Coquetel ‘revolucionário’ de Trump (e Bolsonaro) para coronavírus ligado a arritmia fatal

Do Huffington Post

O presidente Donald Trump divulgou um coquetel com duas drogas no sábado para combater o coronavírus. Os medicamentos juntos têm sido associados a arritmia cardíaca e morte súbita.

Médicos preocupados responderam ao tweet de Trump cantando sobre o que poderia ser “um dos maiores transformadores da história da medicina” com avisos sobre os graves efeitos colaterais – e pedidos urgentes para não tentar obter os medicamentos sem receita médica em consulta com um médico.

A hidroxicloroquina, vendida sob o nome comercial de marca Plaquenil, e o antibiótico Azitromicina em combinação mostraram uma promessa precoce contra o COVID-19. Mas os medicamentos juntos não foram aprovados como seguros ou eficazes contra a doença pela Food and Drug Administration federal. Qualquer uso deve levar em consideração um efeito colateral potencialmente mortal.

Trump se referiu às drogas em sua entrevista coletiva no sábado e perguntou: “ O que temos a perder ? Eu me sinto muito bem com isso.”

Depois que o presidente deixou o briefing, seu principal consultor científico, Anthony Fauci, dos Institutos Nacionais de Saúde, foi perguntado se ele tinha “algum sentido” do coquetel de drogas ao qual o presidente se referia e se “74 e meio milhões de seguidores no Twitter devem receber aconselhamento médico dele ou de outra pessoa. ”

Fauci respondeu que pode haver “ relatos anedóticos ” positivos – casos individuais observados informalmente – sobre as drogas, mas ainda não foi comprovado que eles funcionam ou são seguros. “Se você realmente quer saber definitivamente se algo funciona, você deve fazer o tipo de teste que [fornece] as boas informações”, disse ele. “O presidente está falando sobre esperança para as pessoas”, não sobre ciência , observou.

O especialista em doenças infecciosas Dr. Matt McCarthy , médico do Hospital Presbiteriano de Nova York que trata pessoas que sofrem de COVID-19, twittou sexta-feira sobre a combinação de medicamentos. Ele observou que um novo estudo ( tratando 20 pacientes ) mostrou que os medicamentos diminuíam a presença do coronavírus no sangue dos testados. Mas ele também alertou sobre a possibilidade de arritmia fatal. “Nós realmente não sabemos” se as drogas curarão ou matarão alguém, ele twittou.

Trump, no briefing de quinta-feira, elogiou o medicamento antimalárico Chloroquine por ter “uma tremenda promessa” contra o coronavírus . Ele sugeriu falsamente que havia sido aprovado para uso contra o COVID-19. ” Foi aprovado  … eles reduziram de muitos, muitos meses para imediatos”, disse Trump.

Mas o comissário da FDA, Stephen Hahn, imediatamente contradisse Trump, dizendo aos repórteres: “Essa é uma droga que o presidente nos ordenou a examinar mais de perto se uma abordagem de uso expandido … Queremos fazer isso no cenário de um ensaio clínico , um grande ensaio clínico pragmático. ”

Trump respondeu que tinha um “bom pressentimento” sobre a droga. “Já existe há muito tempo, então sabemos que, se as coisas não saírem como planejadas, não vão matar ninguém “, disse Trump.

Autoridades na Nigéria relataram dois envenenamentos por cloroquina que resultaram em hospitalizações depois que Trump empurrou a droga, observou Bloomberg.

“Por favor, não entre em pânico”, alertou um nigeriano uma mensagem de texto, informou a Bloomberg no sábado. “A cloroquina ainda está em fase de testes em combinação com outros medicamentos e ainda não foi verificada como uma opção preventiva, de tratamento ou curativa”.

Um estudo do Instituto Wuhan de Virologia descobriu que as pessoas poderiam morrer com apenas o dobro da dose diária recomendada  de cloroquina, informou a Bloomberg.

A China experimentou a droga como um tratamento para o coronavírus após testes clínicos positivos iniciais, mas em poucos dias as autoridades alertaram os profissionais de saúde sobre seus efeitos colaterais letais, de acordo com a Bloomberg.

