondo o trio de ouro dos delatores(os outros dois são Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef), o ex-senador, ex-executivo da Transpetro e ex-dono de empresas(incluindo bancos) falidas fraudulentamente, o indefectível Sérgio Machado, está hoje “sofrendo”, tadinho, recluso na sua mansão aqui em Fortaleza enquanto os delatados por ele estão por aí assobiando o “amor febril”. Alguns, inclusive, como altos hierarcas do atual governo.

    Aí querem fazer a gente de besta acerca da seriedade absoluta dessa Operação lava a Jato e correlatas. 

    O certo é que enfraqueceram, talvez irremediavelmente, as cadeias de petróleo, construção civil e as de menor expressão a elas agregadas. Comprometeram as pesquisas e ações relacionadas com a energia atômica e, last but not least, irão sacolejar o mercado de capitais e empresas integrantes de outras segmentos com essa Operação Greenfield. Individualmente, essa operação e seus desdobramentos responde por parte da oscilação negativa do produto como, diriam os sempre pedantes economistas, variável exógena. 

    Conclusão:  Brasil, um país “SUPER desenvolvido, nadando dinheiro, sem problemas de nenhuma espécie”, dá-se ao luxo de destruir seu presente e empenhar seu futuro em nome de uma causa(corrupção). Na realidade, uma indisfarçável contrafação dado que por trás dela está a (re)conquista do Estado que nesses últimos 14 anos saltou fora da sua trajetória histórica caracterizada pela hegemonia do cume da pirâmide social  e a subalternidade da sua base. 

     

  13. Desde quando essa Lava Jato

    Desde quando essa Lava Jato para inglês ver se preocupa com lógica.  Ela quer ver o circo pegar fogo, apostando que ficará ad eternum nessa boa vida de derrubar políticos de um único partido e ameçando os demais. 

     

    O Brasil destruiu sua imagem pelos próximos 100 anos.  Somos um país grande governado por uma elite minúscula.

    1. lj

      Larguei depois que o moro disse que não investigava PSDB por este não ser governo ( há uns 3 ou 4 meses).Ingenuidade ? Soberba ? Prepotência? Salvo-conduto?. Corrupto só no PT e governo D I L M A . Então tá ! 

  14. PGR

    Nesse momento difícil que vive o Brasil, é preciso informar as pessoas com notícias certas para que o cidadão possa sim levantar sua bandeira e cobrar paridade da justiça para todos envolvidos em roubalheiras. Como sabemos nesse momento caso o ministro Meireles esteja envolvido, ele será um caso para o PGR e STF. Logo o que a jornalista coloca em pauta é fogo em um país em brasas. 

    Sejamos prudentes, temos muitas lutas pela frente como reformas da previdência, corte de direitos trabalhistas, etc…

    Melhor parar de intrigas e informar o povo com boas matérias para assim unir todos que realmente querem o bem do Brasil.

    Com a palavra o GGN.

    1. medo do fogo!

      Uma boa parcela do povo brasileiro é campeã em amenizar, contemporizar, mudar de assunto, enfim, “por panos quentes” em tudo! Assim tiveram essa brilhante ideia de uma suposta ‘anistia” que só prorrogou as confrontações com problemas estruturais graves por algumas décadas, o que tem tudo a ver com o que está ocorrendo hoje! Esse cara “preservado” não é o que vai conduzir as essenciais e decisivas mudanças no picadeiro econômico??!! Não teve pano quente antes, mas agora é bom??!! Até ontem, todo mundo brincando na fogueira com gasolina, hoje querem água??!!Tudo muito tendencioso!!!! Injusto, né?!! Bem tipicamente brasileiro!!

      Mas, na verdade, eu também sou “extra prudente”, pequeno, fraco, pobre, sem arma e sem costas quentes!! Melhor concordar com você!! Sejamos felizes, como diz um certo humorista enfadonho da rádio “curtura”!! Sejamos resilientes e otimistas, como quer o esperto Barack!! Eu é que não vou brigar pelo brasil!!

  15. As máfias e ORCRIMs institucionais só enganam os tolos.

    Prezados leitores,

    Talvez eu tenha sido um dos primeiros a chamar a Farsa a Jato e seus executores, que integram a chamada força-tarefa (os policiais federais, procuradores do MP e juízes, como sérgio moro) pelo que são: integrantes de de uma ORCRIM institucional, de uma máfia, de uma quadrilha infiltrada na burocracia estatal, que NUNCA teve e NÃO TEM o objetivo de combater acorrupção, mas de combater o PT e a Esquerda, levando à prisão ou inviabilizando os líderes desse espectro político, impedindo que conquistem o poder político ou nele se mantenham. Essa operação com nome gringo, teòricamente focada em apurar desvios nos fundos de pensão de grandes estatais, é filha da Farsa a Jato e tem os mesmos propósitos criminosos e de perseguição política, como mostrados nesta reportagem. O modus operandi da quadrilha institucional que se esconde atrás dessa operação de nome anglicizado é o mesmo da Farsa a Jato e nasceu lá em 2005, quando a direita reacionária, golpista e retrógrada, fez a primeira tentativa de golpe de Estado e primeira tentativa de aniquilamento do PT e da Esquerda, que foi a farsa do chamado “mensalão do PT”.

