Projeto Humanitário ganha reconhecimento da ACNUR

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Débora Peroni

Jornal GGN – Após as apresentações de crianças refugiadas do Coral Somos Iguais, idealizado a partir do Projeto Humanitário de Daniela Guimarães, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) reconheceu oficialmente e declarou apoio à iniciativa, que visa auxiliar os imigrantes nas condições de trabalho, saúde, educação e cultura no Brasil. O show que emocionou a todos aconteceu neste mês de dezembro, em São Paulo, sob a regência de João Carlos Martins.

O Coral formado por 25 crianças da Síria, Angola e Congo interpretou músicas eruditas e clássicos como “Se Essa Rua Fosse Minha”, “Quero Ver” e “The Lord Be Magnified”. No final das apresentações o tenor Jean William ainda acompanhou Isabel, uma refugiada do Congo, de 15 anos, para interpretar “Noite Feliz”. Na plateia do evento estavam o maestro Roberto Minczuk, Milu Villela, o Ministro Nelson Jobim, Marluce Dias e Walter Torre, além de Luiz Fernando Godinho, representante da ACNUR.

Durante as apresentações o público teve oportunidade de apreciar uma mostra fotográfica, com registros dos ensaios do grupo pelo olhar de Débora Peroni. Este trabalho também está sendo capturado em vídeo, que irá ser transformado em documentário, com lançamento previsto para 2017. O figurino para os shows foi criado por Amir Slama, que acompanhou todo os ensaios e conversou com as crianças, que puderam participar de todo o processo de criação. O figurinista também criou camisetas que serão vendidas futuramente e toda a renda arrecadada será direcionada ao projeto.

Fotos: Débora Peroni

No Brasil já são cerca de 9 mil refugiados. Ainda que sejam bem recepcionados, os imigrantes encontram muitas dificuldades na hora de encontrar emprego e ter acesso a serviços públicos de educação, saúde e moradia. O Projeto Humanitário foi criado há cerca de um ano, quando Daniela Guimarães conheceu uma família de sírios. O programa social independente e voluntário já conta com grandes colaboradores, como uma instituição com facilitação de bolsas de estudo e validação de diplomas estrangeiros. Entre as ações também está em andamento uma parceria com um hospital.

“Além de chamar a atenção e buscar condições básicas para a saúde, moradia, trabalho e educação, o Projeto Humanitário busca integrar de forma efetiva estas famílias à sociedade. Integrar pessoas, culturas, raças, credos. O coral é um exemplo de que isso é possível. Crianças (e suas famílias) de origens e crenças tão distintas, unidas por um passado de violência e juntas pelo sonho do futuro. É a configuração de um novo mundo”, disse Daniela.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Como é que anda a questão da

    Como é que anda a questão da refugiada de 1ano pela PF da linha usada da chapecó? do genro do senador trazido pelo Ferrraço?

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