Palácio do Planalto apela ao papa por clemência a brasileiro na Indonésia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

Por Yara Aquino 

O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (16) que encaminhou à representação da Santa Sé no Brasil um dossiê com detalhes do caso do brasileiro que deve ser executado na Indonésia neste fim de semana. A intenção, segundo ele, é que o documento possa chegar ao conhecimento do papa Francisco que poderia interceder pela vida do brasileiro.

“Mantive contato com a Nunciatura Apostólica e fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno dossiê com os dados dessa execução. Me foi assegurado que seria enviado à Secretaria de Estado do Vaticano para que Sua Santidade pudesse interceder em favor de uma atitude de clemência por parte do governo indonésio”, disse Garcia. Em conversa com jornalistas, o assessor especial chegou a dizer que é preciso esperar que “um milagre” possa reverter a situação.

Pela manhã, a presidenta Dilma Rousseff conversou por telefone com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, e fez um apelo em favor dos brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira, que está preso naquele país por tráfico de drogas e deve ser executado neste fim de semana, e de Rodrigo Muxfeldt Gularte, condenado pelo mesmo crime. Widodo respondeu que não poderia atender ao apelo de Dilma, apesar de compreender a preocupação dela com os cidadãos brasileiros.

O presidente indonésio ressalvou que todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme as leis do país e que os brasileiros tiveram garantido o devido processo legal.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

30 Comentários

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  1. As PMs fuzilam ilegalmente

    As PMs fuzilam ilegalmente milhares de brasileiros todos os anos. Estes dois pelo menos serão legalmente fuzilados.

    1. Se fossem justos e agissem

      Se fossem justos e agissem legalmente, estariam combatendo os grandes chefões do tráfico em conjunto com outros governos…. São assassinos!

    2. Legal, ilegal???

      Fazer analogia de legalidade ou ilegalidade entre dois países fica difícil! pois a lei difere e muito entre os 2 países. Eu particulamente sou a favor da vida e consequentemente contra a pena de morte, neste caso concordo com a lei brasileira.

      Agora fazer um analogia entre 2 países e citando ilegalidades e legalidade é impossível, pois é ilegal  pena de morte aqui, é legal na Indonésia, talvez os 2 (dois) sujeitos de seu seu exemplo possa ser totalmente legal, seu comentário foi infeliz.

        1. Então, releia o texto!

          Segue minha opnião que você cita:

          “Discordo, pois álcool também é droga, mas é liberada, neste caso seria correto matar alguém que vende bebida alcoólica?”

           

          Onde está escrito o substantivo Brasil ou Indonésia na minha argumentação??

          Onde há comparação entre às leis dos dois países??

          No máximo pode-se inferir a legislação de um único país.

          E seja em qual país for NÃO há pena de morte por álcool!

           

          No mais, veja essa reportagem de 2012 onde a Indonésia  QUER proibir o consumo de álcool e a punição “seria” de 10 anos e NÃO pena de morte.

          FONTE:

          http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/indonesia-analisa-lei-para-proibir-qualquer-consumo-de-alcool-no-pais,0364135cde6bb310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

  2. Infelizmente, os novos (velhos) hitleres.

    A desculpa da burocracia na Santa Sé pode impedir que o Papa tente salvar uma vida contra a ignorância. …Quanto à Indonésia, seria suficiente impedir que esses estrangeiros, inclusive os dois brasileiros detidos, voltassem a entrar no pais. … Mas, radical é assim mesmo, adoram dar espetáculo aos outros, achando que serão admirados. …Seriam admirados se fossem humanos  e aplicassem justiça com equilíbrio, até para tornar este mundo melhor.  …ASSASSINOS! Se igualam aos GRANDES TRAFICANTES.

  3. Esse cidadão será fuzilado

    Esse cidadão será fuzilado por clemência, pois seria morto com a cabeça esmagada por elefante.

    //////////////////////////

    E se fosse cidadão americano, os filipinos iriam arregar ?

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    Na boa, esse cidadão fez por merecer.

    Imagine o estrago que faria 13,4kg de cocaina na sociedade da Filipinas.