 

Luis Nassif

Luis Nassif

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  • Há evidências científicas de que a cloroquina é eficaz contra o coronavírus in vitro e, provavelmente, deve ser eficaz in vivo também. As evidências clínicas estão se acumulando. Mas há pelo menos dois problemas: apesar de ser uma droga segura e bem conhecida, ela tem contraindicações e efeitos colaterais indesejáveis, logo só deve ser tomada com prescrição médica. Outro problema ainda mais relevante para a epidemia do coronavírus é que não há evidências de que a cloroquina seja eficaz em pessoas com insuficiência respiratória grave já em curso. São essas pessoas que necessitam de ventilação assistida. O principal problema da epidemia é o grande número de infectados que precisam de UTI e respirador, e a cloroquina sozinha não vai resolver isso. Ao contrário do que propõe a visão simplista de Bolsonaro ou Trump, a cloroquina está longe de ser a panaceia para o coronavírus.

  • Este senhor, junto com seu vassalo brasileiro, são um desserviço para o mundo. Porque não vão conversar com a Angela Merkel para saber qual o segredo da Alemanha, ao ter até agora números parecidos de casos com os EUA e a Espanha e um número atual de mortes menor até do que a Coréia do Sul que também está testando aos milhares? Ah, deve ser por respeitar seus concidadãos, cuidar do seu povo, considerar os países fronteiriços e por não perder tempo espalhando falsas verdades e iludindo com promessas vazias.

  • A imagem divulgada da gravação do vídeo parece um bando de bebados no rancho de pescaria num fim de semana. O cargo de presidente da república está totalmente avacalhado.

  • SOBRE A CORONAFEST NO PALÁCIO DO PLANALTO

    Todos os presentes pareciam muito tranquilos, embora nem mesmo o casal Bolsonaro-Michelle estivesse usando máscaras.

    Quase todos os ministros estavam presentes e os que não compareceram deram explicações laudatórias para não perder o emprego: como recusar um convite tão auspicioso para uma festinha de aniversário tão simples e segura?

    E todos beberam muito para esquecer o perigo. Até as damas encheram a cara de uísque enquanto algumas delas perguntavam se a bebida era fabricada com álcool em gel. Todos e todas se lembravam do ditado popular que diz que remédio bom para gripe é cachaça com limão, e por isso a caipirinha acabou nos primeiros 10 minutos de farra.

    Lá para as tantas, um funcionário do ministério da saúde improvisou um cocktail anti-vírus que fez um tremendo sucesso. Ele colocou no copo de um liquidificador 3 sonrisais, 5 cibalenas, três colheres de mel de abelha, três dentes de alho, uma bananinha, dois copos de leite em caixa, e um pacotinho de colorau. E enquanto a mistura era triturada, ele exclamou: “mata cadabra”! Logo se formou uma fila imensa para degustar daquela mistura tão inusitada.

    E o dono da festa gostou tanto da mistura que imediatamente convocou a sua arqui-inimiga, A Rede Globo de Televisão, para anunciar aos quatro cantos do país e do mundo que a cura para a gripe do coronavírus tinha sido descoberta por um brasileiro muito amigo do Presidente Trump e de Bibi Netanyahu. E no final acrescentou: não deixem que o Maduro saiba dessa maravilhosa descoberta.

    E logo um amigo evangélico me ligou para noticiar a fake news do dia: a de que cura da gripe do coronavírus tinha sido descoberta em Jerusalém, mas que a mistureba não ia ser usada nos territórios ocupados enquanto os palestinos não parassem de praticar atos terroristas contra o “enfraquecido e esquálido” exército de Israel.

  • Nassif,
    E assim, foram abertas as portas do hospício em USA e brasilsil pandeiro.
    Agora, só resta saber qual dos tresloucados conseguirá matar mais gente, pois cada semana de atraso para o início dos controles necessários significa quase dois meses a mais para a conclusão do ciclo completo. Como os dois bucéfalos se lixaram para todos os avisos, um deles preocupado apenas com a reeleição e o outro preocupado com matéria que desconhece inteiramente,economia, o resultado da tragédia poderá ser conferido mais à frente.
    Por aqui, o que falta para o palerma do moro liberar presos por motivos menores, como roubo de litro de leite, etc...? Basta o ministro puxa-saco pensar com a cabeça e não com os pés.
    Imagino que possa existir um modo para punir os dois assassinos de modo extremo, não é possível que possa vir a ser diferente.

  • Chegou a hora de salvar os bozominions deles mesmos. Claro que, para que isso ocorra, é preciso afastá-los da familícia e seu staff.

  • São dois psicopatas que precisam ser interditados em seus respectivos países. Trumboçal e Boçalnato já perceberam que a pandemia pode ser o fim político deles, já que está atingindo em cheio a politica econômica neoliberal, por isso estão fazendo de tudo para minimizar a coronavirus. Porém, tudo indica que não terão êxito nessa empreitada tresloucada deles.

