Brasil não tem mais estoque de equipamentos para equipes de saúde

Mandetta diz que aguarda China estabilizar produção e países com maior poder de compra se "saciarem", para conseguir adquirir os materiais escassos no Brasil

Jornal GGN – O Ministério da Saúde admitiu ao jornal O Globo que não tem mais estoque de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) em posse do governo federal, que já distribuiu os 40 milhões de itens que tinha para abastecer estados e municípios por mais algumas semanas.

A informação foi divulgada pelo jornal nesta quinta (2/4). Em coletiva de imprensa no dia anterior, repórteres perguntaram sobre o status do estoque ao ministro Luiz Henrique Mandetta, mas ele não quis dar uma resposta clara sobre a situação crítica.

Mandetta apenas comentou que enfrenta dificuldade para adquirir os EPIs da China. O Brasil chegou a empenhar uma compra de 200 milhões de máscaras e, em cima da hora, o fornecedor informou que não poderia entregar mais. O ministro explicou que nações mais poderosas têm cobrido a oferta do Brasil, arcado com o custo da quebra de contrato e adicionado mais um valor em cima, para convencer os fornecedores a mudar a rota dos produtos.

“A gente espera que a China volte a ter uma produção mais organizada, e a gente espera que os países que exercem o seu poder muito forte de compra já tenham saciado das suas necessidades para que o Brasil possa entrar e comprar a parte para proteger nosso povo”, disse o ministro.

De acordo com O Globo, o Ministério tenta comprar 720 milhões de itens de EPI. Mandetta informou que refez a compra de alguns milhões de máscaras na quarta (1). O mesmo em relação a 8 mil aparelhos respiradores que serão distribuídos aos hospitais de referência nos estados. O prazo para receber o material é de 30 dias.

Segundo o ministro, sem o estoque de EPI, o Brasil não pode afrouxar as regras de restrições sociais praticadas nas últimas duas semanas, sob pena de ver um boom nos casos de coronavírus sem que os profissionais tenham equipamentos necessários ao atendimento.

Redação

4 Comentários

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  1. EPIs? Será que em um momento de economia de guerra o Brasil não consegue produzir isso? Parece mais desculpa para não atender os estados e municípios.

  2. Prezados Nassif e camaradas
    Destruíram todas as fábricas, porque o necroliberalismo disse que temos outras vantagens comparativas (por exemplo, plantar grama para burros pastarem).
    Agora, a água bateu na bunda, nosso parque industrial está sucateado (o que resta deve ser fechado); e vamos esperar os outros comprarem para pegarmos o resto. Ao invés de organizarem a produção industrial (há capacidade de produção, a maioria deste EPI´s possui nenhuma ou baixa tecnologia); ficam se lamentando.
    Concordo com um comentário do Nassif em um vídeo da TV GGN (não consigo assinar o portal, o site dá erro sempre): D`us deve mesmo estar bem irritado com o Brasil e os brasileiros para termos a escolinha do professor raimundo cover no comando

  3. Nassif: nessa guerra segue o planejado. Com os milhões de mortos pelos VerdeVirus a economia deverá ser de uns $100 bilhões. O pedido do ministro GueGué vai ser atendido na íntegra. Até julho esperam o Paraíso volta ser reimplantado. No sul a farra do boi ficará a todo vapor. Essa de xingarem os chinas foi pra que eles não vendesse produto para Pindorama. Até porque os gringos têm que ser atendidos primeiro. Se sobrar uns aparelhinhos por lá eles, como sempre, reciclam e mandam como ajuda “humanitária”. Se fazem assim com tanques velhos e aviões caindo aos pedaços por quê não com aparelhos pra saúde? Os caras são generosos com seus serviçais…

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