    Mães chorariam por seus filhos, mortos ou presos. Familias seriam destruidas. Muitos jovens seriam iniciado no vício…

    Como ser humano convesso que sinto pena, mas entre morrer ele e várias outras pessoas pelo uso da droga traficada por ele, só lamento por ele.

    E vida que segue !

      1. Mas que idéia,  álcool é

        Mas que idéia,  álcool é droga sim, mas sua venda e consumo são legais.O sujeito com certeza sabia das leis da Indonésia, não é nenhuma criança, quando foi presa tinha por volta dos 40 anos,então agora assuma a bronca,tem sorte por lá não se cobra o valor das balas como fazem na china.

        1. Lá não é como cá

          Concordando com o Gilson e o Fripp, imagina só o estrago que os quinhentos quilos de pasta, agora no mercado por outras vias, pegos no helicoptero que transportava produtos agrícolas! E aquele foi o voo pego “sem querer” por falta de comunicação. Quantas e quantas “viagens” aquele patrocionado com combustivel e pilotos pagos com o dinheiro do contribuinte através da Assembleia Legislativa de Minas não fizeram? E ainda com direito à logística e proteção de Aeroportos clandestinos construidos para atender “interesses” particulares de meia dúzia de pessoas.

      2. Então para você esse cidadão

        Então para você esse cidadão por ser brasileiro deveria ser liberado ?

        Em relação ao alcool, você conhece a legislação da indonésia sobre o assunto ?

        Talvez na Indonésia o alcool também pode ter a sua penalidade.

        13,5Kg de cocaina  não torna niguém inocente, em nenhum país do mundo.

        1. Discordo da pena de morte…

          Discordo da pena de morte  e não estou dizendo que ele não deva sofrer punição, mas a punição em HIPÓTESE alguma deveria ser pena de morte.

          No mais, onde está escrito que ele deveria ser liberado??

          Não conheço a legislação da Indonésia, mas tenho uma fonte que em 2012 eles queriam proibir o consumo de álcool, e a PUNIÇÃO seria de 10 anos e NÃO pena de morte. Ou seja, até 2012 era permitido o consumo e transporte de bebidas alcoólicas. Não sei se a lei foi aprovada, mas NÃO  é punido com pena de morte.

          FONTE:

          http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/indonesia-analisa-lei-para-proibir-qualquer-consumo-de-alcool-no-pais,0364135cde6bb310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

  4. “Marco Aurélio Garcia, disse

    “Marco Aurélio Garcia, disse hoje (16) que encaminhou à representação da Santa Sé no Brasil um dossiê com detalhes do caso do brasileiro que deve ser executado na Indonésia neste fim de semana”:

    Da proxima vez eu faco 68 mortos, Indonesia.  Pode contar com isso.

  5. Pena de morte é algo

    Pena de morte é algo medieval. De uma burice extraordinária.

    O acusado nunca é “punido” numa condenação de morte. Ele morre. Fim.

    Quem é punido verdadeiramente é a família (que muitas vezes não tem nada a ver com os crimes do cidadão). Essa vai conviver com isso até o fim de seus dias.

    E se pena de morte fosse “educativa” ou “assustasse” futuros meliantes não haveria criminosos nem nos EUA, nem na China, nem em lugar algum com pena de morte.

    Ninguém entra na vida do crime achando que vai se dar mal. Pena de morte nunca foi e não é obstáculo para ninguém que queira cometer um crime.

    Talvez sirva para que o Estado não tenha mais despesas com o prisioneiro. Capitalismo selvagem.

  6. Bem, pune-se o traficante,

    Bem, pune-se o traficante, aquele que coloca a cocaina à disposição dos que a consomem. Se não houvesse consumidores traficar seria uma furada. Não defendo o cara, sabia no que se metia mas a pena aplicada não vai resolver nada. E ele já pagou dobrado. Só de imaginar o que foram estes doze anos esperando a pena de morte me dá arrepios.

  7. Matério do Ricardo Setti, de 2012

    UM*

    “Vou sair dessa”

    Seu último desejo: voar mais uma vez em São Conrado

    Marco Archer já esperava ter a pena de morte confirmada no Supremo Tribunal indonésio, como ocorreu. Sua única esperança agora é um apelo do Itamaraty ao presidente indonésio por clemência. Isto lhe pouparia a vida, mas o deixaria para sempre na cadeia. A execução ainda pode demorar cinco anos.

