Pizzolato chega à Papuda e encerra julgamentos do mensalão

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Visivelmente abatido, Pizzolato dividirá cela com um condenado por estupro e outro por mandar matar a esposa
 
Jornal GGN – O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, já se encontra no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumprirá a pena pela AP 470, conhecido como mensalão. 
 
Pizzolato chegou por volta das 6h desta sexta-feira (23), no aeroporto de Guarulhos, onde foi vaiado. Durante o percurso, três agentes da Polícia Federal e uma médica o acompanharam dentro do avião, onde também alguns passageiros se mostraram irritados com a presença do ex-diretor do BB, ensaiando protestos. Em contrapartida, um grupo aplaudiu os agentes da PF, cumprimentados pelos passageiros. Apesar das tentativas, o voo seguiu com tranquilidade.
 
Visivelmente abatido, Pizzolato evitou o contato com a imprensa e resguardando de fotografias. De São Paulo, embarcou novamente a Brasília, onde chegou por volta das 9h, sendo encaminhado diretamente para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito e, em seguida, foi direcionado à Papuda.
 
Dois anos depois de fugir para a Itália, a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil encerra os capítulos do julgamento do Mensalão. Detido na Itália por um ano e oito meses, Pizzolato terá sua pena total de 12 anos descontada e a partir de junho de 2016 poderá solicitar a progressão para o regime semiaberto.
 
Na Papuda, dividirá a cela com outros dois presos, um condenado por estupro e violência doméstica e José Carlos Alves dos Santos, ex-assessor do Senado, condenado pela morte da esposa no chamado escândalo dos anões do Orçamento, nos anos 1990.
 
Devido ao risco de sofrer algum tipo de violência dos demais presos, a cela está na ala de “vulneráveis”, sem contato com os demais. Ele poderá receber visitas a partir da próxima sexta-feira (30) e a sua rotina será “como de qualquer outro detento”, informou o subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, João Lossio. “Não tem nenhum privilégio nem nada”, disse.
 
De acordo com a subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe), Henrique Pizzolato poderá realizar atividades laborais conforme suas “aptidões e capacidade”. Ele já teria solicitado o procedimento para receber livros. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

36 Comentários

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  1. Inquerito 2474

    Nassif,

    antes Vcs sempre falavam do 2474, por que agora estão quietos? O STF não iria abrir e rever o que está nele para rever as penas? Isso era mentira de Vcs? 

     

    Aguardo alguém que fale sobre isso…

    1. Verifique no site do STF, e verá o tamanho da “mentira”

      Carlos Henrique,

       

      Basta uma pesquisa no site do STF, e verificará a existência do referido inquérito.

    2. Inquérito 2474

      Acompanhei diversas reportagens sobre o inquérito 2474, vi o Joaquim Barbosa sendo inquirido por Celso de Melo e Marco Aurélio de Mello sobre dar publicidade e acesso à defesa dos réus do inquérito e do laudo 2828. Vi também Joaquim Barbosa “sapatear” para defender que o inquérito não tinha relação com a AP 470. 

      Mesmo assim, o que mas me chamou minha atenção é um diretor de marketing liberar sozinho 77 milhões de reais, sem o conhecimento do diretor financeiro e outras diretorias. E ainda, os trabalhos de publicidade da empresa de Marcos Valério ter vencido licitação antes do governo Lula e seus trabalhos não serem executados às vistas de um comitê da maior instituição financeira da América Latina.

      Não vi também a multinacional Cartão Visa, detentora da marca Visanet, hoje Cielo, reclamar dos valores que eram por eles repassados ao Banco do Brasil.

      Também não vi o Banco do Brasil, através das suas auditorias, reclamar da falta do dinheiro.

       

      Esse Pizzolato é um mágico!

       

       

      1. É porque o Pizzolato é

        É porque o Pizzolato é inocente e esse julgamento foi um Mentirão. 

        Afinal o dinheiro era particular e o Pizzolato era funcionário do banco, recebia ordens sim senhor. Queria saber onde houve desvido de dinheiro público por parte do Pizzolato, até hoje não entendi…

  2.  
    A PF não pode exibir

     

    A PF não pode exibir armamento pesado para intimidar o preso já dominado. Isso fere o princípio da 

    proporcionalidade e da razoabilidade, além de poder implicar ato de improbidade administrativa.

     

  3.  
    Enquanto isso…sua

     

    Enquanto isso…sua excrescência FHC, à matroca.  Flanando ao deus dará, e gozando com a cara de nós outros.

    Orlando

  4. Caro Nassif e demais
    Aécio,

    Caro Nassif e demais

    Aécio, Gilmar, JB entre outros,que já eram miscroscópicos, ficaram menores ainda.

    Saudações

     

  5. Petista

    Visanet não era dinheiro público, quem assinava não era Pizzolato, a assinatura dele sempre tinha de estar acompanhada de mais 4 diretores, mas foi condenado mesmo assim, porque é “petista”.

    Vacilou ao querer passear livremente na Itália. Devia ter ficado escondido. Aquele assessor da SECOM que soltou rojões a respeito da condenação do PIzzolato ainda está lá? Um babaca tucano que devia lavar a boca com sabão de coco antes de falar de Pizzolato, desejo que o seu uísque de comemoração esteja azedo e com borra sabor de fel.

  6. Pagar todos os custos da extradição

    O Pizzolatto é tão culpado que nem o Lewandowski e o Toffoli conseguiram escapar de condená-lo.

    Agora o Justiça tem que ir atrás de ser ressarcida de todos os custos com advogados na Itália, passagens aéreas (inclusive das vezes que os agentes da PF foram para a Itália em vão), vôo fretado SP – Brasília, etc. Não faz sentido o povo brasileiro arcar com essas despesas extras causados por condenados fujões.

  7. Vergonha

    A pessoa chegar a um cargo de diretor de Marketing do Banco do Brasil e se envolver com uma bandidagem dessa. Triste fim. Fico envergonhado, será que a grana que ele já recebia dos erários normais não dava para ele sobreviver dignamente? Bom, que pague muito mais com a consciência do que com os anos de prisão que estão porvir.

