Janot, a síndrome de abstinência de um ex-PGR, por Luis Nassif

Quando Rodrigo Janot saiu da Procuradoria Geral da República, e deixou de ser centro das atenções da imprensa, sua vida desmoronou. As mudanças foram percebidas pelos poucos amigos que conservou em Brasília e pelos parentes em Belo Horizonte. Entrou em crise profunda, mostrando-se inconformado com a perda de visibilidade.

Aceitou lecionar na Colômbia – país latino-americano ao sul dos Estados Unidos – e abriu uma conta no Twitter. E tratou de aprofundar a participação na Atlantic Council, o centro de lobby norte-americano especializado em oferecer miçangas, cargos em seu Conselho Deliberativo à indiarada do continente sul.

No Twitter, tratou de disparar críticas contra sua sucessora Raquel Dodge, a quem dedica um ódio pertinaz e anterior à sua nomeação. Durante a campanha pela lista tríplice do Ministério Público Federal, aliou-se à Globo para uma jogada de baixo nível, acusando Dodge de boicotar a Lava Jato com uma proposta que não alterava uma transparência sequer o Power Point de Deltan Dallagnol.

Não bastou. E eis que o bravo Janot, o homem que se especializou na micro-micro-gestão do MPF, resolveu se candidatar a um dois dois cargos do Conselho Superior do Ministério Público. Cujas eleições serão nos próximos dias.

Vieram as especulações. Sua intenção seria confrontar Dodge nas reuniões do Conselho; seria retomar o protagonismo perdido.

Que nada! A intenção única foi a de lhe dar a oportunidade de desistir, uma semana depois, e poder informar a toda a categoria que o motivo da desistência é sua tonitruante carreira internacional, com um “crescimento vertiginoso” dos convites para palestras.

Apreciem melhor esse primor de nota:

“Durante o período que passei nos EUA, os convites se avolumaram. Tal circunstância me levou a reexaminar responsável e detidamente as agendas das atividades de subprocurador-geral, conciliadas com a de conselheiro, a da carreira acadêmica que venho trilhando desde o fim do mandato de procurador-geral e a dos chamamentos para as palestras, as duas últimas, sob a ótica desse crescimento vertiginoso. Ficou claro para mim que precisaria fazer uma escolha.”

“No atual momento, me parece mais útil ocupar os espaços fora da instituição para denunciar os ataques sistemáticos contra o modelo de combate à corrupção consolidado pela Lava Jato é a opção mais acertada para um ex-PGR”. 

O Brasil merece isso? Merece. É um país que há muito tempo perdeu totalmente a dimensão do ridículo.

 

Luis Nassif

29 Comentários

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  1. “Aceitou lecionar na Colômbia

    “Aceitou lecionar na Colômbia – país latino-americano ao sul dos Estados Unidos – e abriu uma conta no Twitter. E tratou de aprofundar a participação na Atlantic Council, o centro de lobby norte-americano especializado em oferecer miçangas, cargos em seu Conselho Deliberativo à indiarada do continente sul.”

      KKKKKKKKKK!!! Nassif, Nassif… quando você é bom, é ótimo; quando é mau, é espetacular, hehehehe…

  2.   Bom, se até o Moro, com

      Bom, se até o Moro, com aquele inglês no mínimo cômico, pode fazer  – AHAM – palestras no exterior (as dele são de verdade, ao contrário das de um Lula ou um Clinton), por qual motivo Rodrigo Janus, digo, Janot não poderia?

      De qualquer modo, o ego é mesmo traiçoeiro. Agora Janus, digo, Janot pode alegar ter aberto mão de algo em vez de se ver reduzido sem qualquer consolo ao seu tamanho verdadeiro, algo entre um grampo de cabelo e um cupim.

  3. ex.

    Triste fim para um golpista.

    Os golpistas merecem isto? Merecem.

