Natura amplia lucro em 16,8% durante o terceiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A fabricante de cosméticos Natura encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 214,6 milhões, resultado 16,8% acima do apurado no mesmo período de 2013, muito por conta do impacto favorável da marcação a mercado em derivativos atrelados à dívida em moeda estrangeira. Eliminados os efeitos não caixa de marcação a mercado, o lucro líquido teria sido 3% menor frente ao mesmo período de 2013. No acumulado do ano, o lucro foi de R$ 507,6 milhões, uma redução de 7,5% ante os R$ 548,5 milhões do mesmo intervalo de 2013.

De acordo com os dados divulgados, o EBITDA (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 427 milhões, o que corresponde a um crescimento de 7,2%. No acumulado do ano, o Ebitda da companhia caiu 0,7%, atingindo R$ 1,063 bilhão. A margem Ebitda do terceiro trimestre de 2014 subiu 0,5 ponto percentual ante igual período do ano passado, para 22,9%. No ano, a margem Ebitda acumula queda de 1,8 ponto percentual, ficando em 20,3%

A receita líquida consolidada da empresa no período foi de R$ 1,867 bilhão, um crescimento de 5% em comparação com o terceiro trimestre de 2013, e o lucro líquido totalizou R$ 215 milhões.

No ano, a empresa registrou um consumo de caixa livre de R$ 33,3 milhões frente a uma geração de R$ 84,1 milhões no mesmo período do ano anterior, resultado do maior investimento em capital de giro, que superou em R$ 112,1 milhões o valor investido nos primeiros nove meses de 2013.

As Operações Internacionais (OIs) representaram no período 19,3% da receita consolidada da Natura (17,4% no terceiro trimestre de 2013). No trimestre, a receita líquida das OIs cresceu 31% em moeda local. Em reais, o aumento foi de 16,2%, variação ocasionada, principalmente, pela desvalorização das moedas argentina e chilena frente ao Real.

Para os analistas da Ativa Corretora, o resultado foi considerado neutro. “A companhia apresentou mais um resultado fraco, e novamente não foi capaz de estancar a perda de market-share no mercado doméstico. Apesar disso, um dos pontos positivos do release foi o ganho de eficiência na operação brasileira, em consequência do reajuste de preço promovido em julho, de uma menor atividade promocional, além de uma maior utilização das plantas e de alguns centros de distribuição”, diz a corretora ressaltando que, embora a companhia tenha demonstrado que pode estar no rumo certo para apresentar uma melhora estrutural ao longo dos próximos semestres, “o cenário segue difícil para a operação brasileira”.

Empresa mantém margem bruta e amplia inovação

Segundo os dados divulgados pela companhia, a margem bruta consolidada manteve o mesmo nível (70,9% no trimestre) em relação ao mesmo período do ano anterior. No Brasil, fatores como o aumento de preços aplicado a partir de julho, a melhora do custo de conversão das fábricas e a estabilidade do esforço promocional permitiram o aumento da margem bruta frente ao mesmo período do ano anterior e também em relação ao 2T14. Nas Operações Internacionais, a apreciação do Real frente a cesta de moedas da América Latina impactou negativamente a margem bruta dessas operações.

O índice de inovação, calculado pela companhia com base nos últimos 12 meses findos em setembro de 2014, foi de 65,9% frente a 63,8% do mesmo período do ano anterior, ficando dentro do patamar esperado (entre 60% e 70%).

De acordo com os dados da empresa, o leve aumento relativo (%RL) das despesas com vendas, marketing e logística no trimestre – 33,8% no trimestre (ante 33% no período imediatamente anterior – foi resultado da combinação de uma melhor utilização da capacidade logística com a continuidade de patamares altos de inadimplência. Em termos nominais, o crescimento de 5,1% “reafirma a tendência de desaceleração do crescimento dessas despesas, resultado do nosso programa de eficiência que ao longo dos últimos trimestres tem mostrado evoluções significativas”, diz a companhia. Nas Operações Internacionais, o aumento relativo (%RL) dessas despesas deve-se a uma concentração dos investimentos em marketing no trimestre e à pressão inflacionária nos custos da operação na Argentina.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Desse jeito é facil ter muito lucro

    Agora paga os impostos, todos eles ! E parem de explorar os vendedores ambulantes, sem direitos trabalhista. Pelo menos era assim até pouco tempo.

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