  8. Putz… o Pizzolato foi colocado no mesmo nível…

    … de um estuprador e de um sujeito que matou a esposa!  Ele recebe a mesma ameaça dos presos que um estuprador e um assassino!

    Esse é o poder da mídia!

  9. Quem é sem pecado…

    que atire a primeira pedra… coitado do Pizzolato, as pessoas nem sabem exatamente qual a sua culpa, mas judiam, sem pensar com a própria cabeça. E não entendi como a Itália concedeu a extradição, pois pela Lei italiana o processo do Pizzolato deveria ter sido considerado injusto.

    Mas, que sabe o que eles vão obter em troca (posto que não foi o Cesare Battisti)?

    1. A troca já foi feita….na mesma moeda

      A Itália queria o Battisti em seu território e o Brasil, no último ato do presidente Lula, negou e com isso isso foi contra o desejo do governo italiano.

      O governo do Brasil (PT) sonhava com o Pizzolato bem longe e quieto na Itália, afinal é um arquivo vivo. O governo italiano então fez exatamente o que o brasileiro (PT) não queria e devolveu o Pizzolato ao Brasil. 

      Só isso explica a Itália ter extraditado um cidadão italiano para o outro país… deu o troco do caso Battisti na mesma moeda. Foi absolutamente brilhante.

      Para quem quer Justiça, o correto foi feito e o Pizzolato está devidamente encarcerado, mas esse caso da extradição está longe de ser o usual…

  10. O Pizzolato é inocente. O

    O Pizzolato é inocente. O dinheiro do “mentirão” era dinheiro privado, particular, não houve desvio público e ninguém quer saber disso a fundo. Tristes tempos o nosso.

    Oremos!!!

  11. Toda vez que vejo um corrupto

    Toda vez que vejo um corrupto preso, quero mais que ele se lasque, fico me perguntado, e o Aécio ?

    E o Serra, FHC, agora declarando sua mea culpa, Agripino …

    Quando o Brasil será passado a limpo, de fato ?

  12. Até hoje não entendi onde

    Até hoje não entendi onde houve desvido de dinheiro público por parte do Pizzolato. Afinal a grana do Visanet era particular.

    Ele era funcionário do banco e foi pego pra bódi.

    A verdade vencerá a mentira. Paz na terra.

  13. Conclusões finais sobre o Inquérito 2474
    http://www.ocafezinho.com/2014/03/06/a-mistificacao-do-inquerito-2474/ 

    Conclusões finais sobre o Inquérito 2474

     

