Câmara dos Deputados dá rasteira em Guedes e Alcolumbre

Com apoio do governo, cresce lista de servidores que escaparam do congelamento de salários em projeto de socorro a Estados e municípios

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ao realizar diversas mudanças no projeto de auxílio a Estados e municípios proposto pelo governo federal.

Uma das alterações mais significativas está no aumento das categorias de servidores públicos blindadas do congelamento de salários previsto pela proposta.  Além dos militares das Forças Armadas, de segurança dos Estados e profissionais de saúde, os deputados salvaram do congelamento salarial os servidores das polícias Federal e Rodoviária Federal, agentes penitenciários federais, profissionais da limpeza pública, assistência social, guarda municipal e socioeducativos.

Os professores também ficaram de fora e poderão receber aumentos salariais.  Os policiais legislativos (responsáveis pela segurança da Câmara e do Senado) também foram inclusos na lista de blindagem.

Guedes e Alcolumbre defendiam a votação do texto sem que a lista de exceções ao congelamento fosse ampliada, e a perspectiva de economia nas três esferas (em torno de R$ 130 bilhões) não fosse alterada.

A retaliação se deve ao descontentamento dos deputados com a partilha dos R$ 60 bilhões destinados ao socorro. Inclusive, os parlamentares realizaram mudanças na fórmula usada para a repartição dos recursos.

Por conta da alteração de mérito, o projeto voltará para o Senado para última votação – o que vai atrasar o envio de recursos para os locais afetados pela pandemia do coronavírus. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

 

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Redação

3 Comentários

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  1. Redução de danos?
    Desculpem, mas essa alteração do projeto ainda não toca no essencial.
    Congelar salários de servidores é prejudicar o poder de compra de trabalhadores do serviço público. Vai na linha da precarização do Estado.
    Continua com a linha de economia porca, ou seja, você precariza relações de trabalho, prejudica o poder de compra, enfraquece o mercado interno e a crise só se aprofunda.
    O plano do Guedes permanece em pé, vivo.
    Não há o que comemorar, não há pequenas vitórias.

  2. Como se o governo estivesse disposto a dar aumento ao funcionalismo, e como se o funcionalismo não estivesse alguns anos sem receber reajuste em seus salários…..pura ficção……

  3. Aumento de servidores? É o fim. Fora de qualquer propósito, bom senso etc… O corporativismo é a principal política do Brasil. Na época da monarquia ainda existia o republicano D. Pedro II. Hoje não existe mais ninguém. O Bolsonaro é o corporativista número 1. Deveriam sim, estes políticos execraveis discutir corte de salários e privilégios. Este nunca foi um país sério.

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