    Conforme mostrado na reportagem, NÃO há qualquer argumento lógico ou mìnimamente plausível que justifique a ausência de Henrique Meirelles do rol de investigados. Da mesma forma NÃO existe qualquer justificativa razoável para que Joaquim Levy não tenha sido arrolado como testemunha ou convocado a dar explicações sobres os decretos de abertura de crédito suplementar e atrasos em repasses de recursos do Plano Safra, usados como pretexto pelos parlamentares golpistas para destituírem a presidenta Dilma Rousseff do mandato legìtimamente conquistado por ela, por meio do voto direto de 54.501.118 braileiros; afinal de contas Joaquim Levy era simplesmente o Ministro da Fazenda.

    O que tem me decepcionado é ver integrantes da própria Esquerda e do PT comprarem pelo valor de face esse discurso das ORCRIMs institucionais, ecoados pela criminosa mídia golpista, o PIG/PPV. A conclusão a que cheguei é que mesmo dentre aqueles que vivem a política, seja na linha de frente ou nos bastidores, há muitos analfabetos políticos , na acepção brechtiana do termo.

  16. Tali Sharot

    “É difícil mudar crenças, pois as pessoas se agarram a elas como uma forma de ter esperança. Não avaliamos essas informações, emocionais, de maneira racional. Pensamos apenas se a ideologia nos fará bem ou mal, o que torna a crença integrante da personalidade. É o que nos faz achar que estamos certos mesmo quando existem evidências contrárias. Por isso, o impulso é avaliar os fatos por um foco enviesado. Se já apoio um lado durante décadas, a tendência é que eu ignore qualquer prova que mostre que esse lado está errado. Mais do que isso, costuma-se procurar por evidências, até as claramente falhas, que confirmem que continuar com a mesma ideologia é o único caminho correto. No cenário político, uma pessoa dita de esquerda se aterá tão somente aos fatos que certifiquem seu posicionamento. E uma de direita fará o mesmo. Esse comportamento está associado ao viés otimista. Defendemos a posição, seja lá qual for, que acreditamos ser a ideal. Não para os outros nem para o país, mas essencialmente para nossos desejos”

    1. filosofando…

      Sabemos que a objetividade total não existe na prática, nem nas ciências exatas, e tal e tal, mas essa relativização total também é meio estranha, né?! Ocorre que não há muito interesse por parte de muitos (por razões óbvias) e há muita má vontade por parte de muitos dos atores da discussão, mas poder-se-ia (já que a moda mesoclítica anda revisitada!), com interesse e honestidade, chegar a alguns criteriozinhos minimamente comuns ou razoavelmente discutíveis, mas… Ou seja, a própria relativização das perspectivas (tipo: ah, cada um fala sempre a mesma coisa e só a mesma coisa!) pode ser usada como um recurso retórico covarde e escapista quando se confronta com uma argumentação mais sólidamete articulada ou embasada (o chamado “melar o jogo”), Mas, enfim, concordo plenamente com você. Não acredito mais no debate. Infelizmente. 

  17. Se fossem isentos,

    Se fossem isentos, investigariam a privataria tucana.

    Fundos de pensão bancando as privatizações de FHC.

    Mas não vem ao caso…

  18. o foro de Meirelles

    Tivese havido uma mençãozinha sequer a Meirelles, toda a operação seria deslocada para o STF, assim, provavelmente, ao buraco negro da justiça.

    Tudo indica que a omissão do nome do ministro da justiça foi estratégica. A ênfase ao nome de Vaccari, sim, é indício, mais uma vez, do viés político-partidário.

    fabiano

  19. A questão hoje é que tanto o

    A questão hoje é que tanto o mp, pf e judiciário não escondem mais o grande carma da justiça brasileira: A PARCIALIDADE.

    É aqui que está todo o problema do PT e de seus aliados. Todas as investigações miram basicamente esse dois. Os outros “não vem ao caso…”…

    O maior problema hoje nos orgãos de repressão, e em especial o judiciário, se chama PARCIALIDADE. O pior é que esse termo é difícil de rebater.

    Resultado: o PT e a esquerda estão todos condenados, f.%d…..e lascados…

    Mas isso tudo tem uma causa lá atrás: O REPUBLICANISMO TOSCO E IDIOTA DOS GOVERNOS DO PT.

  20. Os presos, acima de tudo são

    Os presos, acima de tudo são PRESOS POLÍTICOS. Nenhum dúvida mais resta disso: a “justiça” está a serviço do Golpe de Estado e as prisões até podem ter princípios jurídicos, mas elas tem se movido, principalmente ao longo dos últimos dois anos como PRISÕES POLÍTICAS.

    Os doutos e responsáveis podem questionarem; mas pros observadores que não engajados, mesmo os efetivamente isentos, SÃO PRISÕES POLÍTICAS!

    ESTADO DE EXCEÇÃO.

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