    Enviado por Miguel do Rosário on 06/03/2014 – 6:33    Neste post, espero terminar a análise do Inquérito 2474. Desde que iniciei uma série de análises sobre o relatório do delegado Zampronha sobre o caso, já escrevi vários posts sobre o documento. Ao fim do post, dou o link para os posts anteriores. Desta vez, faço uma análise das partes 6,7 e 8.*Em abril de 2011, a revista Época publicou uma reportagem bombástica, assinada pelo diligente Diego Escosteguy, e com auxílio de Mariana Sanchez. Ambos, Diego e Mariana, tinham sido agraciados, um ano antes, pelos Institutos Millenium e Ling, com uma bolsa para fazerem cursos de pós-graduação em universidades norte-americanas. A bolsa, chamada “Jornalista de Visão”, conta com patrocínio da Braskem e do Escritório Gouvea Vieira.Cito as empresas não porque tenha, necessariamente, qualquer suspeita sobre elas, mas porque, após desmantelar a Ação Penal 470, iremos atrás dos patrocinadores da farsa, e por isso precisamos estar atentos a todas as pontas soltas do processo.ScreenHunter_3434 Mar. 06 03.02A reportagem se baseia exclusivamente no relatório do delegado Zampronha do Inquérito 2474, mas estranhamente não dá essa informação ao leitor. O documento é apresentado como “relatório final da Polícia Federal sobre o caso mensalão”. Mas não divulga a íntegra do documento.Primeira contradição: Joaquim Barbosa, ao defender o sigilo do Inquérito 2474, não disse que ele não tinha nada a ver com a Ação Penal 470? Então como é que a reportagem da Época afirma que se trata do “relatório final do mensalão”?Recortei o trecho do vídeo onde Joaquim Barbosa, ao defender a manutenção do sigilo do Inquérito 2474, acaba soltando uma informação importante: “o procurador pediu…”Talvez o som do vídeo não esteja bom, então reproduzo abaixo o que Barbosa disse, textualmente, segundo consta nos arquivos do próprio STF:ScreenHunter_3436 Mar. 06 03.31Observe bem o que diz Barbosa. “Nesse inquérito paralelo, não tem nada (…) não tem nada relativo a este aqui”. Ora, com toda vênia, a afirmação é completamente absurda. Me desculpem se eu fico repetitivo, mas o relatório do Zampronha para o Inquérito 2474 é apresentado pela Época como “relatório final do mensalão”. E se o lermos, ele só fala de mensalão, cita a Ação Penal 470, investiga a fundo as movimentações de Marcos Valério, Delúbio Soares, Daniel Dantas…Deixemos Barbosa para lá. Está claro que ele mentiu deliberadamente para prejudicar os réus, e que havia um acordo obscuro com o procurador-geral, que “pediu que se interrompesse, naquele momento, o fluxo de informações”.Vamos ao relatório do Zampronha. Ao inquérito 2474.  Mas vamos abordá-lo a partir da reportagem da Época.A matéria da revista pertencente às Organizações Globo faz uma completa mistificação do relatório. O texto é cheio de adjetivos. Ele já começa com uma conclusão definitiva:“Era uma vez, numa terra não tão distante, um governo que resolveu botar o Congresso no bolso.A reportagem não esconde que seu objetivo não é levantar questões. Ao contrário, o texto de Escosteguy tem o tom autoritário de quem pretende enterrar qualquer questionamento.A investigação da PF dissolve essas incertezas – e faz isso com muitas, muitas provas(…) Derrubam-se, assim, os mitos que setores do PT, sobretudo sob a liderança moral e simbólica do presidente Lula, tentaram impor à opinião pública. O mensalão não foi uma farsa. Não foi uma ficção(…) Quando uma reportagem dedica mais espaço a afirmações como essa, de que o “mensalão não foi uma ficção” do que a analisar, objetivamente, os dados apurados, é porque tem alguma coisa estranha no ar.O inquérito 2474, eu já disse alhures, é uma peça de acusação. Zampronha a escreveu tendo sempre em mente a acusação da Procuradoria na Ação Penal 470. Por que mantê-lo em sigilo?Depois de analisar o relatório inteiro, várias vezes, eu concluo o seguinte: Zampronha bem que tentou respeitar a orientação dada pelo procurador-geral e por Joaquim Barbosa, mas deixou muitos furos. Não furos no sentido de defeitos; ao contrário, Zampronha abre pequenos, mas inúmeros furos por onde a luz entra.Não sei se Zampronha se deu conta do que fez, mas ele conseguiu imiscuir, nas entrelinhas de seu relatório, uma outra história, muito mais verossímil, porque fundamentada em dados, do que a própria história que ele tentava chancelar, seguindo a narrativa que lhe foi imposta pelo procurador.Por exemplo, Zampronha investiga a tese da procuradoria, de que o Fundo de Incentivo Visanet teria sido desviado para abastecer o esquema de compra de apoio político. Como bom policial, Zampronha suspeita de tudo e todos, e investiga cada nota fiscal e cada documento relacionado ao Visanet.Publica, com destaque, logo nas primeiras páginas, que os pagamentos à DNA foram assinados pelos servidores tais e quais, e não por Henrique Pizzolato. Primeiro furo de luz.Entretanto, quando chega o momento de falar de Pizzolato, Zampronha volta ao texto da procuradoria, como se os próprios documentos que tivesse publicado não signifcassem nada. O delegado soube adaptar-se às circunstâncias.Seu estilo lembra um pouco o discurso de Marco Antônio, na peça Julio Cesar, de Shakespeare. Antônio elogia os assassinos de César, mas aos poucos, vai introduzindo no discurso alguns elogios à César, e assim num crescendo, até que, ao fim, consegue mobilizar o povo em favor do líder morto e contra os conspiradores.Zampronha não conseguiu fazer nada parecido junto à opinião pública, porque seu relatório foi mantido em segredo, e a mídia, quando o usou, mistificou-o totalmente.A reportagem da Época destaca quatro pontos no relatório. Todos são mistificações que não estão no Inquérito 2474, com exceção de um, do último. Estranhamente, o único ponto verdadeiro é justamente aquele que nunca mais voltaria a ser abordado pela imprensa.Os pontos:ScreenHunter_3437 Mar. 06 04.19ScreenHunter_3438 Mar. 06 04.19O primeiro ponto ilustra bem o tratamento quase religioso dado ao mensalão. Tornou-se uma questão de fé. Deus existe ou não? E o diabo? A mesma coisa para o mensalão. Usando uma antiquíssima técnica do catolicismo, a mídia passou a tratar o mensalão como um dogma. Ele existiu e pronto. Não pode ser contestado.Entretanto, não tem sentido pensar nesses termos. É preciso problematizar. Tudo bem, o mensalão existiu, mas e daí? O problema não é se ele existiu, e sim apurar o que, exatamente, aconteceu. O que foi o mensalão? Foi caixa 2 para pagar dívidas de campanha ou foi compra de apoio político para “perpetuação no poder”? Os estrategistas do mensalão foram muito espertos, porque eles deixaram essa questão em aberto, como se fosse algo menor, até o momento em que os ministros iniciaram, de fato, o julgamento. Aí era tarde mais. Liderados por Barbosa, Fux, Gilmar e Brito, a tese da “compra de apoio político” prevaleceria, porque só ela teria o peso político que se queria dar ao mensalão. Caixa 2? Dívida de campanha? Isso não acarretaria em condenações pesadas. Não daria os resultados políticos desejados.O ponto 2 é uma mistificação grosseira. O desvio do Visanet,  uma tese da procuradoria, era a única maneria de enfiar o verbete “desvio de verba pública” na condenação. Isso também era necessário para dar peso político ao escândalo. Sem dinheiro público, não tinha graça. Não haveria sequer peculato. O fato do Visanet ser inteiramente privado não foi grande problema, porque esta era uma informação difícil de ser passada à população. Parecia relativamente fácil confundir a opinião pública nessa questão, e conseguiram.Entretanto, Zampronha não chega a essa conclusão.  Ele só consegue provar que “ao menos R$ 4,6 milhões oriundos do Fundo de Incentivo Visanet foi repassado por Marcos Valério aos agentes públicos e intermediários denunciados na Ação Penal 470″.Só que essa é a grande confusão nascida da maneira como Valério lidava com seu dinheiro, conforme o próprio Zampronha irá descobrir. Valéria usava os recursos que ganhava de um contrato para fins que não tinham nada a ver com este contrato. Só que isso não implicava, necessariamente, no não-cumprimento de contratos ou desvio. Valério fazia o que bem entendia com seu dinheiro.  Valério também recebia dinheiro, por exemplo, de estatais e governos tucanos, e aplicava o dinheiro em campanhas petistas.No inquérito 2474, há uma lista das empresas que recebiam dinheiro da DNA, relativo, na maioria das vezes, a um contrato de publicidade entre Marcos Valério e o cliente.Metade do Brasil recebeu dinheiro de Marcos Valério entre 2000 e 2005. Zampronha menciona centenas de indivíduos e empresas. Alguns deles, no entanto, nos oferecem exemplos esclarecedores.Vamos a eles:ScreenHunter_3433 Mar. 06 00.16Observe que a Associação acima recebeu R$ 200 mil e informou se tratar de contrato vinculado ao Banco do Brasil /Ourocard. Ourocard era justamente o produto vendido pela Visanet ao BB.  