Sabotagem à Copa não vai ajudar o Brasil a melhorar

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A lição que o Brasil está prestes a dar ao mundo

Por Adriano Silva

 

Há um pensamento em voga entre nós: devíamos sabotar a Copa, torcer contra, colaborar para que “não haja” Copa. Isto seria a coisa cívica e correta a fazer – usar a Copa do Mundo no Brasil não para vender ao mundo uma imagem boa do país, mas, ao contrário, para revelar nossas mazelas, para admitir nossas iniquidades diante do planeta.

Isto seria um levante contra “tudo isso que está aí” – o maldito padrão Fifa que não conseguimos alcançar e que nos humilha; nossa incapacidade histórica de fazer qualquer coisa honestamente, sem cobrar ou pagar propina; a economia que não anda; nossa ineficiência estrutural e nossa leniência crônica que nunca cumprem o que promete, que perdem prazos e desrespeitam contratos; nossa falência como nação que não consegue andar para frente em tantos aspectos essenciais; nossa incompetência em superar essa fenda social profunda que nos divide há séculos em duas castas que se odeiam, às vezes em silêncio, às vezes nem tanto.

Mas sabotar a Copa funcionaria também como uma espécie de autoexpiação pública e mundial, transformando nossas questões nacionais, internas, num inesquecível fiasco global. Como se a Copa do Mundo deixasse de ser uma festa para virar uma chibata. Como se o maior evento do planeta, que nos foi confiado e que nós brigamos para receber, não representasse um momento de alegria mas sim uma oportunidade de gerar constrangimento, vergonha, decepção e má publicidade.

Sorrir virou uma assunção de cretinice. Torcer pelas cores nacionais na Copa virou um crime. Exercer o gosto pelo futebol, um traço nacional, virou coisa de gente pusilânime.

Ao mesmo tempo, ver o Brasil mal retratado na imprensa de outros países virou uma alegria. Passamos a gostar da ideia de esfregar nossos aleijões na cara da audiência internacional – tendo especial regozijo ao ver a classe média do resto do mundo virar de lado e tampar o nariz. Adoramos jogar lama no próprio rosto. E convidamos os outros a nos enlamear também. Estamos torcendo para que as coisas funcionem mal, e para que tudo dê errado, e para que não consigamos fazer nada direito, para que tragédias aconteçam, para que tudo mais vá para o inferno.

Estamos vibrando com a derrocada daquilo que mais odiamos. E o que mais odiamos parece ser o Brasil. Como se o Brasil não fôssemos, tão e simplesmente, nós mesmos.

Tenho muita dificuldade de entrar nessa onda de autoimolação. E na inconsequência juvenil dessa postura “quanto pior, melhor”. Há um niilismo contido nesse pensamento, e um masoquismo meio piegas e vazio nessa proposta, um espírito de porco oco e doentio, que me desagradam profundamente. Talvez porque haja muita destruição aí – e eu seja um construtor. Talvez porque haja muita coisa prestes a ser posta abaixo, indiscriminadamente, e eu seja um criador que gosta de erguer obras. Não sou um demolidor de paredes. Então não consigo achar que botar fogo no circo com todo mundo debaixo da lona possa ser uma boa ideia. Talvez por já ter vivido fora do país, e visto o Brasil lá de fora. E por ter dois filhos brasileiros, que terão seu futuro próximo acontecendo por aqui. E por já estar vivendo meu 43. ano de vida. Já estou muito velho para achar que arrasar a terra possa facilitar o nascimento de alguma outra coisa sobre ela.

Fico imaginando esse mesmo pensamento noutros países. Cito apenas alguns. Você completa o quadro.

Na Copa de 2002, o Japão deveria, logo na abertura, fazer menção a seus crimes de guerra, que não foram poucos, pelos quais jamais se desculpou. Ou então alertar para o tratamento discriminatório até hoje imposto aos burakumin – pessoas  que exercem profissões “impuras”, como coveiros e açougueiros. Ou protestar contra a xenofobia, e o sentimento de isolamento (quando não de superioridade) racial que ainda hoje permeia a sociedade japonesa.