    Quem é Marco? Um carioca, com o apelido chinfrim de Curumim. Ele cresceu classe média na Ipanema dos ricos. Queria ser um deles. Em 80, aos 17 anos, foi à Colômbia disputar um campeonato de asa delta. Voltou campeão, mas mordido pela mosca azul do narcotráfico: sacou como ganhar dinheiro fácil.

    “Alguém no hotel me deu uma caixa de fósforos com cocaína. Depois da primeira viagem, nunca fiz outra coisa na vida, tenho mais de mil gols”, exagera.

    Ele conta que serviu de mula no Hawai, Nova York, Europa toda. “Fazia viagens rentáveis, ficava meses sem trabalhar.”

    Na cadeia, Marco passa horas olhando fotos amassadas que guarda numa imunda pasta preta. São recuerdos de suas viagens, de belas mulheres, de carrões e barcos: “Não posso me queixar da vida que levei”.

    Orgulha-se: “Nunca declarei imposto de renda, nem tive talão de cheque, não servi ao Exército. Só votei uma vez na vida. Foi no Collor, amigo da família”.

    Com o dinheiro do tráfico, Curumim manteve apartamentos em três continentes, abertos pra patota da asa delta, do surf, da vida boa: “Nunca perguntaram de onde vinha meu dinheiro”.

    Marco conta que saiu do Brasil para morar em Bali há 15 anos, “cansado de ver meu irmão (Sérgio) bater na minha mãe para obter dela dinheiro pras drogas”. O irmão morreu de overdose em 2000, mas a estas todas ele tinha tido seu infortúnio: em 1997 caiu da asa, sofreu várias fraturas.

    Dali pra frente sua atividade de mula de drogas diminuiu, as contas de hospitais cresceram. Ficou quase dois anos sem andar, até conseguir se recuperar. Hoje anda com dificuldades, com as pernas cheias de pinos de metal.

    Pra decolar outra vez na vida boa ele preparou aquele que seria seu último golpe, faturar 3 milhões e 500 mil dólares inundando Bali com cocaína.

    Foi ao Peru, pegou 15 quilos com um fornecedor, por uma bagatela, cerca de 8 mil dólares o quilo (dinheiro que ele obteve com um chefão americano, com quem dividiria os lucros da operação).

    Marco meteu a droga nos tubos de sua asa delta. Saiu de Iquitos, no Peru, para Manaus, pelos rios da Amazônia. “Eu me misturei com turistas americanos e nunca fui revistado”, gaba-se. De lá embarcou para Jacarta: “Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”.

    No desembarque, mete o equipamento no raio x. A asa de Marco tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”.

    Como foi: “O cara perguntou porque a foto do tubo saía preta. Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.

    O som revelou que o tubo estava carregado. Foi o fim de uma bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.

    Marco ainda conseguiu dar um desdobre nos guardas. Enquanto buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu – ajudado pelo fato de falar fluentemente a língua bahasa.

    Estava com tudo pronto para escapar no iate de um amigo milionário, mas aí azar pouco é bobagem. Um passaporte frio que ele tinha foi queimado por um cúmplice que também fugia da polícia.

    Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio – estava tentando chegar ao Timor do Leste –, passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok.

    Acordou cercado por um esquadrão policial, armas apontadas. Suplicou em bahasa, tiveram misericórdia dele.

    Na cadeia esperando a execução, procura levar seus dias na malandragem carioca, na maior paz com os carcereiros, sempre fazendo piadas, cozinhando-lhes pratos especiais.

    Acabou pro Curumim? “Vou fazer tudo para continuar vivo e sair dessa”.

    E O OUTRO*

    Nas drogas desde os treze

    Rodrigo nasceu em Foz do Iguaçu. É neto de latifundiário produtor de soja, filho de mãe milionária, dona Clarisse. O pai é um médico gaúcho de Santana do Livramento, Rubens Borges Gularte.