Trata-se, portanto, de uma campanha da Visanet. Serviços prestados.ScreenHunter_3432 Mar. 06 00.05ScreenHunter_3431 Mar. 06 00.05ScreenHunter_3430 Mar. 06 00.01Observe a magnitude dos valores pagos pela DNA às empresas acima, e repare nos contratos: são do governo de Minas Gerais. Poder-se-ia dizer, portanto, que Valério também usou dinheiro do PSDB para aplicar em campanhas petistas. Valério era um publicitário, um lobista e uma grande central de caixa 2 criada pelo PSDB.  Ele tinha contratos com centenas de empresas, estatais ou recém-privatizadas, como as de Daniel Dantas, sobre quem falaremos daqui a pouco.Confira o trecho abaixo, referente à uma empresa que recebeu quase R$ 900 mil da DNA em 2004.ScreenHunter_3428 Mar. 05 23.55O texto traz várias informações importantes. A primeira delas é que a empresa E.Cunha declarou, em juízo, que emitiu notas fiscais no valor de R$ 859 mil contra a Visanet, mas  foi paga pela DNA. Ora, esse era uma das maneiras combinadas entre Visanet e BB. A Visanet recebia as notas fiscais, mas o pagamento vinha por parte da DNA, que recebia o dinheiro do BB, que por sua vez, lançava mão do Fundo de Incentivo Visanet.Edison Cunha, proprietário da empresa, tinha consciência de que estava prestando um serviço à Visanet, tanto que declara à Polícia Federal que a Visanet “era a maior interessada nos serviços prestados”.E olhe quem irá “esclarecer” o senhor Cunha sobre a questão dos pagamentos: Claudio Vasconcelos, “gerente executivo da área de marketing do banco”.Sempre que se trata de alguma transação monetária entre DNA, Visanet e clientes, nunca aparece Henrique Pizzolato, e sim sempre Claudio Vasconcelos ou Leo Batista. Por que? Porque Pizzolato, como ele sempre repetiu, não tinha ingerência nenhuma nessa parte, que ficava sob as ordens do departamento de Varejo, visto que a Visanet lidava com um produto, o Ourocard.O terceiro item, sobre Freud Godoy, já foi explicado pelo próprio: Godoy tinha empresa de segurança, e prestou serviços à campanha de Lula, e foi pago com dinheiro proveniente do valerioduto. Ele não estava “a serviço de Lula”, como diz a revista, e sim prestando serviço para uma campanha eleitoral.O quarto item da revista Época é o único que tem alguns fumos de verdade. Ironicamente, é justamente o único do qual a imprensa jamais voltou a falar.ScreenHunter_3439 Mar. 06 05.02Zampronha detecta que as agências de Marcos Valério receberam mais de R$ 150 milhões de empresas controladas por Daniel Dantas, mas admite que a maior parte correspondia a serviços efetivamente prestados. Zampronha encuca, porém, com R$ 50 milhões da Brasil Telecom, porque a empresa contrata a DNA de maneira intempestiva, sem consultar seu próprio departamento de marketing, e ainda substituindo de sopetão uma outra agência que, segundo Zampronha, vinha fazendo um bom trabalho. A Brasil Telecom contrata a DNA a partir de uma ordem da própria presidência, então ocupada por Carla Cico, supostamente a partir de uma orientação de Dantas.O delegado observa que o contrato entre a Brasil Telecom e Valério não chegou a ser honrado na íntegra, por causa justamente do escândalo do mensalão, deflagrado a partir de uma entrevista de Roberto Jefferson à Folha, alguns meses depois. Mas alguns depósitos milionários foram feitos, e Zampronha lança a suspeita de que eles teriam como destino final o Partido dos Trabalhadores.A suspeita de Zampronha tem uma origem. Ainda no Inquérito 2474, há depoimentos do sócio de Dantas no grupo Opportunity, e do próprio Dantas, de que Delúbio veio lhes procurar, em companhia de Marcos Valério, em meados de 2003, com um pedido de exatamente R$ 50 milhões, para “pagar dívidas de campanha”.Dantas e seu sócio negam que tenham dado o dinheiro, mas Zampronha desconfia que os R$ 50 milhões que a Brasil Telecom liberou para a DNA poderia ser justamente o dinheiro solicitado por Delúbio.Importante observar que Delúbio, caso realmente tenha feito o pedido, não estava cometendo, necessariamente, um crime.  Campanhas políticas no Brasil são bancadas pelas empresas, e os tesoureiros dos partidos, portanto, passam a vida com pires na mão atrás dos empresários. É uma realidade triste, mas inexorável.  De qualquer forma, é mais uma informação a reforçar o que Delúbio sempre afirmou: que seus acordos financeiros com Valério tiveram como objetivo pagar dívidas de campanha, e não comprar apoio político.Comprar apoio político para se perpetuar no poder? E como o PT se perpetuaria no poder: aprovando a reforma da previdência?  A teoria da procuradoria sempre foi ridícula, até porque esquecia o óbvio: se o PT quisesse comprar parlamentares, deveria focar no Senado, onde não possuía maioria, e não no Congresso, onde sua situação era tranquila. O próprio Dantas responde, às insinuações de que teria dado R$ 50 milhões para Valério, com objetivo de subornar o PT, lembrando que jamais teria interesse em dar dinheiro a um partido que vinha lhe fazendo dura oposição.É fato que Zampronha não consegue ligar Dantas ao PT, mas os R$ 50 milhões dados à Valério, caso não correspondessem a serviços publicitários prestados, podiam ter outros fins: patrocinar lobbies no Congresso, corromper servidores, juízes, procuradores, espionar, etc.Enfim, muita água ainda correrá por esses rios. Gilmar Mendes andou falando há pouco que o STF e o Brasil tinham que “virar essa página”. Não tem nada que virar a página. O Brasil quer passar essa história  a limpo.A ocultação do Inquérito 2474 prejudicou profundamente os debates em torno da aceitação da denúncia, em novembro de 2007.  O relatório ficou pronto em abril de 2007.Caso os dados estivessem disponíveis ao público, aos próprios ministros do STF e, sobretudo, aos réus, assim que o relatório foi concluído, poderia ter ajudado a formar convicções diferentes. Haveria um debate mais rico, com mais informações. Talvez a denúncia não tivesse sido sequer aceita, e o mensalão fosse julgado, como convinha, em primeiras instâncias, de acordo com as acusações contra cada réu.Mas Barbosa justificou o segredo dizendo que, ainda em 2006, “o procurador-geral pediu que se interrompesse o fluxo de informações”. Ou seja, o próprio procurador decidiu parar as investigações, certamente porque já havia chegado a um entendimento sobre como seria a farsa. Barbosa adere alegremente à postura do procurador, e por isso mesmo, ao ser perguntado por Marco Aurélio sobre o porque do sigilo do 2474, responde cinicamente:“Para o bom andamento do processo, ministro”.Sim, Barbosa. O processo andou muito bem. O fermento funcionou a contento e a população viu um bolo enorme e apetitoso. Só que no momento de comê-lo, o bolo era de vento. Isso é o mensalão. Um invólucro vistoso, mas oco. Assim são as reportagens sobre o tema: cheias de adjetivos e metáforas grandiosas, mas com quase nenhuma análise séria procurando amarrar os pontos perdidos e discutir os autos do processo.*Por fim, algumas curiosidades no relatório do 2474:ScreenHunter_3441 Mar. 06 05.56Olhe quanto o ingrato Correio Braziliense ganhou de Marcos Valério, apenas de 2003 a 2005: R$ 10,37 milhões, referentes a um contrato vinculado ao GDF. Os vínculos de Valério com o governo do DF, então governado por Joaquim Roriz, mostram que suas relações abrangiam todo o espectro político nacional. Só que enquanto mantinha ligações com PSDB, DEM e PMDB, era amado por todos. Quando começou a ajudar o PT, tornou-se o maior bandido da história.ScreenHunter_3440 Mar. 06 05.56Nem os juízes de Brasília escaparam da generosidade de Marcos Valério.ScreenHunter_3442 Mar. 06 06.0995Os itens acima reforçam a teoria do caixa 2. Repare que os recursos repassados para Valério para o município de Osasco são, indiscutivelmente, para gastos de campanha. João Paulo Cunha, deputado federal pelo PT, com base em Osasco, sempre alegou que o dinheiro que recebera do esquema Valério/Delúbio, nessa mesma época, era para pagar uma despesa de campanha. Com esses outros exemplos, agora vemos que o valerioduto estava mesmo investindo em campanhas petistas em Osasco e outras cidades, confirmando  versão de Cunha, mais um que se pode considerar um preso político.Posts anteriores sobre o Inquérito 2474.http://www.ocafezinho.com/2014/01/24/o-inquerito-2474-derruba-as-teses-do-mensalao/http://www.ocafezinho.com/2014/01/24/pimenta-da-veiga-recebeu-r-300-mil-de-marcos-valerio/http://www.ocafezinho.com/2014/01/24/os-pagamentos-de-2004-da-visanet-a-dna/http://www.ocafezinho.com/2014/01/25/procuradoria-geral-do-mp-go-deu-quase-r-400-mil-a-marcos-valerio/http://www.ocafezinho.com/2014/01/29/barbosa-prevaricou-ao-manter-o-inquerito-2474-sob-sigilo/http://www.ocafezinho.com/2014/02/10/barbosa-e-o-inexplicavel-sigilo-do-inquerito-2474-2/- See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/03/06/a-mistificacao-do-inquerito-2474/#sthash.2SOThskS

    1. As informações deste

      As informações deste comentário, assim como toda a armação midiático-jurídica, feita sob medida para condenar líderes petistas, a começar pela tramitação anormal das investigações, processo e julgamento da AP-470 – sem que os réus que não exerciam mandato tivessem direito ao duplo grau de jurisdição, assegurado pela Lei Brasileira – demonstram, de forma cabal, que o chamado mensalão  jamais existiu como tal. O que ocorreu, como muitas vezes declarado pelos réus e seus advogados e como comprovado neste inquérito 2474 (omitido e mantido em sigilo, a partir do nebuloso acordo entre JB e o PGR de então) foi um esquema de caixa 2. É crime? Claro, mas NADA tem a ver com a compra de apoio parlamentar pelo governo petista, junto à Câmara Federal; mesmo porque, o governo tinha ampla maioria nessa casa; um esquema de compra de apoio parlamentar poderia fazer sentido no Senado, onde o governo não  tinha maioria, mas não na Câmara. Importante ressaltar que, em juízo, bob jeff jamais afirmou a existência do pagamento das tais mesadas, diferentemente do que fez em espalhafatosa declaração á repórter Renata Lo Prete, então da FSP.

      Como sabem os mais bem informados e politizados, José Dirceu, José Genoíno, João Paulo Cunha, Henrique Pizzolato e Luiz Gushken foram criminalizados e/ou condenados simplesmente pelo fato de serem influentes lideranças do PT. José Mujica e outros já concluíram que a História já absolveu José Dirceu, assim como José Genoíno. Espero viver o suficiente, para ver toda a farsa do midiático julgamento da AP-470 desmontada, pedra por pedra.

  14. As hienas se deliciaram com a

    As hienas se deliciaram com a carne e com a dor do Pizzolato!

    A sua defesa ficará para quando sair requerer indenização, num outro tempo longe da Mídia atual que IMPRENSARÁ TODA E QUALQUER FORMA DE REVERSÃO DAS PENAS…

    E a auditoria que seria feita pelo Banco do Brasil após a decisão do Supremo?

    A Visanet era pública ou privada?

    Prestou serviços ou não?

    Quais foram as PROVAS QUE INCRIMINARAM O ZÉ DIRCEU?

