Wall Street Journal diz que derrota na Copa não irá afetar o Brasil

Jornal GGN – Em matéria publicada no dia seguinte à eliminação do time brasileira na semifinal da Copa do Mundo, o jornal norte-americano Wall Street Journal avisa para que ninguém compre a ideia de que esta derrota deixará uma ‘cicatriz nacional’. Matthew Futterman, repórter esportivo que cobriu o evento para o jornal, diz que a vida continou normalmente na quarta-feira, com as pessoas indo ao trabalho e sem revoltas em massa nem ninguém se jogando do alto de edifícios.

Futterman explica o tamanho da paixão brasileira pelo esporte falando como as ruas ficam vazias nos dias de jogos da seleção, mas, mesmo assim, acredita que isso não irá afetar um país que vem tentando evoluir que diversas áreas que não tem relação alguma com o futebol. Por último, ele resume: “o Brasil é muito mais que uma camisa amarela e uma obsessão pelo futebol”.

Sugerido por Gão

Do Wall Street Journal

World Cup: Brazil Is Going to Be Just Fine
 
Don’t Buy the Idea That Rout to Germany Will Leave a National Scar
 
Guess what happened in Brazil on Wednesday?
 
The sun came up. People went to work. They drove taxis, opened grocery stores, clicked on their computers to handle legal and financial matters. Doctors healed the sick. Social workers tackled the problems of the vast poverty in this country of some 200 million. Life went on.
 
Guess what didn’t happen? Cities didn’t burn. Mass riots didn’t erupt. As far as we can tell, no soccer fans threw themselves off buildings because their beloved Seleção was embarrassed by Germany, 7-1, in Tuesday’s World Cup semifinal.

 
In the cruel light of day, it still feels strange to write “Germany 7, Brazil 1.” That kind of result doesn’t happen at this level of soccer. Brazil last lost a competitive game on home soil in 1975. If I were a native, I’d be shaken, at a loss to describe the debacle that went down in the mining city of Belo Horizonte.
 
Make no mistake: The defeat to Germany, to borrow U.S. coach Jurgen Klinsmann’s favorite phrase, was “a real bummer.” The people here love their footy as much as any country loves any sport. The government declares holidays when the national team plays. Streets empty, and I mean empty—like you can pitch a tent in the middle of a main thoroughfare and not get hit.
 
Still, don’t buy the narrative that this loss is going to leave some indelible national scar on a country so desperately trying to thrive in a lot of areas that have nothing to do with soccer. That idea is rather demeaning to the Brazilians I’ve met, who just might be the warmest collection of souls I’ve come across.
 
There was the woman at the eyeglass store here in São Paulo who refused to accept money for the eyeglass case she gave me after I had lost mine. There were the college students in Natal who offered me a tour of the city and a ride back to my hotel in the middle of the night when there was no media shuttle in sight following the U.S. win over Ghana. There was the rabbi who, 30 seconds after meeting me, insisted I go to a Sabbath dinner at one of his congregants’ homes. (I did, and the matzo ball soup was awesome). There are countless souls who have stood patiently with me on the street, waiting as I fumbled through my pocket Portuguese dictionary, searching for the right word to complete a dumb question, when surely they had something better to do.
 
I’ve been here a month. That hardly qualifies me as an expert in Brazilian culture. My sample size is small and somewhat limited to hotels, restaurants, soccer stadiums and running paths next to beaches in Rio, Natal, Recife and a few other host cities. I know about the crime and the intense poverty.
 
But I also know this is an amazing, diverse country. Fly four hours into the Amazon from São Paulo, and the people look completely different from those in the country’s commercial center. In Salvador on the northeast coast you might as well be in West Africa. In every city, people of every shade of black, brown and white skin populate areas that are rich and poor. It’s a country of stunning physical beauty and vast natural resources. Rush-hour traffic makes Los Angeles arteries look like country drives, a sure sign that the place needs some infrastructure upgrades but also that there are a lot hardworking folks who want to make tomorrow better than today.
 
In other words, Brazil is a lot more than a canary jersey and an obsession with soccer.
 
