A inédita e jamais sequer imaginada, situação provocada pela cotação do risco Brasil medido pelo Credit Default Swaps (CDS) nesta semana é apenas mais uma grande demonstração de que não há mínima necessidade de o copom praticar o atual elevadíssimo diferencial de juros, principalmente para títulos de curto prazo, justamente os que mais se utilizam das Selic como referência.
Brasil tem um dos melhores resultados fiscais do G20
Comparado ao conjunto do G20, o Brasil mostra relevante solidez fiscal, apresentando um dos menores déficits nominais em 2010.
Além disso a crise fiscal dos países da zona do euro, a disparada do déficit públicos americano demonstram que mesmo assim os juros básicos podem estar próximo de zero ou até mesmo no terreno negativo.
O Japão também apresenta uma elevada dívida pública de mais de 200% do PIB e elevados déficit públicos anuais, além dos juros estarem perto de zero a mais de uma década, o Japão ainda passa por processo de deflação.
Apesar dos elevados juros da Selic praticados pelo copom o Brasil vem conseguindo reduzir a dívida pública, e controlar o déficit público , que poderia ser superávit público caso o copom eliminasse o elevadíssimo diferencial de juros.
Mesmo antes da quebra do Lehman Brothers, vários países praticavam juros bem mais baixos que no Brasil, mas mesmo a dívida pública cresce, assim como ‘déficit público.
Vale lembrar que depois da quebra do Lehman Brothers, apesar de praticar juros perto de zero os EUA, zona do euro, Inglaterra e Japão estão encontrando grandes dificuldades para controlar o déficit público e impedir o crescimento da dívida pública.
Mas com tal feito, superando a enorme desigualdade social e elevadíssimos juros da Selic praticado pelo copom, o Ministro Guido Mantega não é elogiado, muito pelo contrário.
Além disso tem a melhoria das condições macroeconômicas, avanço das políticas sociais, e a redução significativa do desemprego no Brasil.
Creio que a pratica de juros perto de zero e o extraordinário aumento da liquidez busca basicamente, criar um deslocamento de capital e estimular a demanda, para ocupar a capacidade ociosa e recuperar milhões de empregos, perdidos com a irresponsabilidade do livre mercado.
No Brasil, o Ministro Guido Mantega não esperou o efeito lento de uma redução dos juros da Selic, e criou as condições necessárias para o deslocamento rápido do capital, com medidas originais e criativas, realizou um poderoso aporte ao BNDES, ativou os Bancos Públicos para ampliar o crédito e reforçou os fundos garantidores.
Medidas que além de garantir uma rápida e inédita reposta a maior crise do capitalismo permitiu garantir a condições para a redução da dívida pública e a realização de um superávit nominal.
Condições estas que são um longo ciclo virtuosos de crescimento do PIB e o avanço da distribuição de renda.
anexo……
Relatório “Economia Brasileira em Perspectiva” Edição Especial 2010, publicado pelo Ministério da Fazenda.
Brasil tem um dos melhores resultados fiscais do G20 pg-95
http://www.fazenda.gov.br/portugues/docs/perspectiva-economia-brasileira…
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