    Não vi em lugar nenhum…

    E o aecio bi-delatado segue lépido por ai…

    1. Ah é, é? Como você é

      Ah é, é? Como você é sabichão, mais sabido do que os 11 ministros do STF.

      Por que você só chora pelos petistas e não chora pelos publicitários e banqueiros condenados no Mensalão?

      Todos os 24 condenados entre os quais o quinteto petista form condenados com goleada pelo Supremo, para não deixar dúvidas. Parecia a Alemanha, hehe

      Mas tudo, bem o choro é livre e é grátis.

       

       

       

       

  15. A urubuzada faz a festa

    A urubuzada faz a festa, não querem saber da verdade, se fazem de moucos para o fato de a Visanet não ter nada a ver com dinheiro público e muito menos com uma verdade inconstestável: os serviços contratados pela Visanet foram pretados, o TCU atestou isso após minuciosa auditoria. O que há é uma criminalização de setores da politica nacional por parte de um conluio midiático-penal que se estabeleceu já já algum tempo e continua de pé e mais forte do que nunca. Enquanto isso o mensalão tucano, esse sim, usou recursos públicos e é recheado de provas, dorme em algum escaninho do Judicáiro esperando a prescrição das penas. Um mesmo ato praticado por personagens tidos como inimigos e amigos, são tratados de forma diferente e o povo brasileiro acha normal e nem reclama, todos fecham os olhos para a aplicação do Direito Penal do Inimigo em nosso país e da forma mais escancarada possível, afinal de contas, todos se acham devidamente protegidos pelo manto do Direito Penal do Amigo, cuidado, um dia vc poderá ser vítima da aplicação deste tipo de direito, por isso é melhor não comemorar a injustiça ou julgamentos injustos ou discricionários.

    Miguel do Rosário:

    O país assiste ao circo de horrores das conspirações midiático-judiciais com um cansaço catatônico. Com o golpe parlamentar suspenso por tempo indeterminado, volta-se ao circo de sempre, com direito a um revival tedioso daquele que foi, por assim dizer, o golpismo originário: o julgamento farsesco do mensalão. Ao se recusar, por medo, tática e incompetência política (mais provavelmente os três juntos), a construir uma estratégia de combate a este golpismo, o PT e o governo deixaram a doença se espalhar e contaminar todo o Estado. Agora muitos procuradores e juízes querem fazer justiça com as próprias mãos e, para isso, dispensam provas e montam teorias ao sabor de seus desejos e rancores partidários. 

    Falo evidentemente do previsível circo montado para receber Henrique Pizzolato. A mídia não manda nenhum repórter à Suíça para entrevistar autoridades do país responsáveis por denunciar a existência das contas de Eduardo Cunha, um homem poderoso, porém já enviou dezenas para monitorar cada passo de um indivíduo que nunca teve qualquer poder político – quanto mais agora.

    O Cafezinho acompanhou o processo de Pizzolato. Ele é, em verdade, o calcanhar de aquiles da farsa do mensalão, porque há provas fartas de que não poderia ter mexido nos recursos do Visanet e, portanto, não poderia ser o elo financeiro do esquema de caixa 2 montado pelo PT.

    Pizzolato é inocente de suas acusações. É um tanto sintomático do nosso tempo que a imprensa tenha perdido qualquer compromisso em relação à busca da verdade. Se houvesse qualquer ética jornalística no país, a defesa de Pizzolato seria ouvida e a história do Brasil seria contada de maneira diferente.

    Sem Pizzolato, porém, toda a farsa cai por terra, e não por outra razão o seu caso foi cercado de tanto ódio político por parte da mídia e da Procuradoria, que montou uma estratégia milionária para provar sua culpabilidade e lhe trazer da Itália.

    O PT, por sua vez, por ver Pizzolato como figura menor no partido, fez cálculos apressados e entendeu que não havia outra chance senão oferecê-los como cordeiro para o sacrifício. Os outros réus petistas, como Dirceu, Cunha e Genoíno, jamais acreditaram que o STF chegaria onde chegou, condenando sem provas, e elaboraram estratégias individualizadas, ao invés de montarem uma estratégia coletiva para desmontar o mérito de toda a peça de acusação.

    No front econômico, temos notícias ruins sobre a inflação, mas ainda sob controle. O Banco Central emitiu sinais ambíguos sobre os juros, mas o mercado entendeu que ele sinalizou que poderá relaxar um pouco ao longo de 2016, fazendo os juros futuros caírem.

    A bolsa subiu vigorosamente nesta quinta-feira, sinal de que o mercado associa estabilidade à volta do crescimento, uma lógica que prejudica o golpe.

    No campo progressista, houve uma certa irritação com a decisão de Teori Zavascki de não dar habeas corpus a Marcelo Odebrecht, mas trata-se, mais uma vez, de política.

    O STF cortou as asas do golpismo parlamentar, apesar deste ainda tentar cantar – pateticamente – de galo, sob os olhos complacentes da imprensa, e por isso mesmo precisa agora assoprar um pouco as feridas do golpismo.

    A tendência, porém, é a estabilidade, sob pressão agora dos agentes econômicos, satisfeitos com um governo enfraquecido politicamente e, por isso, sob influência fácil da mídia.

    O que talvez seja um elemento surpresa, conforme salientei em análise anterior, e está passando despercebido pela imprensa partidária, é que Dilma pode sair fortalecida do processo de tentativa de golpe.

    Tudo vai depender, naturalmente, das estratégias de política e comunicação do Planalto.

