Nestlé e o fim da Era Brabeck, por Franklin Frederick

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Nestlé e o fim da Era Brabeck

por Franklin Frederick

Publicado originalmente em http://www.thedawn-news.org/2017/05/04/nestle-and-the-end-of-the-brabeck-era/

O século XX tem sido caracterizado por três desenvolvimentos de grande importância política: o crescimento da democracia, o crescimento do poder corporativo e o crescimento da propaganda corporativa como um meio de proteger o poder corporativo contra a democracia”. (Alex Carey)

Na quinta-feira, 06 de abril, Peter Brabeck-Letmathe, 72 anos, participou pela última vez da Assembleia Geral da Nestlé como Presidente do Conselho de Administração. Ele trabalhou 50 anos para a Nestlé, 20 anos como Presidente do Conselho. Ninguém pode negar que ele é um homem muito inteligente e um brilhante estrategista, sempre pronto a defender suas ideias em público. Ele tem aparecido com tanta frequência em filmes e na mídia em geral que se tornou um tipo de celebridade dentre os diretores executivos. Ele e seu compatriota Arnold Schwarzenegger, com quem compartilha muito em comum, são provavelmente os mais conhecidos austríacos contemporâneos no mundo. Suas opiniões sobre Economia e Política parecem vir como um direito de nascimento natural diretamente da Escola Austríaca de Economia que surgiu em Viena no final do século XIX, como “uma reação contra as reformas socialistas. Opondo-se aos regulamentos públicos e à propriedade, a Escola Austríaca criou um universo paralelo no qual os governos não aparecem senão como uma carga (…)”  de acordo com o economista Michael Hudson.(1).

Em suas respectivas capacidades – Peter Brabeck como diretor executivo da Nestlé e também como membro do Conselho de Administração  de várias outras companhias; Arnold Schwarzenegger como Governador da Califórnia – eles fizeram todo o possível para proteger o mundo contra o mal do Estado de Bem-Estar Social, defender as empresas privadas das regulamentações governamentais e caçar o Bem Comum onde quer que pudessem encontrá-lo, pregando o Evangelho da Privatização como a salvação da economia, ou mesmo da civilização em si. No entanto, foi Peter Brabeck e não Arnold Schwarzenegger quem conseguiu uma influência mais profunda e duradoura sobre a economia e a sociedade em geral. Portanto, é importante ter um olhar mais atento sobre o seu legado.

Uma das principais realizações do Peter Brabeck é a criação do Water Resources Group (WRG), uma mistura de “think tank” com um grupo de lobby e uma agência de desenvolvimento promovendo parcerias público-privadas no setor de água. Ele é Presidente do WRG e não há indicação até agora de que vá se aposentar também desta posição. O WRG foi fundado pela Nestlé, Coca-Cola, PepsiCo e SAB Miller, os gigantes do setor de água engarrafada. O WRG tem outros membros poderosos e influentes não diretamente ligados ao setor da água engarrafada, como por exemplo,o International Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial que atua como conselheiro de projetos do setor privado. Philippe Le Houérou, diretor executivo da IFC, é também vice-presidente do WRG. A Agência Suíça para Desenvolvimento e Cooperação (SDC) é também membro do WRG. O diretor da SDC – Manuel Sager – pertence ao Conselho Diretor do WRG, assim como os diretores executivos da Coca-Cola e da  PepsiCo.

O WRG fornece a plataforma institucional perfeita para que Peter Brabeck prossiga sua política de privatização da água em níveis muito altos. As companhias de engarrafamento de água, incluindo a Nestlé, têm naturalmente muito a lucrar tanto com a privatização da água como com o desmantelamento dos serviços públicos de água. O poder econômico e político do WRG pode ser usado para influenciar governos no mundo todo. Há uma conexão importante no WRG que muitas vezes é esquecida: em 2015 a cervejaria gigante AB Inbev adquiriu a SAB Miller que é membro do WRG. AB Inbev pertence ao Império do Suíço-Brasileiro Jorge Paulo Lemann, estimado pela revista FORBES como o homem mais rico no Brasil e o segundo mais rico na Suíça. O império econômico de Lemann tem um profundo alcance dentro  dos Estados Unidos e da América Latina.