    Aos 13, já em Curitiba, Rodrigo começa nas drogas, cheirando solventes. “Era um garoto maravilhoso, a alegria da família, nunca levantou a voz”, isso é tudo o que a mãe lembra dele naquela época.

    Com 18 é preso fumando baseado no parque Barigui. O pai queria deixar que ele fosse processado. A mãe não concorda, suborna um delegado com mil dólares pra soltar o garoto: “Se fossem prender todos que fumam”, justificou dona Clarisse.

    O garoto ganha seu primeiro carro. Bota amigos dentro e sai pela América Latina como um Che Guevara mauricinho, bebendo e se drogando. “Fiz cada loucura”, lembra.

    Aos 20 Rodrigo era um rapaz de 1,84m, magrão, modos educados, cheio de namoradas. Teve um breve romance com a professora catarinense Maria do Rocio, 13 anos mais velha, fazendo Jimmy, hoje com 12, autista. Raramente via o filho: “Eu não estava preparado para a paternidade”, admite.

    Rodrigo passa a viajar muito e pira total: “Em Marrocos, fumei o melhor haxixe”. No Peru: “Coca da pura”. Na Holanda: “Ecstasy de primeira”.

    Aos 24, sai bêbado e drogado de uma festa. Bate o carro num táxi, tenta fugir, bate noutro, abandona tudo e corre pra casa da mãe. Ela dá uma volta na polícia, chama um médico, interna o garoto.

    Na ficha de internação, o médico João Carlos anota: “Mostrou onipotência, estava depressivo”.

    Nos anos seguintes a mãe fez de tudo para ele dar certo. Abre para Rodrigo uma creperia, em Curitiba. Não deu. Uma casa de massas, em Floripa. Não deu. Mandou pra fazenda. Não deu. Rodrigo vai estudar no Paraguai. Não deu. Ele se matricula na UFSC. Não deu.

    Rodrigo começa no tráfico: “Fiz várias viagens à Europa só para trazer skunk”, confessa.

    “Se ele fazia isso, não sei onde metia o dinheiro, porque nunca tinha um tostão”, rebate a mãe.

    A prisão: “Os carinhas me deram as pranchas com cocaína dentro. Embarquei em Curitiba, onde o raio x é ruim, pra desembarcar em Jacarta”.

     

    O narco também não deu certo.

    Agora ele se lamenta: “Só depois soube que os japoneses doaram um raio x potente pros indonésios, eles pegaram a droga”.

    Rodrigo filosofa: “Meu erro foi a coca. O skunk é energia positiva, o ecstasy dá um barato legal, mas a cocaína é do mal”.

    Um desabafo: “Se a parada tivesse dado certo eu estaria surfando em Bali, cercado de mulheres”.

    Seu futuro: esperar as negociações do Itamaraty e tentar reduzir a pena em segunda instância.

    Uma novidade: ele está namorando firme. Com uma menina indonésia, caixa de um supermercado, prima de um condenado. Ela entrou para visitar o parente, os dois se pegaram no olhar. Ele foi no primo, soltou um plá, consegui atrair a menina.

    * intervenções minhas…

    P.S. Sou contra a pena de morte em situações normais, mas favorável a penas mais duras para determinados crimes, como prisão perpétua e trabalhos forçados. A pena se morte deve existir em período de guerra externa ou civil para sabotadores, traidores e espiões.

     

  8. Nos últimos dias diversas

    Nos últimos dias diversas autoridades e orgãos federais aderiram à campanha pedindo a suspensão da execução dos 2 brasileiros condenados à morte por tráfico de drogas na Indonésia. Dilma Rousseff postou vários Twitters sobre o assunto e até pediu para o Papa intervir junto ao governo indonésio. No Facebook da presidenta também há várias manifestações em favor da preservação da vida dos condenados. Até o Procurador Geral da República postou um Twitter informando que pediu clemência para os condenados à morte.

    Desde que frequentei os bancos da Faculdade de Direito de Osasco, nos anos 1980, sou contra a pena de morte. Ela não inibe o aumento da criminalidade, não consola as vítimas dos criminosos e, pior, pode acarretar injustiças irreparáveis. Não posso, porém, deixar de notar a hipocrisia oficial que envolve o caso destes dois brasileiros.

