Aliança pelo Brasil
Medidas impopulares de Temer para estimular o crescimento
por J. Carlos de Assis
O presidente interino anunciou que tomará algumas medidas impopulares para viabilizar a retomada do crescimento. Na qualidade de constitucionalista, Temer pode dizer qualquer bossalidade em economia, inclusive essa. Entretanto, a sociedade brasileira não merece a carga de consequências objetivas que poderão vir daí. Não consigo vislumbrar nenhuma medida impopular que pudesse resultar em crescimento econômico. O que aprendi logo nos primeiros meses do curso de economia é que, em situação de depressão, o governo deve expandir o crédito, reduzir a taxa de juros e realizar investimentos deficitários.
Nenhuma dessas medidas de estímulo ao crescimento pode ser classificada como impopular, exceto na cabeça de um constitucionalista embriagado pelo poder, sobretudo quando assessorado por um ministro que também não é economista, Henrique Meirelles. Tivemos essa má sorte também no primeiro governo Lula, quando o torneiro mecânico entregou a economia a um médico sanitarista, Antônio Palocci. Nesse caso, porém, fomos salvos pela China, que multiplicou as importações de minério de ferro e de soja brasileiro. Hoje não temos um salvador externo.
Nossos fantasmas reais estão aí, e teremos que conviver com eles. As contradições do governo começaram a ser expostas, inclusive pelo elevado déficit fiscal que se contrapõe ao fetiche ideológico do superávit primário, alimentado desde 2014 pelos opositores de Dilma. Déficit nem sempre é uma coisa ruim, pois pode ser um instrumento de financiamento de investimentos, animando a economia. No caso da dupla Temer/Merelles, porém, trata-se de um déficit pernicioso porque é derivado sobretudo da queda da receita fiscal, sem contrapartida de aumento dos investimentos do setor público.
Começo a imaginar o que Temer tem na cabeça em termos de medidas impopulares. São quatro em vista: reduzir os benefícios da Previdência Social, mudar radicalmente a política do petróleo para entregar parte substancial do pré-sal às multinacionais, estrangular a Justiça do Trabalho para reduzir a proteção institucional do trabalhador, diminuir a proteção do seguro de saúde do INSS. Não tenho nenhuma dúvida de que, em sua interinidade, Temer usará sua maioria no Congresso apodrecido para por em ação essa pauta bomba. A única coisa que ele não conseguirá é recuperar o crescimento e reduzir o desemprego.
J. Carlos de Assis – Economista, professor, doutor pela Coppe/UFRJ.
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Simples e direto
Temer não engana ninguém. Este Governo não engana ninguém.
Mas estão aí. ..
Se você acredita que…
Se você acredita que em um quadro de recessão, os remédios são expandir o crédito, reduzir a taxa de juros e realizar investimentos deficitários, pode fazer a experiência em sua própria casa. Se no fim do mês você estiver sem dinheiro, então entre no cheque especial, estoure o cartão de crédito e depois me conte o que aconteceu.
Seja quais forem os adjetivos que você escolher para definir as medidas de austeridade, elas são inevitáveis em um quadro de recessão. As medidas que o Temer está tomando são a continuidade das medidas que a Dilma já estava tomando antes de sair do governo.
O Brasil é um país agrícola e
O Brasil é um país agrícola e continuará sendo um país agrícola. O Brasil nunca mais atingirá, em termos absolutos, o nível de crescimento que tivemos com Lula foram resultantes do aumento do preço dos nosso commodities e da descoberta do pre-sal. Estes dois fatores foram os pilares que sustentaram um politica de investimento que resultaram no neste crescimento excelente que tivemos durante o governo Lula. Voltamos a condição de um país agrícola que pode gerar oito mil empregos por mes.
Se é primario não é
Se é primario não é superavit.