    Merecem mais. Queimar juntinhos no fogo do inferno, por ex. Todos juntos, sejumoros, tremeres, jucas, supremos de phrangos, laércios, fegaces, milicos, cunhas, globos, zóias, estadinhos, falhas, com o kapeta, com tudo!

    1. Não adianta a turma se

      Não adianta a turma se esforçar, caro Emerson, assim como não há golpe sustentável, nenhum dos protagonistas golpistas conseguirá mais do que o fundo lodoso dos poços da história. O pessoal do dólar usa e joga fora: cadê a Janaína Paschoal, por exemplo?

  4. Nassif, se Mefistófeles
    Nassif, se Mefistófeles existe, não sei…… Mas algumas pessoas, como Joaquim Barbosa, Janot, Dallagnol, Moro, Barroso, Fachin, Carmen Lúcia, delegada Érika, delegado ìgor e assemelhados, dispensa~m a existência real do tentador, por trazê-lo, inteiro e na essência dentro de si mesmos….
    .
    O Mefistófeles que devora a alma de Janot me parece particularmente cruel. De comum e mediano funcionário público, primeiro mendiga a atenção até de Lula, para ganhar o prêmio maior – o que o fez ter uma reação de fúria ao afirmar com revolta e nojo “que nada devia ao Lula”…..
    .
    Como todo ser covarde, frio, calculista, lembro perfeitamente que começou sua atuação discreto, testando até onde poderia ir, cometendo suas maldades “com leveza”, a ponto de Dilma reconduzi-lo, o que foi um erro absurdo é claro, mas não deixa de ser verdade que o sr. Rodrigo Janot se escondia bem em sua discrição.
    .
    Foi no segundo mandato, com a Lava Jato disparando em tom, poder, força, autoridade absolutos, que a máscara caiu, e toda a indignidade de Janot veio à luz, como uma fome, um fome como poucas vezes eu tinha visto em alguém, fome de PODER e FAMA, a coisa dos “tapinhas nas costas” dos colegas de trabalho, os afagos da Globo, dos jornalões, os cartazes com que era recebido nas ruas, com o apoio às suas ações.
    .
    Posso até ver seu Mefistófeles interno, lá de seu inconsciente perturbado, atiçando-o, perversamente: “Vai Janot, o país está sem controle, faz o que quer, amigão! Você e o Moro “tão podendo”, manda ver, coloca os empreiteiros na cadeia, Pallocci na cadeia, arranca deles o prêmio maior, o molusco, o analfabeto, o babaca do Lula….”
    .
    E um Janot extasiado, enfeitiçado, o ser mediano alçado a um dos dois homens mais poderosos do país, recebido por figurões dos EUA, sua paixão enrustida, fazendo parte de um golpe de Estado, o ghozo imenso de depor uma presidente e botar o outro na cadeia. É pouco ou quer mais…?
    .
    Servidores públicos de carreira se esquecem facilmente o que e quem são…. se esquecem que lhes falta carisma, genialidade, aquela “coisa especial” que faz de um artista, um intelectual, um político, terem uma carreira que “é para a vida toda”….. São “homens de exceção”, e essa é a trágica e perversa armadilha que os Mefistófeles internos dessa gente lhes prega: fazem-nos se “esquecer de quem são de verdade”…. Não lembram o óbvio – que a eternização do homem comum só pode ocorrer em uma circunstância: quando presta serviços ao seu povo, ao seu país, banhados de verdade, justiça, sabedoria, conhecimento, enfim, o que realmente “permanece para sempre”…. Por isso, só para citar UM exemplo, Sobral Pinto tornou-se de “um advogado a mais”, num SÍMBOLO ETERNO de didnidade, sobriedade, justiça….. Que herança deixou Rodrigo Janot…….?
    .
    É a resposta a essa pergunta (que suspeito que ele saiba, bem lá no fundo de sua alma….) que o atormenta, que o faz cair nesse papel tão absurdamente ridículo, de ter que “falar bem de si mesmo”……
    .
    Pobre Janot…… Seu Mefistófeles, sádico como todos os demonios, deve estar a sorrir, bem agora…..

