Obras censuradas por Bolsonaro são base de festival em SP

Para defender liberdade de expressão, evento realizado pela Prefeitura de São Paulo tem entrada franca e promove filmes, espetáculos, shows e exposições perseguidas pelo governo federal em 2019

Festival Verão Sem Censura conta com obras culturais que sofreram algum tipo de censura do governo federal em 2019. Foto: Reprodução

Jornal GGN – A Prefeitura de São Paulo inaugurou na última sexta-feira um festival cultural estruturado com obras que sofreram algum tipo de censura por parte do governo federal desde que o presidente Jair Bolsonaro subiu ao poder em 2019.

Denominado Verão Sem Censura, o evento oferece gratuitamente peças de teatro, filmes, concertos, palestras e exposições ao público. Segundo o secretário municipal de Cultura, Alexandre Youseff, o evento é “uma resistência que luta pelo bem mais valioso de nossa cultura, a liberdade de expressão. Trata-se de combater a repressão, a censura e os preconceitos produzindo e promovendo coisas boas, bonitas e fortes”.

Segundo o jornal El Pais, uma parte do público ficou surpresa ao ver que a Prefeitura, atualmente conduzida por um político centrista liberal (Bruno Covas, do PSDB), tenha indicado a defesa da liberdade criativa – muitos consideram a iniciativa uma reivindicação como também um aceno aos paulistanos mais progressistas, de olho nas eleições municipais em outubro.

Entre outros eventos, a programação conta com a exibição dos filmes ‘Bruna Surfistinha’, um filme biográfico sobre uma ex-prostituta, e de ‘A Vida Invisível’, obra eleita pelo Brasil para representá-lo no Oscar, além de peças de teatro, uma mesa-redonda sobre Marighella (o guerrilheiro comunista símbolo da oposição armada à ditadura), uma exposição de livros censurados e um show do grupo russo Pussy Riot. O evento está programado para acontecer até o dia 31 de janeiro, e a programação completa pode ser consultada aqui.

Redação

1 Comentário

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  1. Eu continuo aguardando e torcendo (ou exigindo?) que um repórter não amestrado dê uma boa resposta aos xiliquinhos e respostas atravessadas de Bozo, pois ele não é comandante de quartel, é REPRESENTANTE do povo e à ele diretamente e através dos meios de comunicação DEVE SATISFAÇÔES.
    Quando um repórter, após xiliquinho dele, irá lhe dizer isso ,de pronto, em ALTO, PÚBLICO e BOM SOM?
    Vamos lá repórteres do meu Brasil!
    Ou isso não existe?

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