Outra realização importante de Peter Brabeck é a estreita relação de trabalho que ele estabeleceu entre a Nestlé e os militares. Nos anos 70 e 80 do século passado, a Nestlé enfrentou uma enorme ameaça à sua imagem e práticas pela campanha “Nestlé mata bebês”, organizada por diversos grupos da sociedade civil na Europa e nos EUA. Para lidar com esse desafio, a Nestlé contratou o oficial de inteligência do Exército dos EUA, Raphael Pagan, que era responsável pelo desenvolvimento das estratégias para “lutar” contra as críticas da sociedade civil. Isso aconteceu antes de Brabeck tornar-se diretor executivo, mas a experiência parece ter sido muito bem-sucedida, uma vez que Brabeck levou-a a novos níveis. Como diretor executivo da Nestlé, Brabeck contratou John Hedley, um ex-agente do MI6, como chefe de segurança da Nestlé. E foi John Hedley quem organizou uma operação para infiltrar espiões em grupos da sociedade civil suíça que criticam a Nestlé, especialmente o grupo ATTAC. Em 2011 a Nestlé organizou o fórum internacional “Creating Shared Values” em parceria com o “Atlantic Council”, uma grande organizaçã de grande empresas privadas em torno da OTAN. A Nestlé norte-americana possui um programa de trabalho especial para ex-militares. Seu website diz:

“A Nestlé orgulha-se de oferecer inúmeras oportunidades aos veteranos do exército dos Estados Unidos, ajudando-os a usar sua formação e habilidades únicas dentro das várias empresas operacionais de nossa organização” (2).

A estreita cooperação entre empresas transnacionais e a inteligência militar, ou o Exército em geral, não é exclusiva da Nestlé, mas Peter Brabeck esteve à frente da maioria das outras corporações transnacionais (TNCs) em seu engajamento por ela. A razão para tal cooperação é muito simples: as transnacionais e o setor financeiro são as principais forças motrizes das políticas neoliberais, esta forma de fundamentalismo de mercado de extrema-direita que é profundamente antidemocrática.

Um dos principais instrumentos políticos do projeto neoliberal é a privatização, que significa basicamente transformar o bem comum em lucro privado – algo que, por definição, não vai receber muito apoio popular – portanto, as políticas neoliberais são obrigadas a enfrentar muita resistência popular e só podem ser implementadas por violência ou fraude. A inteligência militar pode fornecer muitas informações sobre como a sociedade civil está se organizando contra a aquisição corporativa, tanto da democracia quanto dos recursos naturais, proporcionando assim ao poder corporativo alguns meios importantes para se proteger. Além disso, a maioria dos recursos naturais fundamentais para as transnacionais está localizada nos países do Sul, onde a cooperação com os militares pode ser muito útil para combater as tentativas dos governos locais e da população de usar seus recursos naturais para seu próprio desenvolvimento, o crime supremo na visão do neoliberalismo. Foi o que aconteceu no Chile quando o governo eleito de Salvador Allende começou a nacionalizar alguns dos recursos naturais do Chile e usá-los para o desenvolvimento do Chile e não para o lucro das multinacionais. O poderoso sistema internacional  reagiu então primeiramente  com  uma guerra econômica e, quando esta não funcionou, com um golpe de Estado sob a liderança do general Augusto Pinochet. O que se seguiu foi uma guerra contra a população chilena que durou muitos anos, resultando em milhares de pessoas mortas ou desaparecidas. Do ponto de vista neoliberal, uma história de sucesso: Pinochet realmente implementou um programa neoliberal. Peter Brabeck teve a oportunidade de ver o que Pinochet estava fazendo de muito perto: ele estava lá. O início de sua carreira na Nestlé foi no Chile exatamente na mesma época. Ele deve ter ficado impressionado com a maneira como Pinochet lidava com a resistência da população contra as políticas de privatização.

No entanto, a violência aberta em nome de políticas impopulares nem sempre é possível e, em seguida, o projeto neoliberal recorre à fraude, tentando esconder os verdadeiros objetivos de suas políticas e convencer a população em geral que está realmente trabalhando para o benefício dela. Assim, as empresas privadas que pressionam pela privatização dos serviços públicos por meio do Acordo de Comércio de Serviços (TISA), por exemplo, chamam-se de “os verdadeiros amigos dos serviços” (3). Da mesma forma, Peter Brabeck chama de “Creating Shared Values” como a Nestlé está “produzindo um impacto positivo a longo prazo para os acionistas e a sociedade”. A água como um bem comum é o nosso mais precioso valor compartilhado e as políticas de privatização de Brabeck são um claro ataque a este.

Acima de tudo, o projeto neoliberal tenta se esconder. “Project censored” – uma iniciativa para expor e se opor à censura de informação (4) – aponta como a estória mais censurada  de 2015: “Metade da riqueza global possuída pelos 1%”. Este ano – 2017 – mais de metade da riqueza global é detida pelos 1%. Na verdade, apenas 8 homens possuem a mesma riqueza que metade da populaçãp  do mundo (5), o que demonstra claramente  quem está realmente se beneficiando das políticas neoliberais e das privatizações. Não por acaso, no mesmo ano de 2015, a 4ª estória mais censurada foi: “A resistência popular à aquisição  da  água pelas empresas” (6).

