Minirreforma eleitoral começa a andar semana que vem para valer em 2024

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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Celeridade na tramitação ocorre para que minirreforma possa valer nas eleições de 2024 e precisa ainda ser votada na Câmara e no Senado

Foto: Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil

O parecer do relator da minirreforma eleitoral está previsto para ser votado pelo grupo de trabalho designado para a primeira análise do documento na segunda-feira (11), às 16 horas, na Câmara Federal.

De acordo com o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), autor do parecer, dois projetos, um de lei (PL) e outro de lei complementar (PLP), conforme os temas tratados, estão contidos na proposta. 

Com a aprovação pelo grupo, cada proposta ganhará um requerimento de urgência, viabilizando a votação no Plenário da Câmara na quarta-feira (13). Um dia antes, na terça, o parecer será apresentado ao Colégio de Líderes. 

“Sobrariam, no mínimo, três semanas para o Senado Federal também apreciar (o texto)”, disse Pereira Júnior à Agência Câmara.

A celeridade na tramitação ocorre porque para que possa valer nas eleições municipais de 2024, a minirreforma eleitoral precisa virar lei antes do dia 6 de outubro, um ano antes do pleito. 

“Nós recebemos tantas sugestões em tantas audiências públicas, com muitos participantes, com os partidos, com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não foi possível consolidar tudo antes”, disse Pereira Júnior.

Alguns pontos da minirreforma são a antecipação do período de registro de candidaturas, a simplificação do processo de contas e da propaganda eleitoral, além de uma melhor definição dos crimes de violência política contra a mulher. 

Outros pontos ainda aguardam consenso, como a distribuição das sobras eleitorais, que são as vagas não preenchidas pelos critérios do sistema proporcional.

Calendário mantido

A coordenadora do grupo de trabalho, deputada Dani Cunha (União-RJ), confirmou que o calendário de votação na Câmara e no Senado está mantido. “O andamento dos trabalhos não afetará o objetivo de votação”, afirmou. 

Essa também é a intenção do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), conforme ele declarou nas últimas semanas à imprensa e em conversas com o grupo de trabalho.

Segundo Dani Cunha, foram mais de 26 reuniões realizadas desde agosto, além de audiências públicas e reuniões externas com o TSE, a Procuradoria-Geral Eleitoral, os dirigentes dos partidos e as bancadas feminina e negra na Câmara.

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

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