  5. O Brasil é bem maior que isso.

    Impressionante! Não tem uma única pessoa dentre as operadoras dessa investida de agora do golpe do dólar contra estados nacionais, que não seja pequena. Acho bem coerente. Afinal só para entrar no golpe a pessoa já precisa ser mirrada e mesquinha, tão mínima que se dobre às pessoas que cuidam de uma moeda tão porcaria quanto a que se tornou esse dólar, pessoas também de uma pequenez inconteste.

    (***)

    Acabei de ler uma notícia dando conta de que um juiz de Petrópolis, via Facebook, incita as pessoas a agredirem a Sen. Gleisi Hoffmann. Não fosse o crime de incitação ao crime suficiente para esse juiz perder seu cargo, precisa ver só o jeito dele se expressar… uma pobreza só.

    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/juiz-sugere-que-algum-brasileiro-de-cusparada-no-meio-da-fuca-ou-chute-no-abundante-traseiro-de-gleisi/

  6. Golpista patético vai dar palestra pra quem?

    Ele e Moro agradam a CIA e aos fascistas, já viu fascista tendo atividade cultural? Imagina público de fascista ir a palestra???

  7. Eugênio Aragão … tudo que vc falou dele …

    Taí.. comprovado! Vai derreter que nem um picole no asfalto quente. Castigo para golpistas. Outros irão. Só termos um pouquinho de paciência! O menino do Rio já virou pó. Que castigo hein .. Muitos não acreditam, mas o Altíssimo existe sim. Ele só não faz as coisas no nosso tempo! 

  8. O judiciário midiático brasileiro não aceita o ostracismo

    Ayres Britto relata falha de segurança em embarque em aeroporto

    DE BRASÍLIA

     

    26/09/2014  02h00

    Ao aguardar um voo para ir de Belo Horizonte (MG) a Brasília, no último dia 13, o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto viu uma situação que classificou de “inusitada e perigosa”. Sem a presença de funcionários do aeroporto de Confins, entrou, sozinho, num Boeing da Gol.

    Para comprovar a falha de segurança -do aeroporto e da empresa-, o ex-ministro fez fotos na cabine dos pilotos e no interior do avião.

    “Achei muito grave a situação. Da maneira que entrei, qualquer um poderia ter entrado e quem sabe poderia ter colocado um explosivo ali.”

    A história foi revelada pelo site “Jota.info” e noticiada ontem (25/9) no jornal “O Globo”. Segundo Britto, ele estava na sala de embarque quando foi até a entrada número 7, que dá acesso à aeronave.

    Lá, viu um militar, à paisana, que disse trabalhar na área de segurança contra terrorismo e que havia acabado de sair do avião que embarcaria para Brasília.

     

     

    O ex-ministro contou que foi checar a situação. Britto disse que, após cruzar o portão e entrar na ponte que leva ao avião, passeou pela aeronave e voltou à sala de embarque, sem ser abordado.

    Só depois, afirmou, foi avisado por um funcionário da Gol e outro do aeroporto de que não podia ter entrado.

    “Se eu não podia entrar, como estava tudo aberto?”, questionou o ex-ministro. Segundo ele, só então o acesso à aeronave foi fechado.

    Uma das suspeitas é que a porta pela qual Ayres Britto deixou a sala de embarque e entrou no avião estava quebrada. Responsável pelo aeroporto de Confins, a concessionária BH Airport não respondeu sobre essa questão.

    OUTRO LADO

    A empresa e a Gol disseram que irão apurar o episódio e que mantêm alto nível de segurança nas operações.

    A concessionária diz que todos os passageiros presentes na sala de embarque já haviam sido submetidos à inspeção obrigatória de segurança, inclusive de pertences de mão e de cartão de embarque. Disse ainda que cumpre norma da Anac sobre segurança. 

