Do Portal Imprensa
D. Luiz Gonzaga Bergonzin, bispo emérito de Guarulhos, conhecido por seu estilo conservador, disse em seu blog que docentes da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) favoráveis à descriminalização de aborto, eutanásia, maconha ou que mantenham ideologia homossexual ou comunista deveriam procurar outra instituição.
Bergonzini citou em seu blog o jornalista e professor Leonardo Sakamoto afirmando que ele propaga a liberação do aborto. Em sua página, Sakamoto convidou o bispo para um debate sobre o assunto e afirmou que a PUC sempre respeitou suas posições e sua liberdade de expressão. À IMPRENSA, Sakamoto fala sobre a polêmica e reforça o convite ao bispo para que ele venha discutir seus argumentos publicamente.
Bergonzini e Sakamoto
IMPRENSA – O que você diz sobre as declarações do bispo?
Leonardo Sakamoto – Acho que ele tem direito de comentar tudo o que quiser, reclamar, me xingar porque estamos em uma democracia. Mas espero que ele continue debatendo e que debata publicamente. Eu o convidei para que venha debater publicamente, porque essa questão está relacionada a direitos individuais.
Por que ele citou somente seu nome?
Eu estranho o fato de ele ter “pedido minha cabeça”. Acho que o argumento tem que ser comentado e debatido e não o argumentador combatido. Eu acredito que quando você tem fé no que defende deve colocar aquilo à prova e sustentar. Por isso, repito: ‘vamos debater’.
A PUC cerceia algum tipo de opinião sua?
A PUC nunca cerceou minha liberdade e acredito que meus alunos vão concordar. Eu não fico dando aula para fazer proselitismo. Simplesmente levo o debate dos direitos humanos para a sala. Mas acredito que não haverá problemas, até porque a PUC teve uma posição democrática, o mínimo esperado de uma universidade. Reitero que o bispo poderia debater em público. Seria extremamente salutar essa discussão.
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