    Eles foram condenados à morte pela Indonésia, país que é soberano e tem direito de fazer cumprir sua legislação. A pena de morte é expressamente proibida pela CF/88 e em razão disto fica parecendo que as autoridades brasileiras estão defendendo nossos princípios constitucionais ao implorar pela vida dos nossos conterrâneos. Isto até seria louvável, mas apenas se o Estado brasileiro cumprisse rigorosamente o mandamento constitucional dentro do nosso país. Não é isto o que está ocorrendo.

    Todos os anos as PMs matam milhares de brasileiros. Entre as vítimas há aqueles que trocaram tiros com os policiais, mas também há suspeitos e inocentes que foram executados como se a pena de morte fosse legal em no Basil. A maioria dos assassinatos cometidos por policiais em serviço acabam sendo legitimados pelo Judiciário com base nos famigerados Autos de Resistência. Para que um PM seja condenado por homicídio praticado durante o trabalho sua conduta criminosa e anti-profissional deve ser demonstrada nos autos do processo. A prova inequívoca nestes casos é muito difícil de ser feita, mormente por que os colegas dele sempre podem prestar depoimento em favor do acusado.

    É lamentável a execução legal de dois brasileiros na Indonésia. Mais lamentável ainda é a execução ilegal de milhares de brasileiros todos os anos no Brasil pelas PMs. Lá os condenados tiveram direito de se defender. Cá os policiais julgam, condenam e atiram para matar e as autoridades fazem de conta que este problema não lhes diz respeito. Indignação oficial só ocorre quando uma pessoa importante, rica, bem nascida, celebrizada pela mídia, etc… acaba sendo inapelavelmente assassinada por um policial. Neste caso o assassinato será objeto de punição exemplar, coisa que não ocorre quando a vítima é socialmente vulnerável (pobre, pardo, preto, precariamente empregado e morador da periferia).  

    Dilma apelou para o Papa. Se o Papa for pop ele pedirá a ela que faça algo para impedir o assassinato ilegal de brasileiros pela PM. O Procurador Geral da União pediu clemencia para os brasileiros condenados na Indonésia. Quando é que o MPF começará a dar clemência para os brasileiros e maior atenção para a epidemia de assassinatos que ocorrem nos Estados membros?

  9. choque cultural

    Numa avaliação preliminar a população da Indonésia é favorável a execução. Todos temos o direito de errar ,mas o Marco desafiou um país , uma cultura, agora servirá de exemplo para outros traficantes. Um exagero para os padrões ocidentais, que obriga todos os brasileiros a refletir sobre outras maneiras de se enxergar o mundo.

  10. Mundo cão !

    O fato de serem muçulmanos não lhes dá o direito de serem sanguinários e de não dialogarem com representantes de outras religiões…..Mas infelizmente, ao que se parece também, quem poderia fazer alguma coisa acabará lavando as mãos. … O tempo de sofrimento que ele passou na cadeia já foi o suficiente para pagar pelo que fez. …E é isso que os fanáticos não conseguem ver.

  11. Acho que o país deveria cortar relações com essa indonésia

    A pena imposta extrapola qualquer princípio de equilibrio e proporcionalidade.

    Acho que esses cidadãos não são bem vindos ao país. Aqui,  indonésios que cometessem crimes muito piores não seriam mortos (ao menos oficialmente…). Então, se julgarem com esse rigor, melhor que fiquem bem longe do território brasileiro.

  12. Culturas diferentes

    São dois países culturalmente  diferentes, Brasil e Indonésia. Assim como muitos de nossos costumes parecem estranhos aos olhos dos outros, devemos respeitar as suas leis e o direito de legislarem em seu próprio país. Se fosse em outros países do ocidente também haveriam penas pesadas para um crime similar. Até se fosse no Brasil, e fosse pego com tamanha quantidade d droga a pena seria bem pesada.

    O rapaz sabia muito bem do risco que corria, arriscou e perdeu.

     

    1. NÃO CONCORDO.
      Embora seja

      NÃO CONCORDO.

      Embora seja RADICALMENTE CONTRA A PENA DE MORTE, não posso concordar que haja “algum impacto diplomático” entre duas NAÇÕES, em decorrencia da falta de juízo de um único cidadão. IMPACTO DIPLOMÁTICO SIGNIFICA POSTURA OFICIAL…DE ESTADO.

      Mas a  comutação da pena em perpétua, (se a lei da INDONÉSIA PERMITIR) seria visto como um gesto de simpatia. E “simpatia é quase amor”.

      1. Tem de haver sim impacto diplomático

        Um único cidadão brasileiro é, sim, motivo suficiente para se declarar até mesmo guerra.

        Aqui, como muitos já disseram, há um choque cultural… Se querem usar a lei de talião, então que arquem com sansões contrárias. Temos a nossa cultura também!

        Voto por encerrar relações com esse país de leis insanas.

  13. Penso que sobrou a esses

    Penso que sobrou a esses homens jovens o que chamamos de muita ousadia. A ânsia mescla-se à ganância. Ficam cegos só acreditando no sucesso. Todos os países deveriam agir drasticamente contra a entrada de droga em suas fronteiras, tendo em vista os estragos que a maldita causa a seus filhos. Por outro lado, sinto um arrepio com essas leis que penalizam pessoas à morte. Por trás de um traficante existe uma família que está sofrendo horrores, contando agora os minutos para saberem que seu filho se foi sem um adeus, sem a menor chance de se autopenitenciar, de poder mostrar seu arrependimento. 

     

  14. A pena de morte para o

    A pena de morte para o tráfico de drogas é uma pena comum para povos que foram devastados e explorados pelo tráfico de ópio e está presente em diversos paises da Àsia.

    Em muitos aeroportos existe uma ante sala com uma advertência “O tráfico de drogas é punido com a pena de morte neste país, está é sua ultima oportunidade de jogar fora algo que seja ilegal”

    Os Indonésios e em especial os Balineses onde o Curumim foi preso são um dos povos mais generosos e gentis que existem no mundo. Nós Brasileiros somos recebidos com especial alegria e proximidade.

    Apesar de predominantemente Muçulmana, na Indonésia existe grande quantidade de Católicos e especialmente em Bali a população é quase totalmente Hindu.

    Desde o final dos anos 70 quando os surfistas australianos descobriram Bali, o lugar se tornou um gigantesco centro de turismo recebendo gente do mundo todo com muitas pousadas, resorts, restaurantes, boates, cafés e bares para todos os gostos.

    A vida em Bali é muito barata, mas muito barata mesmo e o Indonésio é um povo muito feliz e orgulhoso da sua história e tradição.

    Com tudo isso Bali se transformou em um gigantesco centro de lazer e compras para todos os gostos, do mochileiro sem dinheiro ao milionário.

    Graças a cultura Hindu que estimula as artes e formas de expressão virou um enorme entreposto de artezanato, cultura e joalheria (prata).

    Muitos alem do Curumim se aventuraram levando drogas para lá levando vida de reis e isso não foi exclusividade de Brasileiros. Todos que o fizeram sabiam dos riscos que corriam!

    Sempre existem escolhas, os amigos voadores do Curumim hoje ganham a vida dando vôos duplos em São Conrado, vivem com muito conforto (chega a R$20000,00 p/mês fácil).

    É muito, mas muito triste ver uma vida ser perdida assim, mas somos sempre responsáveis pelos caminhos que trilhamos!

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  15. Cada qual com cada qual ………..

    Discordo da pena de morte para qualquer crime, mas cada pais tem suas leis e sendo justas ou não, quem as viola, deve saber de antemão em qual crime está infringindo.

    Sobre o ocorrido, o Rebolla, fez um histórico, que verdade ou não, mostra o quanto o dinheiro fácil do trafego proporciona e os que nele se envolvem não desconhecem o que podem aguardar, caso sejam presos.

    Os financiadores desta maldição, ficam a cavalheiro para escolherem outras “mulas”, que tanto podem ser miseráveis sonhadores como membros da classe média!!

    Sobre o helicoca, nada mais se falou, e aquí, vergonhosamente, àqueles traficantes, continuam isentos de culpa, seja pela PF, Judiciário e/ou Legislativo.

    Grande Brasil, que apesar de amá-lo, vejo que certas ocorrências me enojam !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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