TSE abre ação de investigação contra campanha de Bolsonaro

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu ontem, dia 19, ação para investigar suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagem em massa no WhatsApp custeados por empresas de apoiadores do candidato do PSL Jair Bolsonaro. O pedido foi feito pela campanha do candidato Fernando Haddad, do PT.

No entanto, Mussi rejeitou o pedido de diligências, como quebra de sigilo bancário, telefônico e de prisão dos supostos envolvidos, por entender que as justificativas estão baseadas em notícias de jornal e não podem ser decididas liminarmente.

A Folha de S.Paulo publicou no dia 18 reportagem apontando empresas de marketing digital custeadas por empresários que declaram apoio ao candidato do PSL Jair Bolsonaro. Esse serviço, que envolve milhões de reais, estariam disseminando conteúdo falso em milhares de grupos do aplictivo WhatsApp.

“Observo que toda a argumentação desenvolvida pela autora está lastreada em matérias jornalísticas, cujos elementos não ostentam aptidão para, em princípio, nesta fase processual de cognição sumária, demonstrar a plausibilidade da tese em que se fundam os pedidos e o perigo de se dar o eventual provimento em momento próprio, no exame aprofundado que a regular instrução assegurará”, decidiu o ministro.

Entre as diligências negadas estão a realização de busca e apreensão de documentos na sede da rede varejista Havan e na casa do dono da empresa e apoiador de Bolsonaro, Luciano Hang, além de determinação da prisão dele, caso fosse rejeitado acesso à documentação. O PT também queria que fosse determinado ao WhatsApp que apresentasse, em 24 horas, um plano contra o disparo de mensagens ofensivas em massa contra Haddad. 

Apesar de negar as diligências, Jorge Mussi concedeu prazo para que a campanha de Bolsonaro possa apresentar defesa prévia. Com a decisão, os fatos serão investigados no decorrer normal do processo eleitoral no TSE.

Com Agência Brasil

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

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  1. Anular a eleição

    Eleições fraudadas devem ser anuladas e convocadas novas eleições.

    Os custos devem ser pagos pelos empresários criminosos aliados a Bolsonaro.

  2. Bom, vão dizer o seguinte.
    Bom, vão dizer o seguinte.

    Amanhã Rosa Weber, ladeada por um bando de golpista da república dirão: ” Como o tempo é curto para uma investigação, decidimos apurar tudo depois da eleições. Somos contra qualquer tipo de armação e falcatruas, e blá, blá, blá.”

    E vida que segue normal.

    Só 50,0001% do povo tem condições de derrubar a besta com seus anjos decaídos. Seus seguidores fascistas.

    Se depender da justiça, a Democracia morre no próximo Domingo.

  3. Faz de Conta

    O TSE, premido pelo escândalo que já se tornou mundial, tinha que tomar alguma atitude. Mas, como disse o UOL na manchete de primeira página, sem “criar” marola. Tradução: abrir  ação “faz de conta”, sem nenhum interesse em investigar. Não foi à toa que o ministro encarregado da pantomima negou as medidas cautelares, essenciais para o estabelecimento de provas objetivas. E ainda ficam ofendidos quando  se externa a desconfiança, muito natural dadas as circunstâncias,  sobre a isenção do Tribunal.

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