Leucemia: uma história familiar

Por wilfer9

Moro em Juiz de Fora, cidade pólo da Zona da Mata e região Sul Fluminense, que possui uma ampla rede médico-hospitalar. Entretanto, minha filha demorou seis meses para receber o diagnóstico de leucemia, depois de passar por diversos profissionais: três pediatras, sendo que um deles chegou a dizer que poderia se tratar de um daqueles casos que a medicina não explica, outro disse que se a profissional renomada que a atendia não sabia apontar o diagnóstico, melhor seria levar para o Rio de Janeiro. Minha filha foi atendida por dois ou três ortopedistas, uma proctologista, dois reumatologistas, um neurologista e uma hematologista, que só descobriu a doença porque minha esposa, ao perceber manchas vermelhas na perna da minha filha, que é morena, fez soar o alerta, já que para a médica o caso seria mesmo reumatológico.

�s, ao custo de R$ 280,00 reais a consulta, uma reumatologia do Rio de Janeiro receitou o único remédio capaz de fazer minha filha suportar a dor óssea, inicialmente indicado para ser ministrado de 24 em 24 horas, cujos intervalos abreviei por conta prória, já que não conseguia falar com a médica, apenas por email, mesmo assim demorava a receber uma resposta, já que ora estava em Boston, ora em Londres, em congressos. Durante uma urgência ao reclamar com o hematologista de um renomado hospital de Juiz de Fora, porque demoraram oito horas para ministrar plaquetas, o hematologista disse que a escola dele era outra, diferente da escola dos médicos do Hospital Boldrini, em Campinas, onde era realizado o tratamento, que salvou a vida da minha filha. Tem muitas outras histórias, que um dia espero contar, no blog “Leucemia: uma história familiar” (tudomenosisso.wordpress.com).