The collapse against Germany will surely spark some national soul-searching about how Brazil cultivates and develops its next generation of soccer stars. The country has a huge talent pool to draw from, but accidents don’t happen in sports anymore. Winning at the highest level today takes not just talent but money, training and a cohesive strategy.
 
“When you think about it,” a 20-something Brazilian in one of those ubiquitous yellow jerseys said to me in a bar last night, “it’s kind of funny. I mean, seven goals. It’s funny, right?”
 
I’m going to bet that Brazil as a whole is going to be just fine after this. Bummed out for a bit, sure, but ultimately fine. In a lot of ways, it already is.

 

Redação

23 Comentários

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  1. Um texto impossível de ler em português

    na tal “mídia nativa”.

    Vai ver que o patrão dele não coloca “comissários políticos” em cada seção de editoria.

    Quem escreveu também não tem complexo de vira-lata…

  2. “Análises” financeiras.

    Hoje nossa mídia dispara que a Bolsa de Valores ontem destoou do restante do mundo quando todas cairam sucessivamente e a nossa subiu acima de 4 pontos. A justificativa para as manchetes além da fala de Aécio creditando o fracasso da eleição à Presidenta Dilma, algumas “análises” financeiras aguardando uma queda substancial nas intenções de voto da Presidenta após a derrota da seleção brasileira. Isso tudo numa sexta-feira para atemorizar apopulação no fim de semana. Durma-se com uma imprensa destas!!

  3. Óbvio. Qualquer pessoa que

    Óbvio. Qualquer pessoa que anda na rua sabe disso. O que dependeu do governo (estádios, organização e infra) e do povo (torcida, festa e calor humano), funcionou. O que dependeu da CBF (futebol), não muito.

    A única que acha que resultado de jogo influencia na decisão de voto é a velha mídia, que vem se revelando uma espécie de CBF piorada.

    Tal como a “CBF original”, a velha mídia vive enrolada em sonegação de impostos; mamatas, carteiradas e privilégios no acesso a verbas públicas; conchavos para adulteração de fatos (políticos e jurídicos); fora o monte de velhos ultrapassados, arrogantes, “coturnudos”, meio fascistas, que vivem zurrando asneiras, com apoio de planilhas e infográficos.  Ambas se merecem.

  4. Footy=pelada.  Provavel ser

    Footy=pelada.  Provavel ser palavra da Inglaterra.

    A outra reportagem do dia eh da CNN, entrevista com Dilma Rousseff pelo…  pelo estadao!

    A gente tem que sair do Brasil pra ver esse tipo de reportagem?!

  5. Dilma não perderá um voto

    Quem torceu contra o brasil acreditando que a dilma perderia votos, vai ficar de cara no chão.

    Copa não muda um voto sequer. São coisas totalmente distintas. O que hove foi sensacionalismo da mídia, que cria mitos e factoides.

    E mais: apesar de não votar nela e pregar voto NULO, afirmo com 100% de certeza, que ela ganha as eleições, pois o Aécio não tem discurso de vencedor. Ele vai levar uns 7 a 0.

    Ainda mais com um vice com o passado bem parecido com o da dilma. Vai querer pegar voto de cara de direita! Só se for direita mal informada. 

    1. A coincidência

      Um vice com um passado semelhante ao de Dilma.  A coincidência termina aí. Dilma cresceu e mantém suas convicções. Já o vice… pelo que li e ouvi em artigos dos jornais de TV,  aliado  ao vídeo em que destrata da pior maneira possível um jovem blogueiro, percebe-se que desceu ladeira abaixo do patamar em que tentava construir sua história, quando moço. 

  6. Já está ficando engraçado – Não postei o texto a mim dedicado

    Este texto do Wall Street Journal eu nunca postei. Sempre que vejo um texto importante em inglês ou espanhol que eu gostaria que fosse lido pelos leitores do blog os traduzo antes de publicar.

    Não gosto de ficar enchendo o saco do Nassif, que é um cara extremamente ocupado para ficar se dedicando ainda mais a um bando de chorões que por aqui aparecem de tempos em tempos, mas de vez em quando me pego perturbando o sujeito um pouco e por isso peço desculpas. Mas acho que vou fazer isso de novo agora.