    1. Enquanto isso
      Aécio desviou R$ 14 bi da saúde, segundo MP, e quer derrubar Dilma  Por Miguel do Rosário · 28/06/2015 aecio-debate-globo-seg-04-size-598Tucano é mesmo um bicho inimputável.Inimputável e cínico.O Ministério Público Federal acusa o ex-governador Aécio Neves de ter desviado R$ 14 bilhões, que deveriam ter ido para a saúde pública do estado, para outros fins.Enquanto isso, o mesmo Aécio quer pedir o “impeachment” da presidenta Dilma por conta de “pedaladas fiscais” que nada mais são que operações que todos os governos faziam, com objetivo oposto do que Aécio fez em Minas: para não interromper programas sociais.Ou seja, Aécio pode desviar dinheiro da saúde e continuar impune.Dilma faz uma operação legal, para não interromper pagamento de assistência social a milhões de brasileiros, e a oposição usa o fato para tentar derrubá-la.A fiadora desse processo esquizofrênico em que os valores são invertidos, claro, é a mídia. Ela é que mantém e alimenta um exército crescente de lobotomizados e fascistas, que ameaçam apresentadores de TV, blogueiros e políticos que não comem no prato do golpismo midiático-judicial.**No UOL (que não deu destaque à notícia, claro).Ação do MP cobra R$ 14 bilhões à saúde devidos por Aécio e Anastasia em MGValor deixou de ser investido nos governos de Aécio Neves (à esq.) e Anastasia, diz MPO Ministério Público Federal entrou com ação civil pública na Justiça cobrando do governo de Minas Gerais o repasse de R$ 14,2 bilhões para a área de saúde. Segundo a Procuradoria da República em Minas, este é o montante que deixou de ser investido entre 2003 e 2012 nos governos dos tucanos Aécio Neves e Antonio Augusto Anastasia – atualmente senadores – em descumprimento à Emenda Constitucional 29, que obriga aplicação mínima de 12% do orçamento na área.Os procuradores afirmam na ação que no período de 10 anos ocorreram também manobras contábeis para aparentar o cumprimento da emenda “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”.Segundo os autores, “R$ 9,5 bilhões deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo governo mineiro, quantia que, em valores atualizados, corresponde a um desfalque de R$ 14,2 bilhões.A ação diz que os governos tucanos, com o objetivo de inflar dados, incluíram gastos estranhos à saúde para simular o cumprimento da obrigação de investir o mínimo constitucional.Os procuradores afirmam que foram computados como gastos para cumprir a Emenda 29 “despesas com animais e vegetais”, pois o Estado incluiu na rubrica verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).‘Serviços veterinários’
      Conforme a ação, o governo mineiro “chegou ao absurdo de incluir” como se fossem aplicações em saúde serviços veterinários prestados a um canil da Polícia Militar, além de ter colocado na rubrica gastos com aquisição de medicamentos para uso veterinário.Os governos também lançaram como gastos em saúde investimentos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Conforme os procuradores, isso não poderia ocorrer, já que a própria empresa informou que os gastos eram feitos com recursos das tarifas pagas pelos consumidores.“Além disso, a Copasa sequer integra o orçamento fiscal do Estado, pois se trata de uma pessoa jurídica de direito privado”, diz a ação.O Ministério Público Estadual chegou a ajuizar, em 16 de dezembro de 2010, ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-governador Aécio Neves e Maria da Conceição Barros de Rezende, então contadora-geral do Estado, por causa das inclusões de despesas da Copasa no cálculo do mínimo constitucional.Em grau de recurso, porém, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG), determinou a intimação pessoal do então procurador-geral de Justiça, Alceu Torres Marques, para endossar a ação inicial, caso quisesse – a ação havia sido proposta por promotores, que, na avaliação dos desembargadores não poderiam investigar o governador.A apuração, no caso, caberia exclusivamente ao procurador-geral, que tem prerrogativa para atuar no caso. Torres, no entanto, se negou a assinar o texto sob a alegação de que não vislumbrava lesão ao patrimônio público.Os promotores recorreram alegando que Aécio não era mais governador. O tucano já havia deixado o cargo para se candidatar nas eleições de 2010. Mesmo assim, o processo foi extinto.Em 2014, Torres chegou a participar do governo de Alberto Pinto Coelho (PP), vice de Anastasia que assumiu o governo quando o tucano deixou o cargo para se candidatar a senador, no ano passado. O ex-procurador-geral foi secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.Tribunal de ContasProcurados, Aécio e Anastasia não se posicionaram sobre a ação. Em nota, o PSDB de Minas Gerais afirmou que os cálculos feitos pelos governos tucanos sãos os mesmos adotados pelo governo federal. O texto diz ainda que os cálculos foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).O governo de Fernando Pimentel, que poderá vir a arcar com os investimentos não realizados, conforme prevê a ação do MPF, não se posicionou sobre o assunto. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo

       

  16. ministerio da justiça

    A caça à bruxas empreitada pela minoria facista da elite brasileira, tem como foco, não a moralidade ou o avanço democrático do país pelo simples fato de não teram nem legitimidade e nem moral para tal projeto, ao contrário, buscam a exterminação do PT.

    A pretensa “devassa”  caça seletiva de petistas e eventuais colaboradores repercutida pela mídia golpista, quer a extinção do PT, mesmo, que seja pelas mãos de parcelas do MP, da PF e do Judiciário partes contaminadas pela visão neoliberal do governo mínimo e entrega máxima dos recursos e riquezas do país, aos interesses hegemônicos.

    Esta brigaiada, esta balbúrdia televisiva é cortina de fumaça para o plano de fundo, que é entregar o Brasil de bandeija à interesses exógenos.

    Como diz o PHA, com este Ministro da Justiça…

    Se a Dilma nomear para Ministro da Justiça o Aécio ou o Agripino, a ação de partes dessas Insituiçoes na caça às bruxas, não ia ser tão diferente do que ocorre hoje.

     

     

     

  17. Impressionante o estardalhaço

    Impressionante o estardalhaço feito pela Globo com a extradição de Pizzolato. Colocou até repórter no mesmo avião em que viajava Pizzolato para filma-lo. Enquanto isso nenhuma reportagem na Suiça sobre as contas de Eduardo Cunha e sua família, muito menos sobre o MENSALÃO DO PSDB que mofa nas gavetas do tribunal mineiro aguardando prescrição total das penas.

