Bolsa fechou terça-feira em alta; dia terá indicadores relevantes

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Do Jornal GGN – As negociações na bolsa de valores foram um pouco menos pesadas nesta terça-feira, e a agenda vazia ajudou na recuperação apresentada pelo mercado brasileiro. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em alta de 1,01% aos 56.265 pontos e um volume negociado de R$ 6,8 bilhões. Com o resultado, a bolsa acumula uma valorização de 0,64% no mês, mas perde 7,69% durante o ano.

Para o analista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi, o mercado começou o dia com menos força, embora as bolsas da União Europeia tenham se recuperado ao longo da manhã, após um início de pregão enfraquecido. No Brasil, existia muita expectativa em torno dos dados de emprego a serem divulgados pelo Ministério do Trabalho – segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram abertas 196.913 vagas de emprego com carteira registrada em abril, alta de 0,49% em relação ao mês anterior. 

“Com a bolsa maltratada do jeito que está, o que se vê é um ajuste técnico com viés para recuperação, com Vale, Petrobras e siderúrgicas avançando”, observa o analista. Um exemplo pode ser visto pelas ações da CSN, que encerrou o dia em alta de 2,63% mesmo após as notícias envolvendo a alavancagem de sua estrutura de capital.

O pronunciamento desta terça do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini (foto), no Congresso acabou por não dar sinalizações mais efetivas quanto à postura a ser adotada na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), programada para os dias 28 e 29 de maio. 

O analista Elad Revi, da corretora Spinelli, ressaltou o foco no controle da inflação e a utilização de termos que até então não haviam sido empregados, “o que permite assumir que eles vão atuar para o controle dos preços e subir os juros em um ritmo maior”, observa.

Tombini estimou um crescimento na casa de 3% para o PIB (Produto Interno Bruto) – contudo, Revi trabalha com um spread na casa de 20% entre a projeção do governo e a projeção do mercado, o que deve sinalizar para um crescimento econômico ao fim deste ano na casa de 2,8%. “Na realidade, Tombini fala com um certo otimismo e ressalta o controle da inflação. Vai ser bom no curto prazo, mas ao longo do ano não vejo perspectivas muito boas”.

A agenda desta quarta-feira, com uma série de indicadores de peso, deve fazer com que o mercado fique mais volátil. No Brasil, o destaque fica para o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) a ser divulgado antes da abertura do mercado, além dos números de atividade econômica a serem publicados pela consultoria Serasa Experian.

A agenda internacional reserva a ata do FOMC (Federal Open Market Committee, o Copom norte-americano) e o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke – espera-se que ele sinalize o início da desaceleração dos estímulos à economia norte-americana. Também são aguardados os dados semanais de pedidos de hipotecas e vendas de moradias, a decisão da taxa de juros do Banco do Japão e a sondagem industrial preliminar da China.

“O Federal Reserve chegou a dizer que a economia está boa, e quando Bernanke falar ele deve sinalizar uma queda gradual dos estímulos econômicos”, pontua Revi. “Isso não deve ser bom para as bolsas norte-americanas no curto prazo, e o fato de termos uma certa ‘cola’ com o mercado de lá pode causar algum efeito”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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