    Participo há muitos anos do blog apesar de ter me registrado somente há um mês ou pouco mais. Sou da época do saudoso Romanelli, do Ivan quando era Moraes, do Fugheddaboudit, da Dê, da Rê, do Marcos Nunes, etc, etc, etc. Muitos estão por aqui ainda mas quase sumidos. De vez em quando se vê o Quireza (que opinava mais do que dá juburticaba em época), o Alberto Porém Júnior, o Ivan, mais ausente, e não mais Moraes, o sapinho simpático que brigou comigo (mas ainda gosto dele)…

    Não registrava de birra, porque alguns acreditam que ser registrado dá um certo estatus, o que é uma bobagem. Sou registrado mas neste ponto estou com os não registrados. Registrei para poder contribuir melhor com o blog; e é assim mesmo que eu me sinto, contribuindo; pode ser uma ilusão, uma viagem, um egocentrismo, uma válvula de escape, afinal qual seria o verdadeiro sentido de se comunicar quase que anonimamente com milhares de pessoas desconhecidas? Mas nessa qualidade de “registrado” fica mais fácil postar; o texto entra na hora, você pode fazer uma correção, apagar um post equivocado, pode contribuir melhor.

    Percebi que tendo aprendido muito aqui neste blog do Nassif, especialmete a respeito de política e economia, poderia dar a minha contribuição pois afinal tenho a pretensão de ser versado em algumas matérias, especialmente das ciências da terra além de poder traduzir do espanhol e do inglês.

    Mas tenho ficado incomodado com algumas contibuições que são postadas por mim, geralmente no Clipping do Dia, e meia hora depois alguém posta em algum recôndito do blog e ela sobe a post na principal rapidamente. É até engraçado; por exemplo, sairam umas notícias que considerei importentes na Agência Brasil, e estavam ambas lá há mais de seis, oito horas. Postei e tempos depois vi que ambas subiram a post na principal do blog do Nassif, uma pertinho da outra. Tomei um susto quando vi que ambas tinham sido postadas por diferentes sujeitos de meia hora a uma hora depois de eu ter postado no Clipping do dia. Estes foram só dois casos que me lembro agora.

    Eu gostaria de entender melhor a mecânica do blog. Se o Nassif me desse a honra de trocar uma palavrinhas mesmo que no particular… Aqui venho encher o saco de novo mas não pretendia fazer isso. Fiz porque o post acima me incentivou pois não é de minha lavra, o que pirou meu cabeção. Estava saindo de fininho, com o rabo entre as pernas…

     

     

    1. Acontece…

      Também vejo os “problemas” apontados por você, mas procuro lembrar que entre os blogs à esquerda e à direita, este é o que publica todos os comentários, excluídas baixarias e ofensas diretas ao Nassif. Confesso que eu mesmo não seria tão democrata com certas vilezas. 

      Sem contar que apesar de discordar de certas omissões e contribuições, gosto muito da pauta escolhida no dia a dia… Então me dispo da vaidade e vou ficando, rs…

      E claro, ser cadastrado para mim é ponto de honra, uma questão de caráter… Tem gente que não liga e defende uns “direitos” meio sei lá… 

      Ah! Atesto que pessoalmente o “patrão” é gente boa, pessoa boa de papo e trato agradável…

      Um abraço.

      1. Valeu Sérgio T.
        É, você está certo. É um lugar ótimo para espalhar aquilo que consideramos importante para a frente.
        De qualquer maneira não entendo o funcionamento.
        Mas quanto ao “patrão” eu sei que é gente boa, se não eu não teria me aconchegado por aqui. Mas valeu T.
        Outro abraço