  • Esse texto eu escrevi hoje e postei no meu face, gostaria que o mesmo fosse avaliado pelo povo do blogue, obrigado.

    A arte da guerra contra o corona
    Por Edivaldo Dias de Oliveira

    Não sou médico nem trabalho na área da saúde, mas acompanho com muito interesse e certa apreensão, especialmente sobre as consequência econômicas que o inimigo irá deixar como legado ao fim da batalha, além, claro, do rastro de mortes.

    As informações disponíveis sobre o inimigo nos permite uma espécie de cerimonia, de treinamento para a hora do confronto.

    1 – Sabemos qual é o seu ponto fraco, que consiste em furar a bolha/envelope de gordura em que ele habita.

    2 – Sabemos que ele quer penetrar em nossas vias aéreas e depois descer até nossos pulmões para no levar a nocaute ou óbito.

    3 – Sabemos que só nós mesmos podemos conduzir o inimigo até essas instalações e ele certamente vai conseguir o seu intento mais cedo ou mais tarde, portanto o nosso papel é adiar o máximo possível a sua chegada a essas instalações, para que a retaguarda da saúde, pessoal, hospitais e equipamentos estejam disponíveis em número suficientes para nos atender adequadamente. É o que está se chamando de ACHATAMENTO DA CURVA, quanto mais tempo a vanguarda humana puder impedir o avanço do inimigo mais tempo terá a retaguarda para domina-lo com o mínimo de perdas. Esse é o papel de toda a humanidade em que se inclui eu e você, mas aprece que ele não. Você sabe de quem estou falando.

    4 – Sabemos que o inimigo nos vencerá mais rapidamente se nosso organismo estiver mais fragilizado, com a imunidade baixa, não é a toa que quanto maior a idade de quem lhe faz o combate maior a chance de vitória do inimigo.

    5 – Diante desse quadro, por que não adotar junto com a tática de contenção outras que também pode contribuir para retardar a sua aproximação, como:

    A – Distribuição gratuita de multivitamínicos a toda a população para fortalecer o organismo que vai fazer o enfrentamento. Isso poderia ser feito não apenas nos postos, mas em farmácias particulares, sem necessidade de receita, apenas via cartão do SUS, existem contra indicações, quais?

    B – Já está mais do que claro que não existe remédio para cura/vencer o inimigo, mas será que os antibióticos existentes como Amoxicilina, Azitromicina, Claritromicina não ajudam a retardar a chegada dele ao momento em que se precisa ser entubado, dando mais tempo para a retaguarda?
    Se a pessoa foi infectada, a infecção virou doença/covid-19 e o doente passou a sentir dificuldade respiratória, ou mesmo antes, já não seria hora de começar a tomar um desses remédios em casa para conter o avanço da doença até que haja ventilação mecânica para ele?

    Dirão que para isso seria preciso passar fisicamente por um exame médico. Num caso de calamidade como essa não seria o caso de suspender esse procedimento, que em outros países já são virtuais? Seria o caso de um aplicativo de posse do número do SUS, perguntar a idade, peso, sexo, se tá tomando alguma medicação de uso contínuo ou não, se tem alergia a alguma das medicações a serem prescritas. Pronto emite uma receita virtual e vai até uma farmácia particular ou posto e retira a medicação.

    São dicas de contenção para enfrentar o inimigo.

    Aliás, se deu pouco destaque a uma informação importantíssima dos otorrinos da França e do Brasil de detecção do vírus, que é a ausência de gosto e sabor com as narinas descongestionadas como indicativo de presença do vírus. Então fica a dica, todos dias, depois de limpar o nariz tente cheirar café, cravo, canela, erva doce, por exemplo, se não sentir cheiro é um indicativo para testar.

    https://www.bol.uol.com.br/noticias/2020/03/21/perda-do-olfato-sintoma-relacionado-ao-coronavirus.htm

    “Trata-se de um "desaparecimento repentino" do olfato, mas sem nariz entupido e, às vezes, acompanhado por um desaparecimento do paladar (ageusia).... - Veja mais em https://www.bol.uol.com.br/noticias/2020/03/21/perda-do-olfato-sintoma-relacionado-ao-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola”

    "Existe uma ligação óbvia" entre a anosmia e o vírus, diz Jean-Michel Klein, presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia, que atua em Paris. "Nem todos os Covid-positivos são anosmáticos, mas todos os anosmáticos isolados sem causa local, sem inflamação, são Covid-positivos", disse o especialista à AFP.... - Veja mais em https://www.bol.uol.com.br/noticias/2020/03/21/perda-do-olfato-sintoma-relacionado-ao-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

  • Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Hidroxicloroquina?

