Recuo da produção industrial atinge 8,9% ante 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O setor industrial mostrou queda de 8,9% no mês de julho em relação ao visto no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Houve um perfil disseminado de resultados negativos, que atingiu as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 72 dos 79 grupos e 69,9% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 19,1%, e a de produtos alimentícios (-7,2%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, mas outras contribuições negativas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,2%), de máquinas e equipamentos (-15,1%), de produtos de metal (-13%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,7%), de metalurgia (-7,9%), de outros produtos químicos (-6,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,3%), de bebidas (-10,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-9%) e de produtos têxteis (-18,6%). Entre as três atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi em indústrias extrativas (2,9%), impulsionado pelos avanços nos itens minérios de ferro em bruto e óleos brutos de petróleo.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-27,8%) e bens de consumo duráveis (-13,7%) assinalaram as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) e de bens intermediários (-5,6%) também mostraram resultados negativos nesse mês, com o primeiro registrando recuo acima da magnitude observada na média nacional (-8,9%), e o segundo com a queda menos intensa entre as grandes categorias econômicas.

Com o recuo de 27,8% no índice mensal de julho de 2015, o segmento de bens de capital assinalou a 17ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo recuo na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a redução de 31,8% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-34,1%), para construção (-56,9%), agrícola (-26,4%) e para energia elétrica (-17,0%), enquanto bens de capital para fins industriais (0,6%) apontou o único resultado positivo em julho de 2015.

O segmento de bens de consumo duráveis recuou 13,7% no índice mensal de julho de 2015, 17º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e bem mais intenso do que o verificado em junho último (-1%). Nesse mês, o setor foi pressionado pela menor fabricação de eletrodomésticos da linha branca (-26,8%), da linha marrom (-26,2%) e de automóveis (-3,6%), seguido pelos impactos dos segmentos de motocicletas (-25,3%), móveis (-19,2%) e de outros eletrodomésticos (-22,2%).

A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-9,2%) em julho de 2015 foi o nono resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior e intensificou o ritmo de queda frente ao verificado em junho último (-2,4%). O desempenho foi explicado pelos recuos em todos os seus grupamentos: alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-8,8%), não-duráveis (-9,7%), semiduráveis (-11,3%) e carburantes (-6,7%). Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção de bens intermediários (-5,6%) assinalou a 16ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde novembro do ano passado (-5,8%). 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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