     

  9. A insustentável vileza do ser… PGR

    Eita que o Nassif hoje está afiado contra pessoas que traíram sua confiança de jornalista experiente e respeitado, Janot e FHC. O que estes cidadãos têm em comum? Vaidade inversamente proporcional ao talento como políticos – sim, seu Janot fez politicagem miúda para virar PGR, fez politicagem com seu cargo, e surpresa… continua fazendo depois dos 5 minutos de fama terem passado -, capacidade de iludir pessoas experientes e respeitáveis e às suas custas ganhar credibilidade para tomar o poder e vender o país, medíocres como figuras públicas, traiçoeiros com pessoas do círculo pessoal – conforme suas histórias contadas por quem com eles conviveu -, falso-moralistas – sentam na cauda de pavão de suas atividades paralelas duvidosas para pregar a destruição do país em nome do combate à corrupção – oi? é como ex-ator pornô pregando a castidade, alheia… 

    Sobre suas atividades:

    1 – “Durante o período que passei nos EUA” – quando? fazendo o que? para quem? considerando sua função como PGR, um alto cargo público, não há previsão de quarentenas ou de que suas atividades após o afastamento da função sejam informadas a algum órgão de controle, para fins de apuração de conflito de interesses? A vaidade é mesmo um pescador astuto (uma frase do padre Antonio Vieira, que não foi meu parente, hahaha – ao menos que eu saiba), e com essa descrição de atividades para exibir, pateticamente, uma relevância que seguramente não tem (“aquele que diz sou não sou, porque quem é mesmo não diz; cuidado com o homem que cai no canto de Ossanha, traidor”, trechos  de música de Vinícius de Moraes, “Canto de Ossanha”), acaba confessando suas relações, de resto já indubitáveis, com governos estrangeiros, e um “crescimento vertiginoso” nos convites para palestras… humhum, as mesmas que seus colegas de LesaPátria fazem sem prestar contas a ninguém? Do tipo de uma que envolveu ministro do stf, causou escândalo e foi por isso cancelada?… Não é o caso de haver um controle pela Corregedoria do MPF e pelo  CSMPF desse lucrativo, “crescente”, “vertiginoso” mercado profissional paralelo – mais que isso, diretamente correlato e dependente – ao cumprimento de atribuições do cargo público de tamanha importância para a soberania nacional, pelo tipo de trabalho que realiza? Hahaha, é claro que não! Não vivemos mais em Estado de Direito! Vivemos numa castocracia, quem se atreverá a cobrar satisfações aos novos xerifes?

    2 – Membros do MPF não tem que cumprir carga horária? Como o ministro consegue acumular funções legalmente autorizadas – cargo de procurador e de professor – com outras que se “avolumaram” em função de sua estada nos EUA? Como ele explica que a proximidade com os EUA, tenha, de repente, sido responsável por sua carreira acadêmica repentina e sua atratividade para o mercado de palestras? Para quem são essas palestras? Não configura nenhuma ilegalidade vender a influência adquirida no exercício da função enquanto ainda a exerce? Ou tão ruim quanto, exercer seu cargo em função de conquistar e alimentar influência fora do órgão e até do país? Pode isso, Globélica? Digo, sra. Dodge, chefe da PGR? 

    3 – Acha mesmo que a população é trouxa: se as suas atividades já tinhas se avolumado antes da candidatura ao conselho, precisava calcular uma raiz quadrada para saber se teria tempo para testar se era deus? Meu senhor, menos com a pretensão sobre si mesmo e a subestimação da inteligência alheia! É como o Nassif disse, aproveitou a oportunidade para criar um espaço público para um nota onde pudesse exibir sua nova rotina, talvez porque ninguém a tivesse notado além de seu espelho… 

    4 – Pode um funcionário público no exercício do cargo aproveitar atividades privadas remuneradas para realizar proselitismo político e mesmo funcional, de modo a rivalizar com sua sucessora? Pretende cavar uma candidaturazinha em outubro próximo? 

     

    O país chegou a um estado de degradação que se indignar com esse tipo de deslumbramento é inútil, desperdício de energia moral. 