    Reação muito comum (> 1/10);
    Reação comum (> 1/100 e 1/1.000 e 1/10.000 e < 1/1.000);
    Reação muito rara (< 1/10.000);
    Frequência desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis).

    Distúrbios hematológicos e do sistema linfático
    Desconhecida

    Depressão da medula óssea, anemia, anemia aplástica, agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia.
    Distúrbios do sistema imune
    Desconhecida

    Urticária, angioedema, broncoespasmo.
    Distúrbios de metabolismo e nutrição
    Comum

    Anorexia.
    Desconhecida

    Hipoglicemia.

    A Hidroxicloroquina pode exacerbar o quadro de porfiria.
    Distúrbios psiquiátricos
    Comum

    Labilidade emocional.
    Incomum

    Nervosismo.
    Desconhecida

    Psicose, comportamento suicida.
    Distúrbios do sistema nervoso
    Comum

    Cefaleia.
    Incomum

    Tontura.
    Desconhecida

    Convulsões têm sido reportadas com esta classe de medicamentos. Distúrbios extrapiramidais, como distonia, discinesia, tremor.
    Distúrbios oculares
    Comum

    Visão borrada devido a distúrbios de acomodação que é dose dependente e reversível.
    Incomum

    Retinopatia, com alterações na pigmentação e do campo visual. Na sua forma precoce, elas parecem ser reversíveis com a descontinuação da Hidroxicloroquina. Caso o tratamento não seja suspenso a tempo existe risco de progressão da retinopatia, mesmo após a suspensão do mesmo. Pacientes com alterações retinianas podem ser inicialmente assintomáticos, ou podem apresentar escotomas visuais paracentral e pericentral do tipo anular, escotomas temporais e visão anormal das cores.

    Foram relatadas alterações na córnea incluindo opacificação e edema. Tais alterações podem ser assintomáticas, ou podem causar distúrbios tais como halos, visão borrada ou fotofobia. Estes sintomas podem ser transitórios ou são reversíveis com a suspensão do tratamento.
    Desconhecida

    Casos de maculopatia e degeneração macular foram reportados e podem ser irreversíveis.
    Distúrbios de audição e labirinto
    Incomum

    Vertigem, zumbido.
    Desconhecida

    Perda de audição.
    Distúrbios cardíacos
    Desconhecida

    Cardiomiopatia que pode resultar em insuficiência cardíaca e em alguns casos com desfecho fatal. Toxicidade crônica deve ser considerada quando ocorrerem distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) bem como hipertrofia biventricular. A suspensão do tratamento leva à recuperação.

    Prolongamento do intervalo QT em pacientes com fatores de risco específicos, que podem causar arritmia (torsade de pointes, taquicardia ventricular).
    Distúrbios gastrintestinais
    Muito comum

    Dor abdominal, náusea.
    Comum

    Diarreia, vômito.

    Esses sintomas geralmente regridem imediatamente com redução da dose ou suspensão do tratamento.
    Distúrbios hepatobiliares
    Incomum

    Alterações dos testes de função hepática.
    Desconhecida

    Insuficiência hepática fulminante.
    Distúrbios de pele e tecido subcutâneo
    Comum

    Erupção cutânea, prurido.
    Incomum

    Alterações pigmentares na pele e nas membranas mucosas, descoloração do cabelo, alopecia. Estes sintomas geralmente regridem rapidamente com a suspensão do tratamento.
    Desconhecida

    Erupções bolhosas, incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, rash medicamentoso com eosinofilia e sintomas sistêmicos (Síndrome DRESS), fotossensibilidade, dermatite esfoliativa, pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).

    PEGA deve ser diferenciada de psoríase, embora a Hidroxicloroquina possa precipitar crises de psoríase. Pode estar associada com febre e hiperleucocitose. A evolução do quadro é geralmente favorável após a suspensão do tratamento.
    Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
    Incomum

    Distúrbios motores sensoriais.
    Desconhecida

    Miopatia dos músculos esqueléticos ou neuromiopatia levando à fraqueza progressiva e atrofia do grupo de músculos proximais.

    A miopatia pode ser reversível com a suspensão do tratamento, mas a recuperação pode durar alguns meses.

    Estudos de diminuição dos reflexos tendinosos e anormalidade na condução nervosa.

