Produção industrial acentua ritmo de queda em dezembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A produção industrial nacional mostrou queda (-2,8%) em dezembro de 2014 frente o registrado no mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, acentuando o ritmo de perda frente ao verificado em novembro último (-1,1%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na série sem ajuste sazonal, o confronto com igual mês do ano anterior mostra que o total da indústria apontou redução (-2,7%), décima taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.

A avaliação mensal mostrou resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas e em 17 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,8%), máquinas e equipamentos (-8,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%), com o primeiro eliminando o acréscimo de 0,4% observado no mês anterior; o segundo assinalando o quarto mês seguido de queda na produção e acumulando -10,5% nesse período; e o último intensificando a queda registrada em novembro último (-1,3%).

Outras contribuições negativas apuradas vieram das atividades de produtos têxteis (-12%), de produtos diversos (-16,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,6%), de metalurgia (-2,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,8%), de produtos de metal (-3%) e de produtos de minerais não-metálicos (-1,7%). Entre os cinco ramos que ampliaram a produção, destacam-se confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,7%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,3%), bebidas (2,8%) e indústrias extrativas (0,5%).

A queda mais acentuada apurada entre as grandes categorias econômicas ficou com o segmento de bens de capital, que recuou 23% – o recuo mais intenso desde janeiro de 2012 (-23,1%) e o segundo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando nesse período -23,3%. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-2,2%), de bens de consumo semi e não duráveis (-1,7%) e de bens intermediários (-0,8%) também registraram taxas negativas, com os dois primeiros apontando três meses consecutivos de queda na produção e acumulando nesse período, respectivamente, -6,8% e -4,3%; e o último com acumulado de -3% entre setembro e dezembro.

A série com ajuste sazonal mostra que a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo (-1,2%) no trimestre encerrado em dezembro, acentuando o ritmo de queda verificado em novembro (-0,5%), quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas ligeiramente positivas. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-7,7%) registrou a redução mais acentuada em dezembro e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em agosto de 2014.

 Os segmentos de bens de consumo duráveis (-2,3%), de bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) e de bens intermediários (-0,4%) também assinalaram taxas negativas em dezembro, com o primeiro revertendo três meses de resultados positivos consecutivos, que acumularam expansão de 12,6%; o segundo intensificando as taxas negativas verificadas nos meses de outubro (-0,3%) e de novembro (-0,5%); e o último mantendo o comportamento predominantemente negativo presente desde maio de 2014.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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