    1. Justiça boa é justiça justa,

      Justiça boa é justiça justa, dizem. Mas no caso da Globo e cia, justiça boa é aquela que se vinga de seus inimgos de classe e poupa os amigos: nem pensar por  na cadeia os diretores da RBS por roubo ao fisco, bem como também diretores da próprio Globo por sonegação fiscal e roubo de processos para não quitar bilhões de reais em débitos, nem pensar. Ferro no Pizzolato que o povo precisa gozar…E enquanto o povo delicia-se com o açoite aos bodes expiatórios, os verdadeiros ladrões públicos deste pais roubam no atacado, na casa do bilhão de reais e tramam contra a democracia, Aécio põe a mão, na boa, em 14 bi e tudo bem, tudo devidamente abafado por essa mídia vagabunda cujos comparsas querem a chave do cofre e pré-sal, e subtraem trilhões de reais do fisco…até quando haveremos de suportar isso

      Procuradores estimam perda de 1,5 trilhão de reais com dívidas tributárias

      http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2015/08/procuradores-estimam-perda-de-r-1-5-tri-com-dividas-tributarias-3703.html

       

      RBS rouba do fisco e nenhum coxinha reclama.,..quem há de se importar com os roubos, no atacado, de membros da Casa Grande..,

       

      http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/RBS-afiliada-da-Globo-pagou-R$-11-7-milhoes-para-conselheiro-do-CARF/4/34817

  18. Até hoje não entendi o porque

    Até hoje não entendi o porque do pessoal que foi condenado na AP 470 não ter entrado com recurso na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com tantos erros e desvios no processo e julgamento.

  19. Pizzolato

    A globo só mostra o Pizzolato entre grades, seja lá na Italia ou aqui no Brasil. Um repórter desta emissora o acompanhou dentro do avião, enquanto ele permaneceu encurralado no banco da janela lendo alguma coisa e sendo acompanhado por uma médica. Quando desceu do avião vi um agente da PF cumprimentando efusivamente outro como se tivesse ganho um troféu. O apresentador do jornal Hoje, Evaristo,após a reportagem, teve o seu rosto aproximado pela câmera e falou assim: seja bem vindo na papuda, Pizzolato.Nossa, gente, isto é muita tortura para uma pessoa. Não se trata de  um estuprador, um terrorista ou um assassino para toda essa exposição, considerando que estes ainda têm uma certa proteção.Isto tudo é querer humilhar demais uma pessoa.Como diz minha mãe: clama justiça divina!

     

  20. Na verdade essa “justicia de

    Na verdade essa “justicia de mierda” do Brasil, juntamente com Ministério Publico (MP) são covardes. Contra o Pizzolatto, sem provas, sem que ele tenha feito nada de comprovadamente errado, toda essa valentia da tal justiça brasileira e Ministério Público, contra Cunha, Aécio, Nardes, Agripino Maia e outros comprovadamente corruptos, simplesmente não investigam e escondem as provas e denúncias. Simplesmente, e essa é a defesa mais consistente do Pizzolatto, ele, das decisões  que imputam a ele para condená-lo, primeiro que não há real motivo em nenhuma, todas as operações alegadas foram por serviços prestados e declarados, e segundo, ele nunca tomou nenhuma decisão sozinho e era subordinado a gente que não tinha nada a ver com PT ou governo, e nas decisões tomadas junto com ele tinha inclusive pessoas indicadas pelo PSDB. E nenhuma dessas pessoas foi implicada no tal “mensalão”.

    Por tudo, é tudo de dar nojo. No fundo, além de outras coisas, justiça e MP são covardes. Contra os corruptos de verdade, inclusive eles mesmos, pura hipocrisia.

    Até quando República de Bananas? Enquanto isso os midiotas hipócritas ficam cada vez mais ensandecidos.

  21. Olha só a hipocrisia de Gilmar Mendes

    Olha só a hipocrisia de Gilmar Mendes, nem parece ser a mesma figura que abafou o caso Cunha que, graças à Suiça, veio à tona.  Nem parece ser o mesmo judiciário que abafou os roubos, no atacado, dos tucanos, bem como o roubo de dez milhões de reais abocanhados, sem licitação, dos cofres públicos do Judiciario da BA ( CLIQUE AQUI )

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=R_aoUPiXIxU%5D

  22. Nem tão inocente assim

    Sou mais da opinião do Vicentinho, ao falar que Pizzolato não devia ter fugido como culpado, mas, se inocente for, devia ficar aqui, de punho em alto.

    Acontece que há muito anos o Pizzolato vem aumentando o seu patrimônio, que chegou a 7 imóveis. Sabendo disso e das investigações, inventou uma separação da sua mulher (divorcio), há 8 anos, visando o resgate do patrimônio, desta vez em nome da suposta ex-esposa. Alias, cadê? 

  23. Agora, aquele que se acha

    Agora, aquele que se acha acima de qualquer suspeita diz que vai lançar um livro sobre suas memórias na presidência. Vai ser o primiero caso de um delator tucano que nunca foi para a prisão, nem mesmo no tempo da ditadura, apesar dos pesares e transtornos que impingiu à nação brasileira. Vai ser seu último papel feio ou, melhor dizendo, seu último papelão sociológico, o de dedo duro contra algumas lideranças que sempre o ofuscaram. Porque ele sabe, tem certeza, de que delação de petista não vem ao caso, a não ser que acuse o maior petista que chegou lá. Lá, onde ele nunca esteve, apesar dele vir da casa grande.

  24. o Processo

    O dinheiro da visanet tinha de existir, senão não haveria financiamento na AP470 e teríamos que procurar outra fonte, e ela

    estava alí, bem próxima, num escandalo que embarcaria muita gente, de todas as matizes, portanto os bois de piranhas tiveram que realizar seus papéis, pobre Pizzolato e todos os demais, é como  “O Processo” de Frans kafta.

    Se vem a verdade, cai a república e com ela o brilhante( cnforme FHC) banqueiro  ” DANIEL DANTAS” 

    PT, saudações

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