Investidor britânico aposta no setor de infraestrutura

Do Estadão

Investidor britânico aposta em infraestrutura no Brasil

Fernando Nakagawa

Alvo de críticas de investidores e analistas, o Brasil recebeu ontem um voto de confiança. Mark Mobius, presidente da gestora Templeton Emerging Markets Group, listou o Brasil como uma das apostas da equipe da gigante de investimentos especializada em emergentes. No País, as oportunidades estariam nas pequenas e médias empresas ligadas ao setor de infraestrutura.

“Para a nossa equipe, algumas das oportunidades mais interessantes para investir estão em pequenos negócios e empresas em crescimento na China, Sudeste da Ásia (especialmente no Vietnã) e Brasil. Em termos gerais, investimentos em áreas como a saúde, indústria e infraestrutura podem ser particularmente atraentes no momento”, diz Mobius em texto publicado ontem no blog da gestora.

Mobius diz que as possibilidades em cada um dos três mercados dependem da atual situação de cada país. Para o Brasil, a aposta é a infraestrutura. “As oportunidades de investimento dependem em grande medida do nível de desenvolvimento de cada país e dos setores em que o desenvolvimento econômico de cada país é centrado”, diz ele. “Por exemplo, o foco atual do Brasil é fortemente a construção de novas rodovias e ligações de transporte.”

Em outros mercados, o presidente da Templeton vê outras possibilidades. Na índia, por exemplo, ele cita “a rápida expansão das indústrias de saúde e produtos farmacêuticos”. Na Indonésia, diz, o setor mais atraente é o de consumo. “No entanto, como em qualquer investimento, é preciso fazer a análise empresa por empresa e país por país”, ressalta.

Em todos esses mercados, o gestor defende o investimento em pequenas e médias empresas que podem fazer uma oferta de ações (IPO) no futuro. “Economias emergentes tendem a ter taxas de crescimento mais elevadas. Nós acreditamos que há uma grande oportunidade inexplorada nessas pequenas e médias empresas que estão em expansão ou em estágio pré-IPO”, diz Mobius. “Como investidores de longo prazo dos mercados emergentes, vemos esse mar de empresas menores como um local com potencial.”

Luis Nassif

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