A Coréia, no mesmo ano, deveria denunciar seu patriarcalismo opressor e a violência doméstica contra mulheres que é uma espécie de direito adquirido dos homens por lá até hoje – quase 60% das esposas afirmam sofrer algum tipo de abuso dentro de casa.

Os Estados Unidos deveriam ter encerrado a Copa de 1994 com uma apoteose em forma de perdão pela barbaridade das duas bombas atômicas que atiraram covardemente sobre a população civil de duas cidades, em nome de um teste científico (afinal, gente amarela não é gente, né?) e de um aviso nuclear aos novos inimigos. Foram 250 000 mortos, entre crianças, mulheres, bebês, velhos, gestantes, recém nascidos. Ou então a apoteose deveria representar uma elegia às populações indígenas americanas massacradas. Ou aos mortos de todas as ditaduras que os Estados Unidos apoiaram ao longo de décadas, inclusive ensinando as melhores técnicas para “prender e arrebentar”, para vigiar e punir e esganar. Os Estados Unidos também poderiam se retirar da Copa, e também das Olimpíadas, bem como de todas as competições internacionais em que costumam brilhar, em protesto contra o fato de serem a maior economia do mundo e até hoje não terem tido a capacidade de oferecer um sistema público de saúde universal aos trabalhadores que produzem essa riqueza toda – quase 50 milhões de americanos simplesmente não tem a quem recorrer se ficarem doentes.

A África do Sul, em 2010, deveria ter alardeado sua liderança mundial em estupros – 128 estupros por 100 000 habitantes. (Ah, sim. Na Nigéria, que receberemos esse ano, o estupro marital não é considerado crime. A delegação nigeriana, composta de maridos, deveria entrar no Itaquerão empunhando essa bandeira?)

A Itália e a Espanha, as duas últimas campeãs mundiais, nem deveriam vir à Copa. Na Itália, o desemprego entre os jovens é de 38,5% – no Sul, a região mais pobre do país, a taxa é de 50%. Ano passado, 134 lojas fechavam diariamente na bota – mais de 224 000 pontos já fecharam no varejo italiano desde 2008. Na Espanha, o desemprego está batendo em 30% na população em geral. Entre os jovens, já encostou também nos 50%.

Ou seja, se fossem países sérios, Espanha e Itália não perderiam tempo e recursos participando de um evento da Fifa, essa corja internacional, e se dedicariam com mais a afinco a resolver seu problemas, que são muito graves. Trata-se de países à beira da bancarrota. (Só para comparar, a taxa de desemprego no Brasil, esse fim de mundo em que vivemos, é de 4,9%). Os americanos, se merecessem os hambúrgueres que comem, deveriam usar a visibilidade da Copa, já que nem gostam de futebol mesmo, para chamarem a atenção para a tremenda injustiça e para o absurdo descaso que enfrentam em seu sistema público de saúde. E, se tivessem um pingo de vergonha na cara, espanhois e italianos se recusariam a vir para a Copa, a torcer por suas seleções na Copa, e se postariam de costas para os televisores e sairiam quebrando vitrines (das lojas que ainda lhes restam) a cada gol de Iniesta ou de Balotelli. Mais ou menos como estamos planejando fazer por aqui em represália aos êxitos de Neymar e cia.

Eis a lição que o Brasil está prestes a dar ao mundo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

43 Comentários

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  1. A mídia golpista e a

    A mídia golpista e a oposição(decadente e sem qualquer projeto para o Brasil) que vem criando este” clima ” visando tirar dividendos político , ou seja, para eles  o pior para o Brasil pode ajudar na derrubar o governo petista, por isso, a campanha desleal contra copa , cheia de inverdades e sordidos artigos  de jornalistas inescrupulosos que dizem aquilo que os seus patrões mandam dizer.

    1. Ainda bem que o Adriano Silva

      Ainda bem que o Adriano Silva trabalha na redação da Globo e da Editora Abril e não tem nada a ver com o PIG, ho ho ho…

      1. Confissão de arrependimento, ou basófia ?

        É difícil acreditar, que alguem que trabalha na redação de uma empresa como a Globo, e assine alguns têxtos da Abril, tenha escrito esta matéria, enfim…

  2. Excelente crônica.

    Parabéns pelo texto claro, direto e pungente. Assino embaixo.

    Aliás, aproveitando, vou dizer que estou farto de alguns cineastas brasileiros que filmam apenas e tão somente a miséria. “Central do Brasil”, “Tropa de Elite”, “Cidade de Deus”, etc.

    Muitos países que já foram colonizados têm complexo de vira-latas. A Índia é exemplo. Alguns anos atrás, houve uma campanha (não sei se governamental) com o título de “Orgulho de Ser Indiano”, para exorcizar a ideia prevalente de que “aqui tudo dá errado”.

    O complexo de vira-latas é incutido na população pela elite saudosa do colonialismo. É uma forma de facilitar a submissão do povo.

  3. 725 mil toneladas de tabaco

    725 mil toneladas de tabaco por ano, 83% disto para exportação. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e o maior exportador de doenças associadas ao fumo. E os idiotas acreditam que o problema do nosso país é a Copa do Mundo. Ha, ha, ha…

  4. Concordo em partes. Primeiro,

    Concordo em partes. Primeiro, porque autocrítica não falta a nenhum dos países que você citou. Aliás, falta só ao Brasil. Porque se autoimolar não é nem nunca foi autocrítica. São coisas bem diferentes. Segundo, porque tem erros. O Japão não apenas se desculpou por muitos crimes de guerra, quanto não vive esse isolamento social dos burakumin que você cita e estrangeiros são muito mais bem tratados aqui do que nos seus países de origem. Eu mesmo, um brasileiro no Japão, sou muito mais bem tratado no Japão do que era no Brasil. Não há nem comparação,

    Sabe qual é o problema de vocês? Comparam o Brasil com o resto do mundo, onde não deviam. O Brasil não é o parâmetro para o Brasil. Não há historicidade no argumento dos contra nem no dos a favor e muito menos nos dos muito pelo contrário. Ninguém, neste o colunista nesta coluna, vê o Brasil sob um aspecto histórico, onde se podem avaliar as mudanças ao longo do tempo e em combinação com a situação histórica local e global. Por que não há isso? Porque não há planejamento de longo prazo. Se não há projeto de país, não há começo nem fim para se avaliar. 

  5. Sabemos muito bem a quem

    Sabemos muito bem a quem interessa isso tudo… Se tivessem um mínimo de vergonha na cara, Aécio e Campos deveriam vir a público, durante a Copa, envergando a camisa alvi-celeste da argentina… Que é para quem eles, e nossa grande Imprensa, torcerão fanaticamente. Ou não?

    1. “…Que é para quem eles, e

      “…Que é para quem eles, e nossa grande Imprensa, torcerão fanaticamente. Ou não?…”

      Não, absolutamente, não .

      A porca mídia e seus cãezinhos amestrados,  nos bastidores, torcerão pela seleção norte-americana e pela Inglaterra .

       

  6. Adriano, muito bom.
    Mas,

    Adriano, muito bom.

    Mas, vamos parar de culpar os jovens; “inconsequência juvenil”.

    A imprensas não é formada por jovens, a elite e os partidos políticos que insuflam o “quanto pior, melhor” também não.

    Essa direita foi quem sempre levantou a bandeira que jovens são arruaceiros, etc., etc.,

    Não vamos nos esquecer que o próprio PT surgiu abraçado por jovens.

    Dilma iniciou a sua militância politica aos 16 anos de idade, com 23 anos foi presa e torturada com os mesmos fundamentos de subversão à ordem.

    1. Assis, vc está certo em dizer

      Assis, vc está certo em dizer que a imprensa insufla, mas quem cai no canto dessa maldita sereia é no minimo…burro. Os jovens são também engrenagem nessa sabotagem.

      1. Francy

        E aí?

        Bota tudo no mesmo balaio?

        Os jovens são historicamente a favor de manifestações. E votaram massivamente em Lula e Dilma.

        E se nós ajudarmos a botar eles no colo da direita como tentou fazer a imprensa, estamos ferrados.

        E mais, eles não são bobos e quando perceberam a manipulação da intenção deles (queremos mudanças mas com Dilma) pela imprensa eles esvaziaram as manifestações.

        Não foi suficiente, sequer, eles se manifestarem contra a imprensa incendiando carros e apedrejando algumas sedes dela para demonstrar qual era a intenção dos movimentos de junho/2013.

        1. Concordo com vc Assis.
          Falta

          Concordo com vc Assis.

          Falta ao brasileiro, principalmente “gostar do Brasil” torcer pelo Brasil e nossa imprensa e as oposições fazem exatamente o contrário.

  7. Deveríamos ser mais

    Deveríamos ser mais intolerantes com a corrupção e a má gestão dos recursos públicos e manifestar isso nas urnas, deixando de eleger os políticos que vêm controlando o Estado brasileiro há décadas. Se tudo está como está é por causa da nossa leniência e pouco caso com o voto. Continuamos a eleger, a cada pleito, os mesmos de sempre. Vamos tirá-los de suas cômodas posições e eleger pessoas verdadeiramente comprometidas com a mudança para melhor. Mas, vamos, nós também, mudar nossa postura, sendo honestes, transparentes e cidadãos.

    1. A regra é clara: só pode

      A regra é clara: só pode votar no que estiver disponível na urna, não importa de qual qualidade seja. Além disso, essa moralidade barbosiana acaba de ser derrotada pelo gosto do povo que manisfestou contra esse tipo de intolerância. Não acredito que se acabar com corrupção seja possível fazer mais obra pública de valor nesse país.

  8. “contratudoistoquetaí”

    Nassif,

    O texto de Adriano Silva é primoroso, e quando passa a citar as mazelas enfrentadas por vários países participantes da Copa 2014 fala por si.

    Se alguém disser que Tio Sam, e não só lá, sonha dia e noite prá ter um SUS por lá, será considerado um doido varrido, se fizer a comparação a respeito de taxas de desemprego, crescimento do PIB ou qualquer outro parâmetro econômico -financeiro, confirmará a percepção de ser um doido varrido.

    A grande mídia é a maior responsável pelo elevado grau de estupidez que tomou conta dos brazuca homer simpson , a maioria que recebe a notícia já “interpretada” pela quadrilha dos Marinho.

    Há pouco dias, o idiota de plantão ao comentar o crescimento negativo dos USA, praticamente disse que foi um ótimo resultado, e tres dias depois o crescimento de 0,2% do país, em linha com o de todas as grandes economias do mundo, foi considerado uma tragédia. E quando comparam os resultados daqui  com o de países que cabem dentro do Piauí ou Paraná ? 

    Por incrível que pareça, conheço gente de bom nível cultural que realmente acredita que o filho de Lula é o dono da Friboi, e o JBatista não passa de testa de ferro.

    Uma sociedade que abomina o sucesso do vizinho, que fica feliz ao ver alguém falindo, que exercita a hipocrisia como ninguém, que tem como objetivo primeiro na vida passar num concurso público, uma sociedade que acredita piamente que o governo tem a obrigação de fazer tudo e ela, sociedade, nada, está fadada a avançar em forma muito mais lenta do que poderia. 

    E numa sociedade que carrega por herança todas estas cretinices, existe naturalmente uma fatia mais extremada, a turma recalcada que prega o  “nãoqueremoscopa”, “contratudoistoquetaí”, etc… , a turma formada por vira latas elevados à enésima potência, a dos que gostam de se ajoelhar nas aduanas, zumbis que se auto-sabotam. 

  9. “Isto seria a coisa cívica e

    “Isto seria a coisa cívica e correta a fazer – usar a Copa do Mundo no Brasil não para vender ao mundo uma imagem boa do país, mas, ao contrário, para revelar nossas mazelas, para admitir nossas iniquidades diante do planeta.”

     

     

    Alguém já disse: “O patriotismo é o último refúgio do canalha.”

  10. Adriano Silva é diretor do Fantástico, da TV GLOBO

    A Globo deu um tiro no pé e agora está tentando consertar, é isso?

    Com exceção de alguns ótimos programas da GNT e da própria Globo News, cujo jornalismo é uma merda, não vai ter Globo, não vai ter SportTV e nada que saia da máquina de produzir estultices que é as Organizações Globo.

    A Copa já está comprometida e a imagem do Brasil detonada.

  11. Eu não vejo o país nas

    Eu não vejo o país nas condições colocadas nos dois primeiros parágrafos.Também não acho que somos inferiores e que não conseguimos alcançar o maldito padrão FIFA. A Copa do Mundo é somente um evento e assim deve ser tratado.

    O que vi foi um fortíssimo planejamento midiático e da posição para desmontar “o Brasil governado pelo PT” tentando mostrar ao mundo nossas mazelas que somos  inferiores, exacerbando um enorme complexo de viralatas.

    E o tiro vai sair poela culatra pois quem assumir o poder terá a “obrigação” de reverter este malfadado quadro alardeado mundo afora, numa tarefa que será hercúlia, para não dizer impossível.

     

    1. ignorancia ou canalhice?

      este artista precisa decidir:

      enumera vários pontos e segundo ele e seu publico cretino é tudo responsabilidade da Dilma.

      Saude, Educação, Segurança. Mobilidade… é tudo responsabilidade federal… safado!

      musico cara-de-pau, metido a sabido se prestando a papagaio do PIG.

      VTNC voce e sua trupe!!!

  12. padrão FIFA?

    É de hoje no “Il Sole 24 Ore” jornal da “confindustria” da Itália:

    Um ex diretor da FIFA, Mohammed Bin Hammam pagou 5 milhões de dolares aos responsáveis do futebol africano para comprar a designação do Qatar em 2022.

     

  13. Distância da turma do “imagina na Copa”

    Eles que fiquem com as suas contradições.

    Tenho certeza que o país merece estádios/arenas de qualidade. Não apenas pelo futebol, que é uma atividade econômica que pode ser mais importante e mais profissional do que é, como também pelos eventos que podem nelas serem realizados, dinamizando a indústria do entretenimento. Sim, os seres humanos precisam também do circo.

    Pela lógica estádios versus hospitais o maracanã não poderia ter sido contruído, o pacaembu, o mineirão etc.

    Ou seja, pela tal “lógica” não haveria futebol no Brasil. E aí não haveria Didi, não haveria Garrincha, não haveria Fluminense e as crônicas futebolísticas de Nelson Rodrigues. Não haveria os livres do Ruy Castro. Não haveria Corinthians, não haveria Flamengo.

    Enfim, não haveria Brasil.

    Não vai ter Globo.

  14. A ELITE CONTRA A COPA É A MESMA QUE VIAJA PELA EUROPA

    Ainda há pouco, durante um mês, essa turma da elite contra a Copa passeou pelo mundo, torrou mais de dois bilhões de reais.

    Dois bilhões de reais foram os gastos destes turistas que agora estão conhecendo o mundo e, de lá, chegam contando vantagens;

    – Olha, se o Brasil fosse como a Alemanha……lá tem……., lá tem………, lá tem……..

    Interessante, basta dar uma chegadinha no Facebook para ver esse bando de idiotas contando asneiras mil, esquecendo que a Alemanha tem uma civilização milenar. Nós aqui fomos descobertos, para o mundo, em 1.500. E ficamos nas mãos como colônia até nossa independência, que ainda se ligava muito com a coroa portuguesa.

    Começamos a ser um País com a República. Mesmo assim o coronelismo que até hoje ainda domina regiões deste País, dominou o povo, como um feudalismo. Os senhores feudais, que ainda existem, amarraram nosso desenvolvimento.

    Hoje temos um País que ruma para um grande futuro. Somos a sexta economia do Mundo e podemos começar a ter uma visibilidade imensa desconhecida pelo mundo, que ainda pensa que em Manaus tem jacarés e macacos. passeando pelas ruas.

    Ora, estas bestas, recheadas de dinheiro, que se movimentam contra a Copa, são ignorantes. Pessoas sem qualquer visão de nosso futuro. Não são contra a Copa, são contra o povo brasileiro. E estão gastando muito dinheiro de nossa produção, produto do trabalho de trabalhadores brasileiros que levantam  às quatro da matina para trabalhar e voltam lá pelas dez da noite.

    Estão querendo confirmar a visão ainda existente no mundo, que somos um pais sub-desenvolvido. Temos que caminhar muito, todos sabemos, para podermos ter uma desenolvimento compatível com a grandeza de nossa nação, dos anseios de nosso povo, mas acima de tudo somos um Pais rico. Temos uma misciginação que nos trouxe uma riqueza cultura que jamais outros povos terão. E isto, infelizmente, não é compreendido.

    Temos que aproveitar a Copa para que o mundo entre em contato com este novo mundo, escondido por interesses escusos, que ainda não foi devidamente descoberto. Tenho a certeza, se os otários não estragarem a festa, o Brasil sairá deste evento com uma imagem maravilhosa.

    1. Essa turma vai a Europa e

      Essa turma vai a Europa e quando volta que ter mesmo as mesmas coisas pelas quais gastou montanhas den doláres para ter, esquecendo que por lá ter isso por terem degraddos tudo quando era escóiras sociais, as quais foram fazer outras nações

  15. Um dos textos mais lúcidos,

    Um dos textos mais lúcidos, sobre a copa.

    Os grandes perdedores, desse clima, são os meios de comunicação que deram tanto destaque a essa maré contra. Vão cobrir os locais de torcida, de helicóptero

    Para o brasileiro…VAI TER COPA.

    Para os “brequibroque”, PF!

    É, polícia federal. É assim em QUALQUER PARTE DO MUNDO.

  16. Espírito de porco de uma minoria.

    Não tive tempo hábil, de comentar ontem, um posto do Nassif, sobre a grande mídia brasileira, ter “vestido” a camisa do “quanto pior, melhor” e estarem “abraçados” a esta minoria que torcem ardentemente por um fracasso da seleção brasileira, nesta Copa, pois a conquista dela, seria usada pela situação, como arma eleitoral, e este post de hoje, me deu a chance de lembrar aos mais novos(a maioria destes descontentes, com o “Vai ter Copa”)

    Quando a seleção brasileira de Pelé e Cia, viajou para o México, em 1970, deixou atráz de sí, a pior ditadura que uma nação dita independente, poderia ter, com uma oposição política calada à fôrça, um Congresso de mentirinha(pois o Senado biônico) um Poder Judiciário, totalmente dominado pelas ordens dos militares, e com uma federação de Estados, cujos governadores, tambem biônicos, cumpriam as ordens dos comandantes dos seus quartéis, e uma classe estudantil, que sequer podia reunir-se, quanto menos opinar ou manifestar-se, e com uma guerrilha urbana, sendo massacrada sem dó, enquanto os militares no Poder, alardeavam um país orgulhoso de seu povo e de sua seleção.

    A sucesso das “feras do Saldanha”cujo criador da frase, foi substituído, por ser um simpatizante comunista, ofuscou o que passávamos aqui, e embora isso doesse, falou mais alto, a nossa paixão pelo futebol, do que um fracasso daquele time, e o tri-campeonato do Mundo, adiou por alguns meses, nossa agonia, e deu-nos um pouco de alegria, alegria esta, que uma minoria de jovens idiotas, hoje querem impedir, por pura ignorancia, e por seguirem posições extremistas e direitistas, que a grande mídia ajuda a divulgar, ameaçando ao Brasil, de ter que esperar mais 64 anos, para sediar um evento desta importancia.

    Estes “espíritos de porcos” não conseguirão, que a maioria de brasileiros do bem, tenham esta pequena alegria, e se não estamos vivendo hoje, no melhor dos mundos, segura e reconhecidamente, estamos muitos anos-lúz, á frente daquela situação na qual vivíamos em 1970, e mesmo assim o Brasil inteiro, por um mes, esqueceu os dias cinzentos, e vestiu a camisa verde-amarela e soltou o grito de campeão, esquecendo-se, de paixões partidárias e de motivos políticos.

    Vamos fazer o mesmo, novamente ?

  17. “Há um pensamento em voga entre nós”

    Nós quem, cara pálida? 

    Como eu não trabalho na Globo, alias nem a vejo mais, nem escrevo na editora Abril, alias nem leio mais nada dela faz tempo, eu não tinha percebido nada.

    Acho que sou sortudo na hora de decidir quem ouvir e frequentar…

  18. A Esquerda do mundo inteiro,

    A Esquerda do mundo inteiro, desde textos de pensadores até editorias de publicões, está reverenciando o povo brasileiro, ou uma parcela deste, por não ter se prostrado de joelhos perante a FIFA e seus desmandos, sempre em conluio com governos e as elites locais. 

    A FIFA transformou esse torneio numa máquina de fazer dinheiro, a serviço de grandes corporações que a patrocinam, desde fabricantes de material esportivo que usam trabalho semi-escravo para fabricar suas camisetas vendidas a mais de U$ 100 até cadeias de fast-food que pagam salários miseráveis a empregados que são tratados como cidadoes de quinta-categoria.

    Sem contar o custo social direto desses mega-eventos, com gente sendo removida de suas casas ou presas sob força policial e militar dentro de seus guetos.

    Ninguém da Esquerda é contra o futebol, a luta mundial da Esquerda é contra a glamourização e o mercantilismo dos mega-eventos.

    1. a “esquerda” do pachecão

      http://www.vermelho.org.br/noticia/243051-1 &nbsp; <–esquerda de verdade

      Parceiro de Armínio Fraga neto, ex-presidente do Banco Central e homem de confiança do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (PSDB/MG), o multimilionário norte-americano George Soros reconheceu, nesta quarta-feira (28), sua responsabilidade sobre o golpe de Estado na Ucrânia, aplicado pela ultradireita, com apoio de forças neonazistas…

      .

       

      …Estas mesmas ONGs foram detectadas no Brasil com um serviço semelhante àqueles prestados pela IRF à ultradireita na Ucrânia. A ONG Brazil No Corrupt seria mais uma na lista de organizações patrocinadas por organismos internacionais para a promoção de atos de vandalismo e de violência nas manifestações de rua, principalmente agora, às vésperas da Copa do Mundo, no movimento #naovaitercopa. Compete, ainda, a estas organizações, o patrocínio de páginas nas redes sociais, como a TV Revolta, entre outras, criadas para disseminar o ódio e promover a desestabilização do governo instituído, em manifestações violentas nas principais capitais do país.

       

       

    2. Golbery teve tá rindo dessa

      Golbery teve tá rindo dessa esquerda bocó que não se integra oa capilsinmo e nem aceita politicamente fazer acordos para o bem do povo, seja com quem for. Alguém sabe da festa que Padilha preparou para selar o acordo com Maluf

  19. Estadio superfaturados

    Não é contra o Brasil que “estes” que classifica a notícia denuncia, “estes” estão realmente preocupados porque um estádio que deverá ser entregue incompleto na copa teve seu valor de construção o doblo do que foi licitado e porque outras obras tiveram de ser paradas? Não, não sou contra o Brasil na copa, sou contra ao que foi gasto mas não declarado como corrupção. Ah, mas estas empresas construtoras são as que mais vão investir na campanha da Dona Dilma! Mas vamos parar por aí, não é?

    1. O PIG foi que criou essa

      O PIG foi que criou essa lenda de haver obra obras públicas superfaturadas, quando na verdade são os nossos calculistas que só sabem fazer conta de padeiro, porquanto, errada e depois precida ser recalculada pelo que realmente custa e isso só aparece depois que se contrata 

  20. Seria impensável o que já se

    Seria impensável o que já se fez se não a copa. O que faltar não ficará inacabado porque haverá olimpíada. O que me preocupa é não saber haver nada programado para depois dessa.

  21. Chorumela

    Caro Adriano, esse seu lamento deveria ter ocorrido, porém com outor conteúdo, quando da divulgação de que a Copa seria realizada no Brasil; quando o então presidente da República arquitetou um plano ardiloso (para não dizer sagaz, astuto, astucioso, manhoso, enganador, velhaco, espertalhão) para que, uma vez a Seleção Brasileira campeã, esse fato poderia render muitos votos para a senhora presidente, sua criatura!!! Cntinue chorando…

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