Jornal GGN – Uma mutação biológica varre o mundo, levando vidas consigo. O egoísmo pode querer assumir o controle, uma vez que a sobrevivência passa a ser palavra de ordem, mas não é essa a mentalidade a ser seguida.
Em artigo publicado no jornal The New York Times, David Brooks cita o autor Viktor Frankl para contextualizar o que fazer em tempos de pandemia.
“Escrevendo sobre a loucura do Holocausto, (Frankl) lembrou-nos que não podemos escolher nossas dificuldades, mas temos a liberdade de selecionar nossas respostas”, explica o articulista. “O significado, ele argumentou, vem de três coisas: o trabalho que oferecemos em tempos de crise, o amor que damos e nossa capacidade de mostrar coragem diante do sofrimento. A ameaça pode ser sub-humana ou sobre-humana, mas todos nós temos a opção de afirmar nossa própria dignidade, até o fim”.
Brooks ressalta que outra fonte de significado pode ser adicionada: a história que contamos sobre o momento. “Essa praga em particular nos atinge exatamente nos pontos onde somos mais fracos e expõe exatamente os males que preguiçosamente passamos a tolerar”, pontua.
Embora use os Estados Unidos para contextualizar, podemos usar essa mesma análise para o Brasil: “somos uma nação dividida e a praga nos distancia um do outro. Nós nos definimos demais por nossas carreiras, e a praga ameaça varrê-los. Somos uma cultura moralmente desarticulada e agora as questões morais fundamentais se aplicam”.
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