    P.S. Das duas, uma: ou a ficha do janota não caiu sobre o disparate da sua gestão como PGR e ele continua narciso no espelho que só ele não viu que já está em pedaços, ou ele é mais pernicioso do que se imaginava e com esta nota está avisando que o país não se livrará de sua politicagem mesquinha tão cedo. Como vai ficar a situação com a celeuma sobre o caso PGR/JBS, agora em vias de agravamento? Terá essa situação alguma coisa a ver com sua desistência, e ao contrário das uvas verdes, na verdade ele está inflando sua situação fora do MPF para não levantar suspeita de que sua tão desejada vaga no CSMPF foi ameaçada pelo escândalo a ser reaberto no STF? No  Brasil nem os escândalos e baixezas institucionais são mais engenhosos que os folhetins globélicos. Ao contrário deles, a democracia golpeada continua produzindo, do lado dos seus lutadores, lindas histórias, imagens, canções, mitologias e narrativas de resistência, amor, alegria, esperança no futuro, lealdade, amizade, vida compartilhada nas dores, nos sonhos e nas realizações, amor verdadeiro enfim, tudo o que esses golpistas a quem o janota se aliou desconhecem, sepulcros caiados que só deixam no seu rastro destruição, desilusão, deslealdade, feiúra, secura e solidão – felizmente, para eles próprios, principalmente. 

     

     

    Sampa/SP, 23/04/2018 – 22:50 (alterado às 23:08 e 23:12). 

  10. O ego, o ego…

    Para mim Janot começou a cultivar pretensões maiores. De ficar no limelight por mais tempo. De se candidatar como não-político. Mas é só um burocrata da procuradoria. E o ego inflado não aceita. Não aceitará.

  11. È preciso investigar

    Eu acho que  Dodge deve investigar , pois este negócio de palestras no exterior são muito suspeitas. Afinal a juriprudência do caso Lula ( com suas palestras) e Dirceu, mostram que o ramo de palestras é duvidoso. Obviamente não estamos aqui falando das palestras de Barroso, pois estas foram  legais, nos dois sentidos do termo ( ou será que tem mais sentidos?)

  12. Esse negócio da juizada sair

    Esse negócio da juizada sair dando palestras pelo mundo, bancados por sabe-se lá quem é a síntese da captura do judiciário por quem tem dinheiro pra comprá-lo. Alguém aqui tem $$$ pra mandar um juiz dar palestras nos EEUU ( quase sempre é pr lá que vão “palestrar” os que a casa grande compra.

  13. ri demais com esse texto

    “…Atlantic Council, o centro de lobby norte-americano especializado em oferecer miçangas, cargos em seu Conselho Deliberativo à indiarada do continente sul.” Eu ri demais com isso, muito bom  Nassif. E conclui do melhor modo possível “O Brasil merece isso? Merece.” Concordo plenamente!!! Mais uma vezperfeito caro Nassif,

  14. e o Brasil….

    Certa feita, numa dessas saídas do Janot em direção àq corte, ele levou todos os planos e projetos par desenvolvimento da energia nuclear  para os States, a fim de que lá fosse verificada  a procedência da coisa. O nome disso é traição à pátria e a pena seria a de fuzilamento. Mas o Brasil e as gloriosas e valentes forças armadas, ignoram solenemente. Até incentivam. Há pouco, gaanharam alguns tanques velhos  como “doação”. E estão felizes e orgulhosos!!! Eita Bananalândia. 

