Insatisfação com governo foge ao controle dos líderes do MPL

Jornal GGN – Nesta segunda-feira (17), no final do protesto pelo passe livre, dezenas de manifestantes tentaram invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo, e provocaram reação da Tropa de Choque. Líderes do Movimento Passe Livre (MPL), encostados no portão 2, tentaram conter os cerca de 200 manifestantes mais exaltados, mas se retiraram ao não conseguir fazer frente à agressividade do grupo.

A Guarda do Palácio dos Bandeirantes também tentou acalmar os ânimos dos manifestantes, por causa da agressividade e da grande quantidade de objetos e rojões disparados para dentro do portão, viu-se obrigada a pedir apoio à Tropa de Choque, que, em alguns momentos, disparou bombas de gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral para dissipar os protestos.

Manifestação pacífica

Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital paulista para protestar pelo que um dia foi o aumento da tarifa – nesta segunda-feira, eles pediam por mais qualidade na saúde e na educação, entre outras palavras de ordem  Reunidos desde as 16 horas desta segunda-feira (17) no Largo da Batata, em Pinheiros, diversos movimentos integraram a marcha convocada pelo MPL contra o aumento da tarifa. Cada grupo com sua reivindicação, mas todos unidos sob a bandeira da redução do valor da passagem do transporte público em São Paulo. 

A reportagem do Jornal GGN seguiu o grupo que se dirigiu ao Palácio dos Bandeirantes. Em caminhada pela Avenida Faria Lima, os manifestantes avançaram de forma pacífica no sentido Itaim Bibi. Liderados por jovens que ajudavam a manter o grupo coeso, milhares de pessoas continuaram a caminhada pela Avenida Juscelino Kubitscheck. Na Rua Funchal, o grupo passou pelo Shopping JK sem incidentes. Na frente do 91º DP na Avenida Berrini, o grupo gritou palavras de ordem. 

Na Ponte Otavio Fria, (mais conhecida como Ponte estaiada) a TV Globo foi o alvo dos manifestantes, que seguiram pela Marginal Pinheiros e Avenida Morumbi a caminho do Palácio dos Bandeirantes.

Confronto em frente ao Palácio

Confiando no rumor de que seriam recebidos na sede do governo estadual, cerca de dois mil manifestantes se juntaram na frente do portão 2 para exigir a presença do governador. Os líderes do MPL não foram capazes de acalmar os ânimos de cerca dos 50 mais exaltados, e, sob o risco de serem agredidos pelo grupo, tiveram que se retirar para o portão 1.

Nesse momento a manifestação se dividiu em dois grupos. Muitos deixaram a confusão e foram embora, reduzindo o primeiro grupo para cerca de 200 pessoas e o segundo, onde estavam os líderes do movimento, com cerca de 100 pessoas.

O primeiro grupo atacou a Guarda do Palácio com pedras, paus, bombas juninas de grande porte, rojões e garrafas, enquanto, sentado no chão, o segundo aguardava uma decisão dos líderes.

Veja no vídeo abaixo o momento em que começa a dispersão na frente do Palácio dos Bandeirantes:

Depois do roubo da bandeira nacional que fica sobre o portão de entrada e do disparo de rojões contra a guarda, a Tropa de Choque entrou em ação e disparou granadas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar os manifestantes – muitos não se retiraram.

Por volta da meia-noite, o MPL encerrou o ato. Já os exaltados seguiram em frente ao portão 2 e acenderam uma fogueira, esticando o confronto além da 0h.

Redação

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