Por “tumultos” e “dificuldades”, Guido Mantega deixa a transição do governo Lula

Acusado por adversários políticos no episódio da "pedalada fiscal" e mal visto pelo mercado, Mantega deixa o trabalho voluntário

Créditos da foto: (Câmara dos Deputados)

Na mira do chamado “mercado” e punido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pelas supostas “pedaladas fiscais” usadas pela oposição para impor o golpe contra Dilma Rousseff em 2016, Guido Mantega decide deixar a equipe de transição do governo Lula.

O ex-ministro da Fazenda havia sido convidado a integrar a equipe de Planejamento, Orçamento e Gestão. Ele aceitou participar de forma voluntária, sem remuneração e cargo público, pela punição do TCU, em 2014, no episódio das “pedaladas fiscais”.

Mas a reação de investidores e da oposição ao governo eleito Lula exporavam tais fatos para desqualificar a sua participação no grupo. Em carta escrita a Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da transição, Mantega disse que “essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo”.

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“Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública”, escreveu o ex-ministro.

A saída de Mantega foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), nesta quinta-feira (17).

A equipe de transição de Planejamento, agora, está composta pelo economista Antônio Correia de Lacerda, do Conselho Federal de Economia; Élvio Lima Gaspar, especialista em Planejamento Urbano; o economista e deputado Enio Verri (PT-PR); a economista da UFRJ Esther Dweck; o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento, Márcio Gimene, e o economista e ex-presidente do Ipea, Márcio Pochman.

Redação

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