  15. Ginot Ex-Superstar

    Gina Superstar

    (Titãs)

     

    Gina quer ser capa de revista
    Gina quer andar com milionário
    Gina quer levar vida de artista
    Gina quer posar pro calendário

    Ela quer ser chique
    Vai comprar uma mansão
    Quer gravar um clipe
    E ser a musa do verão

    Vão te conquistar
    E te seduzir
    Vão te contratar
    E te produzir

    Pop star
    Movie star
    Rock star
    Superstar

    Gina quer trocar o silicone
    Gina quer sair na avenida
    Gina quer ganhar um sobrenome
    Gina quer mudar a sua vida

    Ela quer dinheiro
    E ser estrela de cinema
    Quer o mundo inteiro
    Seja loira ou morena

    Vão te explorar
    E te consumir
    Vão te abandonar
    E te destruir

    Pop star
    Movie star
    Rock star
    Superstar

  16. Ex-Superstar Ginot

    Gina Superstar

    (Titãs)

     

    Gina quer ser capa de revista
    Gina quer andar com milionário
    Gina quer levar vida de artista
    Gina quer posar pro calendário

    Ela quer ser chique
    Vai comprar uma mansão
    Quer gravar um clipe
    E ser a musa do verão

    Vão te conquistar
    E te seduzir
    Vão te contratar
    E te produzir

    Pop star
    Movie star
    Rock star
    Superstar

    Gina quer trocar o silicone
    Gina quer sair na avenida
    Gina quer ganhar um sobrenome
    Gina quer mudar a sua vida

    Ela quer dinheiro
    E ser estrela de cinema
    Quer o mundo inteiro
    Seja loira ou morena

    Vão te explorar
    E te consumir
    Vão te abandonar
    E te destruir

    Pop star
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    Rock star
    Superstar

  17. Janot é superassalariado para trabalhar ou para dar palestras?

    Depois querem descontar a morosidade processual nas costas dos inocentes, tolhendo suas liberdades antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, ao arrepio da Constituição.

    Esses salafrários não morrerão impunes.

  18. O problema das máscaras é que
    O problema das máscaras é que passado o carnaval ela inexoravelmente acabam por cair revelando a verdadeira natureza de seus utilizadores, no caso em questão vemos, claramente agora, que sempre se tratou de um palhaço

  19. Coitado do Janot. Ele se

    Coitado do Janot. Ele se transformou num típico administrador interino machadiano. Ele acreditou que o cargo era definitivamente dele. Agora acredita que perdeu algo que não lhe pertencia. Tragicômico como tantos outros em nosso país. 

     

    O ADMINISTRADOR INTERINO

    Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra. Não ganhava muito, mas a mulher gastava pouco, e a vida era barata. Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis. A primeira idéia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns pássaros, etc.; mas a mulher, esta D. Fortunata que ali está à porta dos fundos da casa, em pé, falando à filha, alta, forte, cheia, como a tia, a mesma cabeça, os mesmos olhos claros, a mulher é que lhe disse que o melhor era comprar a casa, e guardar o que sobrasse para acudir às moléstias grandes. Pádua hesitou muito; afinal, teve de ceder aos conselhos de minha mãe, a quem D. Fortunata pediu auxílio. Nem foi só nessa ocasião que minha mãe lhes valeu; um dia chegou a salvar a vida ao Pádua. Escutai; a anedota é curta.

    O administrador da repartição em que Pádua trabalhava teve de ir ao Norte, em comissão. Pádua, ou por ordem regulamentar, ou por especial designação, ficou substituindo o administrador com os respectivos honorários. Esta mudança de fortuna trouxe-lhe certa vertigem; era antes dos dez contos. Não se contentou de reformar a roupa e a copa, atirou-se às despesas supérfluas, deu jóias à mulher, nos dias de festa matava um leitão, era visto em teatros, chegou aos sapatos de verniz. Viveu assim vinte e dous meses na suposição de uma eterna interinidade. Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã. Pediu à minha mãe que velasse pelas infelizes que deixava; não podia sofrer a desgraça, matava-se. Minha mãe falou-lhe com bondade, mas ele não atendia a cousa nenhuma.

    —Não, minha senhora, não consentirei em tal vergonha! Fazer descer a família, tornar atrás… Já disse, mato-me! Não hei de confessar à minha gente esta miséria. E os outros? Que dirão os vizinhos? E os amigos? E o público?