  • Advertências do Hidroxicloroquina
    Retinopatia

    Antes de iniciar o tratamento prolongado com Hidroxicloroquina, os pacientes devem realizar um exame oftalmológico cuidadoso nos dois olhos incluindo oftalmoscopia para o teste de acuidade visual, verificação do campo visual, visão para cores e fundoscopia. Então, o exame deve ser repetido ao menos anualmente.

    A toxicidade na retina é amplamente relacionada à dose. Assim, o risco de danos na retina é pequeno com a dose diária de até 6,5 mg/kg de peso. Exceder a dose diária recomendada aumenta acentuadamente o risco de ocorrência de toxicidade na retina.
    O exame oftalmológico deve ser mais frequente e adaptado a cada paciente, nas seguintes situações:

    Dose diária superior ao ideal 6,5 mg/kg de peso (magro). O peso corporal absoluto tomado como parâmetro de dosagem, pode resultar em uma superdosagem no obeso.
    Insuficiência renal;
    Dose cumulativa maior que 200 g;
    Idosos;
    Comprometimento da acuidade visual.

    Se ocorrer qualquer distúrbio visual (acuidade visual, visão para cores), o medicamento deve ser imediatamente descontinuado e o paciente cuidadosamente observado quanto à possível progressão do distúrbio visual. Alterações retinianas (e distúrbios visuais) podem progredir mesmo após o término da terapia.

    O uso concomitante de Hidroxicloroquina com medicamentos conhecidos por induzir toxicidade na retina, como por exemplo, o tamoxifeno, não é recomendado.
    Hipoglicemia

    Foi demonstrado que a Hidroxicloroquina causa hipoglicemia severa incluindo perda de consciência que pode ser um risco para a vida em pacientes tratados com e sem medicação antidiabética. Pacientes tratados com Hidroxicloroquina devem ser alertados sobre o risco de hipoglicemia e dos sinais e sintomas clínicos associados. Pacientes que apresentarem sintomas sugestivos de hipoglicemia durante o tratamento com Hidroxicloroquina devem ter seus níveis de glicose no sangue avaliados e o tratamento revisado, se necessário.
    Prolongamento do intervalo QT

    A Hidroxicloroquina tem potencial para prolongar o intervalo QTc em pacientes com fatores de risco específicos.

    A Hidroxicloroquina deve ser utilizada com precaução em pacientes com prolongamento QT congênito ou adquirido documentado e/ou fatores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT, tais como:

    Doença cardíaca, por exemplo, insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio;
    Condições pró-arrítmicas, por exemplo, bradicardia (< 50 ppm);
    Histórico de disritmias ventriculares;
    Hipocalemia e/ou hipomagnesemia não corrigida;
    Durante a administração concomitante com agentes que prolongam o intervalo QT, uma vez que isso pode levar a um risco aumentado de arritmias ventriculares.

    A magnitude do prolongamento do QT pode aumentar com concentrações crescentes do fármaco.

    Por conseguinte, a dose recomendada não deve ser excedida.
    Toxicidade cardíaca crônica

    Casos de cardiomiopatia, resultando em insuficiência cardíaca, em alguns casos com desfecho fatal, têm sido relatados em pacientes tratados com Hidroxicloroquina. O monitoramento clínico de sinais e sintomas de cardiomiopatia é aconselhado e Hidroxicloroquina deve ser descontinuado aos primeiros sinais. Toxicidade crônica deve ser considerada quando distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) e/ou hipertrofia biventricular são diagnosticados.
    Outros monitoramentos em tratamentos em longo prazo

    Pacientes em tratamento em longo prazo, devem realizar contagens periódicas de sangue completo, e caso desenvolvam anormalidades, a Hidroxicloroquina deve ser descontinuada.

    Todos os pacientes submetidos à terapia em longo prazo com Hidroxicloroquina devem realizar exame periódico da função dos músculos esqueléticos e reflexos tendinosos. Caso seja observada fraqueza, o medicamento deverá ser suspenso.
    Potencial risco carcinogênico

    Dados experimentais apresentaram um potencial risco de indução à mutação genética. Dados de carcinogenicidade em animais estão disponíveis somente para uma espécie com medicamentos semelhantes à cloroquina e, este estudo foi negativo. Em humanos, dados são insuficientes para descartar que Hidroxicloroquina pode levar a um aumento do risco de câncer em pacientes submetidos ao tratamento em longo prazo.

    Foram reportados casos raros de comportamento suicida em pacientes tratados com Hidroxicloroquina.

    Podem ocorrer distúrbios extrapiramidais com Hidroxicloroquina.

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