Júri popular absolve PMs acusados de homicídio

Por Andre Borges Lopes

Notíciazinha muito esquisita essa no G1:

No corpo da notícia: “Ao serem julgados, porém, os policiais foram absolvidos. O júri entendeu que essa testemunha principal caiu em contradição. O Ministério Público já recorreu.”

Peraí meu povo? De que “juri” estamos falando? A história aconteceu em 28 de maio e esses soldados já foram a juri popular em menos de 6 meses? Tem toda cara de que foram absolvidos (como de costume) em algum Inquérito Policial Militar (IPM) interno da PM Paulista.

A notícia dá a (falsa) impressão de que foram absolvidos pela Justiça. No UOL, escandaloso silêncio.

Policiais da Rota são absolvidos de execução de suspeito preso

G1

Júri considerou que a principal testemunha caiu em contradição. Morte é tida pelo Ministério Público como o estopim da onda de violência.

Três policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foram absolvidos da execução de um suspeito preso na Zona Leste da capital paulista. O caso aconteceu em 28 de maio e é considerado, pelo Ministério Público, o estopim da onda de violência que atinge São Paulo nos últimos meses.

Na ocasião, policiais da Rota mataram seis suspeitos de pertencerem a uma facção que se reuniam no estacionamento de um bar na favela Tiquatira, na região da

Segundo a PM, naquela noite os criminosos, que planejavam a libertação de um comparsa preso, foram surpreendidos pela Rota e reagiram à abordagem. Todos os seis morreram na troca de tiros. Para a facção que atua dentro e fora dos presídios paulistas, porém, a operação policial foi “covarde”.

Uma testemunha denunciou que os policiais levaram um dos suspeitos até a Rodovia Ayrton Senna e o executaram lá. Essa denúncia levou os três agentes da Rota ao Presídio Romão Gomes, que abriga PMs envolvidos em crimes.

Ao serem julgados, porém, os policiais foram absolvidos. O júri entendeu que essa testemunha principal caiu em contradição. O Ministério Público já recorreu.

Para os promotores, por conta dessa ação os criminosos da facção, em busca de vingança, passaram a executar policiais militares. “Esse caso da ação da Rota que matou seis foi o estopim para desencadear essa onda de violência”, disse o promotor Marcelo Alexandre Oliveira. Desde o começo do ano, 92 PMs foram mortos em todo o estado.

Servente
Outros cinco policiais da tropa de elite paulista tiveram prisão temporária decretada nesta quarta-feira (14). Eles são suspeitos de executar no sábado (10) o servente Paulo Batista do Nascimento, de 25 anos, no bairro do Campo Limpo, Zona Sul da capital. O pedido foi feito pela Corregedoria da Polícia Militar.

O tenente Halstons Kay Yin Chen e os soldados Francisco Anderson Henrique, Diógenes Marcelino de Melo, Marcelo de Oliveira Silva e Jailson Pimentel de Almeida estavam detidos disciplinarmente na Corregedoria da PM desde domingo (11), quando o Fantástico divulgou um vídeo de uma testemunha que mostra parte da ação policial.

Com a prisão temporária decretada, os suspeitos poderão ser levados ao presídio Romão Gomes, na Zona Norte da capital.

Luis Nassif

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