    —Que público, Sr. Pádua? Deixe-se disso; seja homem. Lembre se que sua mulher não tem outra pessoa… e que há de fazer? Pois um homem… Seja homem, ande.

    Pádua enxugou os olhos e foi para casa, onde viveu prostrado alguns dias, mudo, fechado na alcova, — ou então no quintal, ao pé do poço, como se a idéia da morte teimasse nele. D. Fortunata ralhava:

    —Joãozinho, você é criança?

    Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir à minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação menos, e perder um emprego interino? Não, senhor, devia ser homem, pai de família, imitar a mulher e a filha… Pádua obedeceu; confessou que acharia forças para cumprir a vontade de minha mãe.

    —Vontade minha, não; obrigação sua.

    —Pois seja obrigação; não desconheço que é assim mesmo. Nos dias seguintes, continuou a entrar e sair de casa, cosido à parede, cara no chão. Não era o mesmo homem que estragava o chapéu em cortejar a vizinhança, risonho, olhos no ar, antes mesmo da administração interina. Vieram as semanas, a ferida foi sarando Pádua começou a interessar-se pelos negócios domésticos, a cuidar dos passarinhos, a dormir tranqüilo as noites e as tardes, a conversa e dar notícias da rua. A serenidade regressou; atrás dela veio a alegria, um domingo, na figura de – dous amigos, que iam jogar o solo, a tentos. Já ele ria, já brincava, tinha o ar do costume; a ferida sarou de todo.

    Com o tempo veio um fenômeno interessante. Pádua começou s falar da administração interina, não somente sem as saudades dos honorários, nem o vexame da perda, mas até com desvanecimento e orgulho. A administração ficou sendo a hégira, donde ele contava para diante e para trás.

    —No tempo em que eu era administrador…

    Ou então:

    —Ah! sim, lembra-me, foi antes da minha administração, ou um dous meses antes… Ora espere; a minha administração começou. É isto, mês e meio antes; foi mês e meio antes, não foi mais.

    Ou ainda:

    —Justamente; havia já seis meses que eu administrava…

    Tal é o sabor póstumo das glórias interinas. José Dias bradava que era a vaidade sobrevivente; mas o Padre Cabral, que levava tudo para a Escritura, dizia que com o vizinho Pádua se dava a lição de Elifás a Jó: “Não desprezes a correção do Senhor; Ele fere e cura”

    Dom  Casmurro, Machado de Assis, texto disponível na internet: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000194.pdf. Já que não pode se consolar em público, pois ninguém está interessado na vida privada dele, Janot poderia mergulhar na literatura brasileira. 

     

  20. O nosso sistemaJudiciário e o

    O nosso sistemaJudiciário e o MPF são verdadeiros distribuidores de benesses e pouco afeitos ao trabalho. Que mrd tanto esse povo viaja para “palestrar”. Não trabaham não?? Como assim ser professor internacional??? E o trabalho? Já está aposentado ???? Mais um FDP da elite do atraso.

  21. Janot é um homem honesto, não

    Janot é um homem honesto, não é um político corrupto. Mas como dizia meu avô, quem fala muito dá bom dia a cavalo.

    A propósito, u belo artigo na Folha de Hoje:

    Ricardo Semler: Somos caras de pau

    “O Brasil não ficou corrupto há pouco, e a quase totalidade de leitores, como eu, comungou, silenciou e apenas resmungou enquanto assistia a tudo com senso falso de impotência”

     

     

  22. O defensor de animais

    O cachorro de Dilma foi sacrificado por conta de velhice, isto virou notícia. Certo deputado fez críticas a “assassina” de animais, e Janot, incrivelmente, processou a Dilma por tortura de animais.

    Só isso resume quem é Janot.

  23. Mesa de bar

    Essa declaração tem tanta importância quanto sabermos quem pagou a conta do bar em que o ilustre se encontrou com um advogado de um dos seus acusados, para trocar ideias e figurinhas.

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