          1. Caro Ivan
            Quem eu falei que brigou comigo foi o sapinho simpático que é o Stanislau Calandrelli; meu escrito deu margem a essa sua interpretação mesmo. Tivemos um probleminha lá que foi uma mal entendido. Ele ficou chateado porque eu vivia comentando nos posts dele até irritar. Vi certa vez que ele era de Ribeirão Preto ou arredores e falei, tentando minimizar, que tinha muitos amigos pés- vermelhos e boca-amarelas; porque tenho mesmo muitos amigos de Ribeirão, Batatais, Franca, Jardinópolis e acho que ele ficou ofendido. Isso é bricadeira por lá. Os pés-vermelhos por causa da maravilhosa terra roxa e os boca-amarelas pois tem muitas mangueiras e assim são conhecidos alguns habitantes daquela região. Prometi não comentar mais nos posts dele e foi o fim. Mas só para esticar um pouco mais o papo, foi engraçado, ele achava que eu e um outro sujeito éramos a mesma pessoa, pois este também fazia críticas a alguns detalhes dos seu posts. Até me deu o carinhoso apelido de Zorro Gay ou Zorro Cor-de-Rosa, do que eu dei muita risada.
            Mas de você sempre tive o maior respeito (assim como dele). Já trocamos umas asperezas mas coisinha tola, por causa de bobagem; uma de que eu me lembro agora foi numa ocasião que apareceram umas fotos de uns contrails muito bonitos no méxico e que uns diziam que era coisa caindo do espaço, meteoros coisas e tais, lembra?
            Nada que uma caminhada não espaireça.
            Um abraço

      1. Talvez numa leitura dinâmica Gão pareça com Cyro

           Muitas matérias que eu trouxe sairam como “por Cyro”, achei que você tinha postado a mesma matéria rs, parece que simplesmente confundem os nomes na hora “subir”, também acontece de vários usuários trazerem o mesmo texto, essa matéria aliás eu pesquei do twitter do zé de abreu pra dar logo todos os créditos.

            Já traduzi alguns trechos de reportagens e postei o texto integral em inglês, não tive tempo nem tenho muita competência pra traduzir mas como o blog já traduziu alguns textos que eu trouxe então coloquei assim mesmo, é melhor que não postar, mas eles colocaram um resumo em cima e depois botaram o artigo integral, dá pro gasto.

        1. Fala Gão
          Que curioso! Você viu que eu protestei pois que tinha sido postado com meu nome apesar de eu não ter feito a contribuição. Sempre acompanho e nunca vi antes algo subido a post na principal com o meu nome sem ter sido eu que tenha escrito ou indicado. Que coisa, não? Você se lembra de algum exemplo para eu procurar? Veja, minhas contribuições estão sempre, até agora, no Clipping do Dia e/ou no Fora de Pauta, com dia e hora. Só subiram para a principal depois de ter passado por estes lugares; as vezes sobem até no dia seguinte. Um abraço

  7. “Não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz…”

    Uai, os caras do WSJ ganham para escrever isto? Não é a toa que foram parar na cloaca do News Corporation (leia-se Murdoch)…

    Passaram anos construindo estereótipos que agora, por encanto, dizem não existir mais…

    Eita saudade do Raulzito..

  8. A seleção perdeu de 7 X1 mas

    A seleção perdeu de 7 X1 mas a população esta mantendo a postura

    de vencedores, quem diria.

     

    Obs. Então Salomé, se te pareceu óbvio é porque não

    deu para inverter a realidade. O trofeu digo..a taça  é

    nossa!

  9. Descobriram a pólvora!!

    Mas são uns gênios!! Ou andaram informando-se sobre nós através daquilo que o P. H. Amorim chama de ‘PIG’? Não têm correspondentes aqui? Se têm, o que esses caboclos andam fazendo o tempo inteiro, bebendo cerveja na praia ao invés de trabalhar?

  10. Bom…………..

    Coloco minhas barbas de molho, pois em se tratando de jornal do império!!!!!!!!!!!

    Talvez não interesse divulgar pânico dos brasileiros frente a escandalosa partida, pois teriam muito a perder!

    Explicando: os investimentos deles no país são  alto, e nao interessa quebra-quebra, pois todos seriam afetados. Na realidade o que conta, é o capital, idiota!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  11. E não viramos gremlins

    Por onde passo as ruas ainda estão cheias de bandeirinhas, tem gente com a camisa da seleção e alguns vestindo verde amarelo da cabeça aos pés. Cairam na pegadinha da a mídia nacional ficaram imaginando esse antes e depois:

     

     

  12. é incrível

    como a grande imprensa de direita estrangeira é capaz de produzir um texto bom, imparcial, sem firulas prós nem cons.

    Que distancia da “nossa” canalha #MidiaBandida…

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