A privatização e apropriação da água vão de mãos dadas com a acumulação de riqueza pela classe dos 1% a que Peter Brabeck pertence – um fato que ele faz o melhor para esconder.

Ele também conseguiu silenciar a maioria das ONGs suíças politicamente envolvidas, consciente do fato de que a discussão pública e críticas à Nestlé na Suíça – seu país de origem – poderiam ter um impacto muito negativo na imagem da empresa..

A aposentadoria de Peter Brabeck, o fim da era Brabeck, no entanto, coincide com o fim do projeto neoliberal em si, sua credibilidade erodida, seus objetivos reais desvendados.

Em todo o mundo movimentos de resistência estão crescendo e cada vez mais países rejeitam as políticas neoliberais. Aqueles que estavam celebrando o fim da “pink tide” na América Latina, quando partidos  progressistas na Argentina, Bolívia, Paraguai, Brasil, Equador e Venezuela chegaram ao poder político, podem ter que rever o que está acontecendo no continente. No Equador o povo elegeu Lenin Moreno como Presidente, o candidato apoiado por Rafael Correa; na Argentina, as políticas neoliberais do presidente Macri, que aumentaram a pobreza da população em apenas alguns meses depois de sua eleição, enfrentam agora uma enorme resistência do povo e uma greve geral que paralisou todo o país. O que Macri conseguiu na Argentina até agora não pode ser chamado de sucesso e é duvidoso que ele seja reeleito, para consternação da classe neoliberal. No Brasil, onde um golpe de Estado parlamentar era necessário para implementar um programa neoliberal completo e iniciar a privatização dos bens públicos do país, o governo ilegítimo do presidente Michel Temer está caindo aos pedaços. E apesar da grande campanha da imprensa contra o ex-presidente Lula, é ele quem aparece em todas as pesquisas como aquele com mais apoio popular para ganhar uma eleição. E a Venezuela, apesar de uma guerra econômica semelhante à lançada contra o presidente Allende no Chile e de uma campanha da imprensa internacional contra seu governo, mantém orgulhosamente sua política de usar os recursos naturais da Venezuela em benefício de sua própria população, com resultados impressionantes como em seus programas de habitação e alfabetização. No entanto, qualquer resultado concreto e positivo alcançado por políticas alternativas ao credo neoliberal deve ser subestimado ou totalmente ignorado pela imprensa dominante, a aliada mais importante do neoliberalismo. No entanto, os sinais dos tempos são claros e o projeto neoliberal chegou no fim.

O sucessor de Peter Brabeck na Nestlé não será capaz de fazer tanto quanto o próprio Brabeck fez pelo projeto neoliberal. E ele terá que ser muito mais cuidadoso ao lidar com os movimentos críticos da sociedade civil, porque no final, nós, o povo, decidiremos qual lugar ele e a Nestlé podem ter no futuro.

Assine

Tradução

Déborah Braga Resende

José de Arimatéia Dias Valadão

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O leviatã e a PiG

    A população de São Lourenço, em MG, sabe muito bem desse assunto.

    A Nestlé estava prejudicando as fontes de água minerais naturais da cidade por extração acima da capacidade natural, o que acabaria prejudicando as fontes.

    Lutou e venceu a primeira batalha no judiciário local. Depois venceu outra batalha no TJ-MG. Mas a Nestlé conseguiu liminar no STJ e não sei como a coisa ficou, mas sei que essa liminar durou, ou dura, um bom tempo.

    Então, a populaçãio de São Lourenço e outras entidades contataram ONGs da Europa, onde ocorreu lutas por boicote à essa empresa monstro. E assim ela parece que parou de explorar as fontes de forma exagerada.

    Ou seja, fora o povo de São Lourenço, nenhum brasileiro quase nada sabe dessa história, pois essa imprensa PiG suja que domina nosso país praticamente nada divulgou. Aliás, defendeu a Nestlé no caso da compra da Chocolates Garoto vetada pelo CADE, Conselho de Defesa Econômica. A veja trouxe reportagens desdenhando da decisão do CADE e todas as TVs e grupo globo atacaram o CADE na época.

    Eis a cara esse leviatã da indústria de alimentos que engole tudo e tem preços caríssimos.

    Hora do povo brasileiro agir com inteligência e cidadania, não comprando produtos dela.

    1. Gandhi demonstrou a força do boicote

      ALEXANDRE

      Concordo 100% com sua conclusão. Eu já boicoto a Nestlé:

      “Hora do povo brasileiro agir com inteligência e cidadania, não comprando produtos dela.”

    2. Pois, na verdade, a

      Pois, na verdade, a terceirização vem para acabar de vez com qualquer chance das pequenas e médias empresas competirem com as multinacionais e com os conglomerados internacionais… O interesse sempre foi o aumento do capital… E não ajudar o planeta ou o bem comum de todos… Muito pelo contrário, o bem comum de todos sempre foi uma ameaça muito grande para eles… Por isso a tentativa, até os dias atuais, de demonizar o socialismo ou o comunismo… Não é atoa… O capitalismo é marketing… É venda… Vender um produto nem sempre significa desvalorizar os outros… Mas no caso de vender um sistema, a única saída é demonizar sistematicamente todos os outros… Eles procuraram fazer isso sempre… Sembora, eu não seja a favor de um ou outro sistema… Mas seja a favor da humanidade… Da sociedade! POrtanto, HUmanismo seria o melhor sistema de todos!

  2. Que bom saber que esta gente 

    Que bom saber que esta gente  está indo embora. Oxalá uma gente criada para valorizar a solidariedade, a compaixão, o compartilhamentoesteja  surgindo. . Para isso lutamos.

    Muito esclarecedoras tuas palavras. Obrigada pela generosidade de compartilhar teu conhecimento.

  3. O pior é que está é a

    O pior é que está é a intenção deles, não te dar nenhuma outra alternativa, a não ser comprar os produtos deles… Para que serve o liberalismo, senão para os conglomerados tomarem conta dos principais mercados e empresas do planeta? Para que serve a terceirização, senão para acabar com a competividade entre as pequenas e média empresa, com as grandes… POis as grandes aumentarão sua produção, terão menos custos… E venderão um produto muito barato, impedindo que empresas pequenas ou médias concorram com elas… Além disso, sem a reforma agrária, a produão destes alimentos ficarão nas mãos de poucos empresários… Impossbilitando a produção em larga escala, acabando de vez com a competição… Não, é isso? Vai nas lojas de um real… Achará dezenas de marcas brasileiras de bolacha… Experimente cada uma delas, e depois experimente uma da nestlé… A diferença de qualidade chega a ser absurda! Não há como competi… A tendência é estas pequenas e médias empresas irem para o brejo, ou sobreviverem muito mal e porcamente… Mesmo com a terceirização da mão de obra… POis não terão escala e qualdiade para competir com as grandes… O povo mais pobre prefere juntar um pouco mais e comprar um da nestlé, do que comprar uma da tabajara biscoitos… É a realidade… Eles estão desesperados para privatizar os recursos naturais do país… Vender estes produtos naturais desta região para as empresas locais em dólar… E para as empresas deles, em um preço subisidiado… Que seria o papel do estado se cuidasse dos recursos naturais da região… Subsidiaria os recursos para as empresas nacionais, e venderia a preço de mercado para as multinacionais ou empresas do exterior… Eles querem tomar o lugar do estado, acabar com o mercado… O livre mercado é o peixe grande dando cabo do pequeno… É colocar as galinhas com a raposa no mesmo galinheiro… É a destruição dos mercados internos dos países pelas multinacionais… Gerando precariedade de mão-de-obra… Pois, para conseguir emprego… OU se trabalharia de escravo por um empresário nacional em troca de comida… Ou por algumas moedas de forma terceirizada, para as multinacionais e conglomercados internacionais… Estão querendo acabar com as nações… Com a possível competitividade que poderia ser gerada no mercado nacional com o auxílio do estado para as empresas locais… Estão, de fato, acabando com a concorrência engolindo a tudo e todos de uma vez…

  4. concentrção riqueza

      O fenômeno da concentração de riquezas está imbricado nos gastos miltares. O mundo gasta em armamentos valores aviltantes, esses gastos são dinheiro retirad das despesassociais em prol dos canhões.

  5. Era maldita

    Uma dinastia infernal para o circuito das águas minerais do Sul de Minas Gerais,com a presença nociva da Nestlé,no Parque das águas de São Lourenço…. Cambuquira,uma das estâncias hidrominerais luta desde 2001 junto ao MP para não deixar que a Nestlé Entre aqui no nosso reduto,não permitindo que nos tire a possibilidade de revertermos o turismo local de saúde,bem estar e lazer. Ganhamos várias batalhas contra a Nestlé,e através de Franklin Frederick,que hoje mora na Suíça,nos tornamos a primeira comunidade AZUL da América do Sul! Da mesma forma fizemos parceria com a UFLA que se tornou a primeira Universidade Azul! Irmanados na defesa do aquífero,trouxemos através do Franklin,três professores da Universidade de Berna,para um Seminário sobre sustentabilidade.Atraves da Maude Barlow,recebemos o título, dessa consagrada e respeitada escritora, esse título que tanto nos honra,e o comprometimento na defesa deste recurso essencial a vida. Lutaremos  a qualquer preço na defesa de nossas águas minerais!!!!!!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador