SEC, dos Estados Unidos, notifica Petrobras e pede documentos para investigação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, solicitou no último dia 21 uma série de documentos à Petrobras relativos a uma investigação sobre as denúncias de corrupção na estatal.

A empresa brasileira não detalhou quais documentos serão enviados à SEC, mas adiantou que a demanda passará, antes, pelo “trabalho conjunto [da Petrobras] com o escritório nacional Trench, Rossi e Watanabe Advogados e com o norte-americano Gibson, Dunn & Crutcher, já contratados pela Petrobras para fazer uma investigação interna independente”.

“A Petrobras reitera o seu compromisso de atender as autoridades públicas americanas com o mesmo empenho que vem atendendo as autoridades públicas brasileiras”, disse a estatal, em nota.

No início do mês de novembro, o Financial Times informou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal contra a companhia. O jornal diz que o objetivo das autoridades estadunidenses é saber se a Petrobras – que vende ações na bolsa americana – violou a lei anticorrupção do país.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Seriedade

    Nassif,

    Este é o tipo de investigação que pode ser séria ou não.

    A SEC está sempre de olhos fechados para o que ocorre em seu quintal, os grandes bancos pintam e bordam nos mercados, em destaque os derivativos e os de metal, lesam clientes sem qualquer problema, e em algum momento a SEC estabelece uma multa prá turma, que paga e volta a fazer o que estava fazendo, práticas de mercado irregulares.

  2. A questão é se houve

    A questão é se houve superfaturamento nas contratações. Ou melhor, é óbvio que houve superfaturamento porque essa é a lei do mercado. A questão é, portanto, como “provar” que houuve superfaturamento em um mercado onde todos superfaturam?

    Se os diretores ganharam propina para contratar empresa  x ou y já é outro assunto (que deve ser apurado, obviamente), e se estes tais fazem doações de campanha já é mais outra, e as doações das empresas mais outro.

    Enfim, em todos os casos a Petrobras é vitima. Diferentemente de Alstom e Siemmens, por exemplo, que foram autoras.

    1. Duvido muito que seja

      Duvido muito que seja suspeita de superfaturamento, Lucinei:  isso nao existe nos EUA, literalmente nao existe.

      Dinheiro publico aqui definitivamente nao eh capim.

        1. (Dois assuntos diferentes. 

          (Dois assuntos diferentes.  Os unicos casos que ja ouvi falar de superfaturamento nos EUA sao TODOS conectados a lobistas “senadores” ou “deputados” da industria de armas, com conflitos de interesses muito numerosos.)

    2. Pra ficar claro o que eu quis

      Pra ficar claro o que eu quis dizer, Ivan e wanderson, é que a matrix quer comparar o caso da Petrobras com o da Siemmens, Alstom e tantas outras de lá do atlantico norte que pagam propina mundo afora pra se darem bem. É isso que é alvo das legislações recentes que, inclusive, incriminaram lá, sim, lá, essas empresas. Essas tais legislações nacionais visamproteger os acionistas locais cobrando transparência nos balanços das tais empresas.

      Por isso é que eu noto a diferença: essas empresas são autoras da propinagem pra se darem bem – e elas são as foornecedoras; elas pagam o “faz-me-rir” a mais pelos contratos. Outra coisa é a Petrobras, que é vítima de fornecedores. Eles, sim, que distribuem o “cascalho”…

      Ou seja, a comparação que os “competentíssimos” oposiocionistas fazem é mais uma daquelas sob medida pra esconder mais do que pra revelar…

  3. SEC já resolveu todas as falcatruas do tio SAM?

    One morava a SEC em 2008/2009 quando do sub prime? A bela adormecida acordou em 2014 no Rio, foi vitimada pela “boa noite cinderela?”

  4. Quem roubou

    Espero que a SEC investigue bem a compra da refinaria de Pasadena.  Afinal, a justiça americana mandou a Petrobras pagar mais de 600 milhões de dólares por 50% do ativo, ou seja,avaliou o todo em pelo menos 1,2 bi.  E agora aquí andam dizendo que alguém roubou entre 400 e 600 milhões de dólares nesse negócio. Se houve o desvio, quem pode ter sido o autor? Alguém da justiça americana?

  5. Primeira vez?

    Se o pedido de informações da SEC americana foi pedido na sexta feira e divulgado pela Petrobrás na segunda, porque a Folha – e na sequência o jurnal da Globo hoje – agridem os fatos informando que ” pela PRIMEIRA VEZ a Petrobrás recomnhece que

    Petrobras confirma, pela 1ª vez, que é investigada nos EUA

    A Petrobras confirmou ser alvo de investigação da SEC, reguladora
    do mercado de capitais nos EUA, por causa da Operação Lava Jato

    Afinal o pedido é de agora e eles queriam o quê?

  6. Hum…Será se eles investigam

    Hum…Será se eles investigam as pretroleiras quem têm comprado do Estado Islâmico ou as empresas de tecnologia que compram materia prima dos senhores da guerra no Congo… 

  7. Bom lembrar,que nada  e

    Bom lembrar,que nada  e nenhuma instituição ou órgão  americano está imune de ser acionados poiticamente  pelo Departamento de Estado. 

     

     

  8. Calma gente

      Noticia mal dada, por pessoas que não entendem porra nenhuma de como funciona a SEC, e possivelmente estão a trabalhar por outros interesses, se não estão, é por que alem de ignorantes, são burros, pois  formados em Comunicação Social, não sabem ganhar dinheiro, só capitalizam seus patrões – bando de otários.

       O que o USDOJ/SEC, solicitou de documentos a PBR4 ( é a nominação do ADR  lá na rua do muro ), primordialmente, pela legislação americana, é referente a legislação FCPA de 1977 ( foreing corrupt pratices act ), visando verificar se empresas americanas, ou com negócios nos Estados Unidos, estão envolvidas em praticas de corrupção ativa, fora do território americano. ( http://www.sec.gov/spotlight/fcpa.html ).

        Quanto a possivel influência das acusações, ou mesmo indiciamentos, sobre a PBR, que podem influir nas negociações dos ADRs – movimentações corruptas no Brasil – a SEC somente pode monitorar as variações do “papel”, assim como fez com varias petroleiras/gazeiras internacionais, mas listadas na NYSE : Sonagol, Yukos, Chevron etc.., que por varios motivos, incluindo suspeitas de corrupção, flutuaram nas cotações.

         No momento, nada alem disto – não tem FBI, CIA, Serviço Secreto, Carrocinha, que virá ao Brasil se imiscuir em fatos relativos a acontecimentos locais, no máximo, o que pode ocorrer, caso se comprovem as acusações, é que o ADR PBR4, entre em flutuação de baixa especulativa,  a SEC comunica a NYSE, a suspensão das negociações do papel, o que jamais ocorreu com um ADR O and G.

         Jornalista de economia no Brasil, é profissão inexistente, não entendem, nem estudam as regulamentações da porcaria da CVM, e querem palpitar sobre a SEC – bando de otários, paus mandados, meros inuteis – nem para caixa de banco servem, seriam continuos.

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