Renan Calheiros e Jader Barbalho – Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Jornal GGN – Os senadores Renan Calheiros (PDMB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) teriam recebido um total de R$ 11,5 milhões de propinas por manterem o apoio de Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró na direção da Petrobras, entre 2005 e 2006. O repasse teria sido intermediado pelo lobista Jorge Luz, que prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, nesta quarta-feira (19).
Em um dos principais eixos de investigação desde 2015, quando a Operação Lava Jato chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), o esquema de corrupção envolvendo contratos de compra e operação de navios-sonda pela Petrobras mirava caciques do PMDB.
A tese era a de que a influência do partido, por meio de seus parlamentares, para garantir o apoio de nomes junto às principais diretorias da Petrobras, retornaria em parcelas de propinas para financiar campanhas eleitorais. Nessa linha, Renan, Jader e Aníbal entrariam como beneficiados, segundo o lobista.
Jorge Luz afirmou ao juiz Sérgio Moro, em depoimento, que o esquema específico datava do fim de 2005 e início de 2006. Os peemedebistas precisavam manter o apoio a Costa e Cerveró que, por sua vez, teriam ajudado a concluir a negociação junto a Samsung para a construção do navio Petrobras 10.000. E os parlamentares teriam recebido R$ 11,5 milhões.
“Esse dinheiro já era de uma negociação que já tinha sido feita, eu descobri depois, tinha sido uma negociação do senhor Fernando Soares junto à Samsung, através do seu representante Júlio Camargo”, afirmou.
Soares, conhecido como Fernando Baiano, era o lobista apontado como um dos responsáveis pelas negociatas do PMDB. Jorge Luz disse que repassou contas indicadas por Aníbal Gomes a Baiano, para que fossem feitos os pagamentos. Questionado se essas contas eram internacionais, o lobista respondeu: “político não tem conta no exterior. Burros são os empresários que têm, porque achavam que estavam acima do bem e do mal”.
O lobista disse que já fazia “algum tempo” que queria narrar as acusações a Sérgio Moro. Ele e seu filho, Bruno Luz, também apontado como outro intermediário de propinas, estão presos preventivamente em Curitiba, no Paraná, desde fevereiro deste ano. Ambos teria repassado US$ 40 milhões em propinas para políticos e executivos da Petrobras.
Outro lado
Em resposta, o senador Renan Calheiros afirmou que a acusação do lobista é “totalmente infundada”. “O senador Renan afirma que conheceu Jorge Luz há mais de 20 anos e desde então nunca mais o encontrou ou falou com ele. Diz ainda que não conhece nenhum dos seus filhos. Há 20 dias, o senador prestou depoimento ao juiz Sergio Moro como testemunha de Luz e reafirmou que a citação a seu nome é totalmente infundada”, disse Renan, por meio de sua assessoria de imprensa, a jornais.
Consultado, Jader Barbalho disse ter conhecido Luz em 1983, por uma então empresa do lobista que prestava serviços para o Estado do Pará. “Esses bandidos querem se livrar da Justiça e ficam inventando história, inventando história para o Sergio Moro, para vocês da imprensa. Não viu esse outro bandido que o [procurador-geral da República, Rodrigo] Janot deixou escapar? Está rindo da cara de todos nós”, disse o senador ao Uol.
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Alô! Isso aí é contra-ataque da PGR!!
Globo vs. Temer: o exemplo mais ilustrativo da tragédia brasileira
Por Romulus
A Globo nunca ficou do lado perdedor…
Assim, em constatando a derrota final dos Procuradores, não hesitará 2 segundos antes de jogar o PGR Rodrigo Janot e o MPF ao mar…
À Globo, no curto prazo, basta que siga a Lava a Jato de ~Curitiba~…
(que visa exclusivamente a Lula e ao PT!)
É verdade que o “passo maior que as pernas” – a guerra total contra ~toda~ a classe política tocada pela Lava a Jato de ~Brasília~ – animou a Globo (e a Finança) num primeiro momento…
Afinal, a implantação da “Noocracia (escamoteada!)/ “‘Democracia’ à iraniana” no Brasil – seu projeto de longo prazo – estava a apenas um passo…
Mas aí…
Chegou o Ortega y Gasset e estragou a “festa”:
“Entre o ser e o crer que já se é…
… vai a distância entre o sublime e o ridículo”
– Certo, Globo/ MPF/ Janot??
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