Coronavírus: existe temor de registros brasileiros ignorarem muitas mortes

Médicos alertam que falta de testes e de notificação de casos significam que escala de mortes no país pode ser maior do que se pensava

Foto: Reprodução/Twitter – @pedroivoalmeida

Jornal GGN – Apesar do bloqueio que esvaziou as ruas pelo Brasil, existem temores de que os brasileiros possam subestimar a ameaça representava pela Covid-19, enquanto o país se prepara para registrar um salto no número de casos por conta da subnotificação e a falta de testes.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, isso faz com que não se saiba ao certo a real escala da disseminação da Covid-19 no país. A última atualização dos dados da University Johns Hopkins mostra que o Brasil registra 10.360 casos – incluindo cantores, atores, ministros do governo e o secretário de imprensa do presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten. O país contabiliza 445 mortes e 127 pacientes recuperados.

Bolsonaro chamou a pandemia de “gripezinha” e insistiu que os brasileiros estariam imunes, pois estavam acostumados a pular no esgoto. Seu governo distribuiu apenas 54 mil testes para uma população de aproximadamente 210 milhões de pessoas. No mês passado, o Ministério da Saúde parou de divulgar o número de casos suspeitos.

Enquanto isso, médicos relatam à publicação britânica que o número de casos suspeitos é muito maior do que o registrado, e o quadro é preocupante – principalmente diante de uma eventual subnotificação em áreas carentes.

Enquanto isso, os últimos governos brasileiros reduziram o financiamento para ciência e tecnologia, e o país se vê obrigado a competir nos mercados internacionais para comprar os ingredientes necessários para realização dos testes.

Redação

1 Comentário

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  1. É desanimador que nesta “pátria desalmada” sequer adianta ter boas idéias intenções ou propostas.
    Primeiro porque não há governo. Os 2 mais envolvidos nesta crise tem problemas sérios: o da saúde, apesar de não ser lá ‘essas coisas”, pelo menos é o mais sério no caso, mas está “brigado” com o chefe, sendo ameaçado com uma Bic no pescoço.
    Já o segundo, o min. da economia, ajuda nem a saúde nem a população. Estava desorientado até perceber que poderia aproveitar a “oportunidade” para ajudar os “parças” do sistema financeiro. Anda até mais alegrinho.
    Não contribui nem tem competência e eficácia em comprar ou produzir os essenciais implementos em falta, como leitos comuns e de UTI, respiradores, testes de verdade (e não negócios suspeitos), máscara, aventais, protetores, bem como liberar de VERDADE recursos para o SUS e instituto de pesquisa e produção como a FioCruz e similares, para reagentes, vacinas, medicamentos e até apoio operacional.
    Até o governo (não o adolinquente, mas seu ministro da saúde) admite que há subnotificação de CASOS e MORTES. Em níveis cada vez com mais evidências de ser grave.
    Não há testes. Muitas das alternativas sob avaliação podem sequer ser eficazes.
    Há gente sendo sepultada sem exames prévios e/ou necropsias.
    Pode haver um sem número de casos assintomáticos ou não testados, que além de trazer riscos ao próprios, podem espalhar a contaminação silenciosamente.
    Temos um “presidente” enlouquecido INCAPAZ de COMPREENDER sequer que mesmo uma pessoa não doente (até “atleta”…) e mesmo não infectada, *com as mãos limpinhas”, pode contaminar pessoas ao interagir com outras contaminadas.
    Além disso, este ‘presidente’, com muitos seguidores (inacreditavelmente) ainda promove a confusão e a desobediência, incentivando que pessoas abandonem a quarentena.
    Por fim, ainda dissemina revolta e pânico com notícias falsas (ainda que não fossem) sobre desabastecimento, fome, conflitos (e crimes) domésticos, que setores da economia vão parar., etc.
    Qual a maturidade, competência, bom senso, eficácia e objetivos de um presidente que ao invés de discutir com seus auxiliares e pares institucionais, estaduais e municipais, fica contrariando todo mundo e dando entrevistas polêmicas e inúteis de botequim para jornalistas e apresentadores de apelo popular.
    Como pode um “presidente” conseguir estar em conflito com todos: até auxiliares diretos, outros poderes (Legislativo e Judiciário), governadores, prefeitos, imprensa e mídia (exceto os pagos preferencialmente), mídia, instituições e líderes internacionais, países parceiros e uma parte já majoritária da população.
    COMO PODE ISSO?
    Ainda que, em vez de conversar com quem de direito, consiga convencer parte da população de suas crenças infundadas ou simples apostas, em que isso resolve além de criar divisão e confusão? Eles não decidem! No máximo se insurgem.
    Sem falar que esta “insurgência, ignorante multiplica as contaminações exponencialmente.
    Isto também não cabe no crânio desocupado do “mito”. Desconhece o básico cálculo exponencial e portanto não sabe que 2^8 = 256 e 2^20 = 1.048.576.
    TODOS estes itens acima são claramente afetados pelo PÚBLICO e notoriamente indiscutível comportamento, ações e declarações do presidente (sic).
    É MUITO CLARO que o prejuízo TANGÍVEL sobre a saúde e a vida de milhares de brasileiros que deram representação para que o eleito os represente em seus interesses, principalmente os ESSENCIAIS E VITAIS, tem relação DIRETA com tal comportamento e atitude em desacordo com os mesmos.
    Quando vão responsabilizá-lo